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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Guiné 61/74 - P23881: Contactem-nos, há sempre alguém que pode ajudar ou simplesmente saber acolher (3): Mensagens recebidas entre janeiro e outubro de 2022, através do Formulário de Contactos do Blogger



Formulário de Contacto do Blogger: disponível na coluna estática, ou "badana", do lado esquerdo do blogue. Tratando-se, o remetente,  de um antigo combatente no TO da Guiné (1961/74), é conveniente indicar, além do nome, o respetivo posto, a unidade/subunidade a que pertenceu, a(s) localidade(s) por onde passou, e o(s) ano(s) da comissão de serviço... Há dados que nos mandam, que são muito vagos...

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2022)



Guiné > Região do Oio > Sector de Farim > Cuntima > CCAÇ 2592 / CCAÇ 14 > "Em Cuntima. Eu e o vagomestre Germano (do Porto). A inscrição que está no pedestal é de uma das companhias que esteve aqui, a CCAÇ 1789, do BCAÇ 1932 (1967/69), mobilizado pelo RI 15 (Tomar). A CCaç 2592 (futura CCAÇ 13) foi colocada em 6 de novembro de 1969, em Cuntima, a fim de substituir a madeirense CCaç 2529 como força de intervenção e reserva do BCaç 2879".

Esta, a CCAÇ 1789, é uma das subunidades que não tem qualquer representante até à data na nossa Tabanca Grande.

Foto (e legenda): © António G. Carvalho (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Seleção de mensagens recebidas através do Formulário de Contacto do Blogger, em 2022, até ao final de outubro. Trata-se um veículo de comunicação imediata, amigável e fácil entre os leitores e os editores do blogue.


Nalguns casos, já houve uma resposta direta, atempada,  dos nossos editores ou um reencaminhamento para outros destinatários. Também num caso ou noutro a mensagem pode já ter dado origem a um poste. Procuramos, na lista a seguir, pôr um link naquelas unidades ou subunidades com representantes na Tabanca Grande, o mesmo é dizer com referências no nosso blogue.

Por favor, não abordem assuntos da atualidade, por muito dramáticos, prementes e impactantes que possam ser... Nem nos perguntem por coisas sobre (ou camaradas que estiveram em) outros teatros de operações, como Angola e Moçambique... Como é público e notório, o nosso blogue é centrado nos antigos combatentes da guerra do ultramar / guerra colonial, que estiveram na Guiné, no período que vai entre 1961 e 1974

Por outro lado, temos muito boa vontade mas não temos meios (humanos, logísticos, temporais, financeiros, legais...) para dar resposta, atempada e cabal, sobre todos os pedidos, e nomeadamente sobre antigos camaradas, seu paradeiro, etc.

Evitamos, em princípio, divulgar o endereço de email de cada um destes contactos, a menos que haja interesse para o próprio (nos casos, por exemplo, em que se divulga um livro ou a realização de um encontro: ou se procura informação que extravasa o âmbito do blogue).

Prometemos, em 2023, fazer um apanhado, com maior perodicidade, destas pequenas (mas precisosas) mensagens. E desde já agradecemos todas as manifestações de apreço pelo nosso trabalho, e de incentivo para continuar a partilhar memórias (e afetos) dos antigos combatentes da Guiné (1961/74).


2022 (janeiro-outubro)



28/10/2022, 9:49 | António Baptista

HM241, Bissau, 69/71, Abraço para todos. Continuem a publicar.

27/10/2022, 20:58 | Maria Ferreira

Sou sobrinha de um 1º cabo Manuel Alberto da Costa Marinho que esteve na Guiné em 72-74. Um tio muito querido para mim, quase meu segundo pai que infelizmente faleceu este verão. Eu sou historiadora pela faculdade de Letras da Universidade do Porto e eu e o meu irmão mais velhos gostariamos de conhecer o seu batalhão e escrever as memórias que ele sempre nos contou para que a sua memória não se perca.

24/10/2022, 20:45 | Gabriel

Procuro alguém que tenha estado na Guine Bissau, em 1961 /62/63 , e que conheça o nome
Fernando Fernandes: este senhor trabalhou na Força Aérea Portuguesa. Obrigado.


20/10/2022, 22:16 | José Joaquim da Silva Ribeiro

Boa noite, os meus cumprimentos . Eu também estive na Guiné, em 1972/74, no BCAÇ 4612/72, 3ª Companhia. Era 1º cabo padeiro em Mansoa. Sem mais um grande abraço a todos camaradas.
19/10/2022, 10:01 | Manuel Alves

Furriel Armas Pesadas 2ª CCaç / BCaç 4518/73 - Cancolim / Galomaro .


16/10/2022, 18:42 | Fernando Nogueira de Carvalho


Luís Graça, enviei ontem o episódio Mata de Cassum; não sei se feri suscetibilidades mas foi a realidade. Quanto aos meus trabalhos de pintura e fotografias, claro que pode publicar, é um gosto mutuo.

