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domingo, 27 de agosto de 2023

Guiné 61/74 - P24593: Por onde andam os nossos fotógrafos ? (5) ex-alf mil cav Jaime Machado, cmdt Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70): vive em Senhora da Hora, Matosinhos - Parte I

Foto nº 1 > Guiné > Zona leste > Região de Bafatá  > Setor L1 > Bambadinca >  Pel Rec Daimler 2046, "Os 14 Furões" (Bambadinca, 1968/70)    > O memorial que o Pel Rec Daimler 2046 (1968/70) deixou em Bambadinca... Esta subunidade desembarcou no cais fluvial do Xime no dia 7 de maio de 1968, tendo seguido em coluna auto até Bambadinca onde ficou ao serviço do comando do BART 1904 (Bambadinca, maio /setembro 68) e depois do BCAÇ 2852 (Bambadinca, outubro 68/fevereiro 70).

Foto nº  2 > Guiné > Rio Geba > Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70) > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  finda a comissão de serviço em Bambadinca. A LDG , possivelmente a 101 Alfange, embarcando tropas e material (nomeadamente de engenharia).

Foto nº  3 > Guiné > Rio Geba > Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70) > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  

Foyo nº 4 > Guiné > Rio Geba > Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70) >  Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  finda  a comissão de serviço em Bambadinca... Tanto a LDG 101 [Alfange] como a LDG 104 [Montante] estavam equipadas com 2 peças Oerlikon de 20 mm  

Foto nº  5  > T/T Niassa > Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70) > Viagem de regresso, Bissau-Lisboa, abril de 1970.

Foto nº  6 > Porto > RC 6 > Abril de 1970 > O Pel Rec Daimler 2046,  na passagem à disponibilidade (1): O Jaime Machado está ao meio na fila de pé. A composição incial das subunidadea eram 14 elementos, em maio de 1968:

Cmdt, alf mil cav Jaime de Melo R. Machado; | 2º srgt cav, Jose Claudino F. Luzia | 1º cabo cav, apontador de Daimler, José Óscar Alves Mendes | 1º cabo cav, apontador de Daimler, João Manuel R Jesus | 1º cabo cav, apontador de Daimler, Manuel Maria S. Alfaia | 1º cabo cav, apontador de Daimler, João de Jesus Cardoso | 1º cabo cav, apontador de Daimler, José Ferreira Couceiro | 1º cabo SM, mecânico, Germano de Oliveira Fonseca | Soldado cav, condutor Daimer, António José Raposo | Sold cav, condutor Daimer, Aníbal José dos A. Duarte | Sold cav, condutor Daimer, Joaquim Pinho Marques | Sold cav, condutor Daimer, José do Nascimento Lázaro | Sold cav, condutor Daimer,  Arlindo da Conceição Silva | Sold cav, condutor auto, Manuel Moreira Tavares.

Foto nº 7 > Matosinhos > Senhora da Hora > Bajuda no Cais de Bambadinca: quadro a óleo pintado, em 2007, pelo Jaime Machado.


Foto nº 8 > Matosinhos > Senhora da Hora > Jaime Machado > "Mulher de Bambadinca -Guiné" (2014),  a partir de foto datada de 1969. Acrílico s/ tela 40/40 cm.

Fotos (e legendas): © Jaime Machado (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Seleção (*) das melhoras fotos do álbum do nosso camarada e amigpo Jaime Machado, ex-alf mil cav,  Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70):

(i)  vive na Senhora da Hora, Matosinhos, mas é minhoto de Viana do Castelo; 

(ii) está connosco, na Tabanca Grande, há 15 anos (desde 21 de maio de 2008) (**);

(iii) tem 65 referências no blogue;

(iv)  disponibilizou-nos uma boa parte dos seus 150 "slides" (publicados na série "Álbum fotográfico do Jaime Machado" de que se publicaram pelo menos 17 postes, entre junho e novembro de 2015) (***); 

(v) tem página no Facebook (503 amigos, 54 em comum); 

(vi) continua a fazer fotografia, além de também se dedicar à pintura como "hobby"; 

(vii) convivemos, eu e o Machado, cerca de seis/sete meses em Bambadinca (entre julho de 1969 e fevereiro de 1970); 

(vii) era (e é ainda hoje) alto e magro: as bajudas chamavam-lhe o "alfero fininho";

(ix) faz 78 anos hoje (nasceu a 27 de agosto de 1945 (: 

(x) está ligado a causas solidárias, sendo membro, nomeadamente, do Lions Clube Lusofonia.

___________

Notas do editor:

(*) Vd. o último e o primeiro poste:

10 de novembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15347: Álbum fotográfico de Jaime Machado (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70) - Parte XVII: Bambadinca, um quartel onde há homens, bichos e flores...

