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sábado, 8 de julho de 2017

Guiné 61/74 - P17558: Inquérito 'on line' (119): num total (provisório) de 35 respostas, até às 21h00 de hoje, menos de metade (17) entende que "em geral, o aerograma era seguro e rápido"... Comentários de: José Martins, Manuel Amaro e Carlos Vinhal

I. INQUÉRITO 
DE OPINIÃO: 

"EM GERAL, O AEROGRAMA 
ERA SEGURO 
E RÁPIDO" (*)


[Seguro=em geral,  não se extraviava, não se perdia, era devolvido em caso de erro no endereço, não era facilmente violável, não havia censura, a pessoa sentia-se à vontade para escrever o que lhe apetecesse ...]

[Rápido = em geral, demorava poucos dias a chegar ao destinatário]

Assinalar, diretamente, no canto superior esquerdo do blogue, uma das cinco hipóteses de resposta, de acordo com a perceção e e experiência de cada um, no TO da Guiné,

Em 35 respostas preliminares, temos os seguintes resultados;


1. Era seguro e rápido 17 (48,6%) 

2. Era seguro mas não rápido 3 (8,6%) 

3. Era rápido mas não seguro 9 (25,7%)

4. Não era nem seguro nem rápido 3 (8,6%) 

.5 Não sei / já não me lembro 3 (8,6%)

Total > 35 (100,0%)

O prazo de resposta termina na 5ª feira, dia 13, às 16h59.


2. Comentários dos nossos leitores

(i) José Marcelino Martins: 

Escolhi, no leque de respostas a hipótese dois: Era seguro, mas não rápido.

Pelo que sei, os "responsáveis pelos SPM", a nível de terreno, eram requisitados aos CTT e graduados em 1º Sargento. Alguns eram, na realidade, carteiros de profissão.

A velocidade com que faziam o trajeto variava, em função:
- Da quantidade de voos semanais, da TAP, que era quem os transportava;
- Da EPM [Estação Postal Militar] em Bissau, seguiam para os Batalhões;
- Dos Batalhões seguiam para as unidades, nível de companhia, que a distribuía ou enviava para os destacamentos que tinha, e de acordo com o ritmo de "transporte".

Portanto tudo variava. Até o esquecimento daquilo que era o que animava a malta

(ii) Manuel Amaro
Um aerograma entregue nos CTT do Aeroporto de Lisboa, até às 19.00 horas, era distribuído em Aldeia Formosa (Quebo), por volta das 16.00 horas do dia seguinte.

(iii) Carlos Vinhal;

Não é líquido um aerograma ser mais rápido que uma carta ou vice-versa porque a distribuição do correio no mato dependia das condições logísticas.
 
José Martins, o que expões,  não acontecia nas cartas?  Iriam as cartas de barco e chegavam mais depressa a Bissau? Os aerogramas não percorriam o mesmo calvário que as cartas? Ou tinham tratamento diferente chegados a Bissau?

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Guiné 61/74 - P17062: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte III: Mobilização do batalhão e composição das companhias (3)


[18]


[11]



1. Contimuação da publicação da brochura"Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp. inumeradas, il.) [, imagemd a capa, à esquerda].(*)

O autor é  José Rebelo, capitão SGE que foi em 1941/43 um dos jovens expedicionários do RI I1, então com o posto de furriel. Não sabemos se ainda hoje é vivo, mas oxalá que sim, tendo então a bonita idade de 96 ou 97 anos. Em qualquer dos casos, este nosso velho camarada é credor de toda a nossa simpatia, apreço e gratidão.

O nosso camarada Manuel Amaro diz-nos que o conheceu pessoalmente (*)

"O Capitão José Rebelo, depois desta aventura em Cabo Verde, como furriel, cumpriu serviço em Timor, como sargento, durante muitos anos. No regresso à Metrópole, por volta de 1960, fez a Escola de Sargentos, em Águeda e após promoção a alferes, comandou a Guarda Nacional Republicana em Tavira, até 1968. Como homem de cultura, colaborava semanalmente, no jornal "Povo Algarvio", onde o conheci, pessoalmente. Em 1969, já capitão, era o Comandante da Companhia da Formação no Hospital Militar da Estrela, em Lisboa.

"Não sei mais nada [,. atualmente,] do Capitão Rebelo. Antes desta informação, na Tabanca, tinha sabido por mero acaso, que ele e o Coronel Pontes Miquelina, (que também tinha sido meu Comandante de Companhia), eram colaboradores das Entidades Oficiais (Município, Governo Civil e outras), em Setúbal. Talvez a Liga dos Combatentes tenha mais informação."


O então furriel José Rebelo,
expedicionário do 1º batalhão
 do RI 11

A brochura que estamos a reproduzir é uma cópia, digitalizada, em formato pdf, de um exemplar que fazia parte do espólio do Feliciano Delfim Santos (1922-1989), que foi 1º cabo da 1ª companhia do 1º batalhão expedicionário do RI 11, pai do nosso camarada e grã-tabanqueiro Augusto Silva dos Santos (que reside em Almada e foi fur mil da CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73) (*)

Trata-se de um conjunto de crónicas publicadas originalmente no jornal "O Distrito de Setúbal", e depois editadas em livro, por iniciativa da Assembleia Distrital de Setúbal, em 1983, ao tempo do governador civil Victor Manuel Quintão Caldeira. A brochura, ilustrada com diversas fotos, tem 76 páginas, inumeradas.