15/10/2022, 18;05 | Jorge Miguel

Estive no HM 241 (Bissalanca) entre 1967/69. Tenho tentado encontrar camaradas mas... sem sorte. Possivelmente porque não sei fazer as coisas a seu termo.


Percurso na Guné: Ingoré, Barro,  S.Domingos,  Suzana,  Mansabá; ferido 2 vezes em combate,  sou DFA. Pior experiência: mata do Cassume 12 mortos. Aqui recusei a cruz de guerra que me valeu um dia detido no quarto. Furriel mas mais de metade da comissão, depois de 2 alferes mortos, fiquei a comandar o pelotão. Na desmobilização como tantos outros senti-me descartável. Paradoxo ou não, regressar à Guiné, Saúde e abraço para todos.

6/10/2022, 17:11 | João Alberto Leitão Ribeiro Arenga

Um abraço a todos os ex-combatentes da Guiné-Bissau, em especial.a todos os Catedráticos de Empada. CCaç 3373, 1971/1973.

27/9/2022, 12:38 | Manuel Veiga

Estive em Bolama nos anos 64/66. Comando de Agrupamento 17.

17/9/2022, 12: 22 | Henrique Silva

Henrique Raimundo Silva, ex-soldado paraquedista, 871/67, mobilizado para a Guiné, em rendição individual, cheguei ao BCP 12, em setembro de 1968, fui ferido em Gandembel em novembro de 1968, em mina antipessoal.

16/09/2022, 00:39 | Jose M. DeFerraz ou José Ferraz de Carvalho

Sou o membro desta Tabanca Grande nº 527. Vivo nos EUA. Deixei de receber os "postings" que recebia fielmente todos os dias: Nao sei se foi por erro meu que cancelei a minha subescricão. Sendo assim por favor reactivem-la.


31/08/2022, 13:17 | Madiu Furtado

O meu nome é Madiu Furtado, sou jornalista e escritor guineense. Resido em Portugal desde muito pequeno. Recentemente lancei o romance intitulado Onze Anos, publicado pela editora Chiado Books.

Onze Anos aborda a guerra colonial na Guiné-Bissau. A narrativa acompanha os anos de conflito armado entre o movimento de libertação de Guiné-Bissau e Cabo Verde, PAIGC, e as tropas portuguesas até à proclamação da independência de Guiné-Bissau a 24 de setembro de 1973. Neste romance retrato a ditadura imperialista portuguesa e a árdua luta pela libertação
do país.

O personagem principal, Federico, é um jovem guineense com raízes cabo-verdianas que ao receber a carta de mobilização vê-se obrigado a lutar ao lado dos portugueses. A partir daí a sua vida se altera, bem como a de toda a sua família.

Onze Anos foi lançado em Portugal no dia 16 de julho de 2022. Escrevo esta mensagem porque gostaria realizar novas entrevistas para o segundo volume de Onze anos. Pretendo escrever uma trilogia que acompanhe os 11 anos de guerra de guerrilha em Guiné-Bissau. Seria uma honra conversar com quem viveu os duros anos da guerra e guarda tantas memórias.
Felicito pelo blog que sempre foi uma biblioteca da guerra colonial e que faz parte das minhas pesquisas.

Madiu Furtado | madiufurtado@gmail.com

29/08/2022, 15:46 | Francisco Domingues

Bedanda, 70/72, furriel miliciano de artilharia.


03/08/2022, 12:16 | José Morgado

A 2ª CART & BART 6521 vaio promover o encontro para os elementos da mesma Companhia em Cacia, Aveiro, no Restaurante Solar das Estátuas, no dia 24 de setembro, após 50
anos que chegamos à Guiné, para a zona de Có. Para membros que não tenham
conhecimento, Contacto. 934755427. Email: goldmor51@gmail.com
Saudações a todos Ex-Combatentes.

31/07/2022, 20:59 | José Manuel Samouco


E se nós contássemos o que comíamos no dia a dia na Guiné da Guerra. Nem toda a Guiné andava na Guerra. Alguns até comiam bem!

20/07/2022, 10:53 | Valentim Eduardo

CCAÇ 1500 / BCaç 1877 - Guiné, 1966/1967. Um Grande Abraço,  Luis


19/07/2022, 23:43 | António Dias Costa


Ex-Furriel Miliciano, atirador de artilharia,fez parte da CArt 2519. Esteve em Mampatá, na Guiné,  em 1969/1971.

14/07/2022, 17:17 | Francisco Souza (natural de Cabo Verde)

Fui colega de carteira do Areolino Cruz, no Colégio Nuno Álvares,em Tomar, nos anos 57/58. Embora mais novo que ele, guardo do mesmo uma terna recordação. Saí do colégio em 1958 e desde então perdi o contacto com o mesmo. Soube mais tarde,através do Daniel Ramos Benoliel, guineense,que comigo serviu na Forca Aérea Portuguesa e mais tarde foi meu colega na TAP, que o Areolino tinha ido para a URSS estudar e que por qualquer motivo foi recambiado para a Guiné,onde viria a morrer. Paz à sua alma.