21 de junho de  2015 > Guiné 63/74 - P14775: Álbum fotográfico de Jaime Machado (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70) - Parte I: Chegadas e partidas...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Guiné 61/74 - P23029: Notas de leitura (1423): “Pequenos Grandes Navios na Guiné” nos Anais do Clube Militar Naval, número de Janeiro/Março de 1998 (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 23 de Abril de 2019:

Queridos amigos,
É facto que já existe bastante literatura sobre a presença da Marinha no teatro de operações da Guiné. O Vice-Almirante Lopes Carvalheira esboça um quadro rigoroso, em termos históricos, acerca da intervenção da Armada na fiscalização e intervenção que era efetivada pelos Destacamentos de Fuzileiros Especiais. Atenda-se ao desenvolvimento que dá à Operação Tridente, a maior operação em que intervém a Marinha na Guiné, a guerra dos rios e as vicissitudes por que passou a gloriosa LDM 302.
Um belo resumo a ter em conta.

Um abraço do
Mário



Pequenos grandes navios na guerra da Guiné

Beja Santos

O Vice-Almirante José Alberto Lopes Carvalheira escreveu um muito bem elaborado artigo intitulado “Pequenos Grandes Navios na Guiné” nos Anais do Clube Militar Naval, número de janeiro/março de 1998. É um documento sobre a presença da Armada nos rios da Guiné, ilustrado pelos meios envolvidos. Começa por mencionar que na fase de prevenção de conflitos a ocorrer em África foi possível fazer chegar à Guiné em 19 de maio de 1961 as primeiras unidades navais: duas Lanchas de Fiscalização Pequenas (LFPs) e duas Lanchas de Desembarque Pequenas (LDPs). 

A partir dessa data outras unidades foram sucessivamente chegando, atingindo a Esquadrilha de Lanchas o seu número máximo em setembro de 1969, com 8 LFPs, 14 LDMs-F (Lanchas de Desembarque Médias) para fiscalização, 9 LDMs-L (para transporte logístico) e 8 LDPs, perfazendo um total de 39 unidades, houve depois o abate, ainda em 1969, de duas LDMs.

A Marinha atuava na fiscalização e na intervenção, mas também apoiando para reabastecimento de toda a espécie e para escoamento de produtos económicos.

No que toca à fiscalização dos rios, havia missões no rio Cacheu, nos rios Cacine, Cobado e Cumbijã, no rio Geba com apoio à navegação de e para Bambadinca; havia ainda a fiscalização de Bolama, rio Grande de Buba, havendo de ter em conta um Destacamento de Fuzileiros sediado em Bissau e outro em Bolama; por fim a fiscalização do rio Mansoa em permanência efetuada pelo Destacamento de Fuzileiros sediado em Bissau. E escreve:

“Este dispositivo de fiscalização foi ao longo dos anos sofrendo os necessários ajustamentos, de modo a criar o maior dissuasor possível para fazer face às linhas de ação do inimigo. Assim, a partir de 1967, dentro do novo conceito de contra-penetração então estabelecido foi formado, ao norte do rio Cacheu, com base em Bigene, o Comando Operacional n.º 3 (COP 3). A este Comando que também foi comandado por um oficial da Marinha, além das forças terrestres, chegaram a estar atribuídos, em permanência, três destacamentos de fuzileiros para intervenção na zona. Com os fuzileiros instalados em Ganturé, em aquartelamento para o efeito construído pela Marinha, tornou-se possível a estes atuarem com grande eficácia por meio de patrulhas e emboscadas em botes de borracha em colaboração com as unidades navais da TG3, igualmente atribuídas ao COP 3 para fiscalização da extensa zona do rio Cacheu, ao mesmo tempo que permitia a sua utilização no apoio direto às operações deste Comando Operacional”.

Este dispositivo naval manteve-se praticamente até ao final da guerra, impôs-se como um travão às tentativas de infiltração do PAIGC no Norte da Província. A partir de 1967, no Sul da Província, os rios Cacine, Cobade e Cumbijã deixaram de ter fiscalização permanente. Nesta altura, no rio Grande de Buba foi montado dispositivo idêntico ao do rio Cacheu. Em 1970, retomou-se o dispositivo de contra-penetração do rio Mansoa, interrompido em 1967. Ainda em 1970, no rio Cacheu, mais junto à sua foz, montou-se igual dispositivo com destacamento de fuzileiros sediados na vila de Cacheu. 

