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quarta-feira, 7 de abril de 2021

Guiné 61/74 - P22077: In Memoriam (391): Maria Cristina Robalo Allen Revez (8/3/1943 - 5/4/2021) - A Cristina, a Guiné e a sua presença na nossa sala de conversa (Mário Beja Santos)

1. A propósito do falecimento de Maria Cristina Allen, acabámos de receber do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) esta sua mensagem:


A Cristina, a Guiné e a sua presença na nossa sala de conversa

Mário Beja Santos

Conheci a Cristina em março de 1968, acabara de chegar de Ponta Delgada, uma prima anunciara-me que constituíra um estupendo grupo que reunia aos sábados, intimava-me a comparecer. Disse que sim, jantei em casa da minha irmã, perto do Largo do Rato, desci depois a Braancamp e entrei num bar do Hotel Flórida e conheci gente que a Teresa Filomena arrebanhara, bem-disposta e coloquial.

Apresentados e conversados, seguimos para o Aeroporto da Portela, o seu bar panorâmico ainda era muito concorrido. Fiquei ao lado de uma jovem pequena e airosa que logo me questionou de que paragens vinha, impressionou-me muito não só pela sua beleza mas pela conversa cativante. Por intermédio da Teresa Filomena lá estabeleci novo encontro fora do grupo, e poucas semanas depois, vindo ao fim da tarde de dar instrução no Regimento de Infantaria N.º 1 (Amadora), a Maria Emília Brederode Santos e o José Manuel Medeiros Ferreira deixavam-me à porta de um café onde passei a namorar com a Cristina. Depois fui apresentado aos pais, a minha futura sogra dispensou-me um formidável acolhimento no período que precedeu a minha saída da força militar onde estava incorporado e a aguardar transporte para a Guiné, em rendição individual. E a 24 de julho desse ano, a assistir ao choro convulsivo dos meus entes queridos, embarquei no Uíge, dado curioso comecei a bordo a encontrar-me com gente do BCAÇ 2852, iremos passar mais de um ano bem próximos, eles em Bambadinca e eu no Cuor. Chegado a Bissau, e assim que me deram o número do SPM (o 3778) telefonei à Cristina. E assim nasceu uma correspondência que foi essencial para escrever os meus dois volumes do Diário da Guiné, tudo lhe contava, ao pormenor, desde os arranjos do quartel, as idas a Mato de Cão, as carências, as flagelações, o trabalho do professor com crianças e graúdos. Todo este volume de correspondência trocada foi entregue ao Luís Graça, ficou como fiel depositário, pedi-lhe que se eu partisse para as estrelinhas entregasse tudo no Arquivo Histórico-Militar. Tomou-se a decisão de casar em Bissau, o que aconteceu em 20 de abril de 1970, dia em que se esbarrondou um sonho de Spínola e que custou a vida a três majores, um alferes e vários guias, barbaramente retalhados numa força do PAIGC, algures entre Pelundo e Jolmete. Conto no segundo volume do meu diário as peripécias que me permitiram casar, o David Payne, então médico do batalhão, combinou com o comandante deste, que eu precisava de ter uma baixa à neuropsiquiatria em Bissau, andei envolvido, nos meses de março e abril, e até 3 dias antes de partir, num conjunto de operações, e meti-me num Dakota em Bafatá com a guia para o HM241, casei, tive uns dias de lua de mel e depois a Cristina passou a visitar-me no hospital, onde se passaram cenas do arco da velha. Ela regressou e montou a nossa casa, conviveu-se com casais amigos ainda em Bissau, foram amizades que permaneceram.
1970 > Cristina Allen em Bissau

A Cristina entrou no blogue quando ambos fomos devastados pela morte da nossa filha mais nova, alguém, a propósito, suscitou um comentário e a Cristina respondeu. Entregava-me as folhas escritas à mão e eu punha tudo no computador e enviava para os editores do blogue. Teve um poder catárquico, este tipo de intervenção.

Nos últimos anos, a saúde da Cristina sofreu um forte abalo. Quando a conheci já ela padecia de lúpus eritematoso sistémico, habituei-me àquelas crises e sobretudo à necessidade quase permanente de muito repouso, não foi fácil, até porque as filhas repontavam, a mãe saía pouco, houve que fazer um esforço de sensibilização às crianças para aquela estranha doença. Surgiu-lhe vasculite, foi um golpe psicológico rude, uma mulher bonita com as pernas inchadas, avermelhadas. Aumentou o consumo de tabaco, isolou-se e em 2019 era percetível que havia um certo transtorno psíquico para além da gravidade do quadro das comorbilidades. A 24 de dezembro de 2019 houve que chamar o INEM, transportada para Santa Maria, ali permaneceu entre a vida e a morte, os problemas respiratórios eram muito graves, um quadro de pneumonia em cima de um enfisema pulmonar. E o transtorno deu em demência, quando teve alta, um mês e meio depois, houve que encontrar a solução de um lar, e ali permaneceu até que em 5 de abril, inopinadamente, o Pai Misericordioso compadeceu-se da sua vida tão lastimosa, teve uma paragem cardiorrespiratória, nada se pôde fazer.

Haverá velório nesta quarta-feira, entre as 17 e 20 horas (não foi doente COVID, pelo tudo se regerá pelas normas habituais de segurança), na Igreja do Campo Grande. Quinta-feira, no mesmo local,celebrar-se-á missa pelas 15 horas seguindo para os Olivais, para cremação. Obrigado por a recordarem e lhe desejarem a contemplação divina, ela nunca esqueceu a Guiné e sentiu-se muito reconfortada no blogue, adorou a sala de conversa.

Um abraço do
Mário

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Nota do editor

Vd. poste de 7 de Abril de 2021 > Guiné 61/74 - P22075: In Memoriam (390): Maria Cristina Robalo Allen Revez (8/3/1943 - 5/4/2021), ex-esposa do nosso camarada Mário Beja Santos, faleceu no Lar de Santa Catarina de Labouré, Lumiar, Lisboa (Editores)

domingo, 4 de outubro de 2020

Guiné 61/74 - P21414: (Ex)citações (372): Protésico & amnésico ? Lelé da cuca ?... Recomenda-se o teste matinal do dedo-grande-do-pé-direito-a-mexer...para se fazer a prova de vida...



Forno crematório elétrico. Foto de Georg Lippitsch (2017). Cortesia de Wikipedia > Cremação



1. Já tive, ontem de  manhã, uma longa e agradável conversa, com o Hélder Sousa, nosso aniversariante do dia (a par do Carlos Prata). Estava feliz, naturalmente, é dos que gostam de fazer anos, de estar vivo, de ser ativo e proativo, e de receber lembranças dos amigos... "Eh!, pá, 'tás porreiro ? Ainda ainda não foste covidado ? E quando é que a gente bebe um copo ?"...

Para além do doce blá-blá dos amigos, há uma razão adicional para se celebrar essa efeméride festiva que é o nosso aniversário: é que no dia de anos a família pelo menos reune-se, filhos e netos, noras e genros juntam-se à volta da mesa para cantar os parabéns a você. 

Não há, afinal, melhor prenda do que essa...E fazem-se juras,votos, promessas..."Até aos cem, papá, muita saúde e longa vida, vovô!"...

Mas a gente sabe, por experiência própria e alheia, que o raio da velhice nunca vem só, com ela vêm as sequelas & as mazelas...E, no caso dos antigos combatentes como nós, as sequelas & as mazelas se calhar são a dobrar... Dizia-me há um dias um camarada, ao telefone, grávido de lucidez: "Porra, estamos protésicos & amnésicos!"...

Para o Carlos Prata e o Hélder Sousa, que ainda são "rapazes novos", eu pessoalmente só posso desejar, não o impossível, mas o razoável: 
No mínimo, que acordem todos os dias com o dedo grande do pé direito a mexer!...

Era assim que a gente acordava jovialmente na Guiné, todas as manhãs (em Bambadinca, sempre que dormíamos num colchão de espuma; que no mato, as preocupações matinais eram bem outras).

Os nossos filhos e netos podem não acreditar, e achar que já estamos todos lelés da cuca, mas era a primeira parte do corpo, o dedo grande do pé direito, para que deitávamos os "holofotes" ao acordar... 

Era a primeira peça do esqueleto que não podia falhar... E era o primeiro teste vital que tínhamos de fazer todos os dias, pela manhã... (Há muita gente viva, camaradas da Guiné, que ainda anda por aí em boa forma e que não me deixa mentir.) 

2. Fui assaltado, entretanto,  por uma dúvida: será que estamos mesmo "lélés da cuca" ? Nós ou o blogue, que é a mesma coisa...Há quem insinue, há quem acuse, há quem se interrogue, há quem receie: mas agora até já os crematórios, ligados à centrais de aquecimento das cidades, lá na terra dos viquingues, também são tema de conversa ?! (*)

Apressei-me a pôr água na caldeira, e escrevi, em comentário ao poste P 21411 (*), adicional aos comentários do António Martins de Matos, Cherno Baldé, Valdemar Queiroz e José Belo...

Parafraseando o escritor romano Públio Terêncio, o Africano (c. 195 / 185 a- C- c. 159 a. C:). na sua comédia "Heautontimorumenos" (O inimigo de si mesmo), do ano de 165 a.C., podemos dizer_"Homo sum, humani nihil a me alienum puto" (, traduzindo para o povo cristão que não sabe latim: «Sou humano, e nada do que é humano me é estranho»).

