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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19130: Agenda cultural (653): 1.º Encontro Nacional de Militares Escritores, Coimbra, FL/UC, 4.ª feira, dia 24 (Manuel Barão da Cunha)



Amanhã, 4.ª feira, dia 24 de outubro, realiza-se, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), o 1.º Encontro Nacional de Militares Escritores. O evento insere-se no âmbito das comemorações do Dia do Exército Português. A sessão vai contar com os seguintes palestrantes: Coronel Manuel Barão da Cunha, Coronel Carlos de Matos Gomes, Coronel Nuno de Lemos Pires, Tenente-Coronel Pedro Marquês de Sousa, Tenente-Coronel Luís Brás Bernardino e Sargento-Chefe Jorge da Silva Rocha.

A sessão decorrerá no Teatro Paulo Quintela (FLUC – 3.º Piso), a partir das 15 horas.



1.º ENCONTRO NACIONAL DE MILITARES ESCRITORES

FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

24 de outubro de 2018


PROGRAMA


14H50 – Receção dos convidados e ocupação de lugares no Anfiteatro

15H00 – Chegada de Sua Excelência o General CEME

15H05 – Início da Conferência

– Intervenção de Sua Excelência o General CEME

– Intervenção do Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra

– Troca de lembranças institucionais


15h30 – Primeira Mesa

– Moderadores: 
Prof. Dra. Manuela Ribeiro | Prof. Dr. António Ventura

– Palestrantes: 
Cor Matos Gomes | Cor Lemos Pires | TCoR Marquês de Sousa

– Debate

16H30 – Intervalo

16H45 – Segunda Mesa

– Moderadores: 
Prof. Dra. Manuela Ribeiro | Prof. Dr. António Ventura

– Palestrantes: 
Cor Barão da Cunha | TCor Brás Bernardino | SCh Silva Rocha

– Debate

17H45 – Entrega de lembranças aos Moderadores e Palestrantes e Fim do Encontro
________________


1.º ENCONTRO NACIONAL DE MILITARES ESCRITORES 

FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

24 DE OUTUBRO DE 2018


PALESTRANTE
OBRA
EDITORA
Coronel Manuel Júlio Matias Barão da Cunha
Radiografia Militar e os 4 DDDD? Fim do Império, anverso e reverso?
Âncora Editora
Coronel Carlos Manuel Serpa de Matos Gomes (Carlos Vale Ferraz)
A Última Viúva de África
Porto Editora
Coronel Nuno Correia Barrento de Lemos Pires
Cartas de Cabul
Tribuna da História
Tenente-Coronel Pedro Alexandre Marcelino Marquês de Sousa
Bandas de Música na História da Música em Portugal
Fronteira do Caos
Tenente-Coronel Luís Manuel Brás Bernardino
Timor Leste. Da Guerrilha às Forças de Defesa
Mercado de Letras
Sargento-Chefe Jorge Manuel Lima da Silva Rocha
PLANEAMENTO DE DEFESA E ALIANÇAS
Portugal nos primeiros anos da Guerra Fria 1945 - 1959
Comissão Portuguesa de História Militar
______________

Nota do editor:

Último poste da série > 23 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19128: Agenda cultural (652): DocLisboa 2018, 16º Festival Internacional de Cinema...Todo o cinema do mundo: 243 obras, de 54 países... Uma sugestão do nosso blogue: vejam o filme "Para la guerra", de Francisco Marise, na Culturgest (Grande auditório), na 5ª feira, dia 25, às 19h.

domingo, 22 de novembro de 2015

Guiné 63/74 - P15392: Facebook...ando (38): III Encontro de Combatentes da Guerra do Ultramar (1961-1975), promovido pela Junta de Freguesia de Arrifes (concelho de Ponta Delgada, S. Miguel, Açores) (Carlos Cordeiro)

III ENCONTRO DE COMBATENTES DA GUERRA DO ULTRAMAR (1961-1975)

Promovido pela Junta de Freguesia de Arrifes 
(Concelho de Ponta Delgada, S. Miguel, Açores)

No Sábado, 21/11/2015, a Junta de Freguesia de Arrifes, presidida pelo jovem Eusébio Massa, com a colaboração do Comando da Zona Militar dos Açores, promoveu o III Encontro de Combatentes da Guerra do Ultramar (1961-1975) naturais dos Arrifes ou lá residentes.

Trata-se de um encontro que se realiza de dois em dois anos e que este ano contou com mais de cem participantes, incluindo combatentes e respectivas famílias.

Pelas 18 horas, os participantes assistiram à Missa na Igreja de S. José de Ponta Delgada, seguindo depois para o Forte de S. Brás. Ali, o Coronel (Ref) José Manuel Salgado Martins (Antigo Combatente, com comissões em Angola e na Guiné), destacou algumas peças em exposição numa das salas do Museu Militar dos Açores.

Após a homenagem aos Mortos em Campanha, e já na sala de jantar, proferiram breves alocuções o Cor. Salgado Martins, os Presidentes das Delegações da Liga dos Combatentes e da ADFA e o Comandante da Zona Militar dos Açores, Major-General José Manuel Cardoso Loureiro.

Durante o jantar, numa ampla sala do Forte de S. Brás, houve boa música ao vivo.

Deixo as considerações e comentários que a iniciativa merece aos camaradas d'Armas dos "ACA".







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Nota dos editores

Último poste da série de 23 de dezembro de 2014 Guiné 63/74 - P14073: Facebook...ando (37): Cartão de Boas Festas (Maria Alice Carneiro)

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Guiné 63/74 - P12029: Um encontro em férias com um embaixador da UE que esteve em Bissau no pico do conflito político-militar 1998-1999 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 16 de Maio de 2013:

Carlos,
Foi uma grande surpresa, de vez em quando temos o choque das grandes alegrias, puras e inesperadas.
[...]
Como é evidente, pedi autorização ao embaixador para publicar as fotografias e aonde.
Recebe um abraço de um amigo que te quer sempre bem,
Mário


Encontro inesperado com um embaixador da UE em Bissau

Beja Santos

2 de Setembro, cerca das 19 horas, Praia Grande, região de Sintra. Tarde magnífica, estive uma hora no banho, ondulação inocente, dava gosto, água quase tépida, as vagas sucessivas da ondulação massajavam, uma maresia de sal e iodo, nem havia vontade de sair tão cedo da água. Depois passeei-me à beira-mar, sequei-me, subi para o passeio e limpava afanosamente os pés quando um vozeirão estoirou ali ao lado:
- O que é que você faz aqui nos meus domínios, ó Beja Santos, há quanto tempo não nos vemos?.

Não fiquei estupefacto muito tempo, quem me aborda assim de supetão está praticamente como quando o conheci, no final de 1977. Abraçámo-nos, era o Miguel Amado, e quando nos conhecemos foi no Ministério do Comércio, ele na rede nacional de frio e eu já nos consumidores. Viajamos pela Dinamarca, em 1978, e quando nos separámos em Copenhaga, no aeroporto, eu seguia para Amesterdão e ele para Lisboa, preguei-lhe uma pequena partida, pedi-lhe para trazer duas pesadas malas com a documentação e filmes que trazia numa visita à Suécia, ele que tivesse pena de mim, ia agora para Haia buscar vários sacos com bobines para os filmes que iria apresentar na RTP. Ele já esquecera essa partida, quase 40 quilos de papelada e película que trouxera até minha casa.

