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sexta-feira, 4 de julho de 2014

terça-feira, 20 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13167: (Ex)citações (233): Venho manifestar o meu apoio ao camarada Veríssimo Ferreira pelo repto que faz ao camarada Manuel Vitorino (Manuel Luís Lomba)

[...]
- "A MINHA COMPETIÇÃO FOI OUTRA"
- "A GUERRA DA GUINÉ SÓ PODIA SER GANHA PELO PAIGC"
- "...UMA COLUNA DE «TEMÍVEIS GUERRILHEIROS DO PAIGC ULTRAPASSOU O ARAME FARPADO E VEIO FRATERNALMENTE AO NOSSO ENCONTRO"
[...]
Manuel Vitorino (jornalista e ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4518/73, Cancolim, 1973/74) no post 12955

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[...]
Mas muito calmamente, vamos lá ao contraditório:

- "COMPETIÇÃO" significa disputa.
E então o camarada estava a competir ou a lutar, cumprindo o seu dever enquanto militar integrado no Exército, que lhe ensinou e pagou, para defender a Pátria?


- "SÓ PODIA SER GANHA PELO PAIGC"
Não consigo chegar a tal conclusão, nem tão pouco a admito, embora a tenha ouvido já algumas vezes, e ouvido o contrário por muitas mais. Ou será que eu e os que pensamos que a guerra podia ser ganha por nós PORTUGUESES, somos heróis, e aqueles que pensam o contrário são cobardes?


Estou convencido que uns e outros coexistiram em quaisquer dos casos, mas só que os heróis, não renegam...
NÃO COMPETIAM MAS LUTARAM...
SOFRERAM...
VIRAM AMIGOS A DESAPARECER...
COMBATERAM POR SI E PELOS SEUS, PARA SE DEFENDEREM, que essa era a sua missão.


Mas aquela: "UMA COLUNA DE TEMÍVEIS GUERRILHEIROS, etc etc etc... fez-me rir e lastimar o autor destas opiniões que o sendo, mereceriam o meu desprezo mas que aqui postadas como afirmações sem nexo, apenas repudio com nojo.

Brincamos ou quê?
[...]
Veríssimo Ferreira (ex-Fur Mil da CCAÇ 1422/BCAÇ 1858, Farim, Mansabá, K3, Pelundo e Bissau, 1965/67) no Post 13066

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1. Mensagem do nosso camarada Manuel Luís Lomba (ex-Fur Mil da CCAV 703/BCAV 705, BissauCufar e Buruntuma, 1964/66), com data de 9 de Novembro de 2013:

Camarada Veríssimo Ferreira:
Venho manifestar o meu apoio ao repto que fazes ao camarada Manuel Vitorino, em reacção à substância activa do seu post 12955, a desafiá-lo ao debate acerca de quem merecia ganhar a nossa última guerra da Guiné, perdida pela desistência do MFA, que se antecipou à desistência do PAIGC, depois de os nossos antepassados, de cá e de lá, se haverem defrontado em cerca de 150 guerras, desde 1474 (500 anos, certinhos...), sem haver vitoriosos nem derrotados.

E porquê?
Porque a organização social da Guiné assentava no tribalismo (não consubstanciava um povo) e a maioria das suas tribos valorizava e acabava por apoiar a presença portuguesa.

Quando o MFA “libertador” levou a cabo essa desistência, a História estaria em vias de se repetir, para grande decepção dos arautos internos e externos do “anticolonialismo” - a grande moda das elites políticas de então - e da perda total dos vultuosos investimentos em armamento e financeiros dos interesses que não tiveram outro meio de correr Portugal senão a tiro, para a Guiné lhes abrir a caixa de Pandora às ubérrimas Angola e Moçambique.

Quando da capitulação do MFA, na mata de Morés, na sequência do 25 de Abril, que o Acordo de Argel ainda tentou lavar, cerca de 85% dos guineenses manifestavam-se pela presença portuguesa, contra os cerca de 15% de paigcistas; o efectivo, militar e militarizado, da guarnição da Guiné, ascendia a 45 000 homens, em oposição aos “temíveis guerrilheiros” das FARP e milícias, inferior a 4000.

Se as nações fazem exércitos, os exércitos não fazem nações. Após ter corrido com a presença portuguesa, rompendo o tecido conjuntivo da sociedade guineense (e não a cabo-verdiana), o PAIGC voltará as suas armas contra o próprio povo...

