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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Giné 61/74 - P19453: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte XI: cap cav António Lopo Machado Carmo (Coimbra, 1933 - São Domingos, Guiné, 1963), comandante da CCAV 252 (1961/63)





[O cap cav  António Lopo Machado Carmo era o comandante da CCAV 252, mobilizada pelo RC 3,  Estremoz, tendo esta subunidade partido para o TO da Guiné em 10/8/1961 e regressado a 6/11/1963; esteve sediada em Bissau, Bula, São Domingos e Bula; o infortunado cap cav Machado Carmo foi substituído pelo cap cav Luís Alberto do Paço Moura dos Santos; temos um camarada, na Tabanca Grande, que pertenceu a esta companhia, o "veteraníssimo" Mário Magalhães]

1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período de 1961-1975, na guerra do ultramar ou guerra colonial (em África e na Ásia)

Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972. Foi cadete-aluno nº 45/63, do corpo de alunos da Academia Militar.
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segunda-feira, 22 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17385 Louvores e condecorações (11): CCAV 252 (Bafatá, Bula, Mansabá e S. Domingos, 1961/63) (Mário Magalhães, grã-tabanqueiro nº 742, um dos nossos "veteraníssimos")

1. Mensagem, de  do nosso "veteraníssimo" Mário Magalhães, membro nº da Tabanca Grande nº 742, ex-srgt mil da CCAV 252, Bafatá, Bula, Mansabá e S. Domingos, 1961/63, com data de 11 de Abril de 2017:

[ Foto à esquerda, Mário Magalhães que serviu o país, como militar, em dois períodos distintos;

(i) fez o serviço militar, de 7 de abril de 1959 a 7 de março de 1961 (Escola Prática de Cavalria, Curso de Sargentos Milicianos; BA 4, Açores, Polícia Aérea); 

(ii) foi reintegrado em 6 de junho de 1961 (CIOE, Lamego), sendo mobilizado para a Guiné , de agosto de 1961 a novembro de 1963, como fur mil  da CCAV 252; 

(iii) esteve em Bafatá, Nova Lamaego,  Buruntuma, Bula, Caió e S. Domingos; 

(iv) realizou múltiplas actividades operacionais nas zonas de: Bula, Binar,Caió, Mansoa, Farim, Olossato, Oio/Morés, Susana, Varela, S. Domingos, Ingoré, etc.; 

(v) foi promovido a 2º srgt mil em 28/2/1963.]

Caros Camaradas Tabanqueiros,

Agradeço todos os comentários que ,amavelmente ,bons camaradas se dignaram tecer após e a propósito da minha inscrição como membro da TG, bem como em referência á CCav 252 á qual pertenci e servi, não apenas como expedicionário mas como combatente em repetidas ocasiões sempre encaradas com o maior empenho e rigor militar.

Segue texto do louvor colectivo á CCav.252 emitido pelo Comandante-Chefe das FA da Guiné, louvor que por si só define o verdadeiro estatuto da Unidade no contexto descritivo dum "Teatro de Guerra". (**)


Louvor atribuído à CCAV 252, com data de 4 de novembro de 1963, pelo então com-chefe, brigadeiro Fernando Louro de Sousa 
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Notas do editor:

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17238: Tabanca Grande (434): Mário Magalhães, ex-2.º Sargento Miliciano da CCAV 252 (Bafatá, Bula, Mansabá e S. Domingos, 1961/63), 742.º Grã-Tabanqueiro


2.º Sarg Mil Mário José Magalhães da CCAV 252 (Guiné, 1961/63)


1. Mensagem do nosso camarada, e novo amigo tertuliano, Mário Magalhães, 2.º Sargento Miliciano da CCAV 252, Bafatá, Bula, Mansabá e S. Domingos, 1961/63, com data de 11 de Abril de 2017:

Caros Camaradas

Na sequência dos contactos estabelecidos convosco, venho reiterar o meu maior interesse em ADERIR à Grande Família "TABANCA GRANDE" para o que junto o meu CV e duas Fotos.

Igualmente, agradeço terem já considerado as N/ inscrições no Convívio do próximo dia 29.

Grato pela a V/ Atenção, apresento os meus melhores cumprimentos.
Mário Magalhães


Curriculum Vitae

- Nome: Mário José C R Magalhães
- Data Nascimento: 13 Set. 1937
- Estado Civil: Casado
- Habilitações Literárias: 7.º Ano Liceu
- Serviço Militar: (1.º) - 07ABR59 a 07MAR61 (EPC – CSM)
- BA 4 – Açores: Polícia Aérea
- Reintegrado em 06JUN61 – CIOE (Lamego)
- Serviço Militar: (2.º) - Guiné: AGO61 a NOV63 : Furriel Miliciano Un. Op. Cav. 252 
- Aquartelamentos Temporários: Bafatá, Nova Lamego, Buruntuma, Bula, Caió e S. Domingos.
- Múltiplas Actividades Operacionais nas Zonas de: Bula, Binar,Caió, Mansoa, Farim, Olossato, Oio/Morés, Susana, Varela, S. Domingos, Ingoré, etc.
- Promovido a 2º Sarg. Miliciano com data de 28FEV63.
- Carreira Profissional COMPAL: Gestor do Comércio Externo; Soc. Ind. ALIANÇA: Idem; Coordenador do Projecto OM (Adesão à UE); PANIBÉRICA: Director Comercial; Direcção / Administração de Firmas Familiares da Área de Combustíveis.
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2. Comentário do editor CV:

Caro Mário Magalhães, seja bem-vindo à nossa tertúlia.