(...) Mais informo que durante a minha estadia no colégio Nuno Álvares, em Tomar,fui colega de vários outros Guineenses,entre eles o João Domingos Gomes,o Eslávio Gomes Correia e os irmãos Inácio e Júlio Semedo,todos eles mais velhos que eu mas com os quais mantive boas relações. Não sei se ainda estão vivos,mas se ainda o forem daqui (Açores,onde vivo desde 1979) lhes envio um fraterno abraço.

8/7/2022, 20:41 | Erine

Boa noite, me chamo Érine. Estou fazendo uma pesquisa referente a minha árvore genealógica para descobrir quem foram meus antepassados, informações essas muito importantes para a minha família.

Recentemente descobri que meu tataravô (ou tetravô) participou da última guerra de Portugal em 1961. O nome dele era José Leite da Cunha e ele foi embora para o Brasil. Peço a ajuda de quem puder contribuir com mais informações a respeito dele, pois não estou encontrando nos cartórios brasileiros. Aguardo por notícias, obrigada!

3/07/2022, 12:55 | Carlos Manuel da Costa Paquim


Capitão de artilharia-Penafiel - Guiné 68/70. Força, camaradas!


28/6/2022, 14:59 | António Figueiredo Pinto

Ainda estou vivo!

20/6/2022, 00:08 | Fernando Manuel Alves Morgado da Silva

O meu penhorado reconhecimento aos fundadores deste blog, que aproxima todos os camaradas que um dia pisaram as terras da Guiné de armas na mão, que saúdo, e aos quais envio "aquele abraço" . Um abraço muito especial para o meu primo Humberto Reis


3/6/2022, 13:47 | Fernando Correia

CCAÇ 1789, Cuntima, 2º Gr Comb, "Os Indomáveis", 1967.

Boa tarde, eu tenho o crachá de peito desta companhia. Gostaria de saber a origem, seu percurso militar na Guiné. Tenho uma página no Facebook, Fernandocorreia correia. Obrigado pela cortesia.

30/5/2022, 10:36 | João Neves (Aveiro)

Gostaria de rever todo o pessoal que esteve na ponte, 72/74 (fui render o pessoal que morreu na emboscada). Gostava de encontrar o Alexandre, Santiago, Miguel, Serra,e outros. Não tenho contatos de ninguém. Meus contactos: telem 965802548 | email: jtransneves@gmail.com

[ Perguntámos-lhe, em 16/10/2022, a que ponte se refere. E qual a sua unudade ou subunidade. Ainda não nos respondeu. Mas aqui os seus contactos.]

24/5/2022, 17:27 | António Alberto dos Reis Mendes

Boa tarde, ex-combatente, Guiné 72/74, Caboxanque, Cantanhes, CCAV 8352. Um abraço.

7/5/2022, 15:18 | Nuno


A propósito da inscrição Magul 1895, presente no tubo da peça de 105 mm da Krupp. Batalha ocorrida em 1895, sendo os portugueses comandados por Paiva Couceiro.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Combate_de_Magul

28/4/2022, 16:49 | Mário da Silva Jesus (Codivel, Odivelas)

Abusivamente tomo a liberdade de vir de vez enquanto, invadir o vosso espaço, na qualidade de um "simples" curioso e aproveito a oportunidade e espaço, para dar os parabéns pela forma como este espaço é gerido. Os meus fraternais cumprimentos.

28/04, 03:14 | João de Sousa Machado

Um abraço de admiração e camaradagem pela persistência, qualidade e forma correcta de levar adiante tanta informação daqueles "nossos " dois anos de Guiné. Fui alferes miliciano de artilharia e estive em Fulacunda, Cabedu, com o 8,8 e em Cufar com o 14. Um abraço ao Briote...

[ João: obrigado... Conheces o Briote, donde ? E porque é que não te juntas a nós e partihas as tuas fotos e outras memórias... ? De que ano és ?... Serás bem vindo à Tabanca Grande: manda 2 fotos (uma atual e outra do antigamente), e duas linhas de apresentação ]


28/04/2022, 16:56 | Maria Augusta Martinho

De quando em vez, venho aqui à Tabanca matar saudades... Não sei que feitiço aquele chon tem em nós. (...) (Mensagem publicada no Poste P23799...)

23/04/2022, 00:29 | Afonso de Melo

Parabéns pelo 18º aniversário do Blogue que enriquece substancialmente o relato da nossa vivência em terras da Guiné. Um forte abraço ao Luís Graça e a toda a equipa.

15/04/2022, 17:35 | António Machado

João Carvalheiro era fur mil da 3ª CCaç / BCaç 4512, estava em Cuntima. Na página do batalhão estão lá varias referências. Antes da pandemia todos os anos faziamos o nosso almoço, ele estava sempre presente com a esposa.