Pois é, se calhar nada é  mais humano do que a nossa condição mortal, a morte e o culto dos nossos mortos... O assunto é tão delicado que continua a mexer connosco, antigos combatentes: os nossos mortos insepultos (, que desapareceraam nas águas lodosas dos rios, braços de mar e bolanhas da Guiné), os nossos mortos inumados em cemitérios locais, por vezes nos próprios locais onde morreram (Cheche / Rio Corubal, Guidaje...), os nossos mortos pulverisados por minas e fornilhos, os talhões nos cemitérios e monumentos aos nossos mortos vandalizados...

De acordo com as nossas regras editoriais, só há três "temas" que são tabus:  a política (partidária), a religião (proselitista) e o futebol (clubístico)... Em nenhum deles cai a cremação e a eficiência energética das cidades... De qualquer modo, e c
omo diz um amigo meu, isso é tramado, porque se calhar a política, a religião e o futebol representam, com a conversa da treta, as anedotas, a fofoquice e os comes & bebes, 99% das nossas conversas do dia a dia... 

Restar-nos-ia 1% para falar aqui no blogue...  Mas o problema é que a maior parte da malta já não quer mesmo falar da "guerra da Guiné", coisa do passado distante, e há mais de meio século (1961-1974)... "Camarada, estou cansado, poupa-me!", ouve-se dizer...

Quando o último se calar, vou ter mesmo que ponderar o fecho do blogue... Mas antes temos de fazer uma festa de despedida e nomear uma comissão liquidatária... para organizar o "choro"... E aí põe-se a questão: é com ou sem cremação, o funeral  ?

Aliás, o blogue já se começou a "desfazer": estranhamente ontem de manhã  desapareceu a coluna estática do lado esquerdo... Mau augúrio ? Ou um simples "bug" informático, uma anomalia temporária ?... 

Aposto na segunda hipótese. A verdade é que se eu clicar em postes anteriores a coluna reaparece...Mas de momento só aparece a coluna em branco, do branco da cal, do branco da cor da morte!...

Se calhar, bem tem razão o tal camarada que, há dias, ao telefone, em desabafo solidário, me dizia: "Porra, camarada, estamos a ficar todos protésicos e amnésicos!"... Um eufemismo para dizer: "Velhos"!...

Eu, protésico, já estou... Se calhar o próximo passo, é "lelé da cuca"...

De qualquer modo, caros amigos e camaradas, desculpem lá qualquer coisinha, mas "homo sum"..., o que dizer: os pobres dos editores que fazem este blogue não são heróis, muito menos deuses... O máximo que eu posso é recomendar que  todos nós, editores, autores, colaboradores permanentes, comentadores e leitores,  façamos o teste, rápido e gratuito,  que a gente fazia todas as manhãs na Guiné, o do dedo-grande-do-pé-direito-a-mexer"... (**)

_____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 3 de outubro 2020 > Guiné 61/74 - P21411: Da Suécia com saudade (81): Pragmatismos escandinavos: ligar os crematórios às redes centrais de aquecimento das cidades (José Belo)

(**) Último poste da série > 19 de setembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21372: (Ex)citações (371): eu, computodependente me confesso: a notícia da minha "deserção"... foi, afinal, um bocado exagerada... (Valdemar Queiroz)

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Guiné 61/74 - P18552: 14º aniversário do nosso blogue (1): Um Oscar Bravo (OBrigado) e um Alfa Bravo (ABraço) aos 772 grã-tabanqueiros (710 vivos) que nos ajuda(ra)m a fazer deste blogue de veteranos de guerra um "caso série" nas redes sociais... Marcamos encontro em Monte Real, no próximo dia 5 de maio, por ocasião do XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande, para cantarmos os parabéns... 14 anos a blogar são 7 (sete!) comissões na Guiné!...


Infografia: Miguel Pessoa (2018)


1. Camaradas e amigos, hoje é dia de festa: em 23 de abril de 2004, há 14 anos atrás, demos o primeiro passo, publicámos o primeiro poste do nosso blogue (*)... Com este, de hoje, são 18552...

Em média, dá 1351 postes por ano, 3,7 por dia... Mas em 2004, só publicámos... 4 postes! E em 2005, 385... Depois houve um crescendo que atingiu o pico em 2010, com 1956 postes (5,4 postes por dia)... Se considerarmos apenas os anos que vão de 2006 a 2017, que têm números totais superiores a (ou próximos de) um milhar, a média anual é de 1617 postes. (Gráfico 1).

Por outro lado, estamos prestes a atingir os 10,4 milhões de visualizações de página (grosso modo, visitas), ao logo destes 14 anos... Na prática um milhão de visitas por ano, se excluirmos os dois primeiros anos (2004 e 2055), correspondentes ao início da nossa atividade. A partir de 2006, o blogue entrou em "velocidade de cruzeiro".

Quanto ao  número de camaradas (e amigos) registados formalmente na Tabanca Grande também foi crescendo, dos 111 em 31 de maio de 2006 para os atuais 772, entre vivos (710) e mortos (62).  Estamos a falar de uma média anual de 55 novos grã-tabanqueiros por ano, grosso modo, 1 por semana...

Neste espaço de tempo, realizámos 12 encontros nacionais, sempre na zona centro (, exceto o primeiro que foi na Ameira, Montemor-O-Novo, sendo 1 em Pombal, 2 na Ortigosa, e os restantes em Monte Real). Desde 2006, que nos encontramos todos os anos, pelo menos uma vez por ano... O total de participantes já ultrapassou de longe os 2 milhares, oriundos de todos os pontos do país, da Região Autónoma dos Açores e da Diáspora Lusitana.

Apareceram, entretanto, outras tabancas, filhas da Tabanca Grande, da Tabanca de Matosinhos à Tabanca do Centro, da Tabanca da Linha à Tabanca dos Melros... A malta que fez a guerra da Guiné, entre 1961 e 1974, começou a "perder a vergonha" e "rompeu o silêncio", passando a dar a cara, a publicar as suas histórias e as fotos dos seus álbuns... O convívio, com maior ou menor regularidade (anual, no caso da Tabanca Grande, semanal, na Tabanca de Matosinhos, mensal, no caso da Tabanca do Centro, bimensal para a malta da Magnífica Tabanca da Linha...) passou a ser uma necessidade sentida e concretizada entre todos nós... É um fenómeno, a construção e reconstrução das nossas memórias, que começa a ser objeto de interesse e de estudo por parte dos académicos...

Já perdemos a consta aos camaradas que "ousaram" escrever e publicar livros de memórias...


Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2017)


2. Passados estes anos todos, é natural que se vá perdendo o fôlego, a energia, a motivação, o interesse, a pica, a curiosidade... e até a memória.

Começam a faltar as pernas, a memória começa a atraiçoar-nos, a ceifeira da morte vai fazendo o seu trabalho, vamos perdendo as companheiras, vão morrendo familiares, amigos e camaradas, vem a reforma e as sequelas que ela traz... Como já o filósofo Platão nos avisava, "teme a velhice, porque ela nunca vem só"...

O cenário é determinado em grande parte pela usura do tempo... Envelhecemos todos nestes últimos 14 anos... e em muitos casos achamos que já nada mais temos para contar, escrever, falar...  O que não é verdade... Por cada subunidade que esteve no TO da Guiné (companhia, pelotão, etc.) aparece-nos, a bater à porta da Tabanca Grande, apenas 1 camarada, em média (ou menos do que isso)... E há subunidades que nem sequer estão aqui representadas....

A única solução é pormos "sangue novo" a circular nas "veias e artérias" da Tabanca Grande, captando novos elementos... O que temos feito, nos últimos anos, mas agora a ritmo mais lento... Outras redes sociais (e em especial o Facebook) apareceram também a captar a atenção dos ex-combatentes da guerra colonial / guerra do ultramar...

Enfim, a sociedade portuguesa há muito esqueceu que o país esteve envolvido numa longa guerra em frentes tão distantes (Angola, Índia, Guiné, Moçambique, Timor...) e que a nossa geração (e as populações desses territórios...) pagou um elevado preço, "em sangue, suor e lágrimas"... E para as "boas consciências" deste país se calhar o melhor era a gente calar-se de vez...

3. Mas o dia é para festejar a vida, os 14 anos do blogue, a nossa energia, a nossa criatividade, a nossa camaradagem, a nossa solidariedade, na expetativa do nosso nosso próximo encontro em Monte Real (onde estamos "obrigados" a ir... pelo menos uma vez na vida!).

No dia 5 de maio de 2018, vamos então realizar o nosso XIII Encontro Nacional.  Estamos a fazer um "forcing" para ultrapassar a fasquia (mínima) das 100 inscrições (mínimo), sendo o máximo 200. Ainda temos uma centena de lugares disponíveis para os indecisos ou retardatários da última hora. E, quem não puder vir, pode deixar o seu comentário aqui...

Inscrições a cargo de Carlos Vinhal (**):

telem: 916 032 220
email: carlos.vinhal@gmail.com


4. A hora e o dia são para agradecer a todos os membros da Tabanca Grande que nestes anos todos ajuda(ra)m a fazer o nosso blogue, e a construir e a manter esta fantástica tertúlia de ex-veteranos de guerra, que é única em termos de redes sociais.

14 anos a blogar é muito tempo, são 7 comissões na Guiné!...

Um Oscar Bravo (OBrigado) e um Alfa Bravo (ABraço) para tod@s @s camaradas e amig@s da Guiné que editam, publicam, comentam, leem, acarinham e divulgam este blogue coletivo.


