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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24618: Notas de leitura (1612): Guiné, Operação Irã (maio de 1965) e Operação Hermínia (março de 1966), no fascículo 2 de "As Grandes Operações da Guerra Colonial", textos de Manuel Catarino; edição Presselivre, Imprensa Livre S.A. (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 27 de Outubro de 2021:

Queridos amigos,
É meritório, há que o reconhecer, a divulgação em fascículos, com acesso ao grande público, e numa linguagem acessível, de acontecimentos relevantes como foram grandes operações da guerra colonial. Quando me atirei à tarefa de estudar com um pouco de minúcia os acontecimentos que antecederam a chamada luta armada e depois a luta armada propriamente dita, entre 1963 e 1965, isto num projeto editorial que teve como base a história do BCAV  490 feita por um poeta popular, e assim chegámos os dois à feitura do livro "Nunca Digas Adeus às Armas", Húmus Edições, 2020, detetei que a generalidade da historiografia sobre a guerra da Guiné passa como gato pelas brasas pelos aspetos fulcrais tanto da atividade operacional desenvolvida no período como no contexto dessa luta armada, os dois comandantes-chefes, e nomeadamente Arnaldo Schulz, lançaram as bases da ação psicológica, da formação de milícias e companhias de Caçadores, projetos de desenvolvimento e algo mais que merecia o respeito e consideração por quem estuda a guerra.

Mas o mantra é muito superior à realidade e quem escreve que a guerra se agravou entre 1963 e 1968 e mais adiante dirá que a partir de 1970 a guerra nunca mais deixou de se agravar não dá pelas injustiças que profere, uma delas até é cometida com tiros no pé, como esta "Operação Irã", de maio de 1965, e esta "Operação Hermínia", de março de 1966, que desdizem cabalmente de que não se respondia taco a taco, enfrentando o inimigo. Bem curiosamente, há agora quem escreva que mesmo no período da governação Spínola a tropa dos aquartelamentos limitava-se a andar ali à volta, quem verdadeiramente tinha atividade operacional eram as tropas especiais, outro mantra, falando por mim, não me ofende quem quer, na chamada zona libertada do Cuor eu percorria quatro quintos a qualquer hora do dia e se a mais não me afoitava era por não dispor de recursos, com aquelas operações de tabancas em autodefesa fui sendo sangrado de várias secções de pelotões de milícia, em vão protestei. Mas isso é uma história que a historiografia nem se preocupa em estudar, a precariedade dos meios.

Um abraço do
Mário



Guiné, Operação Irã (maio de 1965) e Operação Hermínia (março de 1966)

Mário Beja Santos

A série "As Grandes Operações da Guerra Colonial", surgida na década de 2010, vendia-se nas papelarias e quiosques sob a forma de fascículos, os textos pertencem a Manuel Catarino, edição Presselivre, Imprensa Livre S.A. Este fascículo 2 é uma reedição, é uma miscelânea onde para além destas duas operações a que nos iremos referir juntar-se-ão outras informações, acrescendo a descrição da Operação Tridente, acontecimentos que envolveram paraquedistas em Guilege ou que viveram dificuldades no decurso de uma operação em Cassebeche. O valor do texto é muito discutível. Dizer que a Operação Irã é uma investida das tropas portuguesas no Morés onde nunca elas se tinham aventurado é desconhecer inteiramente de operações no Morés em 1963 e 1964. Sim, o Morés era uma região de mata densa, aí se sediavam pequenas bases móveis, improvisadas infraestruturas, importantes depósitos de material. E o texto lança logo o mantra de que tudo foi agravamento do conflito desde janeiro de 1963 até 1968, é o velho e estafado refrão de que os Altos Comandos anteriores a Spínola andaram aos bonés e revelaram-se incapazes de travar a progressão da guerrilha.