12/4/2022, 13:15 | Sílvia Zayas Serra

Sou artista e sobrinha do João Carvalheiro que faleceu no Porto há dois anos. Ele era furriel de minas e armadilhas. Na minha memória estão as histórias que o meu tio contava sobre Guiné, e a Maria Turra, gostava de falar com alguém que o tenha conhecido ou estado com ele em algum momento lá na Guiné.

Esteve na na tropa, penso que de 72 a 74 mais ou menos. No meu doutoramento e algumas das peças artisticas e filmes, trabalho com memória, também por perceber como segunda geração o imaginário que formaram estas experiéncias e sobretudo por um desejo muito emocional de perceber.

Agradecia alguém com quem falar. Muito obrigada pelo blogue e a recuperação de documentos! Sou nascida em Espanha e por isso o meu português às vezes pode parecer
esquisito...

12/4/2022, 12:13 | Elisa Baptista

Fui aluna do Doutor Jorge Cabral ... Amava o seu sentido de humor... Triste em saber que nos deixou.

10/4/2022, 23:12 | Rui Miguel da Silva Nunes

Tive hoje conhecimento deste blogue, que me trouxe à memória, o meu pai, Ilídio Rosado Fernandes Nunes, já falecido. O meu pai era natural de Marvão. O seu capitão era Salgueiro Maia na Guiné. Gostaria de saber se tem algum conhecimento do meu pai, ou porventura
alguma história… Obrigado pelo vosso trabalho de manter a memória viva!

1/04/2022, 19:11 | Constantino Neves (ou Tino Neves)

Olá, Luís Graça. É só para fazer uma pergunta: porque será que ainda não li nada no blogue, sobre o que se está a passar na Guiné ?

O presidente Sissoco começou a nacionalizar firmas estrangeiras, começando por a "Casa do Povpo", casa (firma) antiga e com história e de capitais portugueses (maioria). Talvez não fique por aqui. Ele o presidente está a fazer acordos com o Senegal (julgo por causa da prospecção do petróleo). Já há quem peça para que a Guiné saia da CPLP. Bem,  fico por aqui.

[Tino, és um histórico do blogue, tens a obrigação de conhecer as nossas "regras do jogo": uma delas é a nossa não-intromissão na vida política interna da actual República da Guiné-Bissau (um jovem país em construção), salvaguardando sempre o direito de opinião de cada um de nós, como seres livres e cidadãos (portugueses, europeus e do mundo).]  

25/3/2022, 14;41 | José Alberto Neves

Fui alferes miliciano de transmissões, no CAOP 2 em Nova Lamego, em 1973 e 1974.
Dentro de meses irá ser publicado um livro meu, cuja parte final aborda essa inquietante estadia.

12/3/2022, 12;35 | Arlindo Moreira da Silva,
sold cond, CCS/BCAÇ 1933, Guiné 67/69 

Ao falarem hoje no conjunto João Paulo,  gostaria de os informar que eles embarcaram no dia 27/10 de 1967 no Navio Timor para a Guiné na companhia do meu Batalhão. Não sei se foram destacados para o mato ou se foram com a missão de actuarem para as nossas tropas. Também viajou na mesma data connosco o 1º cabo escriturário Marco Paulo,  o cantor.

Com os meus cumprimentos e mais uma vez obrigado por continuarem a manter acesa a tocha do Antigo Combatente. Bem hajam.


10/03/2022, 16:09 | Fernando Piães Fernandes

Camaradas, foi com grande entusiasmo que, depois de receber o jornal "O ELO" da ADFA, verifiquei a existência deste blogue pelo que peço que me incluam nessa grande Tabanca. Com os melhores cumprimentos.

23/02/2022, 11:23 | Augusto Silva Santos

Na tentativa de encontrar um nome de um antigo camarada, acabei por verificar que da nossa lista de amigos ainda consta o nome do meu amigo e camarada da Guiné, Jolmete, na CCaç 3306 / BCaç 3833, Ernesto Marques. Passo a informar que este infelizmente faleceu em 30/08/2021. Lamento que só agora estejam a tomar conhecimento.

21/02/2022, 22:18 | Manuel Leitão

Estive em Bula no BCAÇ 2928 e destacado em Capunga e antes com o alf Lopes. Em Capunga, com o furriel Vaz. Agradeco se existem contactos com os mesmos. Obrugado.

20/02/2022, 21:08 | Joaquim Luis Pires

Estive em Geba entre setembro 72 a junho 74 e também em Catacumba, como alferes.