TABANCA GRANDE - LISTA ALFABÉTICA DOS 772 AMIGOS & CAMARADAS DA GUINÉ

(A / Antero)

A. Marques Lopes, Abel Maria Rodrigues, Abel Santos, Abílio Delgado, Abílio Duarte, Abílio Machado, Abílio Magro, Acácio Correia, Adão Cruz, Adelaide Barata Carrêlo, Adelaide Gramunha Marques (ou Adelaide Crestejo), Adelino Capinha, Adolfo Cruz, Adriano Lima, Adriano Moreira, Adriano Neto, Afonso M.F. Sousa, Agostinho Gaspar, Aires Ferreira, Albano Costa, Albano Gomes, Albano Mendes de Matos, Alberto Antunes, Alberto Branquinho, Alberto Grácio, Alberto Nascimento, Alberto Sardinha, Alberto Sousa Silva, Albino Silva, Alcides Silva, Alcídio Marinho, Alexandre Cardoso, Alfredo Reis, Alice Carneiro, Almeida Campos, Almiro Gonçalves, Altamiro Claro, Álvaro Basto, Álvaro Carvalho, Álvaro Magro, Álvaro Mendonça, Álvaro Vasconcelos, Amaral Bernardo, Amaro Munhoz Samúdio, Américo Estanqueiro, Américo Marques, Amílcar Mendes, Amílcar Ramos, Ana Duarte, Ana Ferreira (ou Ana Paula Ferreira), Ana Maria Gala, Ana Romero, Anabela Pires, Aníbal Magalhães, Anselmo Garvoa, Antero F. C. Santos (n=56)

(António)

António Abrantes, António Acílio Azevedo, António Agreira, António Alberto Alves, António Almeida, António Azevedo Rodrigues, António Baia, António Baldé, António Barbosa, António Barbosa [Santarém], António Barroso, António Bartolomeu, António Bastos, António Bonito, António (ou Tony) Borié, António Branco, António Branquinho, António Brum, António Camilo, António Campos, António Carvalho, António Castro, António Clemente, António Correia Rodrigues, António Cunha (Lassa), António da Costa Maria, António Dâmaso, António Delmar Pereira, António Dias, António Duarte, António Eduardo Carvalho, António Eduardo Ferreira, António Estácio, António Faneco, António Garcia Matos (ou António Matos), António Gomes da Cunha, António Graça de Abreu, António Inverno, António J. Pereira da Costa, António J. Serradas Pereira, António Joaquim Alves, António Joaquim Oliveira, António (ou Tony) Levezinho, António Lopes Pereira, António Manuel Conceição Santos, António Manuel Oliveira, António Manuel Salvador, António Manuel Sucena Rodrigues, António Marques, António Marquês, António Martins de Matos, António Mateus, António Medina, António Melo, António Melo de Carvalho, António Moreira, António Murta, António Nobre, António Osório, António P. Almeida, António Paiva, António Pimentel, António Pinto, António Ramalho, António Rocha Costa, António Rodrigues, António Rodrigues Pereira, António Rosinha, António Sá Fernandes, António Salvada, António Sampaio, António Santos, António Santos Almeida, António Santos Dias, António Tavares, António Teixeira Mota, António Varela (n=77)

(Arl / Aura)

Arlindo Roda, Armandino Oliveira, Armandino Santos, Armando Costa, Armando Faria, Armando Ferreira, Armando Ferreira Gomes, Armando Fonseca, Armando Gonçalves, Armando Pires, Armando Tavares da Silva, Arménio Estorninho, Arménio Santos, Armindo Batata, Armor Pires Mota, Arnaldo Guerreiro, Arnaldo Sousa, Arsénio Puim, Artur Conceição, Artur José Ferreira, Artur Ramos, Artur Soares, Augusto Baptista, Augusto Mota, Augusto Silva Santos, Augusto Vilaça, Aura Rico Teles (n=27)

(B)

Belarmino Sardinha, Belmiro Tavares, Belmiro Vaqueiro, Benito Neves, Benjamim Durães, Benvindo Gonçalves, Bernardino Cardoso, Bernardino Parreira, Braima Djaura, Braima Galissá (n=10)

(Carlos)

Cândido Morais, Campelo de Sousa, Carlos Afeitos, Carlos Alberto Cruz, Carlos Alberto de Jesus Pinto, Carlos Alexandre, Carlos Américo Cardoso, Carlos Ayala Botto, Carlos Azevedo, Carlos Baptista, Carlos Carvalho, Carlos Cordeiro, Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai), Carlos Farinha, Carlos Fernandes, Carlos Fortunato, Carlos Fraga, Carlos Guedes, Carlos Jorge Pereira, Carlos Marques dos Santos, Carlos Mendes, Carlos Milheirão, Carlos Nery Gomes de Araújo, Carlos Órfão, Carlos Pedreño Ferreira, Carlos Pinheiro, Carlos Pinto, Carlos Prata, Carlos Ricardo, Carlos Rios, Carlos Silva, Carlos Sousa, Carlos Valente, Carlos Valentim, Carlos Vieira, Carlos Vinhal (n=36)

(Carm / Crist)

Carmelino Cardoso, Carvalhido da Ponte, Casimiro Vieira da Silva, Cátia Félix, Célia Dinis, César Dias, Cherno Baldé, Cláudio Brito, Conceição Alves, Conceição Brazão, Conceição Salgado, Constantino Costa, Constantino Ferreira d'Alva, Constantino (ou Tino) Neves, Coutinho e Lima, Cristina Allen, Cristina Silva, Cristóvão e Aguiar (n=18)

(D)

Daniel Vieira, David Guimarães, David Peixoto, Delfim Rodrigues, Diamantino Monteiro (ou Diamantino Pereira Monteiro), Diana Andringa, Dina Vinhal, Domingos Fonseca, Domingos Gonçalves, Domingos Maçarico, Domingos Santos, Duarte Cunha, Durval Faria (n=13)

(E)

Eduardo Campos, Eduardo Costa Dias, Eduardo Estrela, Eduardo J. Magalhães Ribeiro, Eduardo Jorge Ferreira, Eduardo Moutinho Santos, Eduardo Santos, Egídio Lopes, Ernestino Caniço, Ernesto Duarte, Ernesto Marques, Ernesto Ribeiro, Estêvão A. Henriques, Evaristo Reis (n=14))

(F)

Felismina Costa, Fernandino Leite, Fernandino Vigário, Fernando Almeida, Fernando Andrade Sousa, Fernando Araújo, Fernando Barata, Fernando Calado, Fernando Cepa, Fernando Chapouto, Fernando Costa, Fernando de Jesus Sousa, Fernando Franco, Fernando Gomes de Carvalho, Fernando Gouveia, Fernando Hipólito, Fernando Inácio, Fernando Loureiro, Fernando Macedo, Fernando Magro, Fernando Manuel Belo, Fernando Moita, Fernando Oliveira, Fernando Oliveira (Brasinha), Fernando Santos, Fernando Sucio, Fernando Tabanez Ribeiro, Fernando Teixeira, Ferreira da Silva, Ferreira Neto, Filomena Sampaio, Florimundo Rocha, Fradique Morujão, Francisco Baptista, Francisco Feijão, Francisco Gamelas, Francisco Godinho, Francisco Gomes, Francisco Henriques da Silva, Francisco Monteiro Galveia, Francisco Palma, Francisco Santiago, Francisco Santos, Francisco Silva (n=44)

(G)

Gabriel Gonçalves, Garcez Costa, George Freire, Germano Penha, Germano Santos, Gil Moutinho, Gilda Pinho Brandão (ou Gilda Brás), Gina [Virgínia] Marques, Giselda Antunes Pessoa, Graciela Santos, Gualberto Passos Marques, Guilherme Ganança, Gumerzindo Silva, Gustavo Vasques, (n=14)

(H)

Hélder Sousa, Henrique Cabral, Henrique Cerqueira, Henrique Martins de Castro, Henrique Matos, Henrique Pinto, Herlânder Simões, Hernâni Acácio Figueiredo, Hilário Peixeiro, Horácio Fernandes, Hugo Costa, Hugo Guerra, Hugo Moura Ferreira, Humberto Nunes, Humberto Reis (n=15)

(I/João)

Idálio Reis, Inácio Silva, Isabel Levy Ribeiro, Ismael Augusto, J. Armando F. Almeida, J. C. Mussá Biai, J. F. Santos Ribeiro, J. L. Mendes Gomes, J. L. Vacas de Carvalho, J. M. Pereira da Costa, Jacinto Cristina, Jaime Bonifácio Marques da Silva, Jaime da Silva Mendes, Jaime Machado, Jéssica Nascimento, João Alberto Coelho, João Bonifácio, João Carlos Silva, João Carreiro Martins, João Carvalho, João Cerina, João Crisóstomo, João Dias da Silva, João Dinis, João Graça, João Lourenço, João M. Félix Dias, João Martel, João Martins, João Meneses, João Melo, João Miranda, João Nunes, João Paulo Diniz, João Pereira da Costa, João Rebola, João Ruivo Fernandes, João S. Parreira, João Sacôto, João Santos, João Santiago, João Schwarz, João Seabra, João Varanda, João Vaz (n=45)

(Joaquim / Jochen)

Joaquim Ascenção, Joaquim Cardoso, Joaquim Cruz, Joaquim Fernandes, Joaquim Fernandes Alves, Joaquim Gomes de Almeida (o "Custóias"), Joaquim Guimarães, Joaquim Jorge, Joaquim Luís Fernandes, Joaquim Macau, Joaquim Martins, Joaquim Mexia Alves, Joaquim Nogueira Alves, Joaquim Peixoto, Joaquim Pinheiro, Joaquim Pinto Carvalho, Joaquim Rodero, Joaquim Ruivo, Joaquim Sabido, Joaquim Sequeira, Joaquim Soares, Jochen Steffen Arndt (n=22)