Além do pai do Augusto Silva Santos, o 1º cabo Feliciano Delfim Santos (1922-1989), temos conhecimento de mais dois expedicionário do RI 11, familiares de um camarada nosso e de uma leitora nossa: (i)  o tio do Benjamim Durães, membro da Tabanca Grande: o soldado atirador António Joaquim Durães (**); e (ii) o avô, ex-1º cabo Armindo da Cruz Ferreira,  da nossa leitora Albertina da Conceição Gomes, médica patologista, de nacionaliddae cabo-verdiaana, a viver e  a trabalhar na Noruega (***)-

O RI 11 desembarcou na Praia, ilhya de Santigao,  em 26/6/1941, e esteve em missão de soberania na ilha do Sal cerca de 20 meses (até 15 de março de 1943), cumprindo o resto da comissão de serviço (até dezembro de 1943) na ilha de Santo Antão.

Seria interessante podermos identificar mais velhos camaradas do RI 11 que foram expedicionários em Cabo Verde... A maior parte do pessoal do 1º batalhão do RI 11 era originário do distrito de Setúbal.. Infelizmente, muito poucos estarão vivos.



"Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp. inumeradas, il.)

Parte III (pp. 11-18)



[11]


[12]


[13]


[14]



[15]


[16]



[17]

_______________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 13 de fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17047: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte II: Mobilização do batalhão e composição das companhias (2)

(**) Vd. popste de  10 de fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17039: Meu pai, meu velho, meu camarada (51): Feliciano Delfim dos Santos (1922-1989), ex-1.º cabo, 1.ª Comp /1.º Bat Exp do RI 11, Cabo Verde (Ilhas de Santiago, Santo Antão e Sal, 1941/43) (Augusto Silva Santos) - Parte IV: Ilha do Sal, Feijoal

(***) Vd. poste de 27 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P16996: Meu pai, meu velho, meu camarada (49): O que conseguimos saber, até agora, do ex-1º cabo Armindo da Cruz Ferreira, companhia de acompanhamento do 1º Batalhão Expedicionário do RI 11, Cabo Verde, Ilha do Sal (junho de 1941-dezembro de 1943) a pedido da sua neta, Albertina da Conceição Gomes, médica patologista na Noruega

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Guiné 63/74 - P15383: Inquérito 'on line' (19): Batota em relação às causas das baixas das NT? Provavelmente não havia... Havia, isso sim, dualidade de critérios e os trâmites normais da burocracia da justiça militar (Abílio Magro / Manuel Amaro / Carlos Vinhal / Luís Graça / José Martins / Jorge Cabral)


Comentários ao poste P15378 (*):
1. Abílio Magro ex-fur mil amanuense,  CSJD/QG/CTIG (Bissau, 1973/74)

Os processos eram instruídos nas Companhias e, de acordo com o respectivo "instrutor", a caracterização era efectuada na CSJD/QG/CTIG. [CSJD = Chefia do Serviço de Justiça e Disciplina],

Supõe-se que muitos dos "instrutores" nada sabiam das consequências futuras para os militares ou seus familiares, pelo modo pouco rigoroso como era instruído o processo. Por outro lado, outros "instrutores", bem mais preparados e conhecedores destes "meandros", lá conseguiam "dourar a pílula",  escondendo habilmente alguns factos e, assim, conseguir algum benefício para o militar atingido ou acometido de doença.

Na CSJD/QG/CTIG, face aos factos constantes do processo (reais ou não) era emitido o respectivo parecer.
´
Tenho a ideia, não a certeza, que o relato das testemunhas era manuscrito pelo instrutor (Alf. Mil, por norma) e as testemunhas não assinavam, ficando o instrutor responsável por elas. Neste contexto, o processo podia muito bem ser conduzido para o lado mais conveniente, houvesse vontade e engenho para isso. 

Para ficarem com uma ideia de como a "coisa" funcionava, quero referir o assédio de que fui alvo, em Setembro de 1974, por parte de alguns Capitães Milicianos, comandantes das Companhias que tinham regressado a Bissau e que aguardavam embarque para a Metrópole.

E o assédio tinha em vista a minha colaboração diária (nocturna e paga) a fim de os ajudar na conclusão dos vários processos pendentes na Unidade, sem o que esta não poderia embarcar, denotando os Capitães Milicianos, portanto, algum desconhecimento da matéria em causa.

Noutras circunstâncias tê-los-ia ajudado,  com muito gosto e "sem honorários", mas acontecia que eu também estava ansioso para "bazar dali" e, naquela altura, chegava ao fim do dia cansado de tanto queimar papelada e, com o calor das chamas e a fumaça, tinha sempre a garganta seca.


2. Luís Graça [editor, ex fur mil, arm pes inf, CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71]


Não deixa de ser significativo que mais de um terço (22 em 59, ou seja, 37%) dos respondentes ao inquérito 'on line' desta semana, tenham optado pela resposta "Não sei / não tenho opinião"...

A questão é técnica e juridicamente complexa... Poucos de nós, ao fim e ao cabo, lidaram com este problema... Temos, muitos de nós, a experiência das "baixas", dos camaradas que morreram ou foram feridos... Não sabemos, em muitos casos, como é que o processo burocrático se desenrolou, seguindo os trâmites normais da justiça militar...