18/02/2022, 13:33 | Mamadu Djaura

Eu sou Mamadu Djaura, o meu pai Braima Djaura, ex-combatente, soldado de infantaria em Gampara, de 1972 a 1974. Descobri que alguém está a usar o nome do meu pai Braima Djaura, tem muitos filhos, temos dados ou informação e testemunhas para difender o direito do meu pai. Qualquer informação que precisem sobre o meu pai, estamos em Guiné-Bissau, cidade de Bissau, Bairro Belém. Precisamos de direito do nossos pai. Temos aa provas de nosso pai Braima Djaura, muitos testemunhas em Gampára. Temos associação de filhos de antigo conbatentes portugueses em Guiné-Bissau.
10/02/2022, 12:28 | Jaime Duarte

Gostaria de saber se neste excelente blog haverá registo do meu amigo Acácio de Almeida e Silva, ex-furriel na Guiné, 1968-70. Obrigado e abraço. Jaime Duarte (ex-alferes miliciano SAM 1972-75).





Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > Carta de Fulacunda (1955) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Gampará e da Ponta do Inglês na Foz do Rio Corubal

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013)


3/02/2022/2022, 22:23 | Mamadu Djaura

Sou Mamadu Djaura, filho de camarada Braima Djaura combatente militar da CCAÇ 4142/72 de Gampará no ano 1972 a 1974 Preciso de encontrar dados completos do meu pai. Estou em Guiné Bissau. Me ajudem encontrar solução. Sou órfão.


20/01/2022, 03:51| Armando Ribeiro Ribeiro (CCP 122/BCP 12, 1072/74)

Boa noite, camaradas. Sou ex-combatente da ex-provincia da Guiné, onde estive entre janeiro de 1972 a janeiro de 1974, tendo incorporado a Companhia 122 das tropas paraquedistas , Tenho acompanhado minimamente os relatos dos militares que por lá passaram durante a década de guerrilha. Sendo apenas mais um daqueles que sofreram as amarguras de uma juventude perdida e que hoje se reflete pelo desgaste físico e até emocional, que nos limita a qualidade de vida que gostaríamos ter, contrariando-se com a algria de «estarmos vivos» Deixo o meu abraço solidário para todos os demais !!!



19/01/2022, 21:10 | Francisco Alberto

Também passei por Mansoa e Mansabé, em 1966/68, integrando o BCAV 1897, pertencendo à CCS como Radiotelegrafista do STM. Bons momentos passados em Mansoa.

19/01/2022, 13:18 | Fernando Jorge Alves

Boa tarde, camarada, preciso de ajuda de um advogado, eu sou Fernando Silva, ex- 1º cabo Pelotão Morteiros 4580, Guiné. 73/74. Obrigado. Telem 935519499 | email: fernandosilvanobrega@gmail.com

12/01/2022, 16:30 | António Alves da Costa

Bom dia, fui soldado cozinheiro na CCS / Bart 3844, Guiné, Farim, 1971/73. E 49 anos
depois por cá andamos. obrigada por me aceitares na vossa Tabanca. Abraços para os sobreviventes.
8/01/2022, 22:33 | Amadu Jau

Aqui fala o presidente da Associação dos ex-Combatentes das Forças Armadas
Portuguesas na Guiné-Bissau, Amadu jau. Cumprimentos | amadujau8@gmail.com

7/1/2022 , 15:10 | Leandro Guedes

Meu caro Luis Graça: informo que o livro do Alf Rosa da CART 1743, foi reeditado. Este livro relata os trágicos acontecimentos de Bissássema, altura em que o Alf Rosa e mais dois camaradas, Contino e Capítulo, foram feitos prisioneiros e levados para Conakry.

Tenho digitalizações da capa e contracapa mas não sei como vos enviar. Um abraço e votos de Bom Ano para todos, com muita saúde. Um louvor ao teu trabalho em prol do não
esquecimento dos Heróis da guerra colonial/ultramar. Leandro Guedes, BART 1914.


4/01/2022, 18:33| Henrique Piedade

Solicito informações sobre camaradas que estiveram no Pel Rec Daimler 1077, Batalhão de Caçadores 1861. Os meus agradecimentos.

3/01/2022, 14:23 | Joana Silva 
(Universidade de Cardiff, UK)

Caro Luís Graça: Em tempos escrevi-lhe para lhe pedir informações acerca do macaco kon
(babuíno) da Guiné-Bissau. Acabei de publicar um artigo cientifico de revisão e em português acerca do trabalho que foi realizado no âmbito da minha investigação na Guiné-Bissau
que gostaria que partilhasse no seu blogue. Dada a ajuda de partilha de informações que recebi em 2009 de si e dos bloguistas, creio ser interessante saberem do seguimento da investigação que se iniciava naquele ano.

