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sábado, 6 de maio de 2023

Guiné 61/74 - P24291: A língua que nos une: alguns dados (segundo o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. ): (i) quarta mais falada no mundo como língua materna; (ii) a quinta mais utilizada na Internet; (iii) a terceira ou a quarta mais usada no Facebook...


Fonte: CPLP  -Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (2023) (com a devida vénia)

1. Dados sobre a Língua Portuguesa, segundo o Camões, IP:

(i) É uma língua falada por mais de 260 milhões de pessoas nos cinco continentes, em 2050 serão quase 400 milhões e em 2100 serão mais de 500 milhões, segundo estimativas das Nações Unidas;

(ii)  As projeções para o final do século apontam que será no continente africano que se registará o maior aumento do número de falantes. Estima-se que Angola tenha uma população superior a 170 milhões de pessoas e Moçambique uma população superior a 130 milhões de pessoas; 

(iii) É a língua mais falada no hemisfério sul; 

(iv) 3,7% da população mundial fala português; 

(v) É a quarta língua mais falada no mundo como língua materna, a seguir ao mandarim, inglês e espanhol (observatório da língua portuguesa). 

(vi) O português é a língua oficial dos 9 países membros da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – e em Macau. As 9 economias da CPLP, em conjunto, valem cerca de 2,7 biliões de euros, o que faria deste grupo a sexta maior economia do mundo, se se tratasse de um país (FMI); 

(vii) Os países de língua portuguesa representam 3,6% da riqueza total do mundo, 5,48% do global das plataformas marítimas, 16,3% de disponibilidade global de reservas de água doce, 10,8 milhões de km2; 

(viii)  A Língua Portuguesa é língua oficial e/ou de trabalho em 32 organizações internacionais (...):

(ix) Há 56 universidades na República Popular da China que ensinam o português como língua estrangeira e aproximadamente 5000 alunos que frequentam esses cursos; 

(x) O português é a quinta língua mais utilizada na internet, teve uma taxa de crescimento de quase 2000 % entre 2000 e 2017, é a terceira ou a quarta mais utilizada no Facebook

(xi) Na área da ciência, embora o inglês seja a língua dominante, a língua portuguesa tem conseguido criar os seus espaços próprios de comunicação e publicação científica.

 O Brasil criou a Scientific Eletronic Library Online, amplamente participada por países de língua portuguesa e espanhola. 

As revistas e cientistas de língua portuguesa também vão tendo presença crescente em outras bases de revistas científicas de alcance global, como a SCOPUS e a Web of Science. 

Há também vários repositórios académicos e portais de conhecimento de acesso aberto online, designadamente no Brasil, Cabo Verde e Portugal...

Fonte: Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. (Camões, I.P), Dia Mundial da Língua Portuguesa, 5 de Maio de 2023

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Guiné 61/74 - P22895: O nosso blogue em números (76): Quem nos visita continua a usar o Chrome (38,7%) como navegador, e o Windows (72%) como sistema operativo.


Fonte: Blogger (2022). Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2022)


1. Os principais navegadores usados pelos nossos leitores, os que visitam o nosso blogue, desde junho de 2010, são o Chrome, o Firefox, o MSIE (Microsoft Internet Explorer) e Safari (Gráfico nº 7).

Relativamente aos dados de 2020,  não há alteraçãoes de maior, com um ligeiro crescimento do Chrome e  um descréscimo do Firefoz (menos 2,8 pontos percentuais) e do MSIE (2,4), a favor do Safari (mais 3,4)
 (*).



Fonte: Blogger (2022). Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2022)



2.  O Windows, por sua vez, continua, destacado (72%), à frente dos demais sistemas operativos (Gráfico nº 8)... 

No entanto, desceu 5 pontos percentuais relativamente ao ano de 2020, a favor do Macintosh (que tem mais 3,9 pontos) e do Android (mais 1,1).

Comparando estes dados de 2021 com os do ano de 2014, constatava-se que (**):

(i) por navegador, o Internet Explorer ia à frente (38%), seguido do Chrome (28%) e do Firefox (22%); os restantes somavam, juntoss,  12% do total dos visitantes;

(iv) por sistema operativo, o Windows era então (como continua a ser) o rei e o senhor (82%), destacadíssimo da concorrência: McIntosh (6%), Linux (5%) e outros (7%).