Foi uma alegria este reencontro. Bebemos uma imperial e cavaqueámos pelas várias décadas em que andámos dispersos. A Guiné veio à baila. Ele percebeu que eu tinha os olhos em alvo, bebia tudo quanto ele dizia. Ele foi embaixador da União Europeia, apanhou o conflito político-militar da Guiné em cheio. Já tínhamos falado de Madagáscar, do Burundi, da República Dominicana e do Congo Brazaville, algumas das paragens onde fez diplomacia, conheceu cinco golpes de Estado. Pedi-lhe para voltarmos à Guiné.
- Ó Beja Santos, há muito para contar, venha jantar comigo na quarta-feira, trato-o bem, vamos marcar um ponto de encontro.

E assim foi, encontrámo-nos na Ribeirinha de Colares, pegou em mim e de jipão seguimos para um morro onde ele tem a sua casa. E que panorâmica, meu Deus! Fiquei sem fala, avista-se o espinhaço pétreo onde assentam o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena, avista-se perfeitamente Monserrate, a Quinta da Piedade, em escadaria a Eugaria, pode divisar-se a Estrada Nova da Rainha, estávamos a saborear um fim de tarde cálido, avistava-se uma neblina que tecia cogitações românticas, havia para ali um silêncio monástico, que inibia a conversa. Feita a apresentação do lugar, percorri a sua bela casa, mexi nos livros, obras de arte, bibelôs, como me atrevo a fazer quando me sinto em intimidade.

Aos solavancos, voltámos à década de 1970, percorremos as suas missões, lá o fui manipulando até chegarmos à Guiné.
- Espere lá, vou buscar os álbuns, tenho ali fotografias que o vão entusiasmar. Olhe para esta, a comissária Emma Bonino, que apareceu ali acidentalmente na Guiné, forçou o aperto de mão entre o Ansumane Mané e o Nino Vieira, não percebeu patavina do que eles disseram, e depois veio cá para fora dizer que se tinham dado passos extremamente importantes para a reconciliação… e temos aqui esta fotografia histórica.

Continuou a remexer no álbum, vi a sua residência em derrocada, vi os vestígios das bombardas que o assolaram, ele lá está, sorridente e lampeiro, como sempre.

- Há muito mais a conversar sobre a Guiné, voltaremos ao assunto em próximo encontro.

Aquiesci prontamente. É claro que nos vamos encontrar mais. A Guiné é interminável, ele esteve lá dois anos e meio, tem mesmo muito para contar.

Para não cansar muito o confrade, junto só três fotografias, a de um aperto de mão que não ficou para a História, e as ruínas de uma casa no fragor de uma guerra civil, com os sinais do metal da morte.




Fotos: © Embaixador Miguel Amado

É muito bom conversar com o Miguel Amado, é um homem crente e tem o vigor dos apóstolos, a solicitude dos generosos e, como todos os justos, não há para ali azedumes, rancores nem insinuações pestilenciais. Estou mesmo a aguardar uma nova oportunidade de lá ir a casa, ele recordou a luz de Outubro, quase mística, naquele cenário transcendente. Eu vou. E voltaremos a falar da Guiné.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Guiné 63/74 - P10046: Interessante os diálogos com o Senegal em Junho de 1973 (José Paracana)

1. Mensagem do nosso camarada José Paracana (ex-Alf Mil Analista de Segurança das Transmissões do QG do CTIG, 1971/73), com data de 30 de Maio de 2012:

Caro camarada!
Como estive colocado na Xeret, recolhi informação classificada!
Aí vai: pode pôr no blogue que eu já não me recordo dos dados de entrada no dito!
Interessante saber que o Senegal... dialogava!

Um abraço do
ex. alf. mil. José Paracana


Este documento transcreve uma escuta-rádio do pessoal da Guiné-Conakri!

É por demais ridículo... mas aconteceu este tipo de defesa. Na verdade, por vezes o nosso pessoal, junto à fronteira, "invadia o lado de lá" para passar tempo e beber "no estrangeiro"! Pelo menos assim mo contavam!!!


Neste documento a coisa reveste-se de tragédia: a morte levou mais inocentes para o seu quintal! [...]


Travei conhecimento com o alf mil que estava no serviço de reenvio de corpos para a metrópole! [...]. 

Nota do editor (LG): 

(...) Sobre este ponto (delicadíssimo), diz o nosso camarada Francisco Pinho o seguinte em oportuníssimo e esclarecedor comentário, de 19 d9 corrente, enviado às 7:28:00 PM:

 (...) "Quanto ao segundo documento, e relativamente ao comentário sobre o mesmo,  venho dizer que não havia nenhum alferes miliciano que reenviava os corpos para a metrópole. A secção de funerais,  1ªRep/2ªFun-QG/CTIG,  era constituída por um tenente do SGE, um primeiro sargento, dois furrieis milicianos, dois primeiros cabos e cinco soldados, estando um sediado em Nova-Lamego e tinha a seu cargo tudo o que respeitava a tratamento de mortos no COP5. 

NUNCA foram juntos cadáveres ou parte destes na mesma urna. Quando era impossível recuperá-los por diversos motivos,  eram declarados desaparecidos, com forte presunção de morte, ou então era comunicado que os mesmos ficavam sepultados na Guiné, sendo fornecidas todas as indicações sobre as suas sepulturas, caso de Guidaje. Francisco Jorge de Pinho, Fur Mil 1ªRep-2ªFun-QG/CTIG 1973/14-10-1974". (...)
 

Interessante saber que o Senegal... dialogava!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Guiné 63/74 - P8735: Blogoterapia (188): Encontros, ou como abrir o tal Capítulo da Vida (Torcato Mendonça)

1. Mensagem de Torcato Mendonça* (ex-Alf Mil da CART 2339 (Mansambo, 1968/69), com data de 1 de Setembro de 2011:


ENCONTROS

Foi-me dado a conhecer o Blogue, LG & Camaradas da Guiné.
Li e, passado algum tempo, fiz um comentário. Não sei porquê, após esse comentário, comecei a escrever com alguma assiduidade. Porquê? …A guerra para mim acabou há muito tempo… dizia ou pensava eu…

Sobre a vida militar e a guerra pensava, há muito tempo, ter essa parte de minha memória envolvida por denso nevoeiro. Recordava, em pequenos “flashes”, um assunto ou outro. Certo, isso sim, era ter considerado encerrado esse Capítulo. Não tenho o hábito,  após considerar encerrado um “Capítulo de Vida”, voltar a abri-lo. Erro meu este, erro meu.

Hoje pouco, muito pouco mesmo, escrevo para o Blogue. Agravado por estes períodos de ausência que vieram reforçar a pouca vontade de “contador de estórias” e etecéteras desse meu passado.

Aborreço-me ler certos escritos. Não são só aqueles geradores de “desavença” ou polémica. Esses são naturais e salutares em espaço de opinião que se quer plural. Refiro-me mais a certos abusos,  não reprimidos.

Muitos deles são aberrações, produto de mentes com algum problema ou intenções destrutivas. Como tal deviam, de imediato, entrar na trituradora do papel. Também certo modo de juntar demasiado as NT e o IN (leia-se Nossas Tropas e o Inimigo). Cada um no seu lugar. Misturas,  não. Claro que a guerra já terminou.

Então falemos abertamente, com o respeito tido outrora ou hoje sem contenda. Diga? Quem? Eu? Só nós? Pois, e assim não, não.

Contudo, o que começo a tolerar menos, detesto, são certas “vaidades”. Chamo-lhe assim e coloco entre aspas para poder continuar.

Volto ao inicio, à abertura de um Capítulo já encerrado, ao erro da sua abertura.

Queria eu dizer então:
- Há muitos anos, muitos mesmo, tendo tanto trabalho, tanta vida a galgar, tanta preocupação, como iria ter tempo para recordações militares?

Fechei então esse “Capítulo” e ponto final. Os anos passaram velozes.