(Jorge)

Jorge Araújo, Jorge Cabral, Jorge Caiano, Jorge Canhão, Jorge Coutinho, Jorge Félix, Jorge Ferreira, Jorge Lobo, Jorge Narciso, Jorge Picado, Jorge Pinto, Jorge Rijo, Jorge Rosales, Jorge Rosmaninho, Jorge Santos, Jorge Silva, Jorge Simão, Jorge Tavares, Jorge Teixeira (n=19)

(José)

José Afonso, José Albino, José Almeida, José António Sousa, José António Viegas, José Augusto Ribeiro, José Barbosa, José Barreto Pires, José Barros, José Bastos, José Belo, José Brás, José Carlos Ferreira, José Carlos Gabriel, José Carlos Lopes, José Carlos Neves, José Carlos Pimentel, José Carlos Suleimane Baldé, José Carmino Azevedo, José Casimiro Carvalho, José Claudino da Silva, José Colaço, José Corceiro, José Cortes, José Crisóstomo Lucas, José da Câmara, José Diniz de Souza Faro, José Eduardo Oliveira (JERO), José Fernando de Andrade Rodrigues, José Fernando Estima, José Ferraz de Carvalho, José Ferreira da Silva, José Fialho, José Figueiral, José Firmino, José Francisco Robalo Borrego, José Gonçalves, José Horácio Dantas, José Jerónimo, José João Braga Domingos, José Lima da Silva, José Lino Oliveira, José Luís Vieira de Sousa, José Macedo, José Manuel Alves, José Manuel Cancela, José Manuel Carvalho, José Manuel Dinis, José Manuel Lopes (Josema), José Manuel Pechorro, José Manuel Rosado Piça, José Manuel Samouco, José Manuel Sarrico Cunté, José Maria Claro, José Maria Pinela, José Marques Ferreira, José Martins, José Martins Rodrigues, José Matos, José Melo, José Nascimento, José Nunes, José Paracana, José Parente Dacotsa, José Pardete Ferreira, José Pedro Neves, José Pedrosa, José Peioxoto, José Pereira, José Pinho da Costa, José Quintino Romão, José Rocha (ou José Barros Rocha), José Rodrigues, José Rosário, José Salvado, José Santos, José Saúde, José Sousa (JMSF), José Sousa Pinto, José (ou Zé) Teixeira, José Vargues, José Vermelho, José Zeferino (n=83)

(Jov/Juv)

Joviano Teixeira, Júlia Neto, Júlio Abreu, Júlio Benavente, Júlio César, Júlio Faria, Júlio Madaleno, Júlio Martins Pereira, Juvenal Amado, Juvenal Candeias (n=10)

(L)

Lázaro Ferreira, Leão Varela, Leopoldo Amado, Leopoldo Correia, Lia Medina, Libério Lopes, Lígia Guimarães, Luciana Saraiva Guerra, Luciano de Jesus, Lucinda Aranha, Luís Branquinho Crespo, Luís Camões, Luís Camolas, Luís Candeias, Luís Carvalhido, Luís de Sousa, Luís Dias, Luís Fonseca, Luís Gonçalves Vaz, Luís Graça [Henriques], Luís Guerreiro, Luís Jales, Luís Marcelino, Luís Miguel da Silva Malú, Luís Mourato Oliveira, Luís Nascimento, Luís Paiva, Luís Paulino, Luís R. Moreira, Luís Rainha, Luiz Figueiredo (n=31)

(Mam/Manuela)

Mamadu Baio, Manuel Abelha Carvalho, Manuel Amante, Manuel Amaro, Manuel Bastos Soares, Manuel Bento, Manuel Carmelita, Manuel Carvalhido, Manuel Carvalho, Manuel Carvalho Passos, Manuel Castro, Manuel Cibrão Guimarães, Manuel Coelho, Manuel Correia Bastos, Manuel Cruz, Manuel Domingues, Manuel Freitas, Manuel G. Ferreira, Manuel Gomes, Manuel Henrique Quintas de Pinho, Manuel João Coelho, Manuel Joaquim, Manuel José Janes, Manuel Lima Santos, Manuel Luís de Sousa, Manuel Luís Lomba, Manuel Macias, Manuel Maia, Manuel Marinho, Manuel Mata, Manuel Melo, Manuel Oliveira Pereira, Manuel Peredo, Manuel Rebocho, Manuel Reis, Manuel Resende, Manuel Rodrigues, Manuel Salada, Manuel Santos, Manuel Serôdio, Manuel Sousa, Manuel Tavares Oliveira, Manuel Traquina, Manuel Vaz, Manuela Gonçalves (Nela) (n=45)

(Mar / Mig)

Margarida Peixoto, Maria Arminda Santos, Maria Clarinda Gonçalves, Maria Helena Carvalho (ou Helena do Enxalé), Maria Joana Ferreira da Silva, Maria Teresa Almeida, Mário Armas de Sousa, Mário Beja Santos (ou Beja Santos), Mário Bravo, Mário Cláudio [pseudónimo de Rui Barbot Costa], Mário Cruz ("Shemeiks"), Mário de Azevedo, Mário Oliveira, Mário de Oliveira (Padre), Mário Dias (ou Mário Roseira Dias), Mário Fitas (ou Mário Vicente), Mário Gaspar, Mário Leitão, Mário Lourenço, Mário Magalhães. Mário Migueis, Mário Pinto, Mário Santos, Mário Serra de Oliveira, Marisa Tavares, Marta Ceitil, Martins Julião, Maurício Nunes Vieira, Maximino Alves, Melo Silva, Miguel Pessoa, Miguel Ribeiro de Almeida, Miguel Ritto, Miguel Vareta (n=34)

(N)

Natalino da Silva Batista, Nelson Cerveira, Nelson Domingues, Nelson Herbert, NI (Maria Dulcinea), Norberto Gomes da Costa, Norberto Tavares de Carvalho, Nunes Ferreira, Nuno Almeida, Nuno Dempster, Nuno Nazareth Fernandes, Nuno Rubim (n=12)

(O/P/Q)

Orlando Figueiredo, Orlando Pinela, Osvaldo Cruz, Osvaldo Pimenta, Pacífico dos Reis, Patrício Ribeiro, Paula Salgado, Paulo Lage Raposo (ou Paulo Raposo), Paulo Reis, Paulo Salgado, Paulo Santiago, Pedro Cruz, Pedro Lauret (n=13)

(R)

Ramiro Jesus, Raul Albino, Raul Azevedo, Raul Brás, Regina Gouveia, Renato Monteiro, Ribeiro Agostinho, Ricardo Almeida, Ricardo Figueiredo, Ricardo Sousa, Ricardo Teixeira, Rogé Guerreiro, Rogério Cardoso, Rogério Chambel, Rogério Ferreira, Rogério Freire, Rosa Serra, Rui A. Santos, Rui Alexandrino Ferreira (ou Rui Ferreira), Rui Baptista, Rui Esteves, Rui Felício, Rui Fernandes, Rui G. Santos, Rui Gonçalves, Rui Pedro Silva, Rui Silva, Rui Vieira Coelho (n=28)

(S/T)
Sadibo Dabo, Santos Oliveira, Sebastião Ramalho Lavado, Sérgio Pereira, Sérgio Sousa, Silvério Dias, Silvério Lobo, Sílvio Abrantes (Hoss), Sousa de Castro, Susana Rocha, Tibério Borges, Tina Kramer, Tomané Camará, Tomás Carneiro, Tomás Oliveira, Tony Grilo, Tony Tavares, Torcato Mendonça (n=18)

(V/X/W/Z)

Valdemar Queiroz, Valente Fernandes, Valentim Oliveira, Vasco da Gama, Vasco Ferreira, Vasco Joaquim, Vasco Santos, Veríssimo Ferreira, Victor Alfaiate, Victor Alves, Victor Barata, Victor David, Victor Garcia, Victor Tavares, Virgílio Teixeira, Virgílio Valente, Virgínio Briote, Vitor Caseiro, Vítor Cordeiro, Vítor Junqueira, Vítor Oliveira, Vítor Raposeiro, Vítor Silva, Xico Allen, Zé Carioca (ou José António Carioca), Zélia Neno (n=26)


Lista dos amigos/as e camaradas que da lei da morte se foram libertando (n=62):