O Mário pertenceu à primeira Companhia de Cavalaria a partir para a Guiné, cumprindo uma comissão de serviço de 27 meses (AGO61-NOV63), isto após ter cumprido, antes, 23 meses de tropa na Metrópole, entre Abril de 1959 e Março de 1961. Convenhamos que 50 meses de tropa, 27 dos quais na Guiné, é um castigo muito duro.

De todo este tempo há-de ter recordações, boas e más, que talvez queira partilhar connosco. Estamos ao seu dispor para recebermos o seu material e dar a conhecer à tertúlia. Se tiver fotos do tempo em que ainda se andava, digo eu, um pouco mais à vontade pelas lindas matas da Guiné, mande-as pois serão bem apreciadas por todos nós, os ligeiramente mais novos e que vivemos outro tempo e outro estágio de guerra.

Não sei se também lhe tocou estacionar em Mansabá, eu estive lá 22 meses, entre Abril de 1970 e Fevereiro de 1972. Era mau, mas não tanto como no seu tempo, quando aquela maldita estrada, a partir de Mansoa, era em terra batida. Só aquele itinerário é responsável por muitos mortos ao longo da guerra. A CART 2732, a minha Companhia, deixou lá dois.

Vai ser um prazer conhecê-lo em Monte Real, assim como a família que o acompanhar.
Até, deixo-lhe um abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores.

Se precisar de algum esclarecimento, tem o meu telefone ao dispor.
Carlos Vinhal
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3. CCAV 252 -  Síntese da actividade operacional

Do 7.º Volume - Fichas das Unidades - Tomo II - Guiné da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), com a devida vénia:


Refira-se que o primeiro Batalhão de Cavalaria a ser mobilizado para a Guiné foi o BCAV 490, que desembarcou em Bissau a 22JUL63, composto pelas Companhias operacionais: CCAV 487; CCAV 488 e CCAV 489, tendo esta última também estacionado temporariamente em Mansabá.

CV
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Nota do editor

Último poste da série de 12 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17237: Tabanca Grande (432): Mário Leitão, ex-fur mil farmácia. Luanda, 1971/73, passa a ser o nosso grã-tabanqueiro nº 741... Está a ser um trabalho de grande mérito ao resgatar a memória dos 52 camaradas de Ponte de Lima que morreram nos 3 teatros de operações da guerra de África, do Ultramar ou colonial (como se queira)... e que estão na "vala comum do esquecimento"!

quinta-feira, 9 de março de 2017

Guiné 61/74 - P17119: (De) Caras (60): Buruntuma, 1961: o enfermeiro Cirilo e o professor primário Timóteo Costa... (Jorge Ferreira / Mário Magalhães)


Guiné- Bissau > Bissau > 2000 > O Hospital Nacional Simão Mendes (, antigo enfermeiro da época colonial, militante do PAIGC, morto em combate no Morés, e sobre o qual se sabe muito pouco).


Foto: © Albano Costa (2000). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de Jorge Ferreira (ex-alf mil da 3ª CCAÇ,  Bolama, Nova Lamego,  Buruntuma e Bolama, 1961/63), autor do livro "Buruntuma: algum dia serás grande!... Guiné. Gabu, 1961-63" (ed. autor, Oeiras, 2016).

Data: 8 de março de 2017 às 17:04
Assunto: Buruntuma


Caro Luís:


Estou neste momento reunido com Mário Magalhães,  puxando pelos "neurónios", uma vez que a questão que levantas nos obriga a recuar mais de 50 anos. (*)

Quanto ao enfermeiro  Cirilo (???) o único facto a relatar é que (anteriormente à minha deslocação para Buruntuma), estando à frente do destacamento o Furriel Mário Magalhães [MM]. houve um acidente com arma de fogo casual e,  ao ser requisitado os serviços do Cirilo,  o seu comportamento
foi verdadeiramente exemplar (MM dixit).

O poderoso régulo de Canquelifá, que morava
 em Buruntuma, Sene: c. 1961/62.
 Cortesia de Jorge Ferreira (2016)
Não se deve ignorar que os enfermeiros [civis] tinham uma actividade extremamente nómada pois
diariamente visitavam as nabancas com enfermarias onde permaneciam os doentes com "doença do sono" ou "lepra". Convirá referir que a Missão do Sono da Guiné era uma estrutura sanitária altamente prestigiada cuja acção era relevada pela OMS [Organização Mundial de Saúde]..