“Em 1971, após o ataque levado a efeito com mísseis sobre Bissau em 9 de junho, retomou-se a fiscalização contínua do rio Geba, a montante de Bissau, até ao Geba estreito, complementando a patrulha noturna ao porto de Bissau e seus acessos que se mantinha desde 1963”

Passemos agora da fiscalização para a intervenção. Era normalmente efetuada pelos Destacamentos de Fuzileiros Especiais que tinham como tarefa base a fiscalização que desempenhavam em permanência, sempre que não eram chamados a intervir em operações.

Quanto à sua atuação, destaca-se a Operação Tridente. O autor menciona a missão e organização operacional para se poder avaliar a sua envergadura naquela que foi a maior operação de sempre da Marinha na Guiné, detalha a missão, as unidades navais em presença, as forças de intervenção e o seu comando, o apoio logístico e a execução, concluindo nestes termos: 

“Não pode deixar-se de salientar que foi muito honrosa a atuação dos cerca de mil e quinhentos homens das nossas forças navais, terrestres e aéreas empenhados nesta operação que, no terreno em combate, sofreram oito mortos e trinta e três feridos, sendo alguns com gravidade”.

Quanto às vias de comunicação, o autor refere o armamento do PAIGC utilizado nos frequentes ataques das margens dos rios, o que confere importância ao capítulo seguinte, a guerra dos rios, pondo acento tónico nos reabastecimentos, no transporte operacional e rendição das nossas forças, bem como no transporte de pessoas e bens. 

“Teve a Marinha com todas as suas unidades navais, mais particularmente com as destinadas aos transportes logísticos (LDGs Alfange, Montante e Bombarda e LDMs), permanente, intenso, discreto, mas importantíssimo trabalho. Desde junho de 1963, quando se verificou que ao risco dos ataques das margens se juntava o risco da fuga de embarcações para a República da Guiné, quer por ação exclusiva do inimigo, quer por iniciativa conivente das próprias tripulações das embarcações civis, o Comando da Defesa Marítima da Guiné decidiu-se pela organização dos seguintes comboios, o que se manteve até final, com periodicidade mensal, embora com ligeiras alterações de execução.

Comboio de Bedanda... Bissau – Bedanda – Bissau
Comboio de Catió... Bissau – Catió – Bissau
Comboio de Farim... Bissau – Farim – Bissau
Comboio de Bissum... Bissum no rio Armada

Para outras povoações, tais como Cacine e Gadamael, as embarcações a proteger seguiam em companhia até à foz do rio Cumbijã, juntamente com o comboio de Bedanda, seguindo depois pelo Canal do Melo para Cacine e Gadamael Porto, com escolta embarcada e escoltadas por uma unidade naval para o efeito. O mesmo acontecia para Buba, Bambadinca, Encheia e Teixeira Pinto, apenas com as embarcações civis com escolta embarcada e, irregularmente, protegidas por navios escolta"
.

O artigo do Vice-Almirante Lopes Carvalheira conta a história da LDM 302, a lancha que, ao longo dos anos, mais duramente sofreu as consequências da guerra dos rios da Guiné, abstemo-nos de mais pormenores, já aqui se contou as vicissitudes que sofreu, inclusive foi referida a esplêndida banda-desenhada que lhe consagrou António Vassalo.[1]


A LDM 302, imagem retirada do blogue reservanaval, com a devida vénia.
A LDM 307, imagem retirada do blogue reservanaval, com a devida vénia.
____________

Notas do editor

[1] - Vd. poste de 14 DE AGOSTO DE 2015 > Guiné 63/74 - P15003: Notas de leitura (747): “A Epopeia da LDM 302”, por A. Vassalo, em BD, Edições Culturais da Marinha, 2011 (Mário Beja Santos)

Último poste da série de 21 DE FEVEREIRO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23013: Notas de leitura (1422): “Descolonizações, Reler Amílcar Cabral, Césaire e Du Bois no séc. XXI”, é coordenadora Manuela Ribeiro Sanches; Edições 70, 2019 (Mário Beja Santos)

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Guiné 63/74 - P14784: Fotos à procura de... uma legenda (55): a arte bem lusitana de viajar em LDG - Lancha de Desembarque Grande


Guiné > Rio Geba >  Fevereiro de 1970 > Viagem Xime-Bissau >  LDG 101 [Alfange]  > Foto nº 1 >  A LDG é a 101, "Alfange",  que estava   equipada  com duas peças Oerlikon de 20 mm...E entre outras tropas levava o pessoal do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70), que terminva a sua comissão no setor L1. Iria regressar à metrópole em abril de 1970, no mesmo T/T Niassa em que tinha vindo.