Um dia o telefone tocou.
- É um senhor com um assunto pessoal.
- Quem?
- Diz ter estado na Guiné…
- Passe então… Guiné!?

Estabeleceu-se uma conversa que me levantou algumas dúvidas. Não a recordo bem. Queria o meu endereço para tratar, ele e outros, do primeiro almoço da Companhia, a CART 2339. Disse-lhe o número do apartado.

Dias depois aí estavam notícias. Falei com alguém da Companhia. Não tenho a certeza com quem. Como não recordo o ano. Talvez 90 ou 91. Localidade escolhida para esse primeiro encontro, Aveiro.
Fui. O ponto de encontro foi junto a um hipermercado. Depois fomos para um restaurante da cidade.
Ali estávamos novamente junto,  cerca de vinte anos depois.

Olhava e queria ver o impossível, os mesmos rostos, os mesmos gestos e sorrisos e, confesso, além de não recordar a maioria ou confundir os nomes, estava muito emocionado. O desgaste do tempo, o nosso afastamento, aquela inesperada reunião - planeada,  é certo – a emoção que provocava, a saudade dos que ali não estavam e sentiam-se, tudo junto levava-me a só parte de mim ali estar. Além disso quem ali estava pouco, muito pouco, tinha a ver com o militar que outrora estivera com aqueles camaradas. Era outro muito diferente e não vestia o camuflado. Era passado. Só que nunca se apaga totalmente o passado e algo ainda ali permanecia, algo começava a aparecer. Sentia-o naturalmente.

Além disso apercebia-se, pela forma de estar, de conversar, de rir que alguns ainda por lá andavam. Muito deles pertenciam ainda a esse passado. Viviam o hoje como se fosse o ontem, contavam certas vivências como fossem quase o presente.

Eu reagia, fortemente, a uma palavra se pronunciada – Mansambo. Preferi ir na onda e ouvir mais do que falar. Hoje sinto uma recordação tão longínqua, tão afastada desse encontro, talvez, mesmo mais afastada do que os tempos vividos na Guiné.

Ali estava gente feliz com risos, gargalhadas, falando alto em alegria e, talvez, procurando apagar aquele afastamento de duas décadas. Seria? Não sei.


Do “meu” Grupo estava, como é lógico, mais próximo. Sentia uma maior emoção ao vê-los, sentia-os todos, os presentes e os ausentes. Com alegria ia conhecendo a sua vida de hoje, o seu estar na vida, a família, os filhos e as mulheres. Era uma alegria fortemente emotiva.
- Tens dez filhos?
- Dez…

O tempo voou rápido e saí. Como? Quando? Não sei, não recordo. Rumei a Coimbra. Apetecia-me beber em silêncio, estar só. Vinha-me uma palavra ao pensamento, uma recordação mais forte. Porque abrira aquilo? Porque abrira aquele “Capítulo de Vida”? Era um misto de sim e não. Era o aceitar e o querer afastar. Não as pessoas, não os camaradas ou a Guiné. Então o quê? O meu eu de outrora? Era uma luta entre o passado, aquele passado, e o presente. Mas o presente não podia viver amputando dessa parte do passado.

Aquele encontro é possível que tenha condicionado mais fortemente o novo encerramento. Tanto assim que foram sucedendo, ano após ano, os almoços anuais dos encontros e fui, ano após ano, adiando a minha comparência. No fundo sempre os senti perto. Estavam todos, todos, mas em Mansambo. Eram os eternos camaradas e amigos. Difícil de explicar. Tanto assim que certo acontecimento marcou o regresso.

Ano de 2005, ano difícil para mim. Esperava ser ano de paragem, ano em fim de linha. Regressei, quinze anos depois, ao Encontro,  para uma despedida silenciosa. Era uma necessidade voltarmos a encontrar-nos em Évora onde, trinta e oito anos antes, tudo começara.

Falamos, rimos, revivemos, voltei a entreabrir o tal “Capitulo de Vida”, qual pisca-pisca ou abre e fecha.
Senti-me desgastar mais cedo do que esperava e, a meio da tarde, pedi a meu filho para regressarmos.

Ele, que não foi militar e da Guiné pouco sabia, regressou a contra-gosto. Um regresso cheio de perguntas. Estava deslumbrado e não entendia bem aquele convívio, o modo como as pessoas estavam, a maneira como se relacionavam umas com as outras, a amizade e camaradagem. Tentei explicar. Devia ter explicado há mais tempo.

Poucos dias depois o mais novo disse-me:
- Pai, se para o ano fores ao Encontro, eu quero ir contigo.

O irmão contara-lhe. Talvez um dia isso aconteça, talvez um dia regresse.

Agora tenho ido aos Encontros do Blogue – LG & Camaradas da Guiné. É diferente. São antigos militares, camaradas e amigos, muitos a só se conhecerem nesses encontros, mas com algo em comum. A Guiné, a guerra, as situações de perigo vividas e algo que só eles, só eles compreendem e eu não sei definir.

Há uma palavra que diz algo: - camarigo. Sim camarigo, a contracção de camarada e amigo. Para alguns a palavra camarada é pouco agradável, mas o afecto, a amizade, a partilha de toda uma vivência naquela Terra une-os e continuam camaradas e amigos.

Os encontros de Companhia têm tudo isso e mais a cumplicidade vivida e sentida. Para o ano, parece ser em Maio de 2012, há mais um encontro da Companhia e porque não ir? Estamos, temporalmente, a uma eternidade de meses de distância e vivo um dia de cada vez. Um dia…

Terei que pensar, com tempo, tanto tempo para esse Encontro.

Tenho, sinceramente que tenho, vontade de encerrar mesmo. Ainda hoje consegui ouvir um minuto, talvez dois, do fim da conversa de três Camaradas numa TV. São do Blogue, membros do Blogue. Não deu para ter uma opinião. Certo é que me deu para pensar um pouco, para juntar estas letras e me interrogar sobre alguns porquês.

Até sempre Camaradas ou Camarigos…
TM
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 16 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8676: Fotos à procura de... uma legenda (6): Mansanbo, CART 2339 (1968/69)...O pingue-pongue...da vida undergound (Torcato Mendonça)

Vd. último poste da série de 24 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8703: Blogoterapia (187): Devaneios literários? (José Marcelino Martins)

sábado, 16 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8560: Os nossos médicos (40): Em Junho de 2012, vou recordar mais coisas, no 15º encontro da malta do HM241 (J. Pardete Ferreira)

1. Comentário, de 12 do corrente, do nosso camarada médico J. Pardete Ferreira, ao poste P8518:


Neste novo tacho de Anexo do Arquivo Geral do Exército, e não só, que não é uma prestação de serviços remunerada, para não infringir o D.L 137/2010,  de 28 de Dezembro,  e que faço com muito prazer, toldado, aqui ou ali, por um desaparecimento mais, vejo caras a que não consigo dar nome e nomes, cujas caras não encontro.


Lembro-me do falecido Borges de Sousa, ORL [,otorrinolarangologista,] e Director do HM241 que, em 1963, tinha ajudado o Prof Larroudé a operar-me ao ouvido direito no Hospital de Sta Maria (é por isso que só ouço metada de algumas asneiras que se dizem à minha beira, como no café, a título de exemplo); muito especialmente do igualmente falecido Nogueira Pinto, com quem trabalhei no H Sta Maria, que um dia, estando a operar, histericamente o avisam de que um baleado estava a chegar ao Hospital:
- Deixem-me acabar o que estou a fazer, eu até estive na Guerra!.