Quem lê a resenha das campanhas de África, no que tange à Guiné, e é este período, ficará seguramente atónito com o texto das diretivas de comando e as ordens de batalha dos dois comandantes-chefes anteriores a Spínola, e sobretudo ao conjunto de operações efetuadas, ao seu desenlace, e à sinceridade posta nos quadros de situação, é uma linguagem que não deixa margem a equívocos de que era inteiramente possível fazer melhor com os meios disponíveis. O autor dá uma no cravo e outra na ferradura, sempre que pode deslustra quer Louro de Sousa quer Schulz e chega a dizer enormidades como:
“Schulz era um militar clássico e, como seria de esperar, respondeu classicamente à manobra do PAIGC”. O que desdiz completamente o que Schulz escreveu para os chefes de Estado-Maior General das Forças Armadas, o mesmo é dizer que chegou ao conhecimento do governo. Louro de Sousa apanhou a fase da implantação do PAIGC, tinha efetivos humildes, o sistema de informações era mais do que precário, a operação de investida no Sul tinha sido estrategicamente calculada, revelou-se fulminante, passou-se para o outro lado do Corubal, foi-se consolidando na região do Morés. Havia que prontamente responder apoiando as populações que se revelavam afetas à soberania portuguesa e à atividade operacional que foi contínua, apareceram as milícias, as tabancas em autodefesa, as tropas especiais.

A Operação Irã ocorreu em maio de 1965, foi um golpe de mão à base do PAIGC de Iracunda. Lê-se no relatório: “A CART nº 730 saiu de Bissorã em 2 de maio e no dia seguinte montou uma rede de emboscadas em proteção à CART nº 566 que executou o ataque à base central do Morés. Pelas 5h50 de 3 de maio vinte elementos vindos do Morés caíram na zona de morte, interrogado um prisioneiro deu informações sobre a base de Iracunda para onde a CART n.º 730 logo seguiu. Esta unidade seguiu prontamente para Iracunda e capturaram material, havia aqui uma escola, a CART n.º 730 sofreu duas fortes ações de fogo sem consequências”. Depois o autor escreve outro êxito, o do BCAÇ 2879, em agosto de 1969, segue-se um texto sobre os Diabólicos, o grupo de Comandos que executou a primeira ação helitransportada na Guiné, a Operação Hermínia, que ocorreu em março de 1966. O objetivo era tomar de assalto uma base de guerrilha em Jabadá. Nesta altura havia melhores meios, já tinham chegado os helicópteros Alouette III, já existiam quatro grupos de Comandos, os Diabólicos (comandados pelo alferes Virgínio Briote), os Vampiros (comandados pelo alferes António Pereira Vilaça), os Centuriões (comandados pelo alferes Luís Almeida Rainha) e os Apaches (comandados pelo alferes António Neves da Silva).
Narra o autor que a operação se iniciou à uma da tarde de 6 de março de 1966, seis helicópteros descolaram de Bissalanca em direção ao objetivo, não mais de 20 minutos de voo, a formação de seis helicópteros dividiu-se, três largaram os atacantes nas moranças a norte, enquanto os outros três foram lançados nas moranças mais a Sul. A operação durou cerca de três horas e meia, perdeu a vida o soldado António Alves Maria da Silva. O PAIGC teve baixas, fizeram-se oito prisioneiros, foram destruídos meios de abastecimento. Seguidamente Manuel Catarino descreve o aparecimento dos Comandos na Guiné, dá-nos uma tábua cronológica do país e a guerra do ano 1962, e entra-se na reedição da Operação Tridente, minuciosamente descrita, é mencionada a Operação Grifo, que decorreu em 28 de abril de 1966 e em que foi morto o capitão Tinoco de Faria que ia à frente de um pelotão de paraquedistas que saiu do aquartelamento de Mejo com a missão de montar emboscadas no corredor de Guilege. Haverá depois a descrição da Operação Ciclone II, que aconteceu no dia 25 de fevereiro de 1968, o Batalhão de Caçadores Paraquedistas n.º 12 executou uma ação no Cantanhez.

Em vagas sucessivas de helicópteros, os paraquedistas foram lançados nas bolanhas de Cafal e Cafine, e tomaram de assalto as bases do PAIGC depois de combates encarniçados. Os paraquedistas sofreram cinco feridos, três com gravidade, aniquilaram um bi-grupo e aprisionaram 19 homens. O texto sobre a Operação Ciclone II é igualmente detalhado, segue-se depois um texto sobre Spínola na Guiné, os seus primeiros textos enviados para Lisboa dizendo que as tropas portuguesas estavam à beira da derrota, o autor menciona as alterações estratégicas e termina o texto com uma frase mirabolante, contrariando tudo o que disse anteriormente: “A partir de 1970, a situação militar nunca mais deixou de piorar”.