1. Para além, deste armamento (que metia algum respeitinho...), a tripulação da LDG costumava levar um morteirete 60 mm com que batia a orla da mata, na margem sul do rio Geba, entre a foz do Rio Corubal e a Ponta Varela, quando vinha de Bissau para o Xime (ou Bambadinca)... Estes eram os locais mais que prováveis, da margem sul do rio Geba,  para o IN desencadear ataques ou flagelações às nossas embarcações, quer civis quer militares...

Mas a pergunta é: para lá da tropa (exército), o que é que a LDG costumava levar mais, de Bissau até ao Xime  (ou, ao contrário, do Xime a Bissau) ? Ou até mesmo de Bissau a Bambadinca, nessa época, que as LDG também chegavam ao  porto fluvial de Bambadinca nessa época, em 1968... Há camaradas nossos que estiveram no leste que fizeram esta mesma viagem, mas que desembarcaram em Bambadinca, e não no Xime, tendo feito portanto o percurso, mais penoso, pelo Rio Geba Estreito, cheio de curvas e contracurvas (e entre elas, as do temível Mato Cão)....

Respondendo à pergunta, as LDG que navegavam no Geba,  levavam  tudo e mais alguma coisa... Tudo o que era preciso, à ida,  para um homem se instalara no "buraco" que lhe tido cabido em sorte... Como  não havia estradas para o leste, a grande via de comunicação com o leste era o Rio Geba... Homens e material iam e  vinham nas embarcações militares e civis...  Neste caso, a LDG - Lancha de Desembarque Grande foi posta ao serviço do exército, para transporte de tropas e material, muito mais vezes do que em operações anfíbias, com os fuzileiros...

Quando se amplia a foto, quando se faz o famoso "blow-up", dá para ver promenores insólitos... No bojo da LDG, na carga que é transportada, vé-se de tudo, desde canos de bazucas, espingardas G3. jericãs, cunhetes de munições, camas, colchões e outras peças de mobília, malas de viagem, sacos, viaturas, máquinas da engenharia, e até... uma cabra!...

Pela manhã, aproveitando a maré, estava a embarcação de saída do porto de Bissau... O calor e a humidade já eram insuportáveis pelo que os "piras" começavam, logo à saída do cais, a "avacalhar o sistema", ou seja, a infringir a disciplina, o decoro e a segurança militares... No caso da foto acima, já não "piras!" que vão para o mato, mas "velhinhos" que vão para Bissau... Daí a descontração e alguma... bagunça!

Nas fotos a seguir veem-se militares em tronco nu; outros aproveitam para matar o tempo (e aliviar a alguma tensão), sentando-se numa improvisada mesa de jogo, a jogar às cartas (?) e a beber ums bejecas... (Ainda não se usava o termo "bejeca")...  Em todo o caso, estava-se longe da ideia de "cruzeiro turístico", Geba acima, Geba abaixo...

Depois de falar ao telemóvel com o Jaime Machado, dissipara-me as dúvidas  quanto à data em que estas fotos foram tiradas... Não são da viagem Bissau-Xime (em 7 de maio de 1968), mas sim da  viagem de regresso, Xime-Bissau (em fevereiro de 1970). O Jaime comprou máquina fotográfica quando já estava no TO da Guiné. E costumava tirar "slides": com um rolo de 36 fotografias, fazia o dobro (72). O "slides" (de que ele tem cópia em papel devidamente legendada) foram convertidos em formato digital pelo nosso camarada Albano Costa, o fotógrafo de Guifões, vizinho do Jaime Machado... E temos que reconhecer que a qualidade em geral é muito boa!... Estes "slixdes" têm quase meio século de existência!



Foto nº 1 A


Foto nº 1 B


Foto nº 1 C


Foto nº 1 D 


Foto nº 1 E  


Foto nº 1 F


Guiné > Rio Geba >  Xime > LDD 101 "Alfange" >  Foto nº 2 > A LDG a abicar ao porto fluvial do Xime... O pessoal desembarcado, mais as bagagens e o armamento, seguiam depois em coluna auto para os seus destinos, mais a leste (Bambadinca, Bafatá, Nova Lamego, Piche, Pirada, etc.)...

Em 7 de maio de 1968, desembarcaram aqui, nesta ou noutra LDG,  os elementos que constituíam o Pel Rec Daimler 2046, comandado pelo alf mil cav Jaime Machado,  e colocado no setor L1 (Bambadinca). Vinte e dois meses depois, em fevereiro de 1970, terminada a comissão, os nossos camaradas de cavalaria voltavam apanhar a LDG, de regresso a Bissau onde, em abril de 1970, regressavam a casa, no T/T Niassa, de novo.