Com votos de um excelente ano de 2022 e os meus melhores cumprimentos,

Joana Silva

PS: para aceder ao artigo, por favor siga o link que envio abaixo. O artigo chama-se Artigo de investigação [pp. 75-105] Os babuínos da Guiné (Papio papio) na Guiné-Bissau: Uma revisão bibliográfica para a conservação da espécie
http://sintidus.blogspot.com/p/numero-4.html
__________

Nota do editor:

segunda-feira, 16 de março de 2009

Guiné 63/74 - P4038: Fauna & flora (19): Também os babuínos dizem Nós na pidi paz, ka misti guerra (Joana Silva)

1. Mensagem, de 5 de Março, da Maria Joana Ferreira Silva (*), membro da nossa Tabanca Grande, amiga da Guiné-Bissau, aluna de doutoramento da Universidade de Cardiff (Reino Unido).... [ Está a desenvolver um projecto de doutoramento no campo da genética do babuíno da Guiné, mais conhecido pelos bissau-guineenses por macaco Kom]:


Caro Sr. Doutor Luís Graça,

Envio a compilação dos testemunhos postados no blogue. Sei que talvez a altura não será a melhor (a Guiné está em observação por outros motivos) e entendo se a publicação deste meu contributo for demorada.

Queria agradecer-lhe toda a ajuda dispensada e mais uma vez desculpar-me pelo desaparecimento momentâneo. A avaliação por aqui ainda não terminou, mas pude respirar nas ultimas semanas!

Em anexo envio uma fotografia da manifestação de paz que assisti em Novembro de 2008.

Os meus melhores cumprimentos,

Joana Silva



2. Fauna & flora (19) > Também os babuínos dizem Nós na pidi paz, ka misti guerra
por Joana Silva


Caros bloguistas,

Nesta semana fatídica da história recente da Guiné-Bissau, em que este país apareceu nos noticiários das principais agencias noticiosas mundiais (foi um dos principais assuntos da Skynews aqui no Reino Unido), escrevo para vos agradecer toda a ajuda e empenho dos vossos testemunhos.

Devo dizer que me senti imensamente triste ver a Guiné-Bissau nas televisões pelos piores motivos possíveis (aqui foi descrito como um narco-estado, em que num fim de semana, dois principais líderes do país foram assassinados...). Com enorme angústia tentei explicar aos meus colegas ingleses e galeses a simpatia e gosto pela vida do povo guineense mas é complicado entender, quando nunca se visitou a Guiné e quando as poucas notícias que vêm são deste teor de violência.

Voltando ao assunto que me traz aqui. A vossa participação foi entusiasmante e, apesar alguns de vocês contribuírem com pequenas histórias que julgaram não ter relevância cientifica, todos os contributos foram úteis para a reconstrução da história dos babuínos da Guiné na Guiné-Bissau. Fico-vos imensamente grata!

Resumindo a minha compilação dos vossos testemunhos:

(a) Os babuínos eram vistos como “sentinelas” da presença de pessoas no mato. As suas vocalizações advertiam a presença de tropas inimigas e a presença dos babuínos chegaram a dar algum conforto a alguns combatentes.

(b) A carne de babuíno não era consumida com regularidade pelas tropas portuguesas. Todavia alguns bloguistas confessaram que consumiram babuíno: i) por escassez de recursos; ii) para experimentar; iii) por não saberem do que se tratava.

(c) As crias de babuíno, juntamente com outras espécies de primatas, foram mantidas como “mascotes” dos regimentos. O que não cheguei a perceber era se essas crias eram “encomendadas” ou órfãs, resultantes de caçadas a animais adultos. De qualquer forma, eram tratadas com estimação pelos combatentes (assim demonstram as fotografias que enviaram).

(d) As tropas do PAIGC consumiam a carne de babuíno com frequência.

(e) O consumo de carne de babuíno aumentou na capital , [Bissau,] depois dos anos 80.

Os vossos testemunhos coincidem com os testemunhos dos meus entrevistados na Guiné, o que torna a história ainda mais interessante. Segundo eles:

(f) Os babuínos estiveram sempre presentes na península de Cantanhez;

(g) Os grupos sociais começaram a diminuir depois dos anos 80;

(h) As tropas portuguesas não comiam carne de babuíno (muitos deles até referiram que as tropas portuguesas gostavam muito de porco do mato);

(i) O decréscimo (a partir dos anos 80) do número de babuínos deu-se devido à guerra (minas), caça intensiva pelas tropas do PAIGC, comercialização da carne em Bissau, armas mais baratas e fome generalizada;

(j) Durante o período de guerra, as tropas portuguesas compravam crias de babuínos mas não a sua carne. Ao contrário, as tropas do PAIGC caçavam e consumiam babuínos. (Sendo que os babuínos estiveram sempre presente no mato, os seus grupos eram grandes e as suas vocalizações advertiam a presença dos seus grupos sociais, faz sentido que as tropas do PAIGC utilizassem os babuínos como “ração de combate”.)

Houve ainda uma explicação alternativa para a presença ininterrupta dos babuínos: que utilizavam zonas de cultivo deixadas pelas populações obrigadas a deixar as suas aldeias. Do ponto de vista de um babuíno faz todo o sentido, já que eles são considerados oportunistas. A fome generalizada referida terá a ver com 3 anos de seca na década de 80, que provavelmente terá afectado a produção de arroz.