Quando Amílcar Cabral se “apoderou” do PAIG e o transformar em PAICV, havia 500 anos que a Guiné era portuguesa, ao passo que a governação salazarista só tinha 30 anos... Herdamos dos antepassados romanos a condição cívica de soldados: defender o império e o imperador...
...E como os Portugueses fizeram de Portugal um império, a partir da “época Gâmica”... O povo humilde, que lutou na guerra da Guiné, foi entregar-se à luta pelo país, não pelo regime político. A defesa do “império e do imperador” era da ordem de grandeza dos militares profissionais, nomeadamente da poderosa classe dos capitães... Fizemo-lo, na esmagadora maioria, por consciência, convicção e sem criar complexos de superioridade moral ante os refratários e até os desertores (com ressalva para os que foram pegar em armas contra os seus compatriotas e camaradas).

No advento do MFA, havia apenas dois impérios no mundo: o da então União Soviética e o de Portugal. Enquanto havia civis e militares portugueses empenhados na expansão soviética ao império de Portugal, não havia portugueses empenhados na expansão de Portugal ao império soviético.

A guerra do Ultramar entrava no seu advento e Álvaro Cunhal, no seu discurso ante o X Congresso do PC da União Soviética, criticou duramente a China, por ainda não ter corrido com Portugal de Macau, estabelecido desde 1557 (400 anos, certinhos...). Virá a ser a única parcela portuguesa ultramarina sujeito duma “descolonização exemplar”, cerca de 42 anos depois... De onde se infere que se o MFA e os seus “progressistas” não tivessem renegado à vocação colonizadora de Portugal, talvez tivesse bastado uma década, após o 25 de Abri, para a Guiné, Angola e Moçambique haverem ascendido a nações livres, prósperas e pacíficas. Nem todas o conseguiram iniciar, 40 anos depois...

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Região do Xime > 2º Grupo de Combate da CCAÇ 12, deslocando-se numa bolanha em zona controlada pela guerrilha do PAIGC... 
Arquivo pessoal de Humberto Reis (ex-furriel miliciano de operações especiais, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71).

Os ex-combatentes do Ultramar estão em vias de extinção, mas perseverantes em rezingar, enquanto documentos vivos, transmissores históricos, dos factos acontecimentais dessa guerra, resistindo à sua lavagem.

Não será muito, pedir-se mais decoro no endeusamento dos protagonistas e na invocação do 25 de Abril, politicamente correto, à náusea.
Sem desmerecimento da sua substância libertadora, a verdade é que Descolonização ultramarina, obra e graça do MFA, constitui a maior derrota de Portugal, após a sofrida em Alcácer-Quibir. Por causa dela, passamos para a Espanha, em 1580; como sequela dessa “Descolonização exemplar”, fomos sujeitos a 3 ciclos de governação externa, em 30 anos, a última chamada de troika, que se limita a pôr a babete aos governantes das elites políticas emergidas do 25 de Abril e a impor-lhes o óbvio de toda e qualquer governação.

Sofremos e sofreremos essa disciplina imposta do exterior, de longa duração. E os povos que abandonámos passaram a chamar Pobregal, ao país pelo qual esta geração grisalha tanto lutou e sofreu.

E voltando à Guiné, nos 12 anos da sua guerra apenas houve soldados portugueses derrotados pela morte, num total de 2070, em combate, por acidentes com armas, outros e por doença, nativos e metropolitanos, conforme a contabilidade apurada pelo camarada José Martins.

Na Batalha de La Lys, na Flandres, em apenas 4 horas sofremos 7500 baixas, em combate, feridos graves, desaparecidos e prisioneiros...

Com a devida vénia a Almanaque Republicano
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Nota do editor

Último poste da série de 18 de Maio de 2014 > Guiné 63774 - P13159: (Ex)citações (232): "Tristes artilheiros solitários" no meio dos infantes... (Vasco Pires, (ex-alf mil art, cmdt do 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12955: No 25 de abril de 1974 eu estava em... (19): Na guerra colonial, Guiné, numa aldeia do fim do mundo chamada Cancolin (Manuel Vitorino)

1. Mensagem do nosso camarada Manuel Vitorino*, Jornalista, ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4518/73, Cancolim, 1973/74, com data de 24 de Março de 2014:

Amigo Luís Graça, boa noite
Não resisti à frase do Baptista-Bastos "Onde estavas no 25 de Abril?" - E escrevi uma crónica.
Há 40 anos permanecia na Guiné como furriel miliciano de Infantaria (Minas e Armadilhas). Hoje sou jornalista.
Aqui vai crónica.

Abraço
MV


ONDE ESTAVAS NO 25 DE ABRIL? 