A alguns de nós causa estranheza ou provoca até revolta ao vermos, nas listas oficiais dos mortos na guerra do ultramar, camaradas nossos, que conhecemos, como o Quaresma, da CART 2716 (Xitole, 1970/72), terem morrido por "acidente"... 

O Quaresma morreu por estar numa zona de guerra e todos os dias armadilhar e desarmadilhar o engenho explosivo colocado numa das entradas do quartel, para a malta poder dormir "mais descansada"... E quantos casos não houve como o do Quaresma ?! Ora é preciso que estes casos venham à luz do dia!...

3. Manuel Amaro [ex-fur mil enf, CCAÇ 2615 / BCAÇ 2892, Nhacra, Aldeia Formosa e Nhala, 1969/71]

Se houve "batota",  não tive conhecimento.
Os três mortos da minha Companhia, a CCAÇ 2615, foram todos mortos em combate e todos eles considerados como tal.

O problema creio que estaria na separação entre combate e... acidente.

Não espero, nem faria sentido, aparecerem hoje os coronéis reformados a dizer que, quando eram capitães (ou alferes),  tinham mentido, tinham feito "batota".

No meu Batalhão houve dois casos complicados. O alferes Queiroz (CCAÇ 2616, Buba),  morto a levantar uma mina, junto ao quartel, creio que foi considerado em combate. Já o furriel Ferreira, da mesma companhia, morto a levantar uma mina, na estrada Buba-Nhala, terá sido considerado acidente.

Mas creio que os investigadores dos factos e as testemunhas dos mesmos, agiam sempre de acordo com a legislação.


4. Carlos Vinhal [, editor, ex-fur mil art MA, CART 2732, Mansabá, abril de 1970/março de 1972] 

No caso das minas, normalmente a diferença entre morto por acidente ou em combate dependia de a mina ser "amiga" ou do IN.

Na minha Companhia, o Alferes de Minas e Armadilhas morreu ao tentar neutralizar uma mina AP inimiga, sendo considerado morto em combate. Naturalmente, diria eu.

Um camarada, por ironia do destino impedido na Messe dos Oficiais, quando se dirigia para um abrigo para entrar de reforço, caiu abaixo do Unimog,  sendo considerado morto por acidente.

Acho que não haveria muita batota, existiriam por vezes situações dúbias que cada um classificava como queria. Os afogados, por exemplo, mesmo a fugir do IN, eram mortos em combate ou por acidente?


5. Luís Graça / José Marcelino Martins:

Veja-se mais este caso, infeliz, já aqui abordado no blogue:

7 de agosto de  2007 >  Guiné 63/74 - P2035: Alf Mil Guido Brazão, da CCAV 2748/BCAV 2922, morto em acidente com arma de fogo, Canquelifá, 22/10/70 (José M. Martins)


(...) 8º VOLUME – Mortos em Campanha
Tomo II
Guiné – Livro 1
1ª Edição (2001) Página 553 (2º registo)

Nome - Guido Ponte Brazão da Silva
Posto - Alferes Miliciano de Cavalaria – Operações Especiais
Numero - 19769668
Unidade - Companhia de Cavalaria n.º 2748
Unidade Mobilizadora - Regimento de Cavalaria n.º 3 – Estremoz
Estado Civil - Solteiro
 (...) Freguesia - São Vicente
Concelho São Vicente – Madeira
Local de Operações - Camamelifén [, deve ser gralha: Canquelifá]
Data do Falecimento - 22 de Outubro de 1970, em Canquelifá
Causas da morte - Acidente, com arma de fogo
Local da sepultura - Cemitério da Ajuda – Lisboa

Observações: Accionamento de granada – armadilha IN


6. Jorge Cabral [, ex-alf mil art, cmdt  Pel Caç Nat 63, Fá Mandinga e Missirá. 1969/71[

E os suicídios, Luís? 
Tive um no meu Pelotão, mas desconheço como foi classificado...

Abraço.
J.Cabral
____________

Nota do editor:

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Guiné 63/74 - P13648: Convívios (631): Rescaldo do Encontro comemorativo dos 43 anos após o regresso da Guiné, do pessoal da CCAÇ 2615, realizado no passado dia 20 de Setembro de 2014, em Leiria (Manuel Amaro)



1. Em mensagem do dia 23 de Setembro de 2014, o nosso camarada Manuel Amaro (ex-Fur Mil Enf da CCAÇ 2615/BCAÇ 2892, Nhacra, Aldeia Formosa e Nhala, 1969 a 1971) enviou-nos o rescaldo do convívio da sua Unidade, levado a efeito no passado dia 20.


CONVÍVIO CCAÇ 2615 

A CCAÇ 2615 / BCAÇ 2892 (Guiné, 1969/71), realizou no dia 20 de Setembro mais um convívio para comemorar os 43 anos do regresso da Guiné.
O local escolhido foi o Restaurante Fonte do Corvo, na Aldeia da Boavista (Leiria).

Como é natural o número de presenças vai diminuindo com o passar dos anos e apenas 35 ex-combatentes responderam presente, embora acompanhados por cerca de 50 familiares.

Nota positiva foi a presença do Major General Pedro Pezarat Correia que foi Oficial de Operações do BCAÇ 2892, com a patente de Major.

