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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Guiné 63/74 - P13544: História do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74) (António Duarte): Parte VII: Agosto de 1972: apresentação no Enxalé de 36 elementos pop sob controlo do IN



Guiné > Zona Leste > Mapa do Xime (1955), 1/50000 >  Posição relativa de Enxalé e Xime, na margens respetivamente direita e esquerda do Rio Geba.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)

1. Continuação da publicação da história da unidade - BART 3873 (Bambadinca, 1972/74), a partir de cópia digitalizada, em formato pdf, gentilmente disponibilizada pelo António Duarte.

[António Duarte, ex-fur mil da CART 3493, companhia do BART 3873, que esteve em Mansambo, Fá Mandinga, Cobumba e Bissau, 1972/74; foi voluntário para a CCAÇ 12 (em 1973/74); economista, bancário reformado, foto atual à esquerda].

Destaque, no mês de agosto de 1972, para a apresentação às NT, no destacamento do Enxalé,  na margem direita do Rio Geba, frente ao Xime, de 36 elementos civis, oriundos de população  possivelmente da região de Madina/Belel, sob controlo do PAIGC. Destaque, por outro lado, para a omissão do grave naufrágio no Rio Geba, que vitimou 3 elementos da CART 3494 (Xime), em 10 de agosto de 1972. Este facto não é,estranhamente, relatado na história da unidade. (LG)








(Continua)
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Nota do editor:

segunda-feira, 28 de março de 2011

Guiné 63/74 - P8010: Memória dos lugares (149): O Pel Mort 2106, do Fur Mil Lopes, que esteve em Bambadinca (1969/70) (Vítor Raposeiro / Gabriel Gonçalves / Arlindo Roda / Humberto Reis)


 Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector de Bambadinca > Aquartelamento de Bambadinca >  Finais de 1970 > Pessoal do Pelotão de Morteiro 2106 festejando a peluda, uma vez terminada a sua comissão... Um dos furriéis deste pelotão era o Lopes, natural de Angola. Lembro-me dele e o Humberto Reis também. Era mais velho três meses do que nós. O que é feito dele?  Era um bom camarada, conforme testemunha aqui o Humberto Reis:

" (...)  Neste destacamento [da Ponte do Rio Udunduma] estava permanente um Grupo de Combate da CCAÇ 12, que vivia em buracos como as toupeiras (rodava todas as semanas). Ou melhor dizendo: eram três apartamentos subterrâneos tipo T Zero...



"Com este destacamento passou-se um episódio que diz bem do carácter que presidia à união de todos os operacionais (operacionais eram aqueles que iam para o mato e as sentiram assobiar e não os que viviam no bem bom dentro dos arames farpados e que nunca sentiram o medo de levar um tiro).


"Um domingo à noite estávamos a jantar na messe [, em Bambadinca], nesse dia calhou-me estar dentro do arame, e de repente começámos a ouvir rebentamentos para os lados da ponte. Pensámos que era o destacamento que estava a embrulhar e automaticamente nos levantámos (eu e mais alguns até estávamos vestidos à civil), fomos a correr aos respectivos quartos buscar as armas e quando chegámos à parada já lá estavam alguns Unimog com os respectivos condutores à espera (ninguém lhes tinha dito nada mas a ideia foi a mesma - é a malta da ponte a embrulhar, temos de os ir socorrer ). Até um dos morteiros 81 levámos e aí vai o Fur Mil do Pel Mort [2106] com uma esquadra, o Lopes que era natural de Angola (tão bem organizada que era a nossa administração militar, que o colocaram na Guiné!).


"Felizmente, quando chegámos à ponte, verificámos que não era aí, mas sim 2 Km mais à frente, na tabanca de Amedalai, pelo que seguimos até lá. Escusado será dizer que quando o IN notou que chegaram reforços,  fechou a mala e foi embora" (HR).


Foto: © Vitor Raposeiro (2010). Todos os direitos  reservados





 Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector de Bambadinca > Aquartelamento de Bambadinca > 22 de Março de 1971 > CCS do BART 2917 (1970/72) e CCAÇ 12 (1969/71) > Álbum fotográfico de Gabriel Gonçalves (ex-1º Cabo Cripto,  CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71) > Foto nº 6 > "Na foto, estou eu acompanhado do cripto da companhia do Xime (não me lembro do nome), junto dos memoriais da nossa companhia, a CCaç 12 [CAÇ 2590], e do Pel Mort 2106" (GG)"... Estes memoriais foram, entretanto, destruídos a seguir à independência.

Foto: © Gabriel Gonçalves (2008). Todos os direitos Direitos reservados





Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector de Bambadinca &gt >  1970 > O Fur Mil At Inf Arlindo Roda, da CCAÇ 12, e o Fur Mil Lopes, do Pel Mort 2106 (1969/70), algures num destacamento (talvez Nhabijões), junto do Mort 81. 

Este Pel Mort 2106 teve equipas nos seguintes aquartelamentos e destacamentos: Xitole, Mansambo, Saltinho, Ponte dos Fulas, Nhabijões, Enxalé, Xime, Missirá, Taibatá e Fá. Foi rendido em Dezembro de 1970 pelo Pel Mort 2268, por ter terminado a sua comissão. 

Infelizmente, a história do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) não traz a composição das subunidades adidas... Mas deste Pel Mort costumam, no entanto, aparecer alguns elementos nos convívios anuais do pessoal de Bambadinca desta época (1968/71).