(**) Vd. poste de 3 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14111: O nosso blogue em números (34): no final de 2014: (i) 6,8 milhões de visualizações de páginas; (ii) 676 membros registados; (iii) 14 mil postes publicados; (iv) 55600 comentários; (v) 1638 amigos no Facebook da Tabanca Grande...

terça-feira, 7 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19758: 15 anos a blogar, desde 23/4/2004 (5): quem se lembra do fur mil op esp / ranger Eusébio, da CCAÇ 3490 / BCAÇ 3872, Saltinho, 1972 /74 ?


Guiné > Região de Bafatá > Saltinho > 1972 > Parada do quartel > O Pel Caç Nat 53, comandado pelo alf mil Paulo Santiago, estava aqui em reforço da unidade de quadrícula - originalmente a CCAÇ 2406, 1968/70, que pertencia ao BCAÇ 2852, com sede em Bambadinca, depois a CCAÇ 2701 (1970/72) a que pertenceu o alf mil Martins Julião,  e a seguir a CCAÇ 3490 (Saltinho, 1972/74), a companhia do cap mil Lourenço  e do alf mil Armandino, vítima da tragédia do Quirafo, em 17 de Abril de 1972. A CCAÇ 3490,por sua vez, foi rendida pela  3ª CCAÇ / BCAÇ 4518/72, em 7 de março de 1974.

Foto: © Paulo Santiago (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


I. Quinze anos a blogar desde 23/4/2004!... Vamos a caminho de 20 mil postes, faltam duzentos e poucos para se lá chegar... Está, na atura, de revistar alguns dos nossos postes mais antigos... a pensar sobretudo nos nossos leitores mais recentes e nos "periquitos" da Tabanca Grande... 

Hoje lembrámo.nos de reproduzir aqui  de um dos primeiros postes, o post XLIII (43, em numeração romana), com data de 4 de Junho de 2005 > Guiné 69/71 - XLIII: Antologia (1): O que era ser periquito (*)...

Na altura o nosso editor LG escreveu, premonitoriamente, o seguinte:

"Há páginas na Net que correm o risco de desaparecer... Miseravelmente. Como aconteceu com as páginas no Portal Terrávista. O maior portal, em língua portuguesa, da segunda década de 1990.

"Algumas das páginas que encontramos na Net têm um maior ou menor interesse documental para a história da guerra colonial na África Portuguesa. Por exemplo, mostram, com maior ou menor propriedade, rigor e talento, o que era a vida de um tuga na Guiné. Por isso merecem ser objecto de antologia.

"Hoje seleciono aqui a página de um ranger, que esteve na Guiné entre 1971 e 1974. É um ranger convicto, endoutrinado, disciplinado, como mandava a puta da sapatilha. A guerra acabou, não serei eu seguramente a alimentar as idiotas rivalidades que levaram a troca de insultos e até a confrontos físicos, em Bissau, entre a tropa de elite (paras, comandos, fuzileiros, operações especiais) e o resto: a tropa-macaca (como a CCAÇ 12 ou a CCAÇ 3) ou os cassanhos (como a CART 1690, do Alferes Lopes)"


Bom, na altura (, em junho de 2005), essa página estava alojada num portal entretanto suspenso (Cidade Virtual). O seu endereço original era: http://sapo.telepac.pt/rangers/Guine/Guine1.htm

O sítio apresentava-se como a "página não-oficial" dos rangers, cuja associação (a Associação de Operações Especiais, criada em 1980, e com sede em Lamego) tinha um sítio próprio (,que, nesta data, 7 de maio de 2019, não está disponível, por estar "em manutenção": www.aoe.pt.

A página do ranger Eusébio passou, entretanto, a ficar alojada no portal Planeta Clix (http://rangers.planetaclix.pt//).  

Entre junho de 2005 e setembro de 2006, o nosso editor LG revisitou essa págima, mas "estranhamente, voltou há dias a eclipsar-se" (, ou seja, por volta de setembro de 2006)...  Daí o interesse em recuperar o seu conteúdo inicial (*),  até por que o Paulo Santiago, ex-comandante do Pel Caç Nat 53, que esteve no Saltinho entre 1972 e 1973, veio depois contestar alguns dos factos aqui descritos (**).

II. Mas vejamos o que nos contava o periquito e ranger Eusébio sobre a ida para (e estadia em) a Guiné, integrado, segundo tudo indica, na CCAÇ 3490 (Saltinho, 1972/74) (*):

1. Começa por escrever o nosso ranger:

"A viagem durou aproximadamente cinco dias a bordo do navio Niassa e decorreu sem incidentes, com chegada ao largo do porto de Bissau ao anoitecer do dia 24 de Dezembro de 1971.