Antes do almoço, o Capitão António Ramalho Pisco congratulou-se com a presença de todos e evocou aqueles camaradas que entretanto nos deixaram, (três durante a guerra e 35 depois do regresso), tendo sido guardado um minuto de silêncio.

O Major General Pezarat Correia fez também uma intervenção, brilhante como sempre, sobre a guerra, (uma guerra sem sentido), sobre os seus efeitos e sobre o que hoje move os ex-combatentes nestes convívios: uma procura da juventude, mas cimentada em amizades fortes e duradoiras.

No final, creio que pela primeira vez nos nossos convívios, cantou-se o Hino Nacional, o que provocou alguma emoção na sala.

Em 2015 lá estaremos outra vez. Pelo menos estarão os que forem resistindo às marcas do tempo.

Um Abraço
Manuel Amaro

O Major Gen Pezarat Correia na sua intervenção

Aspecto da sala
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Nota do editor

Último poste da série de 2 de Setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13636: Convívios (630): Almoço de confraternização e comemoração do 40.º aniversário do regresso da CCAÇ 4544/73, levado a efeito no dia 14 de Setembro de 2014, no Marco de Canaveses (António Agreira)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Guiné 63/74 - P12694: Inquérito online: "Muito sinceramente, não gostaria de morrer, sem um dia ainda poder voltar à Guiné"... Resultados finais (n=285)... Entre o desejo e a realidade, as opiniões de A. Vasconcelos, A. J. Pereira Costa, H. Sousa, H. Cerqueira, J.L. Mendes Gomes, J. Cabral. L. Graça, M. Amaro e V. Alves


Foto nº 12_155

Guiné-Bissau > Região do Oio  > Mansabá >  Dia nº 12 da viagem > 16 de abril de 2006 > Mullher com 2 dentes de ouro...


Foto nº 12_186

Guiné-Bissau > Região do Oio > Mansabá > Dia nº 12 da viagem > 16 de abril de 2006 > Esta não não é seguramente uma tabanca de fulas

Foto nº 13_059

Guiné-Bissau > Região do Cacheu   > Sâo Vicente >  Dia nº 13 da viagem > 17 de abril de 2006 >  Estrada que já foi alcatroada


Foto nº 13_307

Guiné-Bissau > Região do Oio  > Jumbembem >  Dia nº 13 da viagem > 17 de abril de 2006 >  Menino com "brinquedo"


Foto nº 13_338


Guiné-Bissau > Região do Oio  > Canjambari >  Dia nº 13 da viagem > 17 de abril de 2006 >  Burros


Fotos (e legendas): © Hugo Costa (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: L.G.]

1. Terminbou em 30/1/2014, às 15h23, a sondagen sobre o eventual desejo de voltar á Guiné. Responderm, 285 leitores, o que é uma recorde em termos de resposta a sondagens no nosso blogue. 

Recorde-se qual era a pergunta:

"MUITO SINCERAMENTE, NÃO GOSTARIA DE MORRER, SEM UM DIA AINDA PODER VOLTAR À GUINÉ"...
Eis os resultados finais:

Discordo totatmente =10 (3%)
Discordo em parte = 4 (1%)
Discordo = 6 (2%)

Não discordo nem concordo = 19 (6%)

Concordo =57 (20%)
Concordo em parte = 18 (6%)
Concordo totalmente = 120 (42%)

Não aplicável, já lá voltei uma vez = 29 (10%)
Não aplicável, já lá voltei mais do que uma vez = 22 (7%)

Votos apurados=  285 (100%)


2. Graficamente, os resultados poderiam ser assim apresentados (Gráficos nºs 1, 2 e 3):



Gráfico 1


Gráfico 2


Gráfico 3


Fonte: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)


3. Comentários de alguns dos nossos grã-tabanqueiros, ex-combatentes:

Álvaro Vasconcelos  [ex-1.º Cabo Transmissões do STM, Aldeia FormosaBissau, 1970/72]

Na minha juventude vivi períodos que marcaram o meu ser. Todos eu gostava de poder reviver.
Não sou muito viajado, mas por onde já passei, no nosso "jardim á beira mar plantado", já estive na sede de todos os Concelhos, alguns conheço-os bem. Devo ter passado em, pelo menos, 3000 das quatro mil e não sei mais quantas freguesias, algumas tenho no coração!
Contarei cerca de meia dúzia de países que fugazmente visitei (Espanha, França, Suíça, Itália, Tunísia, Principado de Andorra, Gibraltar e cidade de Ceuta.
Quem dera que me fosse possível reviver: Voltar a todos os lugares por onde passei, mas será impossível!
Certamente não poderei voltar aos locais da Guiné onde passei momentos difíceis. Por isso gostava de lá voltar. Já me não lembro dos menos difíceis, seria que a memória mos aclarava?

António J. Pereira da Costa [alf art na CART 1692/BART 1914,Cacine, 1968/69; e Capitão Art Cmdt das CART 3494/BART 3873, Xime eMansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74]

Depois dos resultados desta sondagem venham cá dizer-me que o Pélissié não tem razão.
Somos mesmo uns "nostálgicos"!

Reparem que o Cabral pergunta (e bem) de que Guiné estamos a falar quando falamos da Guiné...