Não há registo de qualquer acção "suspeita" do enfermeiro. quer durante a permanência em Buruntuma do MM ou de mim próprio.

Quanto ao dito professor Timóteo [Costa]  (???) não se pode ignorar que as nossas instalações eram frontais à escola, junto a ela funcionavam as nossas instalações sanitárias, e existia uma morança habitada por um português que tinha sido deportado por "razões políticas" e que se tinha "cafrealizado", vivendo com uma mulher nativa e vários filhos.

Por outro lado, não se deve ignorar que a Escola era frequentada diariamente pelos militares que não estavam envolvidos em "operações de nomadização" ou "escalas de serviço",  na sua função de apoio escolar.

Por tudo isto parece-nos que o professor  não tinha condições para se dedicar a actividades subversivas. Não se deve ignorar que o próprio Corpo de Guardas do Régulo  [Sene Sané] exercia uma importante acção de vigilância que muitas vezes pôs em causa a "lealdade" dos informadores do
responsável pelo posto da PIDE.

Já após o regresso do MM a Portugal, talvez por volta de 1966 (???), este foi abordado em
Lisboa pelo professor de modo muito cordial ...

E é tudo quanto se nos oferece dizer (MM / JF) sobre as questões que levantas no teu / nosso Blogue.

Saudações-

JF / MM


ET -  O MM manifestou todo o interesse em aderir à Tabanca Grande !!!


2. Comentário do editor LG:

Caros Jorge Ferreira e Mário Magalhães:

Como eu já tinha dito em comentário ao poste P17108 (*),  o resumo do teor do documento em causa, feito pelos técnicos da Fundação Mário Soares,  parece-me "ambíguo" ou "confuso": (...) "Assunto: Transmite um recado do enfermeiro Cirilo, que se encontra em Buruntuma como professor, sobre o trabalho em prol da luta de libertação."

Timóteo Costa, que é o remetente, transmite a Marcelo Ramos de Almeida ("Marcel", para a família e amigos mais íntimos...), representante do PAIGC em Koundara, Guiné-Conacri, um recado do Cirilo, enfermeiro, que está em Buruntuma, a fazer trabalho político para o PAIGC, ao mesmo
tempo que é enfermeiro pago pela administração portuguesa...

Sem dúvida que, e à falta de médicos, os enfermeiros da administração colonial tiveram um papel importantíssimo na luta contra a doença do sono, a lepra e outras doenças tropicais, bem como no apoio sanitário às populações, antes da guerra. Também é verdade que houve, de resto, vários enfermeiros aliciados pelo PAIGC (ou melhor, PAI) nesta época (1961)... O Simão Mendes é um deles. (Morreu em combate, e deu o nome ao antigo hospital central da época colonial, em Bissau)

Conclui-se, do vosso depoimento que o tal Cirilo, enfermeiro, era conhecido das NT e fez inclusive tratamentos a um militar ferido, num acidente com arma de fogo, da CCAV 252,  quando o  fur mil cav Mário Magalhães comandava o destacamento de Buruntuma, ainda antes da chegada do Jorge Ferreira (em outubro de 1961).

O Timóteo Costa é que é o professor que acaba de chegar a Buruntuma (em 1961, não sabemos em que dia e mês)... O Mário Magalhães tê-lo-á conhecido em Buruntuma, em 1961, e reconhecido em Lisboa, por volta de meados dos anos 60. Devia ser cabo-verdiano, (**)

Ficamos gratos a ambos pelo vosso depoimento e felizes pelo facto de o veterano Mário Magalhães (mais antigo que o Jorge Ferreira em Buruntuma, talvez dois ou três meses!...) aceitar o convite para integrar a nossa Tabanca Grande...

De facto, é uma "preciosidade" encontrar camaradas de 1961 (!) com "cabeças ainda frescas" como vocês, Jorge Ferreira e o Mário Magalhães!.. E mais do que isso: prontos a partilhar com os seus camaradas as memórias (boas e más) de há 50 e tal anos atrás!

Recorde-se que a CCAV 252 foi a primeira companhia de cavalaria a ser mobilizada para a Guiné (agosto de 1961 / outubro de 1963), tendo como unidade mobilizadora o RC 3. O Jorge Ferreira, por sua vez, foi mobilizado para o TO da Guiné em maio de 1961, estebve a dar instrução no CIM de Bolama, foi para Nocva Lamega, para a 3ª CCAÇ, e ao fim de 3 meses, é colocado no destacamento de Buruntuma, onde esteve 11 meses.  Antes de acabaer a comissão, em junho de 1963, ainda voltou ao CIM de Bolama.

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 5 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17108: A guerra vista do outro lado... Explorando o Arquivo Amílcar Cabral e outros / Casa Comum (21): O professor primário e o enfermeiro de Buruntuma, em 1961... Trabalhavam para o PAICG na cara da PIDE ?!...