Agostinho Jesus (1950-2016) (*)
Alfredo Dinis Tapado (1949-2010)
Alfredo Roque Gameiro Martins Barata (1938-2017)
Amadu Bailo Jaló (1940-2015)
António da Silva Batista (1950-2016)
António Dias das Neves (1947-2001)
António Domingos Rodrigues (1947-2010)
António Manuel Martins Branquinho (1947-2013)
António Rebelo (1950-2014)
António Teixeira (1948-2013)
António Vaz (1936-2015)
Armandino Alves (1944-2014)
Armando Teixeira da Silva (1944-2018)
Augusto Lenine Gonçalves Abreu (1933-2012)
Aurélio Duarte (1947-2017)
Carlos Filipe Coelho (1950-2017)
Carlos Geraldes (1941-2012)
Carlos Rebelo (1948-2009)
Carlos Schwarz da Silva, 'Pepito' (1949-2014)
Clara Schwarz da Silva (1915-2016)
Daniel Matos (1949-2011)
Fernando Brito (1932-2014)
Fernando [de Sousa] Henriques (1949-2011)
Fernando Rodrigues (1933-2013)
Francisco Parreira (1948-2012)
França Soares (1949-2009)
Humberto Duarte (1951-2010)
Inácio J. Carola Figueira (1950-2017)
Ivo da Silva Correia (.c 1974-2017)
João Barge (1945-2010)
João Caramba (1950-2013)
João Henrique Pinho dos Santos (1941-2014)
Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010)
Joaquim Vicente Silva (1951-2011)
Joaquim Vidal Saraiva (1936-2015)
Jorge Teixeira (Portojo) (1945-2017)
José António Almeida Rodrigues (1950-2016
José Eduardo Alves (1950-2016)
José Fernando de Andrade Rodrigues (1947-2014)
José Luís Pombo Rodrigues (1934-2017)
José Manuel P. Quadrado (1947-2016)
José Marques Alves (1947-2013)
José Moreira (1943-2016)
José (ou Zé) Neto (1929-2007)
Luís Borrega (1948-2013
Luís Faria (1948-2013)
Luís F. Moreira (1948-2013)
Luís Henriques (1920-2012)
Manuel Castro Sampaio (1949-2006)
Manuel Martins (1950-2013)
Manuel Moreira (1945-2014)
Manuel Moreira de Castro (1946-2015)
Manuel Varanda Lucas (1942-2010)
Maria da Piedade Gouveia (1939-2011)
Maria Manuela Pinheiro (1950-2014)
Mário Vasconcelos (1945-2017)
Nelson Batalha (1948-2017)
Rogério da Silva Leitão (1935-2010)
Teresa Reis (1947-2011)
Umaru Baldé (1953-2004)
Vasco Pires (1948-2016)
Victor Condeço (1943-2010)

Total de grã-tabanqueiros em 10/4/2018 = 772

(*) Notícia só recebida e confirmada em 2017


Últimas dez entradas (da mais recente para a menos recente):

Mário Santos, António Lopes Pereira, Fernando Tabanez Ribeiro, Gina Marques, João Schwarz, António Joaquim Alves, Manuel Cibrão Guimarães, José Horácio Dantas, José Parente Dacosta, Virgílio Teixeira.

_________________

Notas do editor:

(*) Lista dos dez primeiros postes:

23 de abril de 2004 > Guiné 69/71 – I: Saudosa(s) madrinha(s) de guerra (Luís Graça)

25 de abril de 2004 > Guiné 69/71 - II: Excertos do diário de um tuga (1) (Luís Graça)

28 de abril de 2004 > Guiné 69/71 - III: Excertos do diário de um tuga (2) (Luís Graça)

7 de dezembro de 2004 > Guiné 69/71 - IV: Um Natal Tropical (Luís Graça)

20 de abril de 2005 > Guiné 69/71 - V: Convívio de antigos camaradas de armas de Bambadinca (Luís Graça)

22 de abril de 2005 > Guiné 69/71 - VI: Memórias do Xime, do Rio Geba e do Mato Cão (Sousa de Castro)

25 de abril de 2005 > Guiné 69/71 - VII: Memórias do inferno do Xime (Novembro de 1970) (Luís Graça)

28 de abril de 2005 > Guiné 69/71 - VIII: O sector L1 (Xime-Bambadinca-Xitole): Caracterização (1) (Luís Graça)

29 de abril de 2005 > Guiné 69/71 - IX: A malta do triângulo Xime-Bambadinca-Xitole (1) (Luís Graça)

(**) Vd. poste de 21 de março de 2018 Guiné 61/74 - P18443: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 5 de Maio de 2018 (1): Primeiras informações e abertura das inscrições (A Comissão Organizadora)

domingo, 3 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17725: Os nossos passatempos de verão (20): Cantigas de escárnio e mal-dizer, à desgarrada... Parte V: O sexo dos anjos... ou 'a anjinha de Ancede', em Baião (Luís Graça)



Foto nº 1


Foto nº 2



Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 5


 Foto nº 6


Foto nº 7


Foto nº 8



Foto nº  9


foto nº 10

Baião > Ancede > Mosteiro de Santo André de Ancede > Mosteiro, masculino,  cuja origem remonta aos primórdios da nacionalidade,,, Vale a pena uma visita,,, Está em restauro, com projeto de Siza Vieira... São quase mil anos de história que nos contemplam e nos confrontam ... Faz parte também da "rota do românico" (Vale do Tâmega)...  (Fotos nºs 7 a 10).

Mas tem também uma capela, octognal, do séc. XVIII, chamada do "bom despacho" (foto nº 6), que merece uma visita especialmemte guiada... Foi lá que encontrámos a 'anjinha de Ancede' (fotos nºs 1 a 3I)...  Uma delícia, essa e todas as demais peças da arte barroca popular, sob a forma de cenas de teatro,  relativas  aos mistériso da vida de Cristo... com destaque para a cena da circuncisão do menino Jesus (fotos nºs 4 e 5)... Repare-se na figura do "cirurgião", de "bisturi" na mão, e óculos (!).

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



O sexo dos anjos

por Luís Graça




Com a idade, um homem tem mais sede
De saber, que da morte é refrigério;
Daí eu ter ido ao mosteiro d'Ancede,
P'ra lá esclarecer um certo mistério.


Há uns tempos, um nosso camarada
P’ró nosso blogue, propôs certos arranjos:
"Quando a Pátria se vê ameaçada,
Que ninguém discuta o sexo dos anjos!"...


Concordo com o nosso patriota:
Querer saber se os anjos têm pilinha,
É coisa totalmente idiota…


Mas os d' Ancede têm uma anjinha,
Lá no céu, bem nuinha, em pelota,
Fui lá espreitar, achei... uma ternurinha!


______________

Nota do editor:

domingo, 8 de novembro de 2015

Guiné 63/74 - P15339: (In)citações (77): "O boato fere como uma lâmina", lia-se em cartazes nos corredores da Máfrica... Qual teriam sido, camaradas, os maiores boatos que ouvimos durante as nossas comissões ? (Vasco Pires, ex-alf mil art, cmdt do 23º Pel Art , Gadamael, 1970/72; bairradino na diáspora lusitana do Brasil desde 1972)

1. Mensagem do nosso camarada Vasco Pires 

[, foto atual, à esquerda do grã-tabanqueiro Vasco Pires, que no passado século, por volta de 1970/72, lá no cu de Judas, na África profunda, em terras de Tombali, num sítio chamado Gadamael,  foi bravo artilheiro, comandante do 23.º Pel Art, numa guerra que já se varrei da memória dos povos;  bairradino até à medula, é outro camarada da diáspora lusitana: vive no Brasil esde 1972]

Data: 13 de outubro de 2015 às 14:41
Assunto: BOATO


Bom dia Luis e Carlos, cordiais saudações.

Tenho acompanhado essas perguntas "online"; sem dúvida estão dinamizando o blog, e, quem sabe, ajudando a afastar o Dr. Alemão.

Tempos atrás, lendo uma matéria, lembrei de cartaz que vi em um dos quartéis por onde passei, talvez "Máfrica" [, EPI, Mafra]. Dizia: "O boato fere como uma lâmina " (se não falha a memória).

Quantos boatos não passaram na nossa vida militar?

Muitos fabricados pela contra-informacão, outros gerados pelos nossos medos. Logo propagados nos "jornais da caserna".

Guiné 63/74 - P13357: (Ex)citações (235): A 'Máfrica' (EPI, Mafra) dos nossos verdes anos (Vasco Pires,  camarada da diáspora lusitana no Brasil; ex-alf mil art, cmdt do 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72)

Aqui fica a minha modesta sugestão para mais uma pergunta "online": Qual o maior boato que ouviste  na tua comissão?

Forte abraço

VP

2. Comentário de LG:

Obrigado, Vasco, pela tua sugestão, para mais vinda do outro lado do Atlântico, o grande oceano que tivemos de domar e vencer para poder chegar ao Índico e criar a autoestrada da globalização... Vencendo mil e um medos, mitos,  lendas, boatos, pragas, perigos...

Sei dúvida que o boato (para mais em, tempo de guerra e de fim de uma época) é tema que se presta a um bom debate... Concordo que o boato (nas nossas organizações, comunidades e sociedades) é uma uma lâmina que fere... Mas é uma lâmina de dois gumes, usada por uns e por outros sobretudo em situações de luta pelo poder, marcadas pela ambiguidade, a incerteza, a conflitualidade...

Mas, tal como formulas a pergunta, não  podemos  pô-la no nosso inquérito "on line"... Por razões técnicas, o nosso servidor, o Blogger, só nos deixa fazer um pergunta de cada vez... E essa pergunta tem de ser fechada, isto é, tem de ser seguida das várias respostas hipotéticas à pergunta...  

Explicando-me melhor: a uma pergunta como a que formulas "Qual o maior boato que ouviste  na tua comissão?", teremos que ter uma meia dúzia (no máximo) de situações ocorridas, no TO da 
Guiné, entre 1961 e 1974, e que poderíamos designar como "grandes boatos"... 

Num período de tempo tão grande (1961-1974), e passado já um meio século, é difícil fazer esse exercício de memória... Mas fica aqui a tua ideia louvável e o teu desafio estimulante... Houve pequenos e grandes  boatos, ao longo da guerra, e sobretudo no início e no fim, afetando o nosso estado de espírito (individual) e por certo o moral da tropa... 1973 (Guidaje, Guileje, Gadamael, assassínio de Amílcal Cabral,  aparecimento do Strela nos céus da Guiné, o medo do MiG, a saída de Spínola, o Marcelo Caetano refém dos "ultras" do regime...) deve ter ido sido um ano fértil em boatos... Mas também o de 1970 (massacre do chão manjaco,  morte - física - de Salazar, invasão de Conacri,...).