Mas ser nostálgico não é mal! Só que, é uma espécie de... visão de um regresso ao passado que já não há.

Hélder Sousa [ex-fur mil trms TSF, Piche e Bissau, 1970/72]

(...) A 'sondagem' em si mesmo, ou melhor, a questão, parece pertinente.  A esta distância 'dos acontecimentos', vivendo cada vez mais 'o ocaso da vida', suportando as dificuldades que a todos (uns mais que outros, certamente) vai tocando, é pelo menos interessante 'sentir' qual a relação que a maior parte de nós tem com esse seu passado.

Seja lá por que motivo for: revivalismo, busca da juventude, saudosismo, etc. É tão legítimo dizer que não se quer ir, para se guardar as boas imagens que se tem e não se chocar com aquilo que se diz que se irá ver, como se dizer que sim, que se quer ir, sob um pretexto qualquer.

Eu votei que sim, que "não gostaria de morrer, sem um dia ainda poder voltar à Guiné". É uma ideia antiga, que já foi mais forte, mas que ainda permanece. No entanto o tempo vai passando e as hipóteses vão diminuindo. Não há 'condições'....

Henrique Cerqueira [ex-fur mil, 3.ª CCAÇ / BCAÇ 4610/72, Biambe e Bissorã, 1972/74]

Camaradas e amigos: Nunca mais voltei á Guiné e na realidade nunca tive vontade de lá voltar. Creio que jamais irei visitar a Guiné. No entanto eu tenho muito apreço e respeito pelo sacrifício que o povo da Guiné Bissau tem passado desde a Independência. Fico sempre satisfeito quando encontro algum natural da Guiné, mas isso não me dá vontade alguma de a visitar. Mas não será só por ser a Guiné pois que eu não gostaria de visitar qualquer país africano. 

Já agora e a talho de "foice" eu também nunca mais visitei Tavira no Algarve porque tal como a Guiné me foram impostos e não gostei mesmo nada de lá ter passado parte da minha vida. Já Caldas da Rainha, Elvas e Évora que também me impuseram,  eu guardo gratas recordações de acolhimento e até de vida militar.

Em relação á Guiné é pura e simplesmente porque não gostei nem gostaria de [voltar a pisar] território africano.

Joaquim Luis Mendes Gomes [ex-alf mil, CCAÇ 728, Cachil, Catió e Bissau, 1964/66]

Não! Voto não. Prefiro deixar como está...minha lembrança de lá...com muitas horas de dor...mas também, com outras tantas felizes...Quero levá-las assim, como estão...

Jorge Cabral [ex-alf mil at art, cmdt Pel Caç Nat 63, Fá Mandinga e Missirá, setor L1, Bambadinca, 1969/71]:

Voltar à Guiné? A que Guiné? A de hoje não é a do nosso tempo.Missirá tem uma Discoteca..Os meus soldados africanos , já morreram quase todos. As belas bajudas são avós..
Era bom, era voltar a ser jovem...mesmo na Guiné da nossa juventude...

Luís Graça [ex-fur mil, CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71]


(...) O René Pélissier chamou-nos "blogue de veteranos nostálgicos da sua juventude"... Alguns de nós afinámos... Aliás fizemos uma sondagem a propósito da "boca" do gaulês...

(...) Pessoalmente não me senti insultado. "Nostálgico" vem do "nostalgia", do francês "nostalgie"... O nosso vocábulo "saudade" é mais complexo, do ponto de vista conceptual e semântico, filosófico, psicológico, antrpológico...

A opinião do Pélissier é apenas isso, uma opinião... Quanto às motivações para "voltar" à Guiné (que já não é a mesma Guiné do nosso tempo) são todas legitimas...  A motivação humana é complexa, dinâmica, multifatorial... Todas as motivações são legítimas desde que não "atropelem" os outros...Eu fui lá em 2008, com sentimentos ambivalentes... Já aqui escrevi sobre esse regresso, por ocasião do Simpósio Internacional de Guiledje... Estive lá de 28 de fevereiro a 7 de março de 2008...

Pôr as coisas em termos de simples "nostalgia da juventude" é redutor, quanto a mim (...)

Manuel Amaro  [ex-Fur Mil Enf da CCAÇ 2615/BCAÇ 2892, Nhacra, Aldeia Formosa e Nhala, 1969 a 1971]

Não há dois tabanqueiros iguais, apesar de não sermos assim tão diferentes uns dos outros. Isto para dizer que eu não voltei, nem tenciono voltar à Guiné.
Alguma coisa contra? Nada.  Até deixei lá alguns amigos.  Um foi Procurador Geral da República e depois de escapar à morte num dos muitos golpes de Estado, teve que trabalhar como taxista. Outro, depois de alguns anos sem dar nas vistas, fez parte da primeira Comissão Nacional de Eleições.
Por fim, o amigo Henrique Rosa foi Presidente da República, interino, durante dois anos.

Mas, não. Nunca senti qualquer chamamento para visitar a Guiné.  Dirão que não tenho espírito solidário, porque quem lá vai é para ajudar. Pois, mas eu ajudo onde estou.

Tenho acompanhado aqui as brilhantes actuações solidárias dos nossos camarigos tabanqueiros, nas várias áreas a que se têm dedicado. Admiro a sua coragem e tenacidade.

Portanto, não fui, nem penso ir, sem que isso signifique menos consideração por aquele povo tão sacrificado.