"Ali aguardámos, fizemos a nossa ceia da noite de Natal e desembarcámos nas primeiras horas da manhã do dia 25 de Dezembro. A excitação do jantar, a ansiedade do desembarque, de conhecer aquela terra tantas vezes falada (com apreensão!), aquelas gentes, não deixou que alguém pregasse olho. Bebemos, conversámos, cantámos até ao amanhecer cinzento, tórrido. Cansados, desembarcámos quase em silêncio".


2. Do cais seguiram para o Cumeré:

"Uma vez desembarcados, fomos transportados para o aquartelamento do Cumeré  que dista da cidade de Bissau uns 40 km por estrada e 12 km em linha recta, e onde permanecemos cerca de vinte dias.

"Este período foi destinado à habituação física, ao contacto com os naturais e, principalmente, ao primeiro encontro com a operacionalidade 'versus' realidade da guerra. Daqui fomos transferidos para as localidades do interior do território (denominado mato).

"Pelo Rio Geba acima, em lanchas de desembarque da Marinha [LDG], fomos levados até ao Xime onde desembarcamos já ao fim da tarde".


3. E a viagem continua, pelas estradas da zona leste (Xime, Bambadinca, Galomaro, Saltinho):

"Ali, no Xime, esperava-nos um esquadrão de cavalaria [, de Bafatá,] com os blindados chaimite que nos iriam escoltar até á próxima paragem, Bambadinca.

"Já noite, pernoitámos e ganhámos forças para o dia seguinte que, segundo os velhos (aqueles que já lá estavam, na Guiné), seria bem mais difícil pois o risco de flagelação à distância ou emboscadas era muito grande, ou quase certo. Iríamos ter de atravessar o Rio Pulom onde fatidicamente algumas vidas já se tinham perdido. É um local de selva densa, temível.

"Dirigimo-nos então para Galomaro onde deixámos uma Companhia (CCS) e, de seguida, para o Saltinho, sempre acompanhados de perto pelos caças Fiat e bombardeiros T6 da Força Aérea. A tensão era muita, uma grande prova de nervos, mas, felizmente, não chegámos a ser presenteados pela hospitalidade do PAIGC.

"Chegámos finalmente ao local [, o Saltinho,] onde eu iria passar a maior parte do meu tempo de comissão"
 .

4. No Saltinho, houve a receção da praxe:

(...) "Fomos recebidos pelos velhos [,  a CCAÇ 2701 (1970/72)],  como periquitos, com muita alegria e carinho. Estavam ansiosos pelo regresso às suas casas, e nós quase sentíamos inveja disso. Finalmente foram e assim ficámos entregues a nós próprios num misto de orgulho e saudade.

"Começámos então o nosso trabalho concentrados num objectivo: havemos de fazer um grande ronco, estar cá para receber os nossos periquitos e regressar.

"Para isso passamos de imediato à acção que não se fez tardar, com algumas escaramuças com o PAIGC de Amílcar Cabral e de Nino Vieira.

"A vida ali não sofria grandes alterações para além das constantes incursões pelo mato, as operações de maior ou menor envergadura, as emboscadas, as flagelações nocturnas, os apoios a outras unidades em perigo, o bater à zona, a preparação no terreno de mais uma coluna de reabastecimento, o pedir apoio aéreo ou artilharia, o montar e desmontar de minas e armadilhas, fazer fornilhos, esticar arame farpado, abrir e restaurar abrigos, as noites sem dormir... os ataques de abelhas, os mosquitos e outros mais, o calor abrasador, a micose insustentável,... o whisky, a cerveja... e muita saudade!


5. Descreve o quartel nestes termos:

"O aquartelamento do Saltinho era formado por abrigos em betão, capazes de resistir ao temível foguetão 122 mm, de origem soviética, cuja granada ao explodir produz cerca de 15.000 fragmentos mortais.

"Situava-se junto á fronteira com a Guiné-Conacri, na margem do Rio Corubal e constituía a defesa da ponte sobre o mesmo rio. Na outra margem tínhamos um destacamento [, Contabane ?]. Mais para lá era terra de ninguém. Havia por perto, a Norte (a uns 30 km), uma das principais bases de ataque do PAIGC, a base de Kambera.