Enfim, fica aqui um espaço para a produção de textos sobre o boato "cá e lá", na metrópole e na Guiné!... Venham eles!

Lembrei-me que tenho um texto, com mais de dez anos, sobre "o país-do-diz-que -disse"... Com a amavável complacência dos nossos leitores, volto a reproduzi-lo aqui. Foi publicado originalmente no meu blogue que antes de ser o blogue "Luís Graça & Camaradas da Guiné" (sobretudo a partir da II Série, 1/6/2006), chamava-se simplemente Blogue-Fora-Nada (I Série)... No final, em 31/5/2006 tínhamos um tertúlia com 111 membros... O blogue nesse épcoa apresentava-se assim:

"blogue-fora-nada. homo socius ergo blogus [sum]. homem social logo blogador. em sociobloguês nos entendemos. o port(ug)al dos (por)tugas. a prova dos blogue-fora-nada. a guerra colonial. a guiné. do chacheu ao boe. de bissau a bambadinca. os cacimbados. o geba. o corubal. os rios. o macaréu da nossa revolta. o humor nosso de cada dia nos dai hoje.lá vamos blogando e rindo. e venham mais cinco (camaradas). e vieram tantos que isto se transformou numa caserna. a maior caserna virtual da Net!"


13 FEVEREIRO 2005

Socio(b)logia - XIII: O país-do-diz-que-disse

Não há pachorra!...
Abre-se a televisão
Ou sintoniza-se a rádio
E corre-se um sério risco
De ouvir a mesma notícia
Ad nauseam:
Alguém
(Um candidato a primeiro-ministro,
Um candidato a candidato,
Um amigo do candidato,
Um amigo do amigo do candidato,
O seu assessor de imagem,
O primo da terra,
A ex-amante...)
A dizer que não disse o que disse,
Ou melhor: Não disse, meus senhores,
O que os jornais disseram
Que ele disse
Ou o que o jornalista achava
Que ele deveria dizer.

Este estilo comunicacional
Tem muitos cultores,
E ficou defintivamente consagrado
Com a seráfica Zezinha:
"Você sabe que eu sei
Que você sabe".
Há uma variante tropical
Deste estilo de não-assertividade
Inventada pelos portugas:
"Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe
Que é difícil de dizer",
Diz a brasileira Marisa Monte,
Na sua canção "Eu sei"...

No país-do-diz-que-disse
Impera a lei da fofoca,
Do boato pidesco,
Da intriga palaciana,
Das bruxas feias e más,
Dos meninos birrentos e queixinhas,
Dos santinhos de pau carunchoso,
Do título de caixa alta,
Da delacção inquisitorial,
Da saloiice do Zé Povinho.
Faz-se do boato notícia,
Da insinuação verdade
E da anedota tese doutoral.

Não tenho pachorra,
Ponto final!
_____________

Nota do editor:

Último poste da série > 1 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P14955: (In)citações (76): Fiquei chocado com a Guiné que conheci em 17 de Janeiro de 1967 (Mário Vitorino Gaspar)

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15099: Sondagem: os resultados preliminares (n=60) sugerem que um em cada dois de nós, no seu tempo, no CTIG, deve ter "ouvido falar" dos tais temíveis MiG russos, que nunca ninguém viu... mas que, tal como os irãs, as bruxas e os ovnis, não deixam de fazer parte do nosso imaginário...

O MiG 17, de origem russa, que deu que fazer aos caças norte-americanos
na guerra do Vietname... Tal como MiG 15, que se estreou na guerra
da Coreia...Fonte: Coertesia de Wikipedia
A. SONDAGEM: 

"NO MEU TEMPO, JÁ SE FALAVA DA EXISTÊNCIA DE AVIÕES INIMIGOS NOS CÉUS DA GUINÉ"


A 4 dias de encerrar a sondagem, esta manhã os resultados preliminares eram os seguintes (n=60)




1. Sim, já se falava  > 27 (45%)



2.. Não sei / não me lembro  > 8 (13,3%)


3. Não, não se falava  > 25 (41,7%)



Votos apurados: 60
Dias que restam para votar: 4


B. Comentário: Como se vê, os resultados parecem estar muito equilibrados. Um em cada dois de nós deve ter "ouvido falar" dos tais temíveis MiG russos, que nunca ninguém viu... Depois da morte do Amílcar Cabaral, dos Strela e da escalada da guerra, a boataria aumentou em Bissau, a partir de meados de 1973... 

Quer se goste ou não, ameaça, mais fictícia do que real, os MiG fazem parte do nosso imaginário, pelo menos daqueles que passaram pelo TO da Guiné nos últimos anos da guerra... 

Mas já desde o princípio (1963), que se falava em aeronaves estranhas que de tempos a tempo cruzavam, impunemenet, os céus da lusitana Guiné... Os valentes pilotos da nossa Tabanca Grande nunca os viram, mas já o mesmo  não se pode dizer dos Strela e das antiaéreas do inimigo de outrora... 

A sondagem, caríssimos,  é para responder até ao dia 14. 


C. O tema já não é virgem no nosso blogue... Aqui vão alguns postes em que a questão dos MiG e outras aeronaves potencialmente inimigas nos céus da Guiné,  é abordada, comentada, rebatida, repisada "ad nauseam"... 

Recorde-se que o assunto foi trazido aqui, recentemente, pelo novo grã-tabanqueiro José Matos, filho de um camarada nosso, e que é investigador independente no domíno da história militar. É um trabalho muito bem documentado e minucioso, o dele, aqui (re)publicado: "A ameaça dos MiG na guerra da Guiné" (Cortesia do autor e do editor, Revista Militar, nº 2559, abril 2015).

Enfim, há postes (e comentários) para todos os "gostos"... A lista a seguir é meramente exemplificativa:




(...) Chefe do Estado-Maior do Exército, afirmou que, não obstante ter dito a Marcelo Caetano que, se se modificasse o dispositivo e se o PAIGC não utilizasse os Mig que dizia possuir, a Guiné seria defensável, pelo que “ (…) 

6 de outubro de 2007 >  Guiné 63/74 - P2157: Álbum das Glórias (29): O misterioso avião IN que eu fotografei na Base Aérea nº 12, Bissalanca, em 1969 (A. Marques Lopes)


(…) Esta questão do heli e do bimotor capturados nos norte do território da Guiné, é interessante: O que nos teria acontecido se o PAIGC tivesse chegado a ter uma verdadeira força aérea ? Até onde nos teria levado a escalada da guerra ? Quem travou (ou tramou) os MIG russos, estacionados na Guiné-Conacri ? (.,.)

13 de maio de 2008 > Guiné 73/74 - P2838: A guerra estava militarmente perdida ? (3): Sabia-se em Lisboa o que representaria a entrada em cena dos MiG (Beja Santos)


(...) Um exemplar do caça MiG 15, de origem soviética. Em 22 de Novembro de 1970, um dos objectivos da Op Mar Verde, era a destrição dos MiG 15 e MiG 17 estacionados no aeroporto de Conacri. Era uma ameaça real para...

4 de dezembro de 2010  > Guiné 63/74 - P7381: (Ex)citações (114): Ainda os Mig... heróis e outras coisas (José Brás)


(...) Foi bom ler todos os comentários dos camaradas reconhecidamente de visões diferenciadas, deixaram, comungando da mesma opinião que eu tenho sobre o texto e Martins de Matos tem sobre a verdade dos MIG (...)
.
  1 de dezembro de  2010  > Guiné 63/74 – P7366: FAP (56): MIGs, MIRAGEs e miragens (António Martins de Matos)

(...) Lá concluímos que, a existirem, os aviões adversários deveriam ser uma das inúmeras variantes do MIG-17, de fabrico russo, de características semelhantes aos nossos F-86 e utilizados por praticamente todos os países sob ...

16 de março de  2011  > Guiné 63/74 - P7952: Notas de leitura (219): A PIDE/DGS na Guerra Colonial 1961-1974 (2) (Mário Beja Santos)

(...) A PIDE também informa que o PAIGC tencionava utilizar em breve pistas de aviação em Madina de Boé para os aviões MIG que possuía em Conacri. E afirma que o PAIGC pretendia efectuar bombardeamentos aos ...

4 de fevereiro de 2012  > Guiné 63/74 - P9443: Situação Militar no TO da Guiné no ano de 1974: Relatório da 2ª REP/QG/CTIG: Transcrição, adaptação e digitalização de Luís Gonçalves Vaz (Parte V): pp. 10/21


(...) Na operação mar-verde, foram sobrevoados a grande altitude, quando retiravam, por um um jacto provavelmente mig mas que não fez qualquer manobra de ataque,porque provavelmente o piloto tinha pouca experiência.


12 de fevereiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9475: Excertos do Diário de António Graça de Abreu (CAOP1, Canchungo, Mansoa e Cufar, 1972/74) (8): Boatos, em Lisboa, de ameaças de ataques a aviões da TAP... e de bombardeamentos aéreos aos nossos aquartelamentos 


(...) "Do mesmo modo o contingente de pilotos que o PAIGC tinha mandado para formação na URSS chegara juntamente com os aviões Mig já depois do 25 de Abril" Embora a Guiné-Conakry possuísse Migs, e se verificassem ...

21 de fevereiro de 2012  > Guiné 63/74 - P9513: FAP (66): Buruntuma: lá no cu de Judas... o famoso ataque de 13 horas (em 27/2/1970), as represálias aéreas de Spínola (27 /11/1971 ) e a caça aos MIG imaginários (1973) (António Martins Matos / Luis Borrega / José Manuel M. Dinis)

(...) Andei várias vezes por ali à procura de Migs imaginários, nunca os vi!!!...