Devo acrescentar que achei particularmente interessante os contributos fotográficos que enviaram:

- Fiquei curiosa com os machos com pelo branco observados e fotografados pelo bloguista Joaquim Mexia Alves. Nunca vi babuínos com esse aspecto antes e estou ansiosa por amostrar no leste (e ver as diferenças físicas reflectidas em diferenças genéticas).

- Os "chapéus" feitos com peles de babuínos fazem parte de um ritual Balanta chamado "o Fanado". Não sei ainda a relevância de se usar peles de babuínos neste ritual (ou se se podem ser usados outros animais) mas este ritual simboliza a passagem à fase de adulto nesta etnia.

- As fotografias do leopardo (do bloguista José Brás) e do "irã cego" (do bloguista Mário Fitas) são fenomenais.

- As fotografias dos babuínos e dos seus curadores são espectaculares!

Devo deslocar-me à Guiné em breve (se a situação política assim o permitir). Caso desejem mandar mantenha (ou alguma encomenda) para algum amigo, tenho todo o gosto em poder ajudar.

Fico ainda a dever a cartografia das presenças dos babuínos indicadas pelos bloguistas. Será concluída em breve.

Em anexo envio uma fotografia da manifestação de paz que assisti em Novembro do ano passado, no dia seguinte ao atentado a Nino Vieira. A multidão gritava “Nós na pidi paz, ka misti guerra”. Mais actual que nunca.

Texto e fotos: © Joana Silva (2009). Direitos reservados
___________

Nota de L.G.:

(*) Vd. poste de 10 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3714: Fauna & flora (1): Pedido de apoio para investigação científica sobre o Macaco-Cão (Maria Joana Silva)

Vd. último poste desta série > 13 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3883: Fauna & flora (18): Um macaquinho principiante na arte do furto (José Brás)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Guiné 63/74 - P3732: Fauna & flora (6): A mensagem da Maria Joana e a resposta do Patrício Ribeiro

o Babuíno da Guiné, conhecido entre nós por Macaco Cão


1.
Recordamos a mensagem da Maria Joana Ferreira Silva, de 9 de Janeiro de 2008:

Boa noite Sr. Luís Graça

O meu nome é Maria Joana Silva e sou uma aluna de doutoramento da Universidade de Cardiff (Reino Unido). O meu projecto de doutoramento é acerca da genética do babuíno da Guiné (mais conhecido na Guiné-Bissau por macaco Kom).

Tenho-me deslocado à Guiné-Bissau, mais propriamente a Cantanhez, onde comecei por fazer uma recolha de amostras biológicas exploratória. Logo percebi que a história demográfica desde primata está intimamente ligado à história daquele local.

Fiz algumas entrevistas a antigos caçadores da tropa portuguesa que me falaram do tempo da guerra, do facto dos babuínos terem sido caçados principalmente por tropas do PAIGC e que durante o tempo da guerra era relativamente fácil encontrar babuínos.

Gostaria de pedir a ajuda dos bloguistas para obter informações acerca dos babuínos daquele tempo (1963-1974). O que gostaria de saber é:

(i) Onde foram avistados os grupos de babuínos;

(ii) quantos animais existiriam num grupo social e quantos machos adultos;

(iii) se os babuínos eram caçados pelos caçadores das tropas para os portugueses;

(iv) se as crias de babuínos eram levadas para os quartéis;

(v) se os bloguistas ouviram falar de medicinas tradicionais que usassem peles de mamíferos (nomeadamente babuínos);

(vi) onde se comeria "cabrito pé de rocha" na Guiné;

(vii) e outras informações deste teor que considerem relevantes.

Estas informações poderão ser enviadas para o meu e-mail: silvamaria_ju@hotmail.com.

Por outro lado, os antigos caçadores referiram alguns nomes de antigos combatentes (e também amigos). Gostaria de saber se algum dos bloguistas conhece as seguintes pessoas (com quem gostaria de ser posta em contacto):

- do destacamento de Cabedú, da milícia G3, o coronel Peixoto;
- Do grupo caçador 6 de Bedanda/1974, companhia 34/1993, o capitão Pimenta e o capitão Miliciano Pereira da Silva.

Estas pessoas que entrevistei pareceram-me bastante saudosistas dos portugueses e gostariam de saber notícias dos seus amigos!
Agradeço qualquer ajuda que vocês possam prestar.
Atenciosamente,

Maria Joana Silva

2. A resposta do Luís Graça

Joana

Já tens aqui a nossa Tabanca Grande, solidária, a funcionar... O Patrício Ribeiro respondeu-me, de imediato, ao apelo que lancei no meu/nosso blogue... Prometo, a ele e a ti, fazer chegar um CD-ROM com as cartas digitalizadas que não estão 'on line' (nomeadamente de todas as ilhas...).

Obrigado aos dois.

Luís

3. Mensagem do Patrício Ribeiro, de 9 de Janeiro de 2008

Luís Graça,

Joana, o teu colega, Fernando de Gadamael Porto, é o padrinho da Badjuda. Ela está hospedada, no Hotel / Restaurante do Senegalês, junto à UICN.