Com efeito tinha sido médico no Olossato e um dos Capitães que encontrei no Cacheu, tinha sido Alferes com ele que, de certo modo, acabou por ter sorte. Estando a fazer a barba, desencadeou-se um ataque ao aquartelamento e uma bala... veio partir o espelho de que se servia.

Respondendo ao camarigo [José] Marcelino Martins: não,  o meu Amigo António Rodrigues Gomes, Prof de Ortopedia, não foi Médico na Guiné. Como eu oriundo do Liceu Gil Vicente e sportinguista, partilhava o gosto do andebol; ele como defesa esquerda e eu como guarda-redes. Ambos fomos convidados pelo Prof Raposo para ir para o Benfica, clube que ele treinava. O Rodrigues Gomes aceitou e eu fui para o Sporting. Isto em anos diferentes, porque eu era um puto. Nesse tempo do Gil ia-se para o Benfica, do Pedro Nunes para o Sporting e creio que da Fonseca Benevides para o Belenenses.


Mas o nome de Raposo é importante: descobrindo o filho Raposo como Capitão e Comandante de Companhia  na Guiné, ajustamos e disputamos, para gáudio dos feridos e doentes que  nesse dia tiveram uma diversão, um jogo de andebol de uma equipa da sua Companhia e uma do HM241. Até eu joguei, a pivô, ganhamos e só tenho pena que o Couto, escriturário, que jogava no Boavista e que marcou quase todos os nossos golos, tivesse falecido.

Caro Zé, O Rodrigues Gomes, Cirurgião, que esteve em Bissau, após um estágio nos EUA e uma breve passagem pela Cardiologia Médico Cirúrgica do HS Maria, foi para o Porto fazer Cirurgia Cardíaca.

Obrigado e um Alfa Beta

José Pardete Ferreira

PS - Prometo que quando estiver com a malta do HM241 no primeiro domingo de Junho de 2012 para o 15º encontro, vou descobrir coisas, uma vez que só tenho escrito de cor. Com a ajuda da minha malta. Tudo vos será repetido. (*)
_________________



Nota do editor:

(*) Último poste da série > 14 de Julho de 2011 >
Guiné 63/74 - P8555: Os nossos médicos (39): Venham mais cinco, dez, vinte... E também os nossos queridos enfermeiros (J. Pardete Ferreira)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Guiné 63/74 – P6566: Efemérides (45): XXVII Encontro Nacional de Combatentes, 10 de Junho em Belém/Lisboa


10 de Junho de 2010 - XVII Encontro Nacional de Combatentes da Guerra do Ultramar
Camaradas,

1. Amanhã, dia 10 de Junho, festeja-se o XXVII Encontro Nacional de Combatentes, como habitualmente frente ao magnífico e majestoso Monumento Evocativo aos ex-Combatentes da Guerra do Ultramar, que se situa na margem direita do Rio Tejo, junto ao Forte do Bom Sucesso, em Belém, Lisboa.

Aos tertulianos da Tabanca Grande que se queiram encontrar, aqui fica a sugestão para que tal como ano passado nos concentremos em frente ao portão principal do dito Forte, a partir das 12h00.

Lembro que a organização dispõe, no mesmo local da realização das cerimónias, para quem assim o pretender, de serviço de refeições a preços económicos, o que permitirá almoçarmos em amena confraternização por mais uns bons momentos, cavaqueando e convivendo.

Sobre o evento recebemos a seguinte mensagem, que pela sua importância passamos a publicar.
10 de Junho de 2010 - XVII Encontro Nacional de Combatentes da Guerra do Ultramar
2. Caros Veteranos da Guerra do Ultramar, repassem esta mensagem – segue a transcrição:

A todos os Patriotas, Combatentes e suas Famílias.
Este ano, o 10 de Junho realizará uma especial homenagem às Mães e Mulheres dos Combatentes.
Será oradora a viúva do Herói de Diu, Senhora Dª. Maria do Carmo Oliveira e Carmo.

Torna-se imperativo passar a mensagem, não só aos Combatentes mas a todas as Famílias Portuguesas que mantêm vivos os Valores Patrióticos. Para isso basta que, quem receber, sinta a responsabilidade de cooperar, reenviando a todos os seus endereços com pedido de reenvios sucessivos.

Será seguramente uma bonita e muito digna cerimónia, celebrando VALORES que o nosso Portugal de hoje tanto necessita.

Lá vos esperamos!

Francisco de Bragança v. Uden
Comissão Executiva
3. Do nosso Camarada Beja Santos recebemos a seguinte Newsletter, de Junho, do Forte do Bom Sucesso e Museu do Combatente:
Exmo(a). Sr(a).
Bem-vindo à Newsletter do mês de Junho de 2010 do Forte do Bom Sucesso (século XVIII) e Museu do Combatente.
No âmbito do mês de Junho e das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas - 10 de Junho de 2010, o Museu do Combatente e Forte do Bom Sucesso convida a marcar presença no XVII encontro Nacional de Combatentes 2010.
As cerimónias são organizadas pela Comissão Executiva do Encontro Nacional de Combatentes 2010, cujo Presidente da Comissão é o Sr. Almirante Francisco Vidal Abreu e terão lugar no Museu do Combatente e Forte do Bom Sucesso e na Igreja dos Jerónimos.
Tendo por finalidade comemorar o Dia de Portugal e homenagear a memória de todos quantos, ao longo da história de Portugal, chamados um dia a Servir a Pátria, tombaram no campo da honra, em qualquer época ou ponto do globo.
O programa iniciará com a concentração junto ao Monumento aos Combatentes da Guerra do Ultramar, por volta das 11h30, seguindo-se uma cerimónia inter-religiosa (católica e muçulmana), homenagem aos mortos e deposição de flores, sobrevoo por aeronaves da Força Aérea Portuguesa, Salto de Pára-quedistas, entre outras iniciativas.
A visita ao Museu do Combatente e Forte do Bom Sucesso neste dia é gratuita, acrescendo-se a renovação das mostras representativas de material/equipamento dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas.
Inaugurado em 2003, o Museu do Combatente é da responsabilidade da Liga dos Combatentes, a qual procedeu à requalificação do Forte do Bom Sucesso como espaço museológico.
Incorporando hoje em dia uma agenda cultural que tem por objectivo não só a expressão dos feitos militares portugueses (mostra permanente), mas também a realização de várias exposição temporárias, enquanto espaço de defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar.
A Liga dos Combatentes, foi fundada em 1923, enquanto pessoa colectiva de utilidade pública Administrativa, sem fins lucrativos, de ideal patriótico e de carácter social, exercendo a sua actividade sob a tutela do Ministério da Defesa Nacional.
O Museu do Combatente surge deste modo, como pólo de divulgação da História de Portugal de uma forma viva e dinâmica, incorporando o conjunto Monumento-Forte e a magistral envolvência do espaço, junto à Torre de Belém.
Por tudo isto e pela magnífica vista panorâmica sobre o Tejo que o Forte proporciona, convidamos desde já, à sua visita virtual através da Newsletter FBS (em anexo).
Com os melhores cumprimentos,
Catarina Carvalho
Departamento de Marketing e Comunicação
Museu do Combatente e Forte do Bom Sucesso
Forte do Bom Sucesso, Praça do Império (junto à Torre de Belém),1400 - 038 Lisboa - Portugal? Telefone: 927 383 139?
E-mail:

__________
Nota de M.R.:

terça-feira, 30 de junho de 2009

Guiné 63/74 - P4607: III e IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (16): Micro-filme com imagens de Monte Real (dias 17Maio2008 e 6Junho2009)

1. O nosso Camarada Jorge Canhão, que foi Fur Mil da 3ª Cia do BCAÇ 4612/72, Mansoa 1972/74, enviou-nos um filme, sem mais palavras mas com muitas imagens, que dedica a todos os Tertulianos, que estiveram presentes nas 2 últimas confraternizações anuais do pessoal “bloguista”, que decorreram na bonita e acolhedora Quinta do Paúl, em Ortigosa, Monte Real.