Voltamos agora a uma área específica, o Quitafine, onde o PAIGC implantara metralhadoras antiaéreas de quatro canos – as ZPU-4. Foi num voo de reconhecimento sobre este ponto do Cantanhez que se descobriu este potencial antiaéreo e logo foi dada a missão ao Batalhão de Caçadores Paraquedistas 12 para destruir o ninho de metralhadoras antiaéreas – a Operação Vulcano. Tudo começou na tarde de 7 de março de 1969, duas companhias de paraquedistas prepararam-se para atacar as posições do PAIGC em Cassebeche. Os grupos do PAIGC deram resistência e forçaram à retirada dos paras, estes tiveram que abandonar o local, depois de combater denodadamente. Mais tarde, a Força Aérea Portuguesa pulverizou estes ninhos de metralhadoras antiaéreas.

No termo deste n.º 2 de "As Grandes Operações da Guerra Colonial", faz-se uma síntese dos acontecimentos da guerra na Guiné, o desempenho de Spínola, é referida a máquina de propaganda que o cercava, fala-se na tentativa de reviravolta logo em 1968, o esforço de Spínola para negociar com Senghor e a recusa de Caetano e o papel desempenhado pelo livro que abalou o regime, "Portugal e o Futuro".

Militares num dos rios da Guiné no decurso de uma operação. Imagem extraída do blogue Capeia Arraiana, com a devida vénia
Lanchas de fiscalização "Daneb" e "Canópus" em proteção ao desembarque na ilha de Como. Imagem do livro AFONSO, Aniceto; GOMES, Carlos de Matos Gomes. Guerra Colonial. Edição: Editorial Notícias, abril de 2000
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Nota do editor

Último post da série de 1 DE SETEMBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24608: Notas de leitura (1611): "Cabo Verde, Abolição da Escravatura, Subsídios Para o Estudo", por João Lopes Filho; Spleen Edições, 2006 (Mário Beja Santos)

segunda-feira, 22 de março de 2021

Guiné 61/74 - P22027: In Memoriam (387): José Augusto Miranda Ribeiro (1939-2020) - Parte II: Foi professor primário e autarca em Condeixa-A-Nova... Em Cabo Verde, apaixonou-se pela fotografia



José Augusto Miranda Ribeiro (Lousã, 1939 - Condeixa, 2020): até sempre, camarada!


Cabo Verde > Ilha do Sal > CART 566 > c.out 1963 / julho 1964 > A paixão pela fotografia


1. Continuação do In Memoriam  respeitante ao nosso camarada José Augusto Miranda Ribeiro,  que nos deixou há três meses, a  20 de dezembro de 2020 (*)
 
Nasceu na Lousã em 1939. Lembra-se de quando a guerra acabou, em 1945, tinha seis anos, e o pai, que era professor e tinha seis filhos,  foi fazer exames à Figueira da Foz. Foi a primeira vez que a criançada viu o mar. (**)

Estudou em Coimbra, no liceu e depois no Magistério Primário.  Depois da tropa e da comissão de serviço em Cabo Verde e na Guiné, passou também dez anos da sua vida em  Angola (1965/1975, em Sá da Bandeira  e em Luanda. Fixou-se em Condeixa-A-Nova, depois do regresso da família (**), onde exerceu a profissão de professor do ensino básico. Foi também autarca, Reformou-sem como professor, em 1999.


2. No sítio da Câmara Municipal de Condeixa pode ler-se, com data de 21/12/2020, a seguinte  "Nota de pesar pelal morte do antigo vereador José Ribeiro
 
(...) A Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova expressa as mais sentidas condolências pelo falecimento do antigo vereador e vice-presidente desta autarquia, José Augusto Miranda Ribeiro.

José Ribeiro exerceu funções de vereador da Câmara Municipal de Condeixa entre março e outubro de 1984, em substituição de outro vereador, para em 1986 assumir dois mandatos consecutivos na vereação municipal, até final de 1993.

José Augusto Miranda Ribeiro era reconhecido como um ser humano excecional, homem de causas e um lutador pela liberdade e que muito contribuiu para o desenvolvimento de Condeixa, enquanto vereador e vice-presidente da Câmara Municipal nos anos 80 e 90 do século passado. (...)