Foto nº 2 A


Foto nº 2 B

Fotos (e legendas): © Jaime Machado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: LG] (*)



2. Amigos e camaradas, façam os vossos comentários, escrevam as vossas legendas (**)... Já vos dei o mote, ou algumas "dicas"... E a propósito, volto a citar o longo poema que em tempos escrevi, sobre a primeira (e sempre inesquecível, para um "periquito") viagem em LDG, que fiz em 2 de junho de 1969, de Bissau ao Xime, a caminho de Contuboel, sob o título "Por esse rio Geba acima… até ao eldorado", e que começa assim:

Como um cão apanhado na rede,
rosnavas tu, entre dentes,
nessa madrugada de 2 de junho de 1969,
no fundo de uma lata de uma LDG,
atracada ali ao lado do famigerado cais do Pidjiguiti,
entre fardos de colchões de espuma,
camas metálicas,
redes mosquiteiras,
trens de cozinha,
tendas, cacifos,
mesas, cadeiras,
cunhetes de munições,
viaturas Berliet e Unimog novinhas em folha,
velhas malas de viagem atadas com cordões,
homens esverdeados,
de farda engomada
e ar assustadiço,
pensando em minas anfíbias,
crocodilos,
hipopótamos,
setas envenenadas,
lanças ensanguentadas,
tambores de guerra,
caçadores de cabeças,
o grito do Tarzan,
ou nem sequer pensando em nada,
bêbedos de sono,
enjoados,
suados,
tirando dos bornais
as primeiras latas de Fanta e de Coca-Cola,
a água suja do imperialismo,
cliché de todos os Maios de 68 que não viveste…
Olha, Tite, olha, Porto Gole,
que, quando embrulham, 

domingo, 21 de junho de 2015

Guiné 63/74 - P14775: Álbum fotográfico de Jaime Machado (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70) - Parte I: Chegadas e partidas...


Porto > RC 6 > Abril de 1970> O Pel Rec Daimler 2046,  na passagem à disponibilidade (1): O Jaime Machado é o quarto, a contar da esquerda para a direita, na segunda fila. A composição incial ds subunidade eram 14 elementos, em maio de 1968.



Porto > RC 6 > Abril de 1970> O Pel Rec Daimler 2046,  na passagem à disponibilidade (2): o porta-estandarte



T/T Niassa > Viagem de regresso, Bissau-Lisboa, abril de 1970


T/T Niassa > Viagem de regresso, Bissau-Lisboa, abril de 1970


T/T Niassa > Viagem de regresso, Bissau-Lisboa, abril de 1970


T/T Niassa > Viagem de regresso, Bissau-Lisboa, abril de 1970


 Guiné > Bissau > fevereiro de 1970 >  O cargueiro Rita Maria, atracado no porto, visto da LDG que veio do Xime com o pessoal do Pel Rec Daimler 2046 (que irá ficar em Bissau ainda dois ou três meses, antes de regressar à metrópole)


Guiné > Bissau > fevereiro de 1970 > Porto: ao fundo do lado esquerdo, a fortaleza da Amura, e do lado direito, o cais acostável e o edifício das alfândegas... È mais provável que a foto tenha sido feita a partir ds LDG que chegava a Bissau, vinda do Xim


Guiné > Bissau > Porto > fevereiro de 1970 > Porto fluvial do Xime, tirada "à medida que nos afastavamos,  transportados na LDG para Bissau"



Guiné > Bissau > Porto > s/d > Não temos a certeza se a chegada da LGD a Bissau, vinda do Xime, tendo à esquerda a ilha de Rei



Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  funa a comissão de serviço em Bambadinca


Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  finda comissão de serviço em Bambadinca


Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  finda a comissão de serviço em Bambadinca


Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  finda a comissão de serviço em Bambadinca



Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  funa a comissão de serviço em Bambadinca... Tanto a LDG 101 [Alfange] como a LDG 104 [Montante] estavam equipadas com 2 peças Oerlikon de 20 mm  


Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  finda a comissão de serviço em Bambadinca


 Guiné > Rio Geba > Xime > Fevereiro de 1970 > Viagem de regresso a Bissau...Tendo em conta que o fotógrafo está em terra,  a foto diz respeito à chegada ao Xime da LDG que depois transportou o pessoal do Pel Rec Daimler 2046 até Bissau.


Fotos (e legendas): © Jaime Machado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Inícío da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Jaime Machado, ex-alf mil cav,  Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70). Vive ma Senhora da Hora, Matosinhos.