Um abraço,
Jorge Canhão
_________
Notas de M.R.:

(*) Vd. último poste desta série em:



quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Guiné 63/74 - P3639: Blogues da Nossa Blogosfera (11): Do Cerro do Cão, em Peniche, ao Apocalipse Now (José Pedrosa / Luís Graça)



Cópia da folha de rosto do Blogue de José Pedrosa, Cerro do Cão ("Aqui só o vento muda, sem cumprir tempos ou vontades. Aqui só o mar bate: por ciúmes ou por vaidade !").

Imagem: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2008). Direitos reservados



1. O José Pedrosa já apareceu aqui no nosso blogue, no Nosso Livro de Visitas, em data recente (*). É, além disso, um dos actuais 17 seguidores do nosso blogue (**).

Ele foi Alf Mil Inf, com a especialidade de Minas e Armadilhas, na CCaç 4747. Esta companhia açoriana esteve na na Guiné em 1974: Cumeré, em Janeiro de 1974; Chugué/Bedanda, entre Fevereiro e Julho de 1974; e no Biombo, até Agosto de 1974.... "Depois, no mês de Setembro de 1974 andei a negociar com o Cap Eng Pires a entrega do campo de minas de Bissau ao PAIGC e regressei em 28 de Setembro de 1974. Foi por pouco tempo, mas deu para aprender muito daquilo que a guerra colonial ensinou às nossas gerações".

É bancário, aposentado, da Caixa Geral de Depósitos. Tem 56 anos e indica, no seu perfil, o Apocalipse Now, de Ford Coppola (1979), como um dos seus filmes favoritos.

[A propósito, a dantesca sequência do ataque da cavalaria helitransportadade, comandada pelo cow-boy do tenente-coronel Bill Kilgore, a uma aldeia vietcong, na bacia do Rio Nung , sob a inebriante música do Wagner, A Danças das Valquírias, está disponível no You Tube, num longo excerto de 18 minutos e 1 segundo; é uma das melhoras sequências de guerra de toda a história do cinema e uma das mais perturbadoras ilustrações, pela 7ª arte, da nossa pulsão assassina e da nossa condição de primatas predadores].

Este ano o José Pedrosa (Zé Pedrosa, para os amigos, penicheiros ou não, e que se autodefine como "ser humano, simplesmente") teve a felicidade de poder reunir todos camaradas, naturais de (ou residentes em) Peniche, que fizeram a guerra colonial / guerra do ultramar na Guiné. No seu blogue (que tem menos de um ano), escreveu um texto, singelo mas bonito, a marcar essa data, de 19 de Abril.

Espero, em breve, a sua companhia no seio da nossa Tabanca Grande. Espero também que ele nos possa relatar como foram os últimos meses da malta, no TO da Guiné, a seguir ao 25 de Abril. Gostaria, muito em particular, que nos ensinasse como é que se negoceia, com o inimigo de ontem, um campo de minas à volta de uma cidade...

Aqui fica um excerto do seu blogue, com a devida vénia... Devo acrescentar que não é um blogue centrado na experiência da Guiné, mas sim na sua condição de filho de Peniche, adoptado, e no exercício da sua cidadania.

Em troca deixo-lhe também, em roda pé, uma excerto de um poema (meu) sobre o meu pedaço de costa preferido, Paimogo, com as Berlengas, o Cabo Carvoeiro e Peniche à vista (***) (LG)

2. Blogue Cerro do Cão >José Pedrosa > Segunda-feira, 21 de Abril de 2008 > Memorial da Guiné

Reviver o passado é custoso. Dói-nos muito comparar o que somos e o que fazemos com o que fomos e o que fizemos. É uma dolorosa emoção: embarga a voz, humedece os olhos e faz com que a alma fique por ali, cataléptica, à espera de ordens do intelecto.


É sempre assim quando nos (re)encontramos com a história, a nossa história pessoal que, normalmente, tem episódios ou causas que nos ligam a outros como nós.

E depois dessa dor, do embaraço de rever dois, cinco, dez e mais companheiros duma causa comum - cruel e violenta, que involuntariamente fez parte da nossa vida - depois disso, vem a alegria contagiante com que cada um de nós quer partilhar o lembrar-se de si mesmo.

Foi assim, sábado passado (dia 19) no 1º Encontro dos Penicheiros Ex-Combatentes na Guiné; sem heroísmos nem falsos orgulhos, com humildade e respeitando tanto o passado como o presente.


Para a história de Peniche (se me é permitida a imodéstia) fica esta memória.

_______

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 9 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3590: O Nosso Livro de Visitas (48): José Pedrosa, ex-Alf Mil da CCAÇ 4747 (Guiné, 1974)

(**) Vd. poste anterior desta série > 16 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3635: Blogues da Nossa Blogosfera (10): De Porto de Mós a Gandembel (Paulo Sousa / Luís Graça)

(***) Paimogo da minha infância

(...)

Quando eu era menino e moço,
No tempo em que ainda partiam soldados
Para a Índia, para Goa,
Havia uma princesa, moura, encantada,
Num das tuas grutas submarinas;
O corpo coberto de ágar-ágar,
Era fonte de água pura, quente e doce,
Donde bebiam os ofegantes cavalos alados,
Com as suas enormes narinas.

E o vento, a nortada,
Nas velas dos barcos e dos moinhos,
Falavam-me da tragédia antiga,
Mas ainda viva,
Da filha do teu capitão
Que se havia matado do alto da arriba,
Dizem que por amor e solidão.

No antigo reino mouro
E depois franco e fero da Lourinhã,
Também os búzios me diziam
Que à noite as luzinhas,
A sul das Ilhas Berlengas,
Eram as alminhas
Dos que morriam
No mar, sem sepultura cristã.

Pobres náufragos,
Marinheiros, pescadores,
Poetas loucos, errantes, noctívagos,
Imigrantes clandestinos,
Corsários, contrabandistas, pecadores,
À deriva, sem um ui nem um ai,
Agarrados às tábuas do barco Deus é Pai (****).

Hoje não acredito mais
Nessas lendas das alminhas
Que eu ouvia aos ceguinhos das feiras,
Vendedores de letras de fado
E do Borda-d’Água:
Afinal essas luzinhas,
Lá longe e ali tão perto,
São apenas as traineiras
Ao largo do Mar do Serro,
Atrás dos cardumes de sardinhas.


(****) O concelho da Lourinhã, donde eu sou natural, também tem a sua quota-parte na história trágico-marítima deste país. Há registo, entre 1968 a 2000, da ocorrência de pelo menos seis naufrágios de barcos de pesca onde morreram três dezenas de filhos da terra, com especial destaque para as gentes de Ribamar (fora outros acidentes de trabalho mortais, cujo número se desconhece).

Um desses naufrágios foi o do barco Deus é Pai, em 26 de Março de 1971, no Mar do Serro [ou Cerro, já vi as duas grafias), ao largo do Cabo Carvoeiro. Os restantes foram os do Certa (15 de Maio de 1968), Altar de Deus (6 de Novembro de 1982), Arca de Deus (17 de Fevereiro de 1993), Amor de Filhos (25 de Julho de 1994) e Orca II (antigo Porto Dinheiro) (19 de Julho de 2000).

Entre estes homens há parentes meus, da grande família Maçarico, de Ribamar, donde era oriunda a minha bisavó paterna (nascida em 1864).