Manuel Vitorino 
Jornalista

Vista aérea do aquartelamento de Cancolim

Foto: © Rui Baptista (2009). Todos os direitos reservados. [Edição: CV]

Há 40 anos estava na guerra colonial, Guiné-Bissau, numa aldeia do fim do mundo, em Cancolim, longe de Bafatá.
Quando a madrugada mais luminosa aconteceu já levava várias operações no mato, quilómetros de caminhadas por entre trilhos de floresta sempre à espera de um balázio, uma mina debaixo da árvore, um ataque do PAIGC.
Aparentemente, no país dos “coronéis de lápis azul” o Fascismo estava para lavar e durar.
Não existiam mortos nem feridos. Antes “baixas em combate”, notícias a uma coluna de jornal.

Até ao 25 de Abril vivia num país de partido único, salazarento, cinzentão, liberdades vigiadas por legionários e pides.
Dizer mal do António de Santa Comba Dão só em voz baixa. O delator tanto podia ser o vizinho “bufo” como o colega de trabalho.
Ler o Avante dava direito à perda de emprego.
Distribuir um panfleto de apoio aos presos políticos à prisão. Tudo era literalmente proibido. Até um beijo na rua.

Naquela manhã do dia 25 de Abril acordei cedo e a telefonia só transmitia marchas militares, notícias sobre um “golpe de Estado” em Portugal feito por militares. “Aqui posto de comando das Forças Armadas” ouvi vezes sem conta a par de siglas únicas e inimagináveis: “MFA”, “O Povo Unido….”

Estou em África, no meio do nada, fico inquieto, ansioso. Já só queria aterrar em Lisboa, viver dia e noite, fazer parte da História. Sintonizo a Emissora Nacional, depois a BBC, mais a Deutsche Welle, a Voz da Alemanha e nas várias estações oiço sons de gente sedenta de Liberdade, reportagens de multidões nas ruas de Lisboa e do Porto, exigências de “Libertação dos Presos Políticos” e “Abaixo a guerra colonial”

Subitamente, o país está em catarse colectiva, em festa. E fico colado à rádio de todas as ondas hertzianas. Pelo microfone de um repórter estimado, Adelino Gomes oiço as primeiras declarações do capitão Salgueiro Maia, o mais generoso de todos aqueles que ousaram restituíram o país à dignidade, retenho gritos de Liberdade, o cerco ao quartel do Carmo – onde Tomás e Marcelo se refugiam antes do exílio dourado para a Madeira e depois o Brasil - a chegada de Spínola ao palco dos acontecimentos.
E digo com os meus botões: “A Guerra Acabou”.

E assim aconteceu. A 2.ª companhia do BCAÇ 4518 ainda fez mais duas ou três incursões pelo mato, mas poucos dias depois da “Revolução dos Cravos” uma coluna de “temíveis guerrilheiros” do PAIGC ultrapassou o arame farpado e veio fraternalmente ao nosso encontro.
E por magia tanto as Kalashnikov como as G3 calaram-se de vez.

No quartel o tempo foi vivido em festa, emoções e lágrimas. Abraços calorosos e confidências.
“Nós sabíamos quem vocês eram e o que faziam em Cancolim”, disse-me um combatente das tropas de Amílcar Cabral. Depois das cervejas, decidimos continuar a conversa pela noite dentro, trocar de farda e emblemas, tal e qual como acontece nos jogos de futebol.
A minha competição foi outra.
A guerra da Guiné só podia ser ganha pelo PAIGC.
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Notas do editor

(*) Vd. poste de 10 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12425: O nosso livro de visitas (171): Manuel Vitorino, ex-Fur Mil do BCAÇ 4518 (Cancolim, 1973/74)

Último poste da série de 1 DE MAIO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11511: No 25 de abril de 1974 eu estava em... (18): Canquelifá, Pirada, Bissau, Gadamael (Carlos Costa, Carlos Ferreira, Mário Serra Oliveira, C. Martins)

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12425: O nosso livro de visitas (171): Manuel Vitorino, ex-Fur Mil do BCAÇ 4518 (Cancolim, 1973/74)

1. Mensagem com data de 29 de Novembro de 2013, enviada ao Blogue pelo nosso camarada Manuel Vitorino (ex-Fur Mil do BCAÇ 4518, Cancolim, 1973/74), jornalista, editor do Blogue Mau tempo no Canal, a propósito da sua recente viagem à Guiné-Bissau:

Amigo Luís Graça, boa noite
Acabei de chegar da Guiné-Bissau onde estive quase um mês. E estou a escrever várias crónicas no meu blogue: Mau tempo no Canal
Se puder poderá partilhar no seu cobiçado blogue as crónicas. Agradeço. Sou Jornalista e tenciono escrever mais textos sobre o país e suas gentes.

Fui Furriel miliciano Atirador (mais Minas e Armadilhas) e fiz parte do BCaç 4518, em Cancolim, frente Leste, próximo de Bafatá. Estive na guerra entre 1973 e 1974.