 
3. Foi fur mil, CART 566 (Ilha do Sal, Cabo Verde, outubro de 1963 a julho de 1964 / Olossato, Guiné, julho de 1964 a outubro de 1965) 

Entrou para a Tabanca Grande em 2013, tendo mais de 3 de dezenas de referências no nosso blogue.  E foi a dois nossos encontros nacionais, em 2013 e 2015.

Em Cabo Verde,  apaixonou-se pela fotografia (***).

(...) Em Cabo Verde comprei uma Yashyica Electro 35, a um primeiro sargento que se dedicava ao contrabando. Paguei 1750 escudos, equivalente ao meu ordenado mensal, como professor, no ano anterior em Portugal. Entrei na Guiné com a máquina (em punho) numa mão e a G3 na outra.

Na Ilha do Sal um soldado tinha encontrado à beira mar uma boía de vidro. Fiz-lhe um pequeno orifício, no local onde terá partido uma espécie de argola.Enchi-a de água para fazer de condensador. Claro, sem ferramenta nem material adequado foi difícil fazer um ampliador. Mas fiz. Com as tábuas de um caixote de sabão e o serrote e o martelo que fui pedir emprestado ao nosso pescador, lá ajeitei o dito ampliador. 

Pedi à minha irmã mais nova para comprar, em Coimbra, e me mandar um dispositivo para revelar as películas e o pó que misturei com água para fazer o líquido revelador de películas. Pedi também duas tinas uma para revelar o papel que teria de mergulhar por breves segundos no líquido revelados de fotografias e logo em seguida, na outra tina, teria de mergulhar por mais tempo as fotografias no líquido fixador. Dentro do ampliador tinha um espelho e uma luz branca que projectava raios difusos, um condensador (feito com a boia já referida) que transformava os raios difusos em raios paralelos. Em seguida ficava a película (negativo do filme).

Mais à frente um tubo que tinha a objectiva da velha máquina de fotografar e por fim o papel de fotografia que segurava na parede.A focagem era feita andando com o tubo para dentro ou para fora do caixote, só com a luz vermelha. Quanto mais longe estivesse da parede maior era a fotografia, mas mais imperfeita ficava. Depois apagava a luz vermelha e acendia a branca, por breves segundos, que iria marcar o preto da fotografia.

Fiz centenas que vendi barato, porque também não eram muito perfeitas. (...)


4. Deixou-nos, nomeadamente,  oito postes com memórias fotográficas de Bissorã e do Olossato (***). Fomos recuperar e reeditar algumas das suas fotos de Cabo Verde e da Guiné, publicadas quer no nosso blogue quer na sua página do  Facebook.




Cabo Verde > Ilha do Sal > CART 566 (1963/64>  Um dia de serviço




Cabo Verde  > Ilha do Sal > CART 566 (1963/64) > Uma brincadeira própria dos 20 anos



 Cabo Verde > CART 566 (1963/65) > Viagem de Cabo Verde para Bissau num velho navio, o NPR   Lima, que logo a seguir foi para a sucata.




Guiné > Região do Oio > Bissorã > CART 566 (1963/65) >  O José Augusto Ribeiro. com a mascote Tróia, falecida em combate.


Gyuiné > Região do Oio > CART 566 (1963/65> Olossato > Furriel Ribeiro e 1ºs Cabos de uma Secção do 1.º Gr Comb




Foto (e legenda): © José Augusto Miranda Ribeiro  (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

(Continua)
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Notas do editor:
 


(***) Vd. poste de 9 de dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13995: A minha máquina fotográfica(4): (i) Comprei em Cabo Verde uma Yashica Electro 35 a um primeiro srgt que se dedicava ao contrabando; e (ii) improvisei um estúdio de fotografia (José Augusto Ribeiro, ex-fur mil da CART 566, Cabo Verde, Ilha do Sal, outubro de 1963 a julho de 1964, e Guiné, Olossato, julho de 1964 a outubro de 1965)

(****) Vd. postes de:

14 de janeiro de  2013 > Guiné 63/74 - P10939: Memória dos lugares (205): Olossato, anos 60, no princípio era assim (1) (José Augusto Ribeiro)

19 de janeiro de  2013 > Guiné 63/74 - P10964: Memória dos lugares (206): Olossato, anos 60, no princípio era assim (2) (José Augusto Ribeiro)

24 de Fevereiro de 2013 > Guiné 63/74 - P11147: Memória dos lugares (218): Olossato, anos 60, no princípio era assim (4) (José Augusto Ribeiro)