6. Prossegue o nosso ranger Eusébio:

"A Sul, sensivelmente à mesma distância, a não menos importante base de Kandiafara que muitos e graves problemas causou aos nossos camaradas de Guileje e Gadamael Porto. A Sul do Saltinho, contavamos com o apoio dos obuses da eficaz artilharia do aquartelamento da Aldeia Formosa [hoje, Quebo].

"Água não faltava todo o ano (embora imprópria para consumo), de um rio que variava bruscamente o seu caudal conforme a época, seca ou das chuvas.

"Entretanto formei o meu grupo (GE) de nativos, por mim instruído e preparado para a execução de qualquer operação, reconhecimento ou acção irregular.

"Era um grupo constituído por naturais da etnia Fula e Futa Fula, homogéneo, com excelentes capacidades de combate, resistência física e grande camaradagem.

"Passámos juntos por situações de muito perigo como, por exemplo, em operações para além da nossa fronteira onde se tornava difícil qualquer apoio que não fosse o aéreo (quando possível!). Tomamos parte em grandes operações um pouco por toda a região de Bafatá, Galomaro, Bambadinca e Aldeia Formosa.

"Estávamos equipados com o tipo de armamento utilizado pelos guerrilheiros do PAIGC, desde a HK-47 (Kalashnikov) até ao temível lança granadas foguete RPG-7. Não havia dúvidas de que estas armas de origem soviética eram mais eficazes, tendo em conta as características da guerra que se travava (guerrilha), as acções a levar a cabo no terreno, assim como pela facilidade de manejo. No entanto o objectivo da utilização deste equipamento prendia-se sobretudo com a intenção de confundir o inimigo e obter daí as vantagens do efeito surpresa.

"Lamento sinceramente não saber qual o foi destino destes homens após a independência da Guiné. Pressuponho apenas que não terá sido o mais feliz, desgraçadamente.


7. Por fim, chega o fim da comissão e o regresso a casa:

"Terminado o tempo que a própria conjuntura determinou para a minha comissão (teoricamente 18 meses mas na prática dois anos e 94 dias), regressei à Metrópole novamente embarcado no navio Niassa cuja tripulação, pelo carinho e atenção que nos dispensaram, merece todo o apreço.

"A reintegração para mim não foi difícil. Com traumas da guerra não fiquei, caso contrário não me teria servido para nada a forte acção psicológica a que fui submetido durante a instrução do meu curso de Operações Especiais. Lá, no CIOE, formam-se Rangers, de Firme Vontade e Indómito Valor". (***)



III. Em 22 de setembro de 2006, o nosso editor LG mandou  um e-mail ao ranger Eusébio [eusebio@iol.pt]  com pedido para esclarecer alguns factos da sua descrição, mas não se obteve resposta.

O e-mail não foi devolvido, o que sugeria que o endereço estava correcto e eventualmente activo. Eis o que eu lhe dizia:

Eusébio:

1. As minhas saudações, na qualidade de editor do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné > http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/

2. Antes de publicar o texto do ex-Alf Mil Paulo Santiago (que esteve consigo no Saltinho), gostaria de poder ouvir e publicar também a sua opinião ou ponto de vista. Escreva-me para este endereço de e-mail: lgraca@clix.pt [, que hoje já não existe]

Mantenhas.
Luís Graça


Ao fim destes anos todos (13 anos...) será que o Eusébio   ainda nos pode ler e esclarecer as nossas dúvidas ?  Se ele efetivamente pertenceu à CCAÇ 3490 (Saltinho, 19727/4), como tudo indica, é estranho não ter referido a tragédio do Quirafo,  com 11 mortos incluindo o alf mil op esp /ranger Armandino e um prisioneiro,  o António Batista da Silva, o "morto-vivo", levado pelo PAIGC para Conacri. Foram factos absolutamente cruciais da história do BCAÇ 3872 e da CCAÇ 3490 (*****).

Entretanto, será que alguém se lembra do fur mil op esp / ranger Eusébio da CCAÇ 3490 / BCAÇ 3872 ? (******) 

Em cada companhia, havia um alferes ranger e um furriel ranger... A menos que se trate de um "nome de guerra" ou "pseudónimo", o Eusébio deve  constar da lista do pessoal da CCAÇ 3490... Ao fim destes anos todos, seria interessante ter notícias dele...


__________

Notas de L.G.