Num comentário de boas vindas ao poste P3590, já tinha dito ao Zé Pedroso o seguinte:

Sei que fizeste de Peniche também a tua terra. Para além das relações de vizinhança, é o mar e a comunitária piscatória que me atraiem em Peniche e que dão o forte traço de personalidade a esta terra da costa estremenha. Ainda hoje, apesar das profundas mudanças do sector.

Parte dos meus antepassados, do meu lado paterno (os 'Maçaricos', de Ribamar), estão ligados de há séculos ao mar, à pesca e à marinhagem... Mais uma razão, para além da Guiné, um dia destes nos conhecermo-nos pessoalmente.

Vou quase todas as semanas à Lourinhã, onde tenho casa e de vez em quando dou um salto a Peniche, para almoçar e passear. Um Alfa Bravo (abraço) do Luís Graça

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Guiné 63/74 - P3407: Em busca de... (51): Os Bravos da CCAÇ 726, Guileje, 1964/66 (Aurélia Duarte / Henrique Almeida Duarte)





Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 726 (1864/66) > Fotos do Henrique Almeida Duarte, enviadas com muita ternura pela sua sua filha Aurélia Duarte, na esperança de que "algum companheiro o reconheça"...

Fotos: © Aurélia Duarte (2008). Direitos reservados


1. Mensagem de Aurélia Duarte, com data de ontem:


Assunto - Ex combatente Henrique Almeida Duarte


Olá, Luís:

Há cerca de mais ou menos 3 meses, enviei-lhe um email a pedir ajuda para encontrar amigos do meu pai, Henrique Almeida Duarte, residente em Casebres, concelho de Alcácer do Sal, ex-combatente da Guiné. Eles embarcaram a Dezembro de 64 e regressaram em Janeiro de 66.

Mas não tive sucesso [nas minhas diligências] (*).

Apareceu em minha casa um colega do meu pai, mas eu estava de férias, esse colega era o fotógrafo e lembrou-se perfeitamente do meu pai, mora em Almada, mas infelizmente não deixou contacto.

Aqui estou eu de novo mais uma vez a pedir ajuda. Junto a este email envio-lhe umas fotografias do meu pai, talvez assim algum companheiro o reconheça.

Desde já lhe agradeço pela vossa atenção. Vou deixar aqui os meus contactos:

Aurélia de Fátima Repolho Duarte;
Email: aureliaduarte3@live.com.pt ;
Telemóvel:934762969.


Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 726 > 1964/65 > Aspecto dos trabalhos de fortificação do aquartelamento e tabanca. Foto Alberto Pires (o Teco), que chegou às mãos do Nuno Rubim, por intermédio do Carlos Guedes, três bravos da CCAÇ 726... que o Henrique Almeida Duarte e a sua filha, Aurélia, gostariam de (re)encontrar e abraçar.

Foto: ©
Nuno Rubim (2006). Direitos reservados


2. Comentário de L.G.:

Cara amiga Aurélia:

Filha de um camarada, nossa filha é. Começo por saudá-la e dizer quanto aprecio as diligências que está a fazer, através do nosso blogue, para encontrar camaradas do seu pai, que tenham pertencido à mesma unidade. Seguramente que os vai encontrar e seguramente que fará bem ao seu pai poder um dia destes abraçá-los e recordar os bons e os maus momentos que passaram juntos, no sul da Guiné. Obirgado pelas fotos que nos mandou com tanta ternura mas também ansiedade.

O seu pedido anterior foi publicado em má altura, no mês de Agosto, mês de férias e de menor actividade do nosso blogue. Voltamos a publicar um segundo pedido, na esperança (e na certeza) de que desta vez será mais bem sucedida.

Temos, entre nós, na nossa Tabanca Grande - que você (ou o seu pai) poderá passar a integrar a partir de hoje, se assim o desejar - um dos comandantes da CCAÇ 726, na altura o Cap Art Nuno Rubim, hoje coronel na reforma. Poderá contactá-lo por email.

Outros dois camaradas do seu pai, nossos conhecidos, são o Alberto Pires (mais conhecido por o Teco) e o Carlos Guedes. O fotógrafo de que fala e que procurou o seu pai quando você estava de férias, pode muito bem ser ele, o Teco. (Não tenho a certeza se ele mora em Almada; pelo que voê me disse ao telefone ele terá mostrado ao seu pai fotografias desse tempo passado em Guileje).

A malta da companhia reune-se todos os anos: este ano, em 24 de Maio passado, realizou-se o 18º Almoço-convívio da CCAÇ 726, em Arados, Benavente, tendo o evento sido organizado pelo Estêvão Lopes e esposa, que vivem em Arados, freguesia de Samora Correia, concelho de Benavente (Contactos: Telef. 263 656 742 / tm: 919 458 799). Sugiro que volte a entrar contacto com este camarada, que de resto já lhe sido indicado pelo nosso diligente co-editor Carlos Vinhal. Pelo que me diz ao telefone, o Estêvão Lopes não terá reconhecido o seu pai só pelo nome. O que é natural: já vão mais de 40 anos. Além disso, na tropa só eramos conhecidos pelo último apelido ou por alcunha. As fotos que nos mandou vão ajudar-nos.

De acordo com a informação que já publicámos no nosso blogue, a CCaç 726, durante a comissão na Guiné (Guileje, 1964/66), sofreu 10 mortos, dos quais 9 em combate. Eis aqui a lista (pode ser que o seu pai se recorde de alguns nomes) (**):

Furr Mil António Gonçalves da Silva, em 29 Nov de 1964, por ferimentos em combate;
1º Sarg Joaquim Balsinhas, em 28 Fev 1965, por explosão de armadilha IN;
1º Cabo Amadeu Jaló, em 28 Maio de 1965, por doença, no HMP, em Lisboa;
1º Cabo Enf Manuel Moreira Marques, em 28 Jun de 1965, por ferimentos em combate;
Sold Cond Armando Gonçalves da Fonseca, em 28 Ago de 1965, por ferimentos em combate;
1º Cabo Elísio Santos Filipe, em 28 Ago 1965, por ferimentos em combate;
Sold Mil Mussa Bela Camará, em 28 Ago 1965, por ferimentos em combate;
Sold Cond José Luís L. Pereira, em 29 Ago 1965, por ferimentos em combate;
Sold Luciano Florêncio, em 7 Set 1965, por AP, em Cutia, ao serviço do Gr Cmds "Vampiros".
1º Cabo João Seborro, em 7 Nov 1965, por ferimentos em combate.


Aurélia (e Henrique):

Conte connosco e com os bravos da CCAÇ 726. Os amigos e camaradas da Guiné desejam as melhoras do seu pai que, pelo que você me acaba de dizer ao telefone, está num programa de tratamento do stresse pós-traumático de guerra. Dê-nos conta do sucesso dos seus contactos. Até breve. Boa saúde, bom trabalho.

Luís Graça.

_________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 17 de Agosto de 2008 > Guiné 63/74 - P3137: Em busca de... (34): Camaradas da CAÇ 726 (Aurélia de Fátima)

(...)"Eu sou Aurélia de Fátima Repolho Duarte, filha de Henrique Almeida Duarte que partiu para a Guiné em 29 de Dezembro de 1964 e regressou a Portugal em 1966.

"O meu pai era Atirador e pertencia à Companhia 726, de Infantaria. Saiu para a Guiné do Quartel de Évora.

"Fugiu ao embarque uma vez e teve 16 dias preso na prisão de Caxias e foi libertado, depois de ter sido detectada a doença. Então partiu para a Guiné, como eu já referi.

"É residente em Casebres, concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal. Sofre da doença de stress pós-traumático.