Concluindo, achei que a sondagem estava bem estruturada, obedecendo a princípios e normas científicas, usadas em casos semelhantes.


Victor Alves [(ex-Fur Mil SAM, CCAÇ 12, Bambadinca, 1971/72)
Já há algum tempo que nada tenho lido sobre o blogue. Hoje ocasionalmente deparei-me com esta situação.

Como tantos também não gostaria de morrer sem voltar à Guiné. Contudo,  devido a problemas de saúde,  tudo teria de ser bem revisto. Mas em principio também gostaria.

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Nota do editor:

Postes anteriores:

28 de janeiro de 2014 >  Guiné 63/74 - P12650: Sondagem: "Muito sinceramente, não gostaria de morrer, sem um dia ainda poder voltar à Guiné"... Resultados preliminares (n=262): mais de 68% dos respondentes (n=172) gostariam de poder visitar a Guiné-Bissau... 18% dos votantes (n=48) já lá voltaram, uma ou mais vezes... Falta pouco mais de um dia para fechar esta sondagem em relação à qual o António J. Pereira da Costa faz uma crítica metodológica

25 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12631: Sondagem: "Muito sinceramente, não gostaria de morrer, sem um dia ainda poder voltar à Guiné"... Resultados preliminares (n=153): 2/3 dos respondentes (n=103) gostariam de poder visitar a Guiné-Bissau... Um em cada cinco dos votantes já lá voltou...

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12614: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (6): Eu fiz "Tropa" em cinco cidades, em Portugal e ainda em Nhacra, Quebo e Nhala, na Guiné Bissau (Manuel Amaro)

1. Mensagem do nosso camarada Manuel Amaro (ex-Fur Mil Enf da CCAÇ 2615/BCAÇ 2892, Nhacra, Aldeia Formosa e Nhala, 1969 a 1971) com data de 18 de Janeiro de 2014:

Eu fiz "Tropa" em cinco cidades, em Portugal e ainda em Nhacra, Quebo e Nhala, na Guiné Bissau.

Começando pelo Sul, estive em Tavira, cidade que já conhecia desde que nasci e gosto o normal que qualquer cidadão gosta da sua terra natal.

Em Beja quase não tive tempo para conhecer a cidade, pelo que não desenvolvi qualquer relação especial de "amor" pela Pax Júlia.

Já a relação com Évora foi diferente. E foi boa... muito boa.
Apesar ter estado duas vezes em Évora, ambas mobilizado para a "guerra".

Na primeira vez, era para Angola, mas não se concretizou, passado pouco tempo nova mobilização, agora para a Guiné, levada até ao fim.
Em Évora aproveitei algum tempo para visitar a cidade e a nossa relação permanece tão intensa, que periodicamente faço uma visita com ou sem pernoita. Numa das últimas visitas, aproveitei para levar a Florbela Espanca uma mensagem de Sebastião da Gama. (foto anexa).
Gostei muito de Évora


Évora, 18 de Abril de 2012

Lisboa. Quem não gosta de Lisboa?
Lisboa, eu também já conhecia desde o Grande Encontro Nacional da Juventude.
E a "tropa" levou-me à Estrela.
Ao Hospital Militar da Estrela.
Ao Jardim da Estrela.
Aos Fados.
Aos castelos e aos bairros típicos, às tascas, à verdadeira Lisboa.

Logo que terminei o Serviço Militar voltei à Grande Lisboa, em janeiro de 1972, até hoje.
Mesmo que uma parte do tempo seja passada no Algarve, Lisboa faz parte de mim.

Lisboa - Estrela

E Coimbra?
De uma forma diferente de Évora e de Lisboa, mas Coimbra foi tão ou mais importante para mim.
E nós, para não sermos ingratos, temos que amar as "coisas" importantes.
Assim que cheguei a Coimbra, em junho de 1967, fui visitar o Penedo da Saudade. Não vi tudo e voltei no dia seguinte. No regresso passei à porta do Liceu D. João III. Lembrei-me que tinha um exame "pendente" e os livros na mala. Talvez já com o espírito da cidade, prometi ali mesmo, a mim mesmo, que em Setembro, ao abrigo da lei militar, iria fazer aquele exame e iria ficar aprovado. E assim foi. 

Sempre que vou a Coimbra, assim que deixo a autoestrada, mas principalmente depois de atravessar a ponte, sinto uma mudança de espírito. Isto, penso eu, é amor. Eu fiquei a amar Coimbra. Até hoje. 

Coimbra - Penedo da Saudade

Guiné Bissau.
Eu gostei da Guiné Bissau.
Nhacra, a D. Carlota e os seus bifes de macaco.
O "Branco" do Cumeré e o seu camarão, mais barato que os tremoços nas cervejarias de Lisboa.
Eu gostei de Aldeia Formosa (Quebo).
Tudo aquilo era novo.
A minha Escola, os meus alunos.
A assistência médica em Pate Embaló.
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Nota do editor

Último poste da série de 20 de Janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12611: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (5): Quartéis, Cidades e Vilas por onde passei: Coimbra, Leiria, Trafaria, Tomar, Chaves, Viana do Castelo e Porto (Luís Nascimento)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12591: Em busca de... (234): Subunidade a que pertenceu Hermínio Dias Gaspar, meu tio, recentemente falecido... Sei que esteve em Nhala e pertenceu ao BCAÇ 2892 (1969/71) (Lúcia Alves, a viver e a trabalhar na Guiné-Bissau)


Guiné > Região de Tombali > Setor S2 (Aldeia Formosa) > Nhala > c. 1973/74 > Aspeto parcial do aquertelamehto e tabanca: cantina à esquerda e enfermaria à direita. Foto do 1º cabo cripto José Carlos Gabriel,  2.ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Nhala,  1973/741973/74).