 Alguns dados sobre o  Pelotão de Reconhecimento Daimler  n.º 2046 (*):

(i)  teve como unidade mobilizadora o Regimento de Cavalaria n.º 6, no Porto;

(ii)  foi organizado em 13 de Março de 1968, sendo  destinado a reforçar a guarnição normal da província da Guiné;

(iii) os exercícios de IAO  foram efetuados nas regiões limítrofes da cidade do Porto em conjunto com mais nove pelotões da mesma especialidade, todos com o mesmo destino, o TO da Guiné:

(iv) após o gozo dos dez dias de licença regulamentares,  embarcou no T/T Niassa, no cais da Rocha de Conde de Óbidos,  em Lisboa,  no dia 1 de Maio de 1968; 

(v) aportou a Bissau  a 6 de maio; 

(vi) na manhã do dia seguinte foi o pessoal do Pel Rec Daimler  2046 transferido para uma LDG [possivelmente a 101, Alfange ], tendo seguido diretamente pelo rio Geba, até ao Xime;;

(vii) seguiu depois em coluna auto para Bambadinca onde ficou ao serviço do comando do BART 1904 (Bambadinca, 1967/68) (rendido em setembro de 1968 pelo BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70):

(viii) O Pel Rec Daimler 2046 tinha inicialmente a seguinte composição (14 elementos): 

Cmdt, alf mil cav Jaime de Melo R. Machado;
2º srgt cav, Jose Claudino F. Luzia
1º cabo cav, apontador de Daimler, José Óscar Alves Mendes
1º cabo cav, apontador de Daimler, João Manuel R Jesus
1º cabo cav, apontador de Daimler, Manuel Maria S. Alfaia
1º cabo cav, apontador de Daimler, João de Jesus Cardoso
1º cabo cav, apontador de Daimler, José Ferreira Couceiro
1º cabo SM, mecânico, Germano de Oliveira Fonseca
Soldado cav, condutor Daimer, António José Raposo
Soldado cav, condutor Daimer, Aníbal José dos A. Duarte
Soldado cav, condutor Daimer, Joaquim Pinho Marques
Soldado cav, condutor Daimer, José do Nascimento Lázaro
Soldado cav, condutor Daimer,  Arlindo da Conceição Silva
Soldado cav, condutor auto,Manuel Moreira Tavares

(ix) Baixas sofridas:  em 2/12/1968 foi evacuado para o HM 241, por doença, o 1.º cabo n.º 07731167 Mamuel Maria Serra Alfaia;  em 19/12/1968 foi o mesmo militar evacuado para o HMDIC, não tendo regressado ao pelotão;  em 1/4/1969 apresentou-se nesta subunidade,  para o substituir, o 1.º cabo n.º 12950268, António Luís dos Reis; em 22/9/1969 baixou ao HM 241 o 2.º Sargento n.º 51517311 José Claudino Fernandes Luzia; em 29/9/1969 foi evacuado para o HMP não tendo sido substituído.

(x)  Finda a comissão, em fevereiro de 1970, esta subunidade regressou à metrópole, no mesmo T/T Niassa, em abril de 1970.

(Continua)

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quinta-feira, 25 de maio de 2006

Guiné 63/74 - P791: Os marinheiros e os seus navios (Lema Santos)


A LFG Orion a navegar no Cacheu em Janeiro de 1967

Foto: © Lema Santos (2006)

Texto do Lema Santos, ex-oficial da Marinha (Guiné, 1966/68):

Caro Moura Ferreira,

Inicio esta minha segunda investida como apanhado pelo clima agradecendo-te as Boas Vindas (2), cumprimentando-te com Amizade bem como a todos os Membros e, dentro da minha capacidade e conhecimento, permitir que algum esclarecimento adicional seja acrescentado a toda a Tertúlia e à História, em nome do que é conhecido e também do que o não é, do teatro de operações que foi a Guiné.

Difícil é fazê-lo deixando de lado debates sobre massudos conceitos de estratégia naval, articulados com dispositivos locais existentes, tudo muito pouco interessante, mas sem deixar de respeitar a autenticidade dos factos relatados.

Na diferente emotividade das vivências sentidas e das diversas opiniões expressas sobre um mesmo facto ou narrativa, o oportuno esclarecimento ou opinião por quem participou directamente, marcará sempre a diferença.

Abordarei inicialmente alguns pontos sem os quais será difícil, a quem lê, enquadrar pessoalmente os acontecimentos e, bem pior, compreender correctamente os diálogos e sequências. Se entenderem que estou a pisar o risco das aulas de marinharia , açoitem-me.

Fá-lo-ei sempre com o cuidado de não ferir a veracidade de factos comprovadamente registados, ainda que aligeirados e respeitando diferentes sensibilidades.

A Orion, Lancha de Fiscalização Grande (LFG), com o número de costado P362, pertencia a uma classe de navios denominada Argos das quais estiveram operacionais na Guiné, entre Maio de 1966 e final de Abril de 1968 (data do final da minha comissão), outras quatro unidades idênticas: Cassiopeia, Hidra, Lira e Sagitário.