"Está um pouco esquecido, mas lembra-se do Furriel Padilha que era de Vila Real, e de quatro colegas, mas não se lembra os nomes deles, apenas se lembra onde viviam. Eram dois colegas de Vendas Novas, um de Pias e um de Castro Verde.

"Aguardo resposta se possível, e desde já muito obrigada pela atenção.

"Sem mais assunto de momento, me despeço com ansiedade, aguardando uma resposta. Muito obrigada" (...).



(**) Sobre a CCAÇ 726 ver postes de:

10 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P862: O nosso novo tertuliano, o Coronel Nuno Rubim

14 de Outubro de 2006 >Guiné 63/74 - P1173: A fortificação de Guileje (Nuno Rubim, Teco e Guedes, CCAÇ 726)

17 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2360: A CCAÇ 726, a primeira Companhia a ocupar Guileje (2): 10 mortos e mais de metade do pessoal ferido em combate (Virgínio Briote)

14 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3060: Convívios (74): CCAÇ 726 (Guileje, 1964/66), em 24 de Maio de 2008, Arados, Benavente (Nuno Rubim)

22 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3082: Convívios (76): Ainda o 18º encontro dos bravos da CCAÇ 726 (Nuno Rubim)

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Guiné 63/74 - P3003: Blogoterapia (58): Que o País os beije antes de os deitar fora, e lhes peça desculpa (António Lobo Antunes / A. Graça de Abreu)


Reprodução da capa da edição do semanário Visão, de 27 de Setembro de 2007, em que o escritor António Lobo Antunes deu uma notável entrevista a Sara Bela Luís sobre "A Vida Depois do Cancro".

Fonte: Cortesia de Site Não Oficial sobre António Lobo Antunes (2008)

1. Mensagem do António Graça de Abreu, também escritor, tradutor e investigador, e nosso prezado amigo e camarada, com data de 20 de Junho:


Que o País os beije antes de os deitar fora, e lhes peça desculpa
por António Lobo Antunes/ António Graça de Abreu

Caríssimos tertulianos, camaradas e amigos:

António Lobo Antunes, enorme escritor, foi alferes médico no leste e centro de Angola, de 1971 a 1973 (1). Na sua crónica na revista Visão, ontem, quinta feira, a 19 de Junho de 2008, escreve:

(…) Todos os anos a minha companhia lá da guerra faz um almoço com os que sobejam da miséria em que andámos. Não neste último almoço, no penúltimo, o furriel Firmino Alves começou a anotar os telemóveis dos nossos camaradas para os contactos da refeição seguinte, até que chegou ao Pontinha. Pontinha é a alcunha do ordenança da messe de oficiais, que morava na Pontinha. Como a cabeça dele era grande (continua a ser grande), chamavam-lhe também Porta-aviões, porque dava para os aviões aterrarem.

O Pontinha, como muitos dos soldados, vive com dificuldades. Ao fim de semana engraxa sapatos para equilibrar o orçamento.
(…) Falar dos meus camaradas comove-me: a expressão irmãos de armas é tão verdade. Enquanto nos aguentamos por cá. Mesmo depois. Zé Jorge, continuamos irmãos de armas. Cabo Sota: admiro a tua coragem até ao fundo da alma. Sozinho com a Breda, uma metralhadorzeca, aguentou um ataque. E vive mal, percebem? Como se deixa viver mal um herói? Ao acompanhá-lo ao táxi em que voltava, doente, ao Alentejo, avisei o condutor:
- Você leva aí um grande homem, sabia, um dos maiores homens que conheço

e, como todos os grandes homens da guerra, de uma infinita modéstia, bondoso, sereno. Não lhe chego aos calcanhares. Cabo Sota, tu mereces a continência de um general. O Zé Luís, oficial de operações especiais que em matéria de coragem não necessitava de aprender com ninguém:
- Eram duros

expressão que constitui para nós o supremo elogio. Adiante. Contava eu que o furriel Firmino Alves anotava os telemóveis até que chegou ao Pontinha e como fizera com os outros perguntou:
- Tens um telemóvel, Pontinha?

E o Pontinha logo a mostrar serviço:
-Não, mas a minha mulher tem um microondas.


(…) Boaventura, Nini, Licínio, vocês todos, caramba, como a gente somos irmãos. Unamuno, que muito respeito, tem páginas admiráveis sobre a valentia dos portugueses. Tens razão, Zé Luís, eram duros. Ganas de explicar às mulheres deles, aos filhos deles, o orgulho que tenho em ser amigo dos pais, em que os pais sejam meus amigos. Não: irmãos de armas. Não: irmãos. E bons como o pão. Ao lado disto que maior elogio se pode fazer? Ao menos que o País o beije antes de os deitar fora e lhes peça desculpa. E há mais anjos para além dos padeiros, de arma nas unhas mata fora. Nenhum deles é banqueiro, claro. Nem administrador. Nenhum deles joga golfe. Jogaram golfe num campo de um só buraco onde não é a bola que cai. É um rapaz de vinte anos.

E acabo aqui, antes que seja tarde para marcar o número de um microondas.


Camaradas de Portugal e da Guiné, depois de ler este texto, duas grossas lágrimas correram-me pelo rosto. Que o nosso País nos “beije antes de nos deitar fora e nos peça desculpa”. Que a vossa Guiné-Bissau vos beije também, “antes de vos deitar fora e vos peça desculpa.”

Sem complexos nem traumas de colonialista, sem complexos, sem traumas de colonizado, vamos ler outra vez o texto do António Lobo Antunes.

Depois, vamos adormecer em paz.

Um abraço,
António Graça de Abreu
S. Miguel de Alcainça,

20 de Junho de 2008
Ano do Rato
______

Nota de L.G.:

(1) Vd. postes de:

6 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2161: Pensamento do dia (12): Camarada, uma palavra que só quem esteve na guerra entende por inteiro (António Lobo Antunes)

9 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2169: Antologia (63): Zé, meu camarada, eras um dos nossos e cada um de nós um dos teus (António Lobo Antunes, Visão, 4 Out 2007)

23 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2205: Humor de caserna (1): A sopa nossa de cada dia nos dai hoje (Luís Graça / António Lobo Antunes)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Guiné 63/74 - P2848: III Encontro Nacional da Nossa Tertúlia (6): As razões e as saudações dos que não poderão vir...

Os nossos (des)encontros...

Foto: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2008). Direitos reservados.


1. Amigos e camaradas da nossa Tertúlia, que se vai reunir amanhã, na Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, concelho de Leiria (1):



Nem todos poderão lá estar, por razões pessoais, familiares, profissionais, de saúde, etc. Alguns disseram-nos logo que a data proposta (17 de Maio) era inconveniente. Foi o caso do nosso cartógrafo-mor, Humberto Reis (que tem muita pena, mas ele e a Teresa já tinham um outro compromisso, inadiável). Outros camaradas e amigos faram dando conta da impossibilidade de estarem juntos connosco, amanhã. Aqui vão as suas mensagens, com as suas razões e saudações. Rápidas melhoras para aqueles que alegaram problemas de saúde. É possível, entretanto, que a presente listagem esteja incompleta. As nossas desculpas por alguma gafe de última hora. Os vossos nomes serão lembrados amanhã. E para o ano haverá mais... Aos que vão ao encontro, os nossos votos de que façam boa viagem. Até amanhã. (Os Editores: LG/CV/VB)


(i) Do Luís R. Moreira, 6 de Abril:


Amigos,

Infelizmente vão ter de anular a minha inscrição para este 3.º encontro em Monte Real. A minha filha relembrou-me que nesse dia decorre a Benção das Fitas do curso dela (e não só) e, logicamente, não posso faltar a um evento tão importante para ela.

Lembrei-me que foi por isso que na votação das datas disse que a 17 de Maio não podia. Peço desculpa pois nem me devia ter inscrito.

Um abraço, Luís R. Moreira


(ii) Do Afonso M.F. Sousa, de 12 de Abril:

Caro Luís:

No dia 17 de Maio temos o convívio anual da CART 2412... Este ano em Paços de Ferreira, almoço no Restaurante da Quinta das Palmeiras.. Ficará para a próxima.

Um abraço A. Sousa

(iii) Do A. Marques Lopes, Matosinhos, com data de 6 de Maio:

Caros camaradas

Afinal, com muita pena minha, não poderei estar presente no dia 17 no encontro da tertúlia em Monte Real. É que: no dia 18 de Abril, o meu filho mais velho, o Vasco (nascido em 1975), foi pai da menina Sara. E eu fui avô! Sucede que as famílias dos dois lados (a mãe do Vasco e os pais da Marta) decidiram encontrar-se e comemorar um mês de vida da pequenina. É no fim-de-semana de 17/18 de Maio.

Obviamente, não posso de deixar de estar presente. Tentei alterar a data, mas não deu (um mês é um mês...). E estarei em Alfornelos, Amadora, com a minha mulher Gena e o tio da pequena, o nosso filho Francisco (que fez 14 anos ontem, 5 de Maio). No próximo encontro estarei, certamente (parece que o Vasco e a Marta não vão ter produção tão cedo...).

Envio também esta explicação para os camaradas que já estão inscritos (àqueles e quem tenho contacto).

Abraços

A. Marques Lopes

(iv) Do Sousa de Castro, Viana do Castelo, 6 de Maio:

Meus amigos. Não vou especificar razões, de, por isto ou aquilo, para me desculpar de estar ou não presente no 3ª convívio. Mas o que é certo, porém... este ano não vou estar presente, Gostaria muito! Poderá ser, que se continuar a realização deste grande evento eu possa estar no próximo. Desejo que tudo corra pelo melhor.

Grande abraço, Sousa de Castro

(v) Do António Pinto, Vila do Conde, 8 de Maio

Caros Amigos,

Após alguns meses de silêncio, por motivos óbvios (mudança de residência, computador avariado e umas pequenas mazelas), volto a enviar uma mensagem, unicamente para lamentar a minha forçada ausência no próximo encontro em Monte Real e desejar que tudo decorra na mais sã camaradagem e boa disposição de todos o que tenho a certeza irá acontecer.

Aproveito (se é que isso possa interessar a alguém) para enviar o meu novo endereço e novo e-mail, continuando a lamentar não encontrar na Tertúlia alguém do meu tempo e nos sítios por onde passei.

Um abraço do
António Pinto

(vi) Do João Carvalho , 8 de Maio:

Olá

Como pedido pelo nosso camarada Luís Graça, e com toda a razão, venho informar que não poderei ir a Monte Real no dia 17. Neste momento há grandes alterações na minha vida e não posso marcar compromissos que provavelmente não poderei cumprir. Ficará para uma próxima vez.

Abraços

(vii) Do Manuel Gonçaves, 11 de Abril e 8 de Maio

Luis

Sou o Manuel Gonçalves, guerrilheiro das Viaturas em Aldeia Formosa, de 71-73 (...) De facto o dia 17 de Maio não vai ser o mais indicado para nos conhecermos (....) Acontece que também temos que antecipar a partida para Bragança e nessa altura estamos um pouco longe. Ficará para uma próxima oportunidade que vamos fazer por tornar breve.

Um abraço meu e beijos da Fátima (Tucha)
Manuel (do BCAÇ 3852, Aldeia Formosa, 1971/73)

(viii) Do Gabriel Gonçalves, Lisboa, 14 de Maio:

Meus caros amigos, faço votos para que dia 17 de Maio seja um dia extraordinário. Infelizmente não poderei estar presente.

Um grande abraço


(ix) Do Leopoldo Amado, Porto, 14 de Maio


Estimado Vinhal, estive até agora a contemporizar a ver se ainda conseguia ir, como foi o meu desejo desde o princípio. Infelizmente, por razões profissionais, não poderei estar aí, prometendo madar um pequeno à intenção dos participantes, com uma ou outra ideia relativamente a nossa Tabanca Grande.

Recebe, caro Vinhal, um grande abraço do amigo Leopoldo Amado

PS - Não te esqueças que na caserna tratamo-nos todos por tu, pelo que dispenso perfeitamento o Doutor. Abraço´, Leopoldo Amado


(x) Do Victor Barata,15 de Maio:

Bom dia, Luís.

Na impossibilidade de poder estar convosco no próximo dia 17 em Monte Real,quero desejar-vos um óptimo convívio e sã camaradagem.O agradável dia que me foi proporcionado o ano passado,no 2º Convívio,no Manjar do Marquês,da responsabilidade do Victor Junqueiro,foi maravilhoso, mas certamente que o Mexia Alves não vai deixar os seus créditos por mãos alheias e vai-vos proporcionar um óptimo dia de convívio e recordações que jamais podemos esquecer.

Nesse mesmo dia já estava calendarizado pelo Núcleo de Coimbra dos Especialistas da Força Aérea, uma descida, em canoa,do Rio Ceira, Penacova/Coimbra.

Redobro os meus sinceros votos de um fraterno dia de camaradagem.

Saudações ESPECIAIS:
Victor Barata

(xi) Do José Martins, 16 de Maio

Caro amigo

Por razões de ordem pessoal não poderei estar presente. É com muita tristeza que escrevo estas linhas, mas as causas assim o exigem, e terei de faltar.

No entanto envio um abraço, um abraço forte, a todos os presentes, sejam bloguistas ou acompanhantes.

Tudo farei para estar no próximo.
Ab.

José Martins

(xii) Do Artur Conceição, Damaia, Amadora, 16 de Maio

Caríssimos

Gostaria muito de estar convosco em presença, mas uma avaria mecânica na roda esquerda, que também já me impediu de estar no convívio do BART 733 que teve lugar no dia 3 de Maio em Santiago do Cacém, tal não me permite.

Como já percebi que isto já só vai ao lugar com uma ida à oficina, espero estar presente numa próxima.

Que tudo corra como o desejo de todos… e divirtam-se que bem merecem.

Um abraço

Artur António da Conceição

(xiii) Do Albano Costa, Guifões, Matosinhos, 16 de Maio:

Assunto - Desejo um dia bem passado

Caro Vinhal

É já amanhã, o tempo voa, como sempre, desejo que tudo corra bem que façam boa viagem, dá um abraço a malta, principalmente ao Luís, eu vou estar ocupado e feliz com o trabalho vou também vou me lembrar como gostaria de estar junto de vocês todos.

Um abraço, Albano Costa

(xiv) Do Hernâni Acácio:

Caro amigo

Provavelmente já saberás que o António Pimentel não vai ao encontro, por lhe ter falecido um amigo cujo funeral é amanhã. Eu iria com ele, acontece que sozinho também não irei, porque, também, e espero que excepcionalmente, ando a atravessar um período menos bom da vida em termos psicologicos. Não é normal, mas está a acontecer. Assim, agradecia-te que tomasses a nota da minha desistência. Ficará para a próxima, assim o espero.

Já agora aproveito a oportunidade para te pedir um favor: tromar nota do meu novo endereço (...).

Um abraço e mais uma vez os meus agradecimentos,

Hernani

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Nota dos editores:

(1) Vd. poste de 10 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2832: III Encontro Nacional da Nossa Tertúlia (5): Novidades (J. Mexia Alves/C.Vinhal)