Foto: © José Carlos Gabriel  (2011). Todos os direitos reservados.

1. Mensagem da nossa leitora Lúcia Alves, com data de 22 de dezembro último:


Exmo Sr. Luis Graça


Estou actualmente a viver/trabalhar na Guiné Bissau e gostava de tentar recuperar o percurso de um tio que esteve na guerra do ultramar na Guiné. Como faleceu recentemente,  pouco sabemos do(s) local(ais) por onde passou ou onde esteve e em forma de homenagem póstuma gostava de passar nesses locais.

Pesquisando alguma correspondência e fotos,  a única referência que encontro é uma, a localidde de Nhala, de onde escreveu uma carta e uma foto em que está supostamente um colega, frente a um distico/ brasão (perdoe a minha ignorância nesta matéria) de uma companhia de caçadores 2616.

Segundo a pesquisa que fiz,  pertence ao Batalhão [de Caçadores] 2892. Também encontrei alguma referência a uma lista de ex-combatentes mas não consegui abrir o link.

Será que alguém me poderá ajudar? O seu nome era Hermínio Dias Gaspar.

Votos de festas felizes e o meu muito obrigado

Lúcia Alves

2. Comentário de L.G.:

Lúcia, obrigado pela sua mensagem a que só agora nos é possível responder. Deixe-me louvá-la  pela sua iniciativa de ir, em romagem de saudade, aos locais, da Guiné-Bissau, por onde terá passado, durante a sua comissão de serviço, o seu tio Hermínio Fias Gaspar. Só nos deu duas pistas: (i) leu uma carta dele, endereçada de Nhala, no sul da Guiné; e (ii) ele envou uma foto, em que se pode ver, em plano de fundo, o brasão da CCAÇ 2616, subunidade que pertenceu ao BCAÇ 2892 (Aldeia Formosa, 1969/71).

Não é fácil, com os elementos de que dispomos, saber ao certo a que subunidade (companhia) pertenceu o o seu tio. O BCAÇ 2892 (, que esteve sediado em Aldeia Formosa,  tinha três subunidades de quadrícula (CCAÇ 2614, CCÇ 2615 e CCAÇ 2616) e um companhia de comandos e serviço (CSS) que estava em Aldeia Formosa. Ao que parece, todas as três passaram por Nhala. O mais seguro era consultar a sua caderneta militar, que deve estar na posse da família.

De qualquer modo, pelos elementos recolhidos pelo nosso colaborador permanente, José Martins, o BCAÇ 2892 e o seu pessoal andou por diversos sítios da Guiné, com destaque para a região de Tombali. Aldeia Formosa hoje é mais conhecida por Quebo.

Lúcia, sinta-se á vontade para nos voltar a contactar. Entretanto, é possível que apareçam camaradas do seu tio, que tenham estado no BCAÇ 2892. Temos alguns membros do nosso blogue, ou amigos do Facebook [Tabanca Grande Luís Graça]. Siga os links:

(i) Amércio Vicente e Francisco Barroqueiro  (CCAÇ 2614,  Nhacra, Aldeia Formosa e Nhala, 1969/71) [, curiosamente a esta subunidade do BCAÇ 2892, pertenceu o antigo presidente da República da Guiné-Bissau, Henrique Pereira Rosa, falecido em 2013];

(ii)  Manuel AmaroFradique Augusto Morujão (CCAÇ 2615,Nhacra,  Aldeia Formosa e Nhala, 1969/71):

(ii) Francisco Baptista (CCAÇ 2616Buba, 1970/71).

Se um, dia passar por estes lugares, em homenagem ao seu tio, mande-nos notícias e fotos. Boa estadia pela Guiné-Bissau. Gostaríamos, de resto, que aceitasse o nosso convite para integrar este blogue de "amigos e camaradas da Guiné", em memória do seu tio e dos bravos da sua geração.


3. Ficha de unidade:

[Elementos recolhidos por José Martins]

BATALHÃO DE CAÇADORES Nº 2892 [Aldeia Formosa, 1969/71]


Ostentando como Divisa “Poucos Quanto Fortes”, mobilizado no Regimento de Infantaria nº 16, em Évora e, acompanhado das suas unidades orgânicas, embarca em Lisboa a 22 de Outubro de 1969, desembarcando em Bissau a 28 de Outubro seguinte.

Teve como Comandantes o Tenente-coronel de Infantaria Carlos Frederico Lopes da Rocha Peixoto, o Tenente-coronel de Infantaria Manuel Agostinho Ferreira e o Major de Infantaria José Moura Sampaio.

O cargo de 2º Comandante foi exercido pelo Major de Infantaria José Moura Sampaio e Major de Infantaria Pedro Júlio Pezarat Correia, que acumulou com o cargo de Oficial de Informações e Operações/Adjunto.