A LDG Ariete onde se transportava, tal como na Montante e na Alfange, 1 Batalhão.

Foto: Revista da Armada (gentilmente enviada por e-mail pelo Lema Santos)

Todas estas 5 LFG's tiveram como tónica comum, entre 1963 e 1975, o teatro de operações único da Guiné e vida operacional semelhante.

Mais tarde, outras duas, a Argos em 1970, a primeira a ser construída, e a Dragão em 1969, se lhe juntaram. Estas duas últimas já tinham estado na Guiné em 1964/1965 , ano em que, em Fevereiro, foram para Moçambique.

Ainda uma outra, a Escorpião esteve durante cerca de um ano - 1964 - também na Guiné, após o que permaneceu, até ao final da sua vida operacional, repartida entre Angola e S.Tomé.

Em 1975 todas as LFG's rumaram para Angola, salvo a Cassiopeia e a Sagitário, afundadas na Guiné ao largo da costa, pelo justificado mau estado em que se encontravam.

Nenhuma destas LFG's tinha nada a ver, quer em aspecto quer em capacidade operacional, com as que são referidas por ti nas observações que fazes e, referindo-me apenas à época da minha comissão de serviço, havia ainda:

- LFP's (Lanchas de Fiscalização Pequenas) - Bellatrix, Canopus e Deneb.
- LDG's (Lanchas de Desembarque Grandes) - Alfange e Montante.
- LDM's (Lanchas de Desembarque Médias) - diferindo apenas em aspectos de pormenor e nos números de costado.
- LDP's (Lanchas de Desembarque Pequenas) - como as LDM's mas de porte mais pequeno.

Limitando-me apenas às LFG's e especificamente à Orion, refiro alguns aspectos genéricos:
O aspecto visual do perfil era claramente o de um patrulha. Em profundidade, havia navio até 2,20 m abaixo da linha de água o que lhes vedava, em alguns rios, o acesso parcial ou, noutros casos, total. O risco corrido da não observação deste princípio náutico, a respeitar na informação dada pela sonda, era o encalhe pura e simples, como sucedeu algumas vezes.

Estas unidades navais efectuavam inicialmente a docagem de conservação (alagem) nos estaleiros navais de S. Vicente, em Cabo Verde e, mais tarde em Bissau. Significava que, com alguma dificuldade e amargos diversos de estômago, efectuavam navegação oceânica.

Tinham a base naval em Bissau, na ponte cais em T, frente ao Comando de Defesa Marítima na parte interior da ponte-cais em T onde, na parte exterior atracavam também os comerciais e alguns TT's. Estou a lembrar-me do Rita Maria, Ana Mafalda e até mesmo o Funchal.

Para lá de toda a zona costeira da Guiné, incluindo os Bijagós, eram navegáveis, para as LFG's, os cursos do rio Cacheu (até Farim), do Mansoa, do Geba até ao início do Corubal, do Grande Buba até um pouco acima de Bolama, do Tombali praticamente apenas na foz, do Cumbijã até em frente a Cadique e do Cacine até um pouco acima da foz do Unconde.

Quando a curso dos rios já o não permitia, a navegabilidade mais para montante era preenchida complementarmente pelas LFP's. Depois as grandes heroínas do tarrafo, do lôdo, dos desembarques, dos pequenos transportes, as LDM's e as LDP's; nos imprescindíveis grandes transportes de pessoal, material e abastecimentos as LDG' s assumiam a função.

Depois destes minúsculos esclarecimentos passo a temas específicos que e muito bem, colocaste:

Pela descrição, penso que terás ido para Cufar (podia ser Bedanda) numa LDM, na companhia de alguns batelões e que, certamente, foram escoltados até à curva da mata do Cantanhês, frente a Cadique, por uma LFG e uma LFP; era uma das missões de rotina no Sul dado que se encontrava permanentemente em cruzeiro nessa área uma LFG que era rendida ao fim de duas semanas; alternava a fiscalização do rio Cacine com o Cumbijã e era complementada por uma LFP, mantendo-se também na área uma ou duas LDM's.

Sempre que havia um comboio de abastecimentos, transporte de pessoal ou material e escoamento de produtos comerciais (Bedanda), a escolta de ida, para montante ou de regresso, para juzante, era feita pela LFG que permanecia na área. Conjuntamente com os restantes meios navais no local navegavam em comboio, a maioria das vezes com o apoio da FA:

Iniciava-se na barra do Cumbijã, na parte açoreada junto da Ilha de Melo, a montante da foz do rio Massancano (Canal de Melo), junto da marca Almirante.

Navegando para montante, deixava-se a estibordo (à direita) o braço de rio Iade que conduzia ao aquartelamento de Cabedú, nosso último reduto a Sul da mata do Cantanhês.