26 de Fevereiro de 2013 > Guiné 63/74 - P11157: Memória dos lugares (219): Olossato, anos 60, no princípio era assim (5) (José Augusto Ribeiro)

28 de Fevereiro de 2013 > Guiné 63/74 - P11171: Memória dos lugares (219): Olossato, anos 60, no princípio era assim (6) (José Augusto Ribeiro)

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15180: Convívios (712): Almoço comemorativo do 50.º aniversário do regresso da CART 566 à Metrópole, a realizar no próximo dia 17 de Outubro de 2015, em Vila Nova de Gaia (José Augusto Miranda Ribeiro)

1. Mensagem de José Augusto Miranda Ribeiro (ex-fur mil da CART 566, Ilha do Sal - Cabo Verde, Outubro de 1963 a Julho de 1964, e (Olossato - Guiné, Julho de 1964 a Outubro de 1965), com data de 23 de Setembro de 2015, anunciando o próximo encontro do pessoal da sua Unidade, coincidente com a comemoração dos 50 anos do regresso à Metrópole:



Em 17 de Outubro de 2015, (sábado) vai realizar-se o 21.º Convívio da CART 566 para comemorar o 50.º Aniversário do regresso da Guiné. 


Ex-combatente e amigo, comparece e, se possível, acompanhado de familiares e amigos, para convivermos com os sobreviventes da CArt 566, e homenagearmos os camaradas que já nos deixaram e continuarmos a merecer o esforço e o espírito dinamizador destes encontros. 

O encontro é no Regimento de Artilharia 5 (Ex-RAP 2 na Serra do Pilar). 

PROGRAMA

10h00 - Concentração 
11h30 - Missa na capela da Unidade 
12h15 - Cerimónia aos mortos da Companhia 
13h00 - Início do almoço-convívio no Restaurante Boucinha - EN 222 (Av. Vasco da Gama, 4430 Vila Nova de Gaia. 

PREÇO DO ALMOÇO: 
adultos 27,50 €, 50% para crianças dos 4 aos 8 anos e grátis para crianças até aos 3 anos. 

As inscrições devem ser feitas até 13 de Outubro de 2015, pelo telefone fixo 225 507 038 (dias úteis das 18h00 às 24h00), e pelo telemóvel 917 783 820 (a qualquer dia e hora).

Saudações e um abraço para todos os camaradas. 
José Augusto Miranda Ribeiro
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Nota do editor

Último poste da série de 29 de Setembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15175: Convívios (711): Divagações e recordações de um dia de verão em Paços de Sousa (Francisco Baptista)

sábado, 26 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15160: O nosso querido mês de férias (4): Vim duas vezes à metrópole: na 2ª vez, beneficiei de mais 5 dias de licença, por ter tido um louvor em combate... (E, mais tarde, beneficiei da isenção do pagamento de propinas dos meus filhos quando entraram na universidade) [José Augusto Miranda Ribeiro, ex-fur mil da CART 566 (Cabo Verde, Ilha do Sal, 1963/64, e Guiné, Olossato, 1964/65)]

1. Mensagem de José Augusto Miranda Ribeiro [, ex-fur mil da CART 566, Cabo Verde (Ilha do Sal, Outubro de 1963 a Julho de 1964) e Guiné (Olossato, Julho de 1964 a Outubro de 1965)]:

Data: 21 de setembro de 2015 às 23:51
Assunto: Sondagem: férias na metrópole


Vim de férias à "Metrópole" duas vezes.

1ª vez: 

Tinha autorização pelo CTI de Cabo Verde para passar férias em Portugal. 

Estive em Cabo Verde em 1963/64. Chegado à Guiné fui informado que essa autorização não era válida para a Guiné. Aceitei. 

Dias depois veio ter comigo o ex-alferes Vitor (mais tarde falecido como capitão) que estava na mesma situação, a informar-me que podíamos ir de férias, porque a dita autorização do CTI de Cabo Verde, continuava a ser válida mesmo na Guiné. 

Nesse dia, durante a manhã, como ainda estava em Bissau, preste a partir para o mato (interior), marquei uma chamada telefónica para minha casa em Coimbra. A minha namorada foi dormir em minha casa à espera da minha chamada telefónica. Como tudo se alterou com a informação do ex-alferes Vitor, fui aos correios anular a referida chamada. 

Tratámos de tudo muito rapidamente e lá partimos. Tivemos uma paragem em Cabo Verde, Ilha do Sal, de onde tínhamos partido alguns dias antes. Quando desci, aquelas enormes escadas, estava a hospedeira de terra, minha conhecida, muito íntima, que todos tratavam por "chuvinha". É curioso que na Ilha do Sal não chovia. Era raro chover. Então porque lhe chamavam "chuvinha"? Porque ela era tão magra,  tão magra,  que se chovesse não se molhava, conseguia passar por entre as gotas da chuva. 

Cheguei a minha casa eram cerca das 5 da manhã. Todos ficaram surpreendidos,  em especial a minha namorada, hoje minha mulher. 

O "Caravela" da TAP (Sud Aviation Caravelle VIR,  aeroporto de LondresHeathrow, 1966).  Fonte: Cortesia de Wikipedia
Quando regressei, encontrei no aeroporto de Lisboa dois cabos de transmissões, que tinham ido ver a
família, porque eram casados. A partida de Lisboa foi muito difícil. Entrámos no avião Caravela de 4 hélices. Tivemos de sair do avião muitas vezes porque o avião não estava em condições de voar. Isto entre a meia-noite e as 6 horas da manhã. 

Por fim lá partimos. Cerca de uma hora de viagem, mais ou menos sobre as Canárias, vem uma hospedeira mandar apertar os cintos. O avião dava salto que nós quase que batíamos com a cabeça no tejadilho. Foi uma tempestade, informou no fim o comandante, e aquela turbulência era provocada pela baixa altitude a que tivemos de voar. Acordei os meus conhecidos companheiros de companhia, que não apertaram os cintos e disseram-me: "Ó meu furriel, se nós não morrermos aqui, vamos morrer na Guiné com um tiro nos cornos" e lá se viraram para o outro lado e continuaram a dormir.

2ª vez.

Aproveitei mais umas férias em Portugal, e desta vez, porque tive um louvor em combate tive direito a mais 5 dias, portanto foram 35 dias de férias. 

Os louvores não têm valor nenhum, mas neste caso até deu jeito e mais tarde, os meus filhos foram dispensados do pagamento de propinas, no ensino superior porque eu tive um louvor em combate. Esta lei já vem da 1ª Guerra Mundial. Quem me informou foi o meu antigo comandante de companhia. Eu apresentei cópias de documentos e fui isento de pagar as propinas dos filhos. 

Depois regressei e dias depois estávamos em Morés, a operação que a nossa companhia, a CART 566, se honra ter realizado.

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Nota do editor:

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P13995: A minha máquina fotográfica(4): (i) Comprei em Cabo Verde uma Yashica Electro 35 a um primeiro srgt que se dedicava ao contrabando; e (ii) improvisei um estúdio de fotografia (José Augusto Ribeiro, ex-fur mil da CART 566, Cabo Verde, Ilha do Sal, outubro de 1963 a julho de 1964, e Guiné, Olossato, julho de 1964 a outubro de 1965)

1. Mensagem de José Augusto [Miranda] Ribeiro, ex-fur mil da CART 566, Cabo Verde (Ilha do Sal, Outubro de 1963 a Julho de 1964) e Guiné (Olossato, Julho de 1964 a Outubro de 1965):


Data: 8 de dezembro de 2014 às 00:19

Assunto: Sondagem: Tinhas máquina fotográfica no TO da Guiné ?


Sim, já tinha máquina fotográfica quando entrei no serviço militar. Essa máquina era um pequeno "caixote".

Em Cabo Verde comprei uma Yashyica Electro 35, a um primeiro sargento que se dedicava ao contrabando. Paguei 1750 escudos, equivalente ao meu ordenado mensal, como professor, no ano anterior em Portugal. Entrei na Guiné com a máquina (em punho) numa mão e a G3 na outra.