De acordo com os elementos apurados pelo nosso camarada Benjamim Durães sobre as unidades sediadas em Bambadinca, o Pel Mort 2106 esteve em Bambadinca entre Março de 1969 e Dezembro de 1970. Foi antecedido pelo Pel Mort 1192 (Mai 67 / Mar-69) e pelo Pel Mort 1028  (Set-65 Fá Mandinga; Nov-66 Bambadinca Mai-67). Sucedeu-lhe o Pel Mort 2268 (Dez 70 / Set 72) e, por  fim, o Pel Mort 4575/72  (Jul 72 / Abr 74). 

Uma dúvida que tenho, é a de saber se Bambadinca chegou a ter artilharia pesada, e nomeadamente obuses 14, no final da guerra... Há fotos com carcaças carcomidas de obuses, que podem muito ter vindo das zonas fronteiriças do leste, a caminho de Bissau, e que poderão ter ficado por ali... aguardando embarque. (LG)

Foto: © Arlindo Roda (201o). Todos os direitos  reservados

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Nota do editor

Último poste da série > 28 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P8009: Memória dos lugares (148): Enxalé, a desilusão... Onde está a arquitectura colonial ? (Henrique Matos)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7488: Camaradas na diáspora (3): O luso-americano Franklin Galina, aliás, ex-Fur Mil Franklin, Pel Mort 4575 (Bambadinca, Julho de 1972 / Agosto de 1974)

1. Mensagem de Franklin Galina, uma camarada nosso luso-americano


Data: 21 de Dezembro de 2010 23:44

Assunto: Guiné, 72/74

Venho aqui deixar o meu reconhecimento ao grupo que criou este site.


 Estive na Guiné de Julho de 72 a Agosto de 74 (o bendito 25 de Abril obrigou-nos a ficar presos por mais três meses). 


Furriel Miliciano do Pelotão de Morteiros 4575, sediado em Bambadinca, tive a sorte de ser requisitado para trabalhar na Secretaria do Comando, tendo apenas sido destacado para uma curta temporada em Mato Cão 


Vivo nos Estados Unidos desde 1975. Tenho contacto com três dos meus camaradas de pelotão que anualmente se reunem para um almoço de convívio, durante o Verão, em diferentes cidades de Portugal. Ainda não deu para comparecer a um, mas espero fazê-lo agora que vou entrar para a reforma. 


Como ia dizendo, reler tanta coisa sobre essa terra e aquilo por que passamos, deu-me imensa satisfação. Ha, de facto, uma irmandade não ofocial entre todos os que deixaram lá suor e lágrimas. 


Obrigado pela vossa dedicação e empenhamento em trazer à luz tanta coisa que de outro modo ficaria apenas na memória.

E já agora, um Santo Natal, muita saúde em 2011 e longa vida a todos os ex-combatentes da Guiné ex-Portuguesa.

Sou o Franklin Delano Roosevelt Madeira Galina Barbosa, conhecido entáo por Furriel Franklin. Depois de me tornar cidadão dos Estados Unidos, reduzi o meu nome para apenas Franklin Galina

Boas Festas



2. Comentário de L.G.:

Triplo camarada, de Guiné, de Bambadinca e de armas pesadas... Não estive propriamente num pelotão de morteiros, mas tive como especialidade as armas pesadas de infantaria, que de pouco ou nada me serviram, já que fui um simples atirador de infantaria numa companhia formada por soldados do recrutamento local, a CCAÇ 12, que ainda estava em Bambadinca no teu tempo... (E a propósito, sobre Bambadinca, tens mais de 300 referências no nosso blogue, e podes fazer pesquisas de centenas de imagens no Google=imagens=Bambadinca, a maior oarte das quais são imagens nossas)... 



A CCAÇ 12 (1969/74) foi uma companhia de intervenção que deu e levou muita porrada, poucos dos seus elementos não apanharam com chumbo no corpo... Alguns dos nossos melhores militares africanos acabaram como graduados, quer na CCAÇ 12, quer na CCAÇ 21 (formada em meados de 1973)... e ainda não sabemos exactamente quantos foram fuzilados, no pós-independência, nos ajustes de contas que se seguiram na zona leste...

Mas o meu comentário era sobretudo para te saudar e convidar a integrar este projecto de comunidade de antigos combatentes da guerra colonial na Guiné, a que se juntam os inimigos de ontem e os amigos de hoje... Os amigos de Portugal e da Guiné-Bissau. Franklin, manda-nos as duas fotos da praxe (uma antiga e uma actual) e conta-nos uma pequena história da tua passagem por aquela terra verde e vermelha, onde passaste dois anos da tua vida... 



Gostávamos de saber, muito em particular, como é que foram, em Bambadinca, os tempos do pós-25 de Abril, a relações das autoridades administrativas e militares com o PAIGC, as reacções da população local, etc. Tens fotos desse tempo ?


Temos muitos camaradas na tua nova pátria de adopção, os Estados Unidos da América, que nos visitam diariamente (vd, abaixo mapa estatístico). Mas as raízes, mais profundas, estão aqui e tu nunca as vais esquecer, a começar pela língua materna. Junta-te a nós, traz contigo mais amigos, camaradas e camarigos. Merry Christmas, a Happy New Year. Best wishes for your and your family. Um grande Alfa Bravo (ABraço) do Luís Graça. 

Visualizações de páginas por país (de Maio a Dezembro de 2010)

Portugal
308 083
Brasil
58 140
Estados Unidos
11 387
França
7 341
Alemanha
3 222
Canadá
3 018
Dinamarca
2 355
Espanha
1 480
Reino Unido
1 347
Suécia
1 022

Fonte: Estatístivas do Blogger (hoje)
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Notas de L.G.


29 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6659: Camaradas na diáspora (2): Na morte do Luís Zagallo, (João Crisóstomo, Nova Iorque)