24 de fevereiro de 2012 >  Guiné 63/74 - P9527: FAP (65): Mísseis Strela, a viragem na guerra... (António J. Pereira da Costa)

(...) O passo seguinte seria algo que se previa, também de há muito: o “fornecimento” de aviões MIG 17 ao PAIGC, operados por pilotos estrangeiros. Nunca chegou a ser dado, mas o “número de sobrevoos não autorizados” ...

8 de março de 2012 > Guiné 63/74 – P9584: (Ex)citações (176): Aristides Pereira e os MIGs - revelações ineditas (Nelson Herbert)

 (...) O livro (em estilo de entrevista àquele líder nacionalista) resulta de meses de conversa entre o autor e Aristides Pereira, versando por assim dizer praticamente todas as zonas, até há bem pouco, "sombras", da luta pela independência e pela afirmação da Guiné e Cabo Verde como estados soberanos... nomeadamente das contradições internas do PAIGC, do assassinato de Amílcar Cabral a ruptura do processo de Unidade entre os dois países. (...)



22 de março de 2012 > Guiné 63/74 - P9639: Análise da situação do inimigo - Acta da reunião de Comandos, realizada em 15 de Maio de 1973 (Luís Vaz Gonçalves)

(...) A recente chegada de 6 pilotos estrangeiros (líbios e argelinos) à REP GUINE para substituir, nos MIG-15 e MIG-17, os pilotos guineanos cuja imperícia se revelou em alguns acidentes. - A chegada à REP GUINE de 2 ...

(...) Eu pensava que essa estória dos aviões do PAIGC, MIG´s ao que parece, estava só no âmbito das anedotas. Mas ontem li um Doc de dois ilustres guerreiros historiadores, que escrevem que sim. E hoje mais este brinde, ...

4 de junho de 2012  > Guiné 63/74 - P9993: Notas de leitura (366): "Portugal´s Guerrilla War - The Campaign For Africa" por Al J. Venter (Mário Beja Santos)

(...) Descreve cuidadosamente o armamento de ambas as partes e revela que os MIG 17 estacionados em Conacri eram pilotados por nigerianos, havia a previsão, ainda sem data, de entrarem no conflito. Descreve a evolução ...

21 de fevereiro de 2014  >  Guiné 63/74 - P12751: Notas de leitura (566): A descolonização da Guiné: Depoimentos de protagonistas - Parte 4 de 4 (Mário Beja Santos)


(...) A partir do momento em que não foram destruídos os MIG, havia que regressar o mais cedo possível a casa. Critica a má qualidade das informações da PIDE/DGS. E a seguir a conversa centrou-se nos acontecimentos a ...

27 de outubro de  2014 > Guiné 63/74 - P13804: (Ex)citações (243): Comentário ao artigo "Guiné, Guileje e o desnorte do reino" publicado em O Adamastor (1) (Coutinho e Lima)

(...) "A recente chegada de 6 pilotos estrangeiros (líbios e argelinos) à REP GUINE para substituir, nos MIG-15 e MIG-17, os pilotos guineanos cuja imperícia se revelou em alguns acidentes.
- A chegada à REP GUINE de 2 helicópteros MI-8 em fins de Abril.
- A promessa da REP GUINE ceder uma pista ao PAIGC para manobra dos seus aviões.”


29 de outubro de 2014  > Guiiné 63/74 - P13820: História do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74) (António Duarte): Parte XV: abril de 1973: depois de, em 25/3/1973, entrarem em cena, para surpresa das NT, os mísseis Strela, outros factos dignos de registo no setor L1: (i) presença de cubanos em Ponta Varela; (ii) Mansambo é flagelado ao fim de 8 meses; e (iii) a tabanca abandonada de Sinchã Bambe é reocupada e passa a chamar-se... Santa Cruz da Trapa, em homenagem à terra natal do cmdt do batalhão...

(...) Por várias vezes se falava (boatos) e até informações vindas do QG que iríamos ser atacados por cubanos o que nunca se concretizou... mitos..como os aviões Mig.. Posteriormente soube que nunca houve nenhuma força de ...

terça-feira, 15 de julho de 2014

Guiné 63/74 - P13400: Dossiê Os Libaneses, de ontem (e de hoje), na Guiné-Bissau (1): Quem eram, onde viviam e trabalhavam, quando chegaram, etc. Propostas de TPC estival: factos, gentes, histórias, fotos... precisam-se!

1. Amigos e camaradas da Tabanca Grande e demais leitores:

Estamos já em plena "época estival" e o blogue ressente-se da falta de colaboração... O Carlos Vinhal costuma queixar-se, nesta altura do ano, de ter pouco trabalho... Por outro lado, em agosto  o blogue, as férias e a praia são três coisas que não combinam bem... Eu, LG,  ainda estou no ativo e vou tirar férias em agosto (altura em que o meu estaminé fecha, parcialmente, durante 2 semanas...).

À boa maneira dos senhores professores, vamos  pedir-vos  um TPC, trabalho de casa, para alimentar o blogue durante a canícula... O tema é: "Os libaneses da Guiné"...

(i) Uma questão interessante é a de se saber quantos libaneses viviam na Guiné, antes e durante a guerra colonial (1963/74); .

(ii) Algumas famílias terão ficado por lá mesmo depois da independência, ou emigraram, para lá a seguir; se sim, quantas ? onde ? [Lemos, numa reportagem do jornal Expresso, de 2006, que seriam uns 200, a maior parte concentrados em Bissau];  (*)

(iii) Do nosso tempo estão sinalizados (ou têm sido referidos)  alguns comerciantes libaneses, ou de origem libanesa, em Bissau, Bafatá, Xitole, Gondomar e outros sítios:

(a) Bissau > Na baixa, havia as lojas do Taufik Saad, do Azis Harfouche, do Mamud el Awar;

(b) Bafatá > As "manas libanesas";

(c) Xitole > Jamil Nasser;

(d) Nova Lamego > (?)

(e) Bissorã > (?)

(f) Teixeira Pinto / Canchungo > (?)

(g) Xime > Amin (?)

(h) Gondomar > Regala (?)

(i) Catió > ?

(j) Piche > Taufick ?

(iv) Não há estatísticas... Ou há ?  De qualquer modo, a diáspora libanesa é já muito antiga, e remonta aos seus antepassados fenícios que chegaram à nossa costa, atlântica,  muitos séculos antes de Cristo... Calcula-se que, para uma população atual de 4,4 milhões a viver no Líbano [, "Lebanon", em inglês], haja o dobro ou o até o triplo de libaneses, ou seus descendentes, pelo mundo fora, com destaque para o Brasil (5 a 7 milhões), a Argentina, os EUA,a Venezuela, a Austrália, etc. Mas também países árabes, África ocidental francófona (Costa do Marfim, Senegal, Guiné-Bissau...).

(v) Antiga colónia ou protetorado francês, depois da desintegração do império otamano, o Líbano alcançou a independência em 1943; as tropas francesas sairam de lá em 1946; e  a emigração para a África Ocidental francófona deve ser dessa época, ou até anterior (antes e depois da I Guerra Mundial); em geral, são cristãos, mas também muçulmanos xiitas, os que emigram, e são reconhecidos como uma comunidade próspera e influente, de gente que se dedica ao comércio (veja-se  o caso do Brasil);

(vi) Quando é que os libeneses começaram a vir para a Guiné ? [O Expresso diz que foi há mais de 120 anos] (*);

(vii) Não sei se o Joaquim Mexia Alves e outros camaradas que privaram com o Jamil Nasser (**), no Xitole, têm alguma informação sobre a história da família, sua chegada à Guiné, etc.

(viii) Alguns foram nossos camaradas como o cap grad comando Zacarias Saiegh, por exemplo, tendo começado como fur mil do Pel Caç Nat 52,antes e ingressar na 1ª CCmds Africanos.


2. Quem quer dar uma ajudinha para este TPC coletivo ?

Boas férias para quem for de férias, bom descanso para quem ficar em casa... Passear, a pé, é importante... Mas também conviver, pensar, ler, escrever... e blogar!

Um abraço (ativo, produtivo, saudável, camarigo...) para todos. Luís Graça, Carlos Vinhal e demais equipa.
___________

Notas do editor:

(*) Vd. excerto de reportagem, Expresso, de 7/972006 (Os libaneses na actual  Guiné-Bissau")

(...) O cônsul do Líbano em Bissau, o comerciante Hassib el Awar, garante que os "sirianus" – como eram conhecidos os libaneses antes da independência da Guiné-Bissau – estão cá há pelo menos 120 anos. Este druzo de 73 anos, natural da região de Baabda, no centro do Líbano e a 40 quilómetros de Beirute, sabe do que fala. Chegou à ex-Guiné Portuguesa em 1949, para trabalhar com o tio, de quem herdou a "Casa Mamud el Awar", loja que ainda hoje conserva o mesmo nome.

Hoje, o cônsul tem um registo de apenas 200 libaneses. Mas supõe-se que são muito mais, na maioria muçulmanos, xiitas. Discretos, por vezes, não hesitam em exibir as suas preferências políticas, como durante o recente conflito com Israel, em que o restaurante "Ali Baba", em Bissau ostentou um retrato de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah.