Curvava largo e lento para bombordo (à esquerda) deixando desse lado as povoações de Sinchã e Cametonco, agora quase rumo a Norte, à foz do Cobade, próximo de Catió.

A estibordo recortava-se a sempre temível mata do Cantanhês - relembrando a Operação Tridente (1) - com as povoações de Catesse e Darsalame primeiro e já depois de inflectir francamente para estibordo, depois da foz do rio Cobade, Cafine e depois Cadique zona onde, salvo raras excepções, os comboios eram sistematicamente flagelados.

A travessia fazia-se sempre com o apoio da FA (T6 e mais tarde os Fiat G91). Morteiro, metralhadora pesada, as nossas peças Boffors de 40 mm, as MG's 42 nossas e das lanchas, os lança-rockets da LFP, mata incendiada, o T6 que entrava pela copa das árvores para voltar a sair mais à frente, num cenário e espectáculo indescritíveis.

Depois de nova curva a bombordo junto à foz do rio Macobum, navegação para Norte na direcção de Cufar. Mais tarde, nessa zona, foi referenciado canhão sem recuo.

Uma longa meia-hora para cada lado, deixando o combóio em segurança, já para montante de Cadique.

O registo da ponte alta da LFG Orion em 1967: 18 ataques, 32 impates e 1 ferido grave

Foto: © Lema Santos (2006)

Há vários relatos registados e especificamente um da Orion que ostentava na ponte alta uma placa de honra, em bronze,Rio Cumbijã, onde foi violentamente atacada em 8 de Maio de 1966. A situação foi tão frequente que a tua observação até se torna caricata...apenas saudações dos turras! Eram alguns dos espinhos que a Marinha também tinha. Pelos menos 3 ou 4 LFG's tinham placas idênticas de datas diferentes. Reparem que, depois da foz do Macobum o comboio, normalmente, não tinha problemas até Bedanda.

Num belo dia tudo isso ficou gravado num Sony pré-instalado para o efeito, com os cabos de som a passar para o exterior pelas vigias da câmara de oficiais. Não na Orion mas na irmã gémea Lira; ainda tenho guardadas as fitas originais cedidas pelo meu camarada da LFG. Tenho andado a adiar a oportunidade de as converter em som audível num CD para podermos reviver e partilhar também esses pesados momentos (2).

Sabes em que datas, ou datas próximas, chegaste e saiste da Guiné? Seria interessante saber uma vez que, praticamente todos os TT's, eram escoltados na entrada e saída do farol de Caió por uma LFG. Posso talvez disponibilizar esses elementos. Há muitas lacunas mas nem tudo está branco.

Há muitos factos, acontecimentos e histórias por relatar e felicito-te pela forma como te identificas na necessidade de alargar o painel de diálogo.

Para se efectuarem relatos decentes, a pesquisa terá de ser obrigatoriamente cuidadosa, criteriosa e isenta sob pena de a história passar a ser filosofia política.

Continuarei ao dispor da Tertúlia com Amizade e voltarei a dar notícias. Da próxima vez, completado o capítulo das apresentações, só mesmo Guiné.

Claro que teria forçosamente de enviar algumas fotos e elas acompanham o magro relato.

Um abraço e obrigado pelo reforço do chamamento.

Manuel Lema Santos
Ex-1º TEN RN 1965/72
Guiné 1966/68 - NRP ORION
__________

Nota de L.G.

(1) vd. post de 2 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCXXVI: Boas vindas ao marinheiro Lema Santos (Hugo Moura Ferreira)

(...) "Verifiquei com alguma satisfação que tu és do meu tempo (2) e tentei recordar-me do pessoal de Marinha que, com o sacrifício que quem ia metido numa lata a servir de alvo, para os lados do Cumbidjã, nos ia abastecer a Cufar (CCAÇ 1621), acostando, no cais de Cantone, e também a Bedanda (CCAÇ 6), quando, com o coração ao pé da boca, tinham que progredir rio acima tendo na outra margem o celebérrimo Cantanhez, que naquela altura era impenetrável.

(...) "Penso, e tu o confirmarás ou não, que realmente nunca as LDM [Lanchas de Desembarque Médias], que nos levavam abastecimentos a Bedanda, foram atacadas naquela zona. Aliás, como se acontecia com a LDP que diariamente levava a água de Catió para a nossa base no Cachil. Enquanto por lá andei não me recordo de ter ouvido alguma vez notícias de ataques a abastecimentos naquela zona.

"Em Cacine, eu sei que eram habituais as saudações dos turras, mas depois de passarem essa zona havia algum respeito e pode dizer-se condescendência do IN, para com a nossa paparoca" (...).