[...] 1 - O batalhão de Galomaro [BCAÇ 3872, Galomaro, 1972/74] não pernoitou em Bambadinca, onde eu me encontrava naquela data.

2 - Contrariamente ao afirmado na página do Ranger, não tinha morrido ninguém no rio Pulom. A picada do Pulom foi aberta, melhor dizendo, foi um alargamento do carreiro dos djilas, entre Chumael e imediações de Galomaro, onde fiz segurança com o [Pel Caç Nat] 53.  Para o Saltinho era uma via de abastecimento mais segura e mais utilizável, mesmo durante as chuvas, em comparação com a via Bambadinca-Mansambo-Xitole-Saltinho. Não havia problema com minas, visto os carros do Jamil  e do Rachid, circularem no itinerário na maior das calmas. Coube-me a mim e ao alf Mota da CART 2701 inaugurarmos a picada em abril de 71 com uma ida a Bafatá, óptimo para quem estava no mato desde outubro de 70. Desde a abertura até agosto de 72 não houve,felizmente, qualquer incidente no Pulom.

3 - Falando verdade havia, é um facto, um grupo no Saltinho preparado para acções irregulares. Eram oito militares do 53, não foram fuzilados, por estranho que pareça, escolhidos pelo Marcelino [da Mata]. É também verdade fazerem operações para lá da fronteira, juntamente com outros, vindos de Bissau, mas, sempre sem qualquer enquadramento de militares brancos. Este grupo acabou por ser desactivado, ainda no meu tempo, devido a interferências do [capitão[ Lourenço, pensando que o grupo estava às ordens dele. [...]

4 - Havia armamento do IN para aqueles oito elementos, que eu utilizei algumas vezes em operações regulares.O [ranger] designa a Kalasch por HK 47, podia ter ido aos livros ver que é AK47. [...]

5 - [O ranger] fala dos Roncos. Esquece que o Ronco foi do PAIGC em 17 de Abril de 1972, com a tragédia do Quirafo. Foi a emboscada ao anoitecer em Madina Buco, hei-de contar, foi o ataque a Sincha Mamadú.

6 - Acredito que o ranger seja da companhia do Lourenço [, a CCAÇ 3490], sabe coisas do Saltinho que batem certo. O alferes ranger era o Armandino [...[

7 - A cara do tipo não me diz nada. Há uma foto de um militar branco frente a uma formatura de negros que não deve ter sido tirada no Saltinho. Deverá ser um pelotão de milícias. O armamento da foto é NT, não é IN. [...]

(***) Tudo indica que o ranger Eusébio pertencia à unidade de quadrícula, sedeada no Saltinho, a CCAÇ 3490 (, pertencente ao BCAÇ 3872, com sede em Galomaro, 1972/74), pessoal que desembarcou justamente na véspera do Natal de 1971.

A CCAÇ 3490 iniciou em 24 de janeiro de 1972 o treino operacional e sobreposição com a CCAÇ 2701, assumindo a responsabilidade do subsector em 11 de março de 1972, deslocando um pelotão para guarnecer o destacamento de Cansamba, no subsector de Galomaro. Foi rendida pela 3ª Companhia do BCAÇ 4518/72, em 7 de Março de 1974. Restantes  subunidades de quadrícula do BCAÇ 3872: CCAÇ 3489 (Cancolim), CCAÇ 3491 (Dulombi).

A CCAÇ 3492 estava no Xitole; a CCAÇ 3494, no Xime e depois em Mansambo; e a CCAÇ 3493 ficou aquartelada em Mansamba (e mais tarde, foi para o Sul, para Cobumba). A CCS e o comando do batalhão estavam em Galomaro.

(****) Último poste da série > 30 de abril de  2019 > Guiné 61/74 - P19731: 15 anos a blogar, desde 23/4/2004 (4): "Os Roncos de Farim: 1966-1972", uma nota de leitura da brochura compilada pelo Carlos Silva

(*****)  Vd. poste de 17 de abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1669: Efemérides (1): A tragédia do Quirafo, há 35 anos (Paulo Santiago / Vitor Junqueira / Luís Graça)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Guiné 63/74 - P7786: Os nossos seres, saberes e lazeres (29): Na China, com o meu portátil, para poder estar em dois mundos (António Graça de Abreu)










No passado dia 2 de Fevereiro, o nosso camarigo António Graça de Abreu mandou-nos uma cartão, com animação, anunciando o novo ano chinês... Chun Jie Hao, Xin Nian Hao, Bom ano do coelho...