Agora, 40 anos depois, regressei ao país de Cabral. Sem saudosismo, memórias de guerra, ou qualquer tipo de catarse. Fui em missão de paz através de uma ONG, o Mundo a Sorrir e porque aquela gente merece ser feliz.
O resto vem nas crónicas do blogue. No futuro outros trabalhos darão à estampa.

Grande abraço
Manuel Vitorino


2. Comentário do Editor:

Já fui espreitar o Blogue "Mau tempo no Canal" do nosso camarada Manuel Vitorino.
Além de outros temas, a ler, tem uma série de textos e fotos imperdíveis relativas à Guiné-Bissau, fruto da sua recente viagem àquele país irmão. As postagens dividem-se entre o dia 1 - Regresso à pátria de Cabral -, aqui reproduzido com a devida vénia, e o dia 18 de Novembro de 2013 - Futebol e circo, mais circo do que pão.
Aconselho vivamente uma visita e leitura atenta.

Aceitando a oferta do nosso camarada, partilhamos hoje o poste do dia 1 de Novembro.
Prometemos voltar lá e dar à estampa os restantes artigos sobre a Guiné de hoje.

Aproveito para deixar aqui o convite ao Manuel Vitorino para fazer parte da nossa tertúlia. Poderá colaborar connosco com textos e fotos do seu tempo combatente na Guiné, assim como da Guiné-Bissau de hoje.

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Em Bafatá, num casa humilde nasceu Amílcar Cabral. O edifício é hoje um centro de estudo e memórias. 

Estou a pouco menos de 24 horas de aterrar na pátria de Cabral, um dos heróis da minha juventude, o único merecedor de honrarias em toda a história (trágica) da Guiné-Bissau, o líder incontestado deste pequeno país de África. Cabral não foi só o líder do PAIGC que desafiou a Ditadura de Salazar/ Caetano ao declarar a independência nas matas de Medina de Boé, antes o visionário e sonhador de um país livre, fraternal e independente, o guerrilheiro e intelectual admirado pela comunidade internacional. Infelizmente, a Guiné-Bissau volatizou-se. Em golpes e contragolpes, transformou-se numa placa giratória do tráfico internacional de droga com níveis de pobreza extremos, onde a esperança média de vida ronda os 50 anos, onde falta quase tudo. Só a palavra esperança não foi riscada do mapa.

Um aviso à navegação: não vou à Guiné-Bissau por nostalgia ou recordação de alguma façanha de guerra. Sou anti-herói. Estive na guerra colonial entre 1973/74 (Batalhão Caçadores 4518, 2ª Companhia de Caçadores, Cancolim, Bafatá) mas o destino e a sorte andaram de mãos dadas: durante o tempo em que por lá andei nunca dei um tiro, nunca o aquartelamento teve um ataque do PAIGC, nunca a companhia sofreu uma emboscada. Nada de nada. Adianto um pequeno pormenor: caso o PAIGC tivesse colocado as suas armas na mira de Cancolim as nossas tropas não tinham qualquer hipótese de sobrevivência. Morríamos todos. Não tínhamos preparação, estratégia, força anímica, capacidade de resposta. Por isso, quando aconteceu o 25 de Abril – o dia mais feliz da minha vida – e meses depois zarpei de Bissau em direcção a Lisboa (onde a bordo do Uíge ouvi vezes sem conta “Wild World”, de Cat Stevens) senti um enorme alívio, um sentimento único de Liberdade, a certeza que os dois povos tinham muito a aprender em termos de cultura, conhecimento, partilha, história. E um património linguístico que os sucessivos governos até hoje têm desbaratado.

Quarenta anos depois vou regressar, finalmente, a Bissau. Na bagagem transporto muitas memórias deste pedaço de África, um povo maravilhoso, humilde, fraternal, amigo, mais as cores e aromas da paisagem, as mangas e as papais que saboreei em doses duplas para enganar a fome e revejo as lavadeiras com os seus trajes coloridos a caminho da bolanha, a luta diária pela vida travada pelas mulheres, as crianças subnutridas à entrada do aquartelamento e por instantes, recordo a manhã onde escutei pela primeira vez os gritos lancinantes da jovem vítima de circuncisão genital. Está tudo gravado na minha memória. Como o futuro começa hoje decidi voltar à Guiné-Bissau com vontade de aprender, ajudar quem mais precisa e perceber como se pode viver com tão pouco a troco de quase nada. Se calhar vou ficar mais rico. Cabral ka muri/mori (Cabral não morreu).



Publicado 1st November por Manuel Vitorino
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Nota do editor

Último poste da série de 5 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12391: O nosso livro de visitas (170): O crachá da CCAÇ 1498, Có, Binar e Bissau (Joaquim Vidigueira Ferreira, ex-fur mil, Amadora)