Junto fotos dos finais do mês de Novembro de 2008 do Sul. Por lá andei nos meus passeios, entre Tite e Catió, passando por Banta e Ilhéu de Colbert. A instalar equipamentos solares e rádios de comunicação, em 14 Centros de Saúde, em Vilas e Tabancas de Quínara e Tombali.

A Bic em Buba, no Hotel do Senegalês, junto à ICN (Instituto da Conservação da Natureza?)

Junto mais alguns contactos de Hotéis, para o Blogue:



- Hotel da Boa Vista(ou Bela Vista?), Buba, junto ao rio – Sra. Gabi, tel. 00 245 6647011, (18,00€ quarto).



- Hotel do Filipe, em Catió, tel. 00 245 6624455 (10,00€ quarto)

Um abraço Patrício Ribeiro

IMPAR Lda. Av. Domingos Ramos 43D – C.P. 489 – Bissau, tel. / Fax 00 245 214385 – Guiné-Bissau

Lisboa , tel. / Fax 00 351 218966014 – Portugal impar_bissau@hotmail.com
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Notas de vb:

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12 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P3727: Fauna & flora (5): Coluna de Macacos Kom dizimada na estrada de Cutia para Mansabá. (Jorge Picado)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Guiné 63/74 - P3727: Fauna & flora (5): Coluna de Macacos Kom dizimada na estrada de Cutia para Mansabá. (Jorge Picado)

O babuíno da Guiné (mais conhecido na Guiné-Bissau por macaco Kom)

1. Mensagem do Jorge Picado
, ex-Capitão Miliciano (engenheiro agrónomo, na vida civil)... Conta aqui como na região do Oio os soldados africanos do Pelotão de Caçadores Nativos 61 (qual a etnia predominante?) fizeram um 'massacre' de babuínos.



Caro Luís e Camaradas

Acerca deste assunto tenho também uma "triste" lembrança dos meus tempos em Cutia. Como o camarada António Costa refere ter tido "contacto" com macacos-cães em Mamboncó, eu tive um "encontro", numa das muitas escoltas que efectuei nessa estrada, precisamente por essa zona.

Não posso precisar o dia, mas foi um daqueles em que saímos de Cutia para Mansabá afim de receber a coluna que íamos escoltar até Mansoa. Eram ainda só as viaturas militares, as duas primeiras com soldados africanos (que julgo seriam do Pel Caç Nat 61) e eu, invariavelmente na terceira com pessoal da CCaç 2589, seguindo-se as restantes, quando por alturas da zona (não "aldeia") de Mamboncó rebenta um tiroteio de G-3 à minha frente. Mas que valente susto me pregaram aqueles guineenses...e tudo para ver quem conseguia matar mais macacos.

Um grande bando, adultos, jovens e muito jovens (alguns pela mão talvez de fêmeas), atravessaram a estrada, que naquele local era ladeada por revestimento arbóreo relativamente denso, mesmo à frente do início da coluna e os soldados africanos não estiveram com meias medidas. Atiraram a matar, de rajada e tudo, incitando os condutores a passarem por cima deles, ao mesmo tempo que saltavam dos Unimogs e atiravam com os mortos e feridos para cima das viaturas.

O choro dos feridos, grandes ou pequenos, era nitidamente humano. Posso garantir que os mais pequeninos gemiam nitidamente como os nossos bébés. E eu que tinha os meus filhos ainda bem pequenos, lembrava-me bem desses gemidos e choro...Fiquei bastante traumatizado e nem quis olhar para "os troféus" que os soldados exibiam. Sei que lhes passei uma descompostura, mas eles nem ligaram.

Para eles aquilo ia servir para duas coisas. Ganharem dinheiro com a venda de alguns, nomeadamente aos...que estavam em Mansabá (não te assustes que não eram vocês, Carlos) e para uma melhor refeição preparada pelas suas mulheres.

Porém, o pior para mim, foi ao fim da tarde quando se me apresentaram algumas dessas mulheres, que quase garanto vinham acompanhadas pelo Alf Semião (Alô Vítor Junqueira, vê se confirmas isto com o teu vizinho), para me presentearem com uns pedaços daquela carne cozida, salvo erro, com massa. Encontrávamo-nos na nossa "messe" ao ar livre para o jantar, possivelmente. Vocês não calculam o sacrifício que fiz para comer dois ou três pequenos pedaços, para "garantir a amizade com que era distinguido". E os gemidos ainda a soarem aos meus ouvidos...

Também confesso que nunca ouvi a expressão "cabrito pé de rocha". E já agora para terminar, quando o Vítor Junqueira nos deu a conhecer uma história do Alf Semião, lembrei-me de contar este acontecimento, mas como eles são médicos, a ideia que me ocorreu tinha a ver com um assunto do foro, digamos, clínico. Como não saiu logo, por falta de tempo, quando ia para a reproduzir, parei, porque era um tanto ou quanto melindrosa

Jorge Picado

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