A Companhia de Comando e Serviços esteve sob o comando do Capitão de Infantaria Eduardo Alberto de Veloso e Matos e, posteriormente, pelo Capitão Miliciano de Infantaria Francisco José dos Reis Neves,

O batalhão assume a responsabilidade do Sector S2, instalado em Aldeia Formosa, abrangendo este e os subsectores de Empada, Mampatá, Nhala e Buba.

Desenvolve e coordena acções de contra penetração nos eixos de reabastecimento do IN, diversas acções ofensivas, patrulhamentos e emboscadas, assim como reacções aos ataques aos aquartelamentos. Procurou promover a promoção socioeconómica das populações, tentando garantir a segurança e a defesa das mesmas.

No decorrer das acções que coordenou capturou diverso material, destacando-se 1 metralhadora pesada, 2 pistolas-metralhadoras, 5 espingardas, 303 granadas de armas pesadas, 29.657 cartuchos de armas ligeiras e 63 minas.

Foi rendida no Sector S2 pelo Batalhão de Caçadores nº 3852, regressando a Bissau a 27 de Agosto de 1971.


Companhia de Caçadores nº 2614 [Bissau, Nala e Aldeia Formosa, 1969/71]



Sob o comando do Capitão Miliciano de Infantaria José Manuel Baptista Rosa Pinto, cede dois pelotões para cooperar no dispositivo de segurança e protecção das populações da área de Bissau, na dependência do Batalhão de Artilharia nº 2866.

Segue, a 29 de Outubro e 7 de Novembro de 1969, para Nhala, para substituir a Companhia de Caçadores nº 2464. Em 10 de Novembro de 1969 assume a responsabilidade de subsector e, em cooperação com o subsector de Mampatá, tentar a interdição do corredor de Missirá.

A 21 de Novembro de 1970 troca com a Companhia de Caçadores nº 2615, e assume a responsabilidade do subsector de Aldeia Formosa até 26 de Agosto de 1971, data em que é rendido pela Companhia de Caçadores nº 3399 e regressa a Bissau.

Companhia de Caçadores nº 2615 [Nhacra, Aldeia Formosa, Nhala, 1969/71]

Sob o comando do Capitão Miliciano de Infantaria António Miguel Ramalho Pisco e na dependência do Batalhão de Artilharia nº 2866, substituindo a Companhia de Artilharia nº 2340 e assumindo a responsabilidade do subsector de Nhacra com destacamentos em Dugal, Safim, Ponte Ensalmá, João Landim e Fanha.

Entre 5 e 16 de Dezembro de 1969 segue por escalões para Aldeia Formosa onde, onde substitui a Companhia de Artilharia nº 2614, nas funções de intervenção e reserva do sector. Realizou acções nas zonas de Contabane, Cansembel, Bungofé, entre outras, e escoltas a colunas entre Buba e Aldeia Formosa.

Em 8 de Abril de 1970 a intervenção no sector passa para a Companhia de Artilharia nº 2521, enquanto a Companhia de caçadores nº 2615 assume a responsabilidade do subsector de Aldeia Formosa, destacando um pelotão para Nhala, para protecção e segurança dos trabalhos da instalação do aldeamento.

Entre 15 e 21 de Novembro de 1970, as Companhias de Caçadores nºs 2615 e 2616, trocam entre si, ficando a primeira com a responsabilidade do subsector de Nhala e a segunda com a responsabilidade do subsector de Aldeia Formosa.

Em 26 de Agosto de 1971, data em que é rendida pela Companhia de Caçadores nº 3400 e regressa a Bissau.

Companhia de Caçadores nº 2616 [Nhala, Aldeia Formosa, Bissau, Buba, 1969/71]

Embarca sob o comando de um oficial subalterno, o Alferes Miliciano de Infantaria Vítor Manuel Cristina Aleixo, sendo o comandante, o Capitão de Infantaria Artur Bernardino Fontes Monteiro que, mais tarde,  veio também a ser substituído pelo Capitão de Infantaria José João David Freire.

Cedeu, para cooperar no dispositivo de protecção e segurança das instalações e população da área de Bissau, ficando os mesmos na dependência do Batalhão de Artilharia nº 2866, até 7 de Novembro de 1969

A 29 de Outubro e 9 de Novembro de 1969 segue, em dois escalões, para Buba onde, em 10 de Novembro de 1969, assume a responsabilidade do subsector de Buba, rendendo a Companhia de Caçadores nº 3282.

Foi rendida pela Companhia de Caçadores nº 3398, em 26 de Agosto de 1971, regressando a Bissau.

O Batalhão e as suas unidades orgânicas, iniciam a sua viagem de regresso a 6 de Setembro de 1971.

16 de Janeiro de 2014

José Marcelino Martins

[Imagens dos brasões,  de colecção particular, aqui reproduzidos com a devida vénia: © Carlos Coutinho (2011). Direitos reservados.]

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Nota do editor:

Último poste da série >  29 de dezembro de 2013 >  Guiné 63/74 - P12520: Em busca de... (233): Pessoal do Destacamento Avançado Móvel de Intendência nº 664 (Moçambique, Tete, 1964/66) (António Ferreira Carneiro, o "brasileiro", ex-1º cabo magarefe, DFA, residente em Custoias, Matosinhos, e membro da Tabanca de Candoz)