O Novo Ano Chinês começou no dia 3 de Fevereiro. O Ano do Coelho  define-se por articulação, ambição, controle, afeição, cooperação, amizade e sentimento... O Coelho é o 4º signo do zodíaco chinês... Reproduzimos acima os 4 diapositivos que fazia parte do cartão remetido pelo António... Desconheço a sua autoria...  Ao nosso António e família desejamos boa viagam (pela China) e um bom ano do coelho...(LG),. . amizade




 1. Mensagem do nosso camarigo António Graça de Abreu, de partida para a China:

Data: 10 de Fevereiro de 2011 22:02

Assunto: Blogue na China

Vou amanhã para Xangai, só regresso a 22 de Março.
Na China não há blogues, é tudo cortado. Mas eu levo o portátil, e espero estar em dois mundos.

Há ano e meio, meu caro Carlos, enviaste-me como mails os textos do blogue.
Se for possivel repetir, agradeço muito . Se não, vocês também têm mais que fazer do que preocuparem-se com este Abreu sínico.

Adeus, até ao meu regresso, da China.

Abraço, amigo

António Graça de Abreu


________________

Nota de L.G.:

Último poste da série > 27 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7513: Os nossos seres, saberes e lazeres (28): Banco de Crachás e Guiões (António Costa)

domingo, 4 de janeiro de 2009

Guiné 63/74 - P3701: Blogues da Nossa Blogosfera (12): Portal Guerra Colonial, da A25A (Pedro Lauret)


1. Mensagem de Pedro Lauret


Está on-line o novo site sobre a Guerra Colonial – http://www.guerracolonial.org/ – lançado pela Associação 25 de Abril e coordenado por mim.

Os textos base são da obra de Aniceto Afonso e Matos Gomes – Guerra Colonial. De momento o site está em finalização e aperfeiçoamentos, devendo ser lançado oficialmente a 4 de Fevereiro. Nesse mesmo dia será lançado, conjuntamente, uma página, no site da RTP, com documentários da Guerra, quer produzidos na época quer actuais, incluindo o do Joaquim Furtado.

Se acharem indicado divulguem pela nossa Tabanca e quem entender fazer críticas ou sugestões nós agradecemos.

Para o lançamento oficial enviarei os adequados convites.

Pedro Lauret

2. Comentário de VB:

Ver aqui o mapa do site: http://www.guerracolonial.org/mapa_do_site

Tem cinco grandes dossiês:

» Cronologia
» ONU
» Protagonistas
» Galeria Multimédia
» Estatísticas

Os nossos parabéns ao nosso camarada Pedro Lauret e à sua equipa. Este portal historiográfico, recheado de textos, imagens e vídeos (estes, fundamentalmente com origem na RTP) é um valiosíssimo contributo para o aprofundamento e divulgação do conhecimento da guerra que Portugal travou em três frentes, no continente africano, entre 1961 e 1974.

Vamos incentivar os amigos e camaradas da Guiné a visitá-lo e a consultá-lo com atenção, entusiasmo e espírito crítico. Para já nem todas as funcionalidades parecem estar operacionais, presumimndo-se que o site ainda esteja em construção, como se deduz da própria mensagem do Pedro Lauret (por exemplo, ainda está disponível a informação de rodapé sobre: Colaborações e bibliografia; Equipa técnica; Mensagem; Links; Contactos...).
__________

Notas de vb:

1. Pedro Lauret, actualmente Capitão-de-mar-e-guerra na reforma, embarcou para a Guiné, em Setembro de 1971. Como Imediato do NRP "Orion" percorreu rios e braços de mar navegáveis (Cacheu, Geba, Buba, Tombali, Cumbijã, Cacine, Bijagós). Em Maio de 1973 encontrava-se em missão no Rio Cacheu aquando dos ataques a Guidage, Desembarcou o DF 8 no Jagali, afluente do Cacheu. No mesmo mês, no rio Cacine, foi a primeira unidade a chegar a Gadamael depois da retirada de Guileje, evacuando cerca de 300 militares e civis que se encontravam espalhados pelas margens do rio. Actualmente faz parte da Direcção da Associação 25 de Abril e lidera um projecto de investigação Histórica com a designação –“Marinha: do fim da II Guerra Mundial ao 25 de Abril de 1974”.

2. Último artigo da série: