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domingo, 28 de abril de 2019

Guiné 61/74 - P19725: No 25 de abril eu estava em... (27): Lisboa: naquele dia 25 de Abril de 1974, quinta-feira, tudo estava programado para ser um dia igual a tantos outros (Carlos Pinheiro)

1. Em mensagem do dia 26 de Abril de 2018, o nosso camarada Carlos Pinheiro (ex-1.º Cabo TRMS Op MSG, Centro de Mensagens do STM/QG/CTIG, 1968/70), enviou-nos esta sua memória do 25 de Abril de 1974, quando já na disponibilidade, trabalhava na sede do antigo Crédito Predial Português, na Rua Augusta, em Lisboa.


O meu 25 de Abril de 1974

Trabalhava e morava durante a semana em Lisboa. Era solteiro e bom rapaz. Tinha um quarto em casa de familiar na Avenida 24 de Julho, no n.º 1, mesmo em frente à Estação do Cais do Sodré. Era empregado bancário no Crédito Predial Português, na sua sede, na Rua Augusta. Levantava-me sempre cedo, e dava para ir a pé até ao serviço, uma vez que só entrava às 9 horas.

Naquele dia 25 de Abril de 1974 tudo estava programado para ser um dia igual a tantos outros. Era quinta-feira, mas nesse dia, bem cedo ainda, a vizinha do lado bateu com muita força à porta a dizer que havia uma revolução. Nem tomei banho. Enfiei umas calças, vesti uma camisa e vim para a janela armado com o rádio, que era inseparável desde o 16 de Março, e com os binóculos.

Daquela janela via-se o Tejo todo desde o Terreiro do Paço, desde o Mar da Palha, desde o Seixal até à Trafaria. O rádio, aquele transístor pequeno Sharp, transmitia música portuguesa. Era o Rancho Tá-Mar da Nazaré, lembro-me bem. Pego nos binóculos e vejo nitidamente carros de combate, ali para Santos a descerem a Avenida, apoiados por tropas apeadas. Vêm descendo vagarosamente. A Rádio transmite aquilo que foi para mim, o 1.º Comunicado do Movimento das Forças Armadas a anunciar a movimentação das tropas, a pedir para que as pessoas não saíssem de casa, a pedir às forças de segurança para não se envolverem com os militares, a pedir para que os médicos se dirigissem para os hospitais, etc., etc.

Começo a compreender a situação. Sinto-me encantado mas preocupado com o que podia vir a acontecer. Não sabia ainda se as forças que vinham a descer a avenida se eram a favor ou contra o Movimento. Mesmo descendo vagarosamente a Avenida, os tanques aproximam-se. Com os binóculos que ajudam a ver bem, verifico que alguns eram de Cavalaria 7, ali na Ajuda. Mas alguns eram de Cavalaria 4, de Santa Margarida, que depois do 16 de Março tinham ido reforçar Cavalaria 7, como vim a saber depois.

O Tejo estava cheio de barcos de guerra. Era uma Esquadra da NATO que andava pelo Atlântico em manobras e que dias antes tinha aportado ao Tejo. Curiosamente, esta esquadra só zarpou do Tejo depois da revolução estar consolidada. Vá-se lá saber porquê. Passados que são trinta e seis anos nunca me apercebi que qualquer historiador se tenha debruçado sobre este pormenor que até poderia ter sido... pormaior.

As tropas apeadas tomam posição na Estação do Cais do Sodré. Os comboios vão despejando pessoas na gare. Os barcos de Cacilhas despejam também os seus passageiros. Tudo com ar de admiração. Ninguém sabia o que estava a acontecer. Muitos iam apanhar os autocarros para os seus destinos. Os carros de combate passam e dirigem-se para o Terreiro do Paço. Acabo de me vestir, faço a barba à pressa, como qualquer coisa e vou para a rua para ir para o Banco.

A meio da Rua do Arsenal, oiço alguns tiros. Eu e muita gente que ia na rua entrámos na primeira porta que estava aberta. Alguns foram até ao segundo andar de um prédio escuro,  ali perto do Rei do Bacalhau. Senti bem o cheiro da pólvora que me fez lembrar um célebre dia 13 de Junho de 1969 em Bissau. Como não se ouvissem mais tiros, dei meia volta e resolvi voltar para trás. Aliás a rádio já tinha avisado para as pessoas se manterem calmas, mas em casa.

Antes de subir ao meu quarto andar, fui à mercearia do Coutinho, ali na Travessa dos Remolares, procurar mantimentos. Ali ao lado, nas traseiras do Mercado da Ribeira, na Rua dos Remolares, estava uma coluna enorme de jipes da GNR armados com as Mausers, e se calhar com outro armamento mais pesado mas não à vista, todos de capacete na cabeça e parados. Estavam à espera de ordens. Se calhar, pensei eu, estavam do contra e pretendiam ir reforçar alguma posição, talvez no Carmo, uma vez que a Rua do Alecrim, ali perto lhes daria acesso fácil. Mas não liguei muito. Aliás não podia ligar.

A minha preocupação naquela altura era só os mantimentos e já seriam umas 10,30. Não havia tempo a perder. Na mercearia já não havia pão mas havia vários fregueses. Comprei bolachas de água e sal, um garrafão de água do Luso, daqueles de vidro daquela altura, umas latas de sardinha, de atum e salsichas, velas, fósforos e pilhas para o rádio. O rádio tinha que estar em condições de trabalhar sempre. Em casa ainda havia batatas, arroz, massa e azeite, Tudo aquilo sempre daria para se fazerem umas refeições de subsistência porque em tempo de guerra não se limpam armas.

Mas eu queria telefonar para Torres Novas e para Alcanena. Mas onde, se em casa não havia telefone? A minha tia lá arranjou um almoço catita e lá continuámos a ouvir a rádio com comunicados mais ou menos calmos mas a denotar que nem tudo ainda estava resolvido. Televisão não havia. O reviralho parecia estar prestes a chegar.

Da minha janela privilegiada começo a ver a Esquadra da NATO a zarpar do Tejo. Ficou só uma Fragata, nossa, que também estava integrada na Esquadra mas ficou. Foi essa Fragata que,  ainda de manhã cedo,  teve um papel preponderante na revolução quando não cumpriu a ordem de atirar fogo para o Terreiro do Paço, segundo depois se soube. Se isso tivesse acontecido teria havido uma carnificina. Mas a Fragata também sofreria as consequências das peças de Artilharia da Escola de Vendas Novas que estavam posicionadas no Cristo Rei. Foi melhor assim.

De tarde, a meio da tarde, talvez lá para as 4, procurei ir aos Correios, ali à Praça de D. Luís, para telefonar. Foi nessa altura, soube mais tarde, que houve confrontos junto à sede da PIDE na Rua António Maria Cardoso. Ainda conseguiram matar um popular e ferir mais alguns. Ouvi as balas a assobiar a passar lá muito por cima. Voltei a entrar numa porta que estava aberta e não fui sozinho.
Depois as coisas acalmaram, certamente quando a Marinha conseguiu tomar aquilo de assalto.

Ainda fiz os telefonemas e todos ficámos mais descansados. Quando ia para casa, ali junto, na Praça Duque da Terceira, vejo que a Rua do Alecrim estava cheia de carros de bombeiros certamente para combater algum incêndio que a PIDE pudesse vir a provocar.

Lá fui continuando a ouvir a rádio. Fala-se do Quartel do Carmo. Pensei que os outros GNR talvez estivessem a caminho do seu Quartel-general para reforçar posições. Mas não conseguiram atingir o objectivo uma vez que as tropas do Salgueiro Maia, depois da consolidação do Terreiro do Paço, tinham ido lá para cima onde estava refugiado o Marcelo Caetano.

Depois, depois foi aquilo que já se sabe. À noite, na casa da vizinha do lado, lá vi o Spínola a fazer o seu comunicado ao país,  ladeado pelos restantes membros da Junta de Salvação Nacional.

Foi assim o meu dia 25 de Abril de 1974. Estávamos num país novo.

Carlos Pinheiro
23.04.10 (Passados 36 anos)
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Nota do editor

Último poste da série de 28 de fevereiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15804: No 25 de abril eu estava em... (26): Turquel, Alcobaça, de férias... Vim logo para Lisboa nesse dia e por aqui permaneci, até regressar a Bissau, em 3 de maio (Jorge Pinto, ex-alf mil, 3.ª CART/BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74)

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19151: Fotos à procura de... uma legenda (109): a GNR de ontem e de hoje, na Feira Saloia da Lourinhã, no passado dia 27 de maio de 2018... Ou os uniformes que também contam histórias... (Luís Graça)



Foto nº 1


Foto nº 2 


Foto nº 3

Lourinhã > Feira Saloia > 27 de maio de 2018 > A GNR, ontem e hoje...O fotógrafo estava lá...Legenda provisória: um uniforme  também conta história(s)... (*)

Fotos (e legendas): © Luís Graça  (2018). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Vejo, com apreço, que a GNR - Guarda Nacional Republicana goza hoje de muito mais prestígio e respeito do que no meu tempo de menino e moço... Muita coisa aconteceu na sua história já centenária (, comemorou em 2011 os 100 anos) e tem um museu, aberto ao público, no histórico Quartel do Carmo em Lisboa, que merece uma visita. 

Criada pela República, em 1911, a decadência do regime republicano também marcou o declínio desta força militarizada, como se pode ler na história da instituição [Vd. portal  Arquivo Histórico, Biblioteca e Museu da Divisão História e Cultura da Guarda Nacional Republicana (GNR)].

Recorde-se alguns factos:

(i) A GNR, a República, a Ditadura Militar

 (...) "Contra a ditadura [militar, iniciada com o golpe de Estado d0 28 de maio de 1926,] reagiram logo a Marinha, a GNR, a Guarda Fiscal e outros setores republicanos, iniciando um movimento revolucionário 'reviralhista', que caracterizou os anos de 1927 a 1931. 

"O 'Reviralho' fracassou e a ditadura reagiu energicamente contra os revoltosos, extinguindo unidades e procedendo a saneamentos e depurações políticas, incluindo muitos dos militares da GNR. Assim aconteceu nas revoltas de fevereiro de 1927, no Porto e Lisboa, e no pronunciamento militar de 26 de agosto de 1931. 

"A forte reação do regime e a ação enérgica do general Farinha Beirão, 'herói da Grande Guerra' e comandante-geral da GNR de 1927 a 1939, acabou por converter a GNR numa força leal ao regime autoritário em Portugal." (...)


(ii) Com o Estado Novo, a GNR tornou-se "rural" e "fiel ao regime autoritário":

(...) "Em ambiente de guerra fria e adesão à NATO (1949), a GNR passou a poder recrutar oficiais milicianos provenientes das forças armadas, por períodos renováveis de 3 anos (situação que se manteve até 1969).


"O Estado Novo reprimiu e condicionou as liberdades individuais dos cidadãos, perante a garantia de estabilidade das instituições assegurada pelo Exército e pela ação da censura e da polícia política. Esta última foi criada em 1933 com o nome de Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PIDE a partir de 1945) e, juntamente com a Legião Portuguesa (criada em 1936), combateram os opositores do regime.

"A GNR, a Guarda Fiscal e as restantes forças de segurança também integraram o aparelho repressivo do regime, tendo combatido os conflitos político-laborais, no Barreiro, em outras localidades da cintura de Lisboa e no Alentejo, os ciclos migratórios e de contrabando nas zonas de fronteira com Espanha, a campanha política de Humberto Delgado (1958), as fugas à incorporação militar para a guerra em África (1961-1974) e a crise académica (1968-1969)."


(iii) A GNR e o fim do regime de Salazar-Caetano:

(...) "A janela de oportunidade para pôr fim ao regime acabou por ser a oposição à guerra que se perpetuava desde 1961 em África, que emergiu no Exército, até então principal sustentáculo do sistema. O regime sentindo-o vacilar no papel de garante da estabilidade das instituições ainda tentou, 'à pressa', equilibrar as restantes forças, tendo reforçado os meios e equipamentos da GNR mas na Guarda ainda imperavam as 'velhas' espingardas Mauser do tempo da I Guerra Mundial.

"O golpe derradeiro realizou-se neste quartel do Carmo, no dia 25 de abril de 1974, data em que o Movimento das Forças Armadas, com o apoio de populares, derrubou o governo de Marcello Caetano, terminando a longa ditadura de quase meio século em Portugal." (...)

Fonte: Excertos de História da Guarda Nacional Republicana (com a devida vénia)...

2. É essa imagem do passado que me vem à memória ao ver este jovem da GNR do posto da Lourinhã, com a "velha" farda de cotim de algodão, bota de cano alto e chapéu colonial, e equipado com biclicleta e espingarda mauser...  Não usavam barba, naturalmente, já que era proibido, ao tempo, pelo RDM.

Essa imagem contrasta com a dos outros dois jovens militares com a nova farda da ciclopatrulha: os três  fazem parte, afinal,  da mesma força, só que hoje professionalizada, rejuvenescida,  integrada na ordem democrática e com uma relação de proximidade com a comunidade. A imagem, depreciativa e estereotipada, do soldado da  GNR a cavalo, boçal,  descrito "com um burro em cima de um cavalo", é hoje definitivamente do passado...

Do meu tempo de menino e moço, na minha terra, Lourinhã, que era um pacata vila, no extremo norte do distrito de Lisboa, lembro-me de três ou quatro coisas relacionadas com a GNR: (i) o posto militar, que era nas instalações do antigo convento de Santo António, havendo um conflito latente da GNR com o pároco e a paróquia, "vizinhos à força"; (ii) o calaboiço, imundo, nauseabundo, com grades de ferro, também nas mesmas instalações,. e que, felizmente, já não existe hoje mais; (iii) a GNR, a cooperar com a PIDE de Peniche na caça aos imigrantes clandestinos, que davam o "salto" para França e também dos faltosos e refratários que procuravam escapar à guerra do Ultramar... Não havia GNR a cavalo, na minha terra... a espadeirar o povo.

Como temos vários camaradas ligados à GNR (, nomeadamente depois do regresso da Guiné, alguns ingressaram nos seus quadros...ou continuaram lá as suas carreiras como oficiais do Exército, como foi o caso do meu capitão, o primeiro comandante da CCAÇ 12, Carlos Alberto Machado Brito, hoje cor inf ref)  seria interessante poder-se completar e  enriquecer a "legendagem" destas três fotos.. (**) . LG
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E ainda:


10 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14454: Notas de leitura (701): “Desaparecido em combate", por Duarte Dias Fortunato, o primeiro prisioneiro de guerra depois da Operação Mar Verde (Mário Beja Santos)

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13173: (De) Caras (18): Pedido de desculpas... Afinal não foi o oficial da GNR quem, em Portalegre, no antigo aquartelamento do BC1, nos mandou comprar a bandeira portuguesa na loja do chinês (Vasco da Gama, ex-cap cav, CCAV 8351, Cumbijã, 1972/74)

1. Com pedido de publicação, aqui vai um email, datado de 19 do corrente,  do nosso grã-tabanqueiro Vasco da Gama:


Camaradas, porque não me pareceu correcto colocar directamente nos comentários o texto que anexo, aqui estou a dar-vos conhecimento do mesmo para que vocês o possam fazer, acrescentando o que lhes aprouver.

Muito obrigado. Um abraço amigo do Vasco



Assunto - Pedido de desculpas (*)

Meus queridos Camaradas

Recebo amiúde telefonemas de Camaradas da minha Companhia a recordar este ou aquele acontecimnto, a perguntar pela saúde, se a consulta correu bem ou mal, a combinar novo encontro, a convidar para o baptizado do neto....enfim, vivências comuns entre Amigos.

Depois de vários deles me terem perguntado: “Já viu o nosso vídeo'”? (refiro-me ao vídeo da reunião da minha querida Companhia C.Cav. 8351 no passado 3 de Maio em Portalegre), hoje mesmo o fiz e atentei particularmente no meu discurso. Terei exagerado no que disse? Não importa agora falar sobre isso, pois o que está dito, dito está!

Na sequência da conversa que acabei de ter com o meu Camarada Parola, este esclareceu-me de que, ao contrário do que me foi dito em Portalegre e do que escrevi, o oficial de dia NÃO lhe disse : “vá comprar uma bandeira à loja dos chineses”.

O oficial apenas disse que o quartel não tinha bandeira disponível para nos ceder, tendo o meu Camarada Augusto Covas dito ao Parola: “Vamos comprar uma bandeira à loja dos chineses” e foi isso que fizeram! 

Aqui estou a pedir públicas desculpas por ter induzido em erro os Camaradas que se deram ao trabalho de ler o meu texto.

Tenho demasiado respeito e carinho por este local de encontro para me “ficar nas covas” .

Quanto ao resto, incluindo a não disponibilidade de uma bandeira de Portugal para cobrir a lápide onde figuram os nomes dos meus Companheiros que tombaram na Guiné, à falta de afecto e solidariedade para com a minha CCav. 8351, está dito e aqui o repito. Ninguém mo disse, vivi-o!

Tal como o grande José Régio, considerado por alguns dos intelectuais da nossa praça como poeta menor, também a minha querida CCav 8351 teve um tratamento pouco consentâneo com o respeito que lhe é devido.

Vasco A. R. da Gama

[Negrito, do autor; realce a amarelo, do editor]

2. Comentário de L.G.: 

Vasco, errar é humano. E pedir desculpas mais humano é. Muitos dos nossos conflitos (a começar pelos que temos tido, aqui, na Tabanca Grande, e que felizmente não têm sido muitos nem de maior gravidade, em 10 anos de existência...) resultam de problemas de perceção e comunicação, em última análise de "mal entendidos" (como diz o povo)...

Aqui fica o teu pedido de desculpas, mais um exemplo da tua grande nobreza de caráter, o que não invalida a constatação da desconsideração de que foram objeto os bravos tigres de Cumbijã, em Portalegre, nas antigas instalações do BC1, hoje centro de formação da GNR. Vemo-nos em Monte Real, no dia 14 de junho.  Guardo o meu alfabravo fraterno e solidário para te dar, ao vivo, nesse dia e lugar,  na festa anual da Tabanca Grande.
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Nota do editor:

(*) Vd. poste de 16 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13151: (De) Caras (17): A nudez da pedra, o Vasco da Gama e os seus "tigres do Cumbijã"... Convívio anual da CCAV 8351 (Cumbijã, 1972/74)