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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Guiné 61/74 - P17822: Inquérito 'on line' (126): Em 50 respondentes, 60% diz que há pelo menos um monumento aos combatentes do ultramar no concelho onde mora... Prazo-limite de resposta: sábado, dia 7, até às 20h43


Lourinhã > Modelo > Vista parcial do Monumento aos Combatentes do Ultramar, inaugurado em 2005.  No concelho da Lourinhã. há mais monumentos: na sede, Lourinhã, nas vilas de Atalaia e de Ribamar, e ainda nas povoações de Zambujeira / Serra do Calvo.


Foto (e legenda): © Luís Graça (2012). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


I. INQUÉRITO DE OPINIÃO:

"NO CONCELHO ONDE MORO, HÁ MONUMENTO AOS COMBATENTES DO ULTRAMAR"...

Primeiras 50 respostas (até às 23h00 de ontem)



1. Sim  > 30 (60%)



2. Não  > 12 (24%)


3. Não sei / não tenho a certeza  > 8 (16%)


Votos apurados: 50


Último dia para votar: sábado, dia 7, até às 20h43.

II. Portugal tem 308 concelhos (, 278 no continente, 11 na RA Madeira e 19 na RA Açores). 

Se tivermos mais de 300 monumentos aos combatentes do Ultramar, isso daria praticamente 1 monumento por concelho. (Exclui-se a centena de monumentos existentes, erigidos à memória dos combatentes da I Grande Guerra,)

Nada mais enganador... Há concelhos com mais de um monumento (1 na sede no concellho, um, dois ou mais nalgumas sedes de freguesia). E há concelhos sem nenhum...

Camarada, ajuda-nos a identificar esses concelhos que estão em falta... 
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sábado, 29 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P15051: Memória dos lugares (316): Serra de Montejunto, o moinho de Aviz, de Miguel Luís Evaristo Nobre (Vilar, Cadaval) - Fotos de Luís Graça, II (e última) parte





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Cadaval > Vilar > Vila Nova > Serra de Montejunto > 20 de agosto de 2015 > O nosso camarada e amigo Joaquim Pinto Carvalho levou-me, a mim, à Alice e mais uns amigos do norte, o Gusto, a Nita e a Laura, até ao moínho do Miguel Nobre, no alto da serra... É conhecido como o moinho de Aviz,,, Dizem que é o mais alto da península ibérica, dos moinhos ainda a funcionar.

Daqui tem-se uma vista fantástica sobre  grande parte do oeste estremenho, do rio Tejo à serra de Sintra... A serra de Montejunto e os cabeços à volta com as sua intermináveis filas de moinhos de vento fazem, ainda hoje,  parte das memórias de infância de muitos de nós. Memórias que eu e muitos camaradas aqui do oeste levaram para a Guiné das bolanhas e florestas-galerias, onde não havia (com exceção da região do Boé) elevações do terreno... E muiito menos moinhos. Era o pillão qyue fazia a vez das nossas azenhas e moinhos. 

Hoje, na Estremadura da minha infância, os cabeços estão pejados de inestéticas eólicas, tão feias como os horroros e tísicos eucaliptos que estão a dar cabo do nosso querido Portugal mediterrânico... Confesso que é uma dor de alma ver, de Lisboa à Lourinhã,  as eólicas em vez dos moínhos de vento da minha infância.,.. E as manchas de eucalipto a dominaram a paisagem... Quem disse que a paisagem não tem dono ?

Havia alguns milhares de moínhos de vento no oeste, meia dúzia em cada aldeia, no meu tempo de menino e moço. Hoje restam-nos alguns belos exemplares, ainda em funcionamento (incluindo no meu concelho Lourinhã, no Moledo, no Porto Dinheiro, na Pinhoa...). Enfim, restam-nos a arte e a ciência da molinologia, e alguns, poucos, moleiros vivos e raros técnicos de moinhos,  como o Miguel Luís Evaristo Nobre, que domina a "arte ao vento". Vejam o seu sítio  na Net, "Arte ao Vento",  que merece uma visita , tal como seu moinho... O moinho de Aviz estava em ruínas até há alguns anos... É hoje uma obra-prima, digna se ver, dar a conhecer, divulgar, promover...

A "arte ao vento" é o sítio da empresa do Miguel (que vive no Vilar, Cadaval, vizinho portanto do Joaquim Pinto Carvalho e da Céu Pintéus), "dedicada ao Restauro e Manutenção de Moinhos de Vento". Ele tem construções e restauros em muito lugares, incluindo na minha terra. 

Aqui ficam, para quem tem a paixão dos moinhos como eu, o resto das fotos  que tirei, selecionei, editei e prometi publicar no blogue (*). Falando há dias com o Fernando Henriques, moleiro do Moledo, antigo emigrante em França (e cuja pai esteve como meu, em Cabo Verde, no Mindelo, durante a II Guerra Mundial), ouvi esta confissão espantosa:

- Quando eu morrer, a saudade maior que vou levar da terra,  depois da minha mulher, filhas e netos, é a deste moinho, que já está na família há várias gerações... Hoje teria rico se ele, em vez de estar aqui plantado no meio das pedras do Moledo, pudesse ter sido transplantado para o monte do Sacré Coeura em Paris... Os estrangeiros que me visitam ficam de boca aberta e olhos arregalados... (O moinho foi restaurado recentemente pelo Miguel Duarte, depois de um grave acidente provocado pela força do vento).

 Mais uma vcz, obrigado, Joaquim e Miguel, pela magnífica tarde, que passei com eles dois, e que começou pela Artvilla, em Vila Nova, freguesia do Vilar, concelho de Cadaval, no sopé da serra que é familiar a alguns de nós, e nomeadamente aos camaradas da FAP, que por aqui passaram no tempo de tropa (Estação de Radar, nº 3, Lamas, Cadaval).(**)


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

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(**) Último poste da série > 23 de agosto de  2015 > Guiné 63/74 - P15032: Memória dos lugares (315): Pragança, aldeia da serra de Montejunto, união das freguesias de Lamas e Cercal, concelho de Cadaval - fotos de Luís Graça

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P15046: Memória dos lugares (316): Moledo, Lourinhã: a capital do amor, o palco dos amores de Pedro e Inês, ardentes, altamente explosivos, perigosos, clandestinos, subversivos, e de lesa-pátria... Também local (fabuloso, de visita obrigatória) de arte pública, para ver com os olhos... e mexer com mãos (, que nos perdoem a Inês e o Pedro lá no céu dos eternos amantes!) - fotos de Luís Graça












Lourinhã > Moledo > Arte Pública > 25 de agostod e 2015 > Inês, 2 peças de Joana Alves; "Love Captives" [Prisioneiros do amor], de Sana Hashemi Nasl


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados


1. É uma feliz e louvável parceria que já vem de, pelo menos, 2010, e que envolve a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa,  a Câmara Municipal da Lourinhã e a Junta de Freguesia de Moledo (hoje, União das Freguesias de São Bartolomeu dos Galegos e do Moledo).  Aqui vai um excerto de notícia publicada, em 15/6/2010, na página da Câmara Municipal da Lourinhã:


(...) "Moledo Com Vida" dá mote a projecto de parceria entre a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e a Câmara Municipal da Lourinhã/Junta de Freguesia de Moledo

Associado à temática de D. Pedro e D. Inês e à sua passagem por terras da Lourinhã, estabeleceu-se uma estreita colaboração entre a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e a Câmara Municipal da Lourinhã/Junta de Freguesia de Moledo, com o objectivo de, conjuntamente, se proceder ao desenvolvimento de acções comuns, para prossecução do projecto “Moledo Com Vida”.

Assim, e, no momento, está ser desenvolvido o projecto “Escultura Pública”, o qual conta com a participação de um grupo de cinco alunos do Mestrado de Escultura Pública, que ao longo do ano lectivo 2009/2010 trabalharão a temática de D. Pedro e D. Inês de Castro, associada, essencialmente à localidade de Moledo.

Esta acção conta com a colaboração dos Professores Escultores António Matos e João Duarte, responsáveis pela disciplina “Projecto e Laboratório de Escultura Pública”, e dos alunos/escultores: Constança Clara, Denise Romano, Francisco Cid, Joana Alves e Roberto Miquelino, os quais oferecerão os seus trabalhos à Junta de Freguesia do Moledo, para exposição permanente, tendo apenas esta que disponibilizar o espaço expositivo, bem como o material para os trabalhos.

Neste sentido e, de modo sucinto, irão descrever-se as respectivas obras, sendo que quatro delas serão executadas em duas oficinas da freguesia.

Constança Clara: o trabalho pretende dialogar com dois spectos: o paço (palácio), outrora existente, que terá albergado o casal enamorado com a colaboração dos habitantes da aldeia. Neste contexto, a população oferece pedras, à escultora, que simbolizam a referida edificação que aí existiu, com as quais ela construirá a sua instalação, na zona da Beira Rio, sendo este trabalho um dos grandes pretextos para a requalificação dessa zona;

Denise Romano: numa alusão à coroação póstuma de D. Inês de Castro, este trabalho consiste numa representação de uma “ausência presente”, com a construção de um trono, no qual figura a presença da referida donzela. Os materiais utilizados são o aço inoxidável e a pedra de uma pedreira situada na freguesia;

Francisco Cid: uma representação de D.Pedro e D.Inês numa perspectiva intemporal, a qual figura sobre os seus túmulos;

Joana Alves: a impossibilidade de representar a vida sem a morte. O corpo enquanto ser em metamorfose para a morte. Neste caso o leito de morte é uma banheira em que o corpo, delicadamente, se separa da vida; onde se materializa um afastamento e se impõe uma distância. Este trabalho, todo feito em pedra, extraída de uma pedreira situada na freguesia, consiste na construção de uma banheira que assenta sobre quatro pés, réplicas dos que, no Mosteiro de Alcobaça, sustentam o túmulo de D. Inês de Castro;

Roberto Miquelino: reporta-nos ao tema do amor e, nesse contexto, surge o coração, como elemento indicador e demonstrativo do amor, através de dois ventrículos, sobre os quais se exerce a acção reflexiva. O material eleito para este coração gigante é o metal.

Trata-se, então, de um trabalho académico, que estará concluído no dia 24 de Junho de 2010, data da sua inauguração, com a participação de todos os intervenientes. Até lá, e como já foi referido, quatro dos cinco escultores estarão a trabalhar na aldeia, com o envolvimento de uma grande parte da população, seja na entrega das pedras, como acontece com o trabalho da escultora Constança Clara, seja nas oficinas locais, onde Joana Alves, Roberto Miquelino e Denise Romano, trabalham nas suas peças, a par dos outros trabalhadores das mesmas oficinas, seja nas escolas, com as visitas de estudos que têm sido organizadas pela autarquia em conjunto com as escolas da Freguesia." (...).

As fotos acima publicadas são de 2 obras recentes, inauguradas em 2014, e que eu ainda não conhecia: "Inês", 2 peças de Joana Alves; e "Love Captives" [Prisioneiros do amor], de Sana Hashemi Nasl. Há uma terceira peça, "Relógio de sol", de Teixeira Lopes (de que não tenho fotos).

O Moledo, pequena povoação do planalto das Cesaredas, terra rica de história(s) e património (cultural e natural), já aqui tem sido evocado no nosso bloguie, nomeadamente pelo seu monumento aos combatentes do ultramar, erigido em 2005. Pelo TO da Guiné, passaram, 15 dos seus filhos, todos felizmente tendo regressado vivos a casa.



Lourinhã > Moledo > 2 de Agosto de 2010 > Monumento aos combatentes do ultramar > Passei por lá, pelo Moledo, numa manhã cinzenta de verão, mas gostei do monumento erigido em 2005, em terra que foi de amores ardentes mas altamente explosivos, perigosos, clandestinos e de lesa-pátria, os de Pedro e Inês... Gostei do singelo monumento aos combatentes da(s) guerra(s) do ultramar, não apenas os mortos mas também os vivos... Não apenas os de Angola, Guiné e Moçambique... mas também os que passaram por Cabo Verde, durante a II Guerra Mundial, e mais tarde pela Índia" (...). 

Nesta pequena e bonita aldeia  do concelho da Lourinhã, distrito de Lisboa, e que foi sede da freguesia do mioledo até 2013, situada no planalto das Cesaredas, nenhum combatente morreu, por doença, acidente ou combate em África, durante a guerra colonial (1961/74)... Acima, a publica-se uma foto com, um detalho do monumento, em que se listam os 15 combatentes que passaram pelo TO da Guiné.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2011). Todos os direitos reservados.

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