Os irmãos Mazeh, xiitas, instalados a partir dos anos 90, abriram a primeira fábrica de espuma da capital guineense, onde está o grosso dos libaneses. Mas ainda há um punhado de comerciantes nas regiões. É o caso de Abibe Fares, ex- colaborador do general Aoun, que vive em Bissorã, no Norte. Outro apoiante do líder cristão, Ghassam S. Makarem, um famoso jornalista, explora duas papelarias em Bissau.

As diferenças confessionais não impedem a comunidade de coabitar. Em Julho, cristãos e muçulmanos organizaram uma marcha de protesto contra a ofensiva israelita no sul do Líbano. Mas difícil é manter a associação local, que apenas funcionou um ano.(...)


(**) Vd. poste de 8 de julho de 2014 > Guiné 63/74 - P13378: No 25 de abril eu estava em...(24): Xitole, e foi o comerciante libanês Jamil Nasser quem me deu a notícia, ouvida na BBC, na sua emissão em árabe (José Zeferino, ex-alf mil at inf, 2ª CCAÇ / BCAÇ 4616, Xitole, 1973/74)

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Guiné 63/4 - P12090: (Ex)citações (225): O nosso blogue e o último dos nossos direitos como veteranos de guerra e cidadãos, o "jus esperniandi", o direito de espernear... (Vasco Pires, ex-cmdt, 23º Pel Art, Gadamael, 1970/72; e português da diáspora no Brasil)

1. Comentário de Vasco Pires, grã-tabanqueiro bairradino e "tuga" da diáspora no Brasil, ao poste P12073:

Caríssimos,

Em meados do ano 70, assumi o comando de uma unidade quase exclusivamente composta por tropa Africana, e por lá fiquei durante dois anos, em 72 saí de Portugal, e por aí vou andando, sou mais um desses milhões da Diáspora Lusitana. Logo não serei a pessoa habilitada para opinar sobre o pós 74.

 Diria: "Em briga de jacu,  inhambu não pia..", e terei que dar crédito de novo ao meu avô e à sua imensa sabedoria bairradino-brasílica. 

Todavia, sem fazer juízos de valor sobre a matéria, aqui de longe, não posso deixar de externar a minha profunda admiração pelo árduo, sereno, e sábio trabalho de edição de toda a equipe editorial, em assuntos apesar de distantes no tempo cronológico, ainda carregados de emoção. 

Equipe magistralmente comandada pelo Camarada Luis Graça, a quem eu qualifico, sem risco de exagero, como um Benemérito da nossa tão vilipendiada geração, nos proporcionando uma VOZ. É o último dos direitos do cidadão, o tal do "jus esperniandi".

forte abraço a todos
Vasco Pires
Ex-Comandante do 23° Pel Art
(Gadamael, 1970/72)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9160: (Ex)citações (162): Confesso que estou profundamente chocado com a posição de alguns camaradas acerca da política seguida pelo nosso blogue (José Teixeira)

1. Em mensagem do dia 7 de Dezembro de 2011, o nosso camarada José Teixeira* (ex-1.º Cabo Enf.º da CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70), membro da Direcção da Tabanca Pequena, Grupo de Amigos da Guiné-Bissau (ONGD), enviou-nos este...


REFLECTINDO…

Confesso que estou profundamente chocado com a posição de alguns camaradas acerca da "política" seguida pelo nosso blogue.
Desde a primeira hora e eu sou dessa hora, afirma que pretende criar condições para que a história da guerra colonial seja contada pelos autores e em simultâneo atores dessa guerra ou seja nós e... os nossos adversários à data dos acontecimentos. Caso contrário a história ficará mal contada.

Há uma frase slogan que espelha este espírito "Não deixes que outros contem a tua história"...

- Houve uma guerra que alguns querem que seja a guerra do ultramar e outros a guerra das colónias. Estes ficam até ofendidos. Afirmam que Portugal não tinha colónias, mas províncias ultramarinas. Pois... mas quando fui para escola as tais províncias eram colónias e Portugal tinha um império colonial de que o Estado Novo se orgulhava. Mas... mudam-se os tempos… e os nomes por conveniência política. A carne vira peixe, para se poder comer na Quaresma sem se cair em pecado. Será?

Ainda há dias ao procurar numa livraria do Porto tabuadas para enviar para a Guiné, a pedido de guineenses vi um mapa do glorioso império português do Minho a Timor datado de 1946, o ano em que vi a luz deste mundo.


- Fomos chamados a combater. Diziam que era pela Pátria. Fomos arrebanhados à força ou será que todos fomos voluntários para "carne para canhão"?

Eu confesso que não fui, mas parti convencido que a minha Pátria tinha a Razão do seu lado. Porém, rapidamente verifiquei o quanto estava errado ao ser acolhido pela forma como fui. Afinal não eram selvagens e comunistas que viviam na Guiné, mas… pessoas com valores e contra-valores como todos os povos do mundo. Com uma cultura muito própria que merecia ser respeitada pelo poder instituído e tal não acontecia. Felizmente nós, os militares e guerrilheiros à força demos lições de civismo a par das lições de guerra que éramos forçados a dar, talvez para sobreviver (não éramos nenhuns santos tal como os “turras”) e hoje somos recebidos em festa.

Confesso que deixei fugir lágrimas de emoção e raiva quando vi um chefe de posto amarrar um homem a um poste e ordenar que lhe fossem dadas 50 chicotadas, só porque outro o acusou de algo, sem ouvir o presumível réu. Só que o queixoso era “português” fiel e o outro era um simples homem do mato.


- Lutar por quem, contra quem e porquê!

Esquecemo-nos dos anos que antecederam o ano de 1640 na luta dos portugueses pela independência contra Castela. Pois é. Já lá vão muitos anos.

Será que aqueles povos não tinham o direito de lutar para o bem ou para o mal por um direito que todo o mundo lhes dava, excepto o regime que vigorava em Portugal?


- Creio que toda agente sabe como eram arrebanhados e instrumentalizados os guerrilheiros do PAIGC. Tal como nós ou pior ainda. Entravam pelas tabancas dentro e levavam todos quantos tivessem idade para irem para a luta.

Em 2008 conversei com uma guerrilheira que com doze anos era a rádio telegrafista do PAIGC dos grupos de combate que cercaram Guiledje. Apenas 14 aninhos! Será que estaria lá de boa vontade, voluntária?

Hoje, é uma mulher grande algures numa tabanca na mata do Cantanhez. Será que não deve merecer o nosso respeito?

Um outro guerrilheiro, ao saber as terras por onde andei procurou-me para localizar possíveis encontros. Efectivamente tivemos vários. Foi muito gira a nossa conversa, a qual começou por um humilde pedido de desculpas por parte dele, logo que descobrimos e contabilizamos as vezes que nos encontramos frente a frente: “Discurpa. Guerra é guerra, mas caba há manga di tempo, dá um abraço”. Chamou amigos e família para me conhecerem e fez comigo um pacto: “Quero ser teu ermon” - e não me largou mais nos dias que estive em Bissau.

Este homem que seguia o Nino para todo o lado. Tinha sido “mobilizado” pelo PAIGC com 16 anos numa visita relâmpago à sua tabanca . Era o especialista de minas e armadilhas do terrível trilho “carreiro da morte” no Cantanhez. De uma vez só levantamos 87 minas em Tchangue Laia, montadas por ele.

Hoje, melhor, acabada a guerra, regressou à sua tabanca e é um humilde trabalhador do campo.

Será que não deve merecer o nosso respeito, tanto quanto nós merecemos o respeito dele, daqueles povos que hoje nos recebem em festa? Ou será que nós fomos uns santinhos que por lá apareceram?!

Os nossos aviões, por exemplo, despejavam toneladas de trotil sobre Tabancas em poder do IN, possivelmente pessoas apanhadas entre dois fogos, sem possibilidades de defesa. Ou será mentira?

E quando as nossas tropas, sobretudo as de elite avançavam sobre as tabancas consideradas inimigas?…

Note-se que não pretendo fazer juízos. Guerra é guerra, como disse o Baldé e eu também lá estava.

Antero, o guineense que gosta de ouvir o Hino Nacional

- Acabada a guerra, da qual saímos de uma forma inglória, como era de esperar, pois nenhuma guerra pela independência em qualquer parte do mundo foi favorável ao opressor, há que fazer passar à História os acontecimentos que marcaram aquela época de luta, sangue suor e lágrimas por parte das duas frentes em contenda. Para tal é no mínimo necessário tentar ouvir intervenientes de ambas as partes e reconhecer os soldados que se evidenciaram, que os houve naturalmente, e nós temos felizmente muitos. O PAIGC também os terá e há que reconhecê-lo, tanto quanto eles admiram por exemplo o Spínola, o Carlos Fabião e possivelmente outros que lhes merecem no mínimo o respeito pela forma como lhes fizeram frente.

Para finalizar recordo o Ernesto. O motorista que me acompanhou no ano passado durante alguns dias pelo interior da Guiné. O toque do seu telemóvel era… o Hino de Portugal.

- Eu gosto muito de ouvir o Hino Nacional - justificou-se...

Deixemos o blogue cumprir a sua missão. Fazer História, mesmo que nos doa. Deixemos que os intervenientes contem a sua história. Apenas peço o cuidado de tentarem respeitar as susceptibilidades dos outros camaradas ou ex-inimigos.

Não nos esqueçamos que “guerra caba manga di tempo” e o tempo deve cumprir a sua missão de curar as feridas.

Abraço fraterno
Zé Teixeira
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 7 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9009: Ser solidário (115): Poço em Farim do Cantanhez (José Teixeira)

Vd. último poste da série de 7 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9149: (Ex)citações (161): Fomos capazes de manter respeito e amizade uns pelos outros e mesmo de deixar saudades (José Brás)