Na Ilha do Sal um soldado tinha encontrado à beira mar uma boía de vidro. Fiz-lhe um pequeno orifício, no local onde terá partido uma espécie de argola.Enchi-a de água para fazer de condensador. Claro, sem ferramenta nem material adequado foi difícil fazer um ampliador. Mas fiz. Com as tábuas de um caixote de sabão e o serrote e o martelo que fui pedir emprestado ao nosso pescador, lá ajeitei o dito ampliador. Pedi à minha irmã mais nova para comprar, em Coimbra, e me mandar um dispositivo para revelar as películas e o pó que misturei com água para fazer o líquido revelador de películas. Pedi também duas tinas uma para revelar o papel que teria de mergulhar por breves segundos no líquido revelados de fotografias e logo em seguida, na outra tina, teria de mergulhar por mais tempo as fotografias no líquido fixador. Dentro do ampliador tinha um espelho e uma luz branca que projectava raios difusos, um condensador (feito com a boia já referida) que transformava os raios difusos em raios paralelos. Em seguida ficava a película (negativo do filme).

Mais à frente um tubo que tinha a objectiva da velha máquina de fotografar e por fim o papel de fotografia que segurava na parede.A focagem era feita andando com o tubo para dentro ou para fora do caixote, só com a luz vermelha. Quanto mais longe estivesse da parede maior era a fotografia, mas mais imperfeita ficava. Depois apagava a luz vermelha e acendia a branca, por breves segundos, que iria marcar o preto da fotografia.

Fiz centenas que vendi barato, porque também não eram muito perfeitas.

JRibeiro



Foto  206 > Passagem por uma tabanca no mato



Foto 216 > Antes de dormir, uma cachimbada



Foto 218 > A máscara do feiticeiro


Guiné > Região do Oio > Olossato > CART 566 (Julho de 1964 a Outubro de 1965) > Algumas das muitas fotos do álbum do José Augusto Ribeiro.


Fotos (e legendas): © José Augusto Ribeiro  (2013). Todos os direitos reservados [Edição: LG]

2. Comentário de L.G.:

Meu caro José Augusto, é bom ver-te por estes lados, da Tabanca Grande. O nosso poilão continua frondoso e acolhedor.

Sabes, tão bem como eu, que recordar é viver. E apraz-me registar a tua paixão pela fotografia. Adore o detalhe e o carinho com que falaste do teu "estúdio fotográfico" da Ilha do Sal...

[Foto à esquerda, a Yashica Electro 35. Fonte: Wikipedia, com a devida vénia].


Entretanto, peço-te que me confirmes o mês ( ?) e o ano em que compraste a tua Yashica Eletroc 35. Segundo o portal Camerapedia Wikia, este modelo foi lançado em 1966, já tu devias estar de regresso a casa.

Outra coisa: a tua série "História da CART 566 (Bravos e Sempre Leais)" aguarda a continuação... Só se publicou um poste, salvo erro...

Sei que há outras coisas mais divertidas e seguramente mais importantes para fazer quando se tem 70 e picos... Mas tu és de uma geração de combatentes em que a literacia (funcional e informática) é baixa... Não te peço que escrevas pelo resto do pessoal do caqui amarelo, mas a história da vossa passagem pela Guiné interessa-nos, a todos, incluindo os nossos netos e bisnetos...

Um xicoração natalícia. Muita saúde e longa vida. Luis

PS - Tens magníficas fotos que eu preciso de revisitar e reeditar para melhorar as valorizar... Se quiseres mandar mais (, incluindo as de Cabo Verde), agradeço... E a mandar, manda sempre com boa resolução (c. 1 MB ou mais).
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domingo, 12 de outubro de 2014

Guiné 63/74 - P13725: Convívios (635): XX Encontro do pessoal da CART 566 (Cabo Verde e Guiné, 1963/65), dia 18 de Outubro de 2014 em Vila Nova de Gaia (José Augusto Miranda Ribeiro)


XX CONVÍVIO DO PESSOAL DA CART 566

DIA 18 DE OUTUBRO DE 2014 EM VILA NOVA DE GAIA


1. Mensagem do nosso camarada José Augusto Ribeiro, ex-Fur Mil da CART 566, Cabo Verde (Ilha do Sal,  Outubro de 1963 a Julho de 1964) e Guiné (Olossato, Julho de 1964 a Outubro de 1965), com data de hoje 12 de Outubro de 2014, dando conta do convívio da sua Unidade.


No dia 18 de Outubro de 2014 (sábado) a CART 566, vai mais uma vez, ter a oportunidade de se reunir para recordar os bons e maus momentos passados em Cabo Verde e na Guiné.

É o 20.º Encontro da Companhia para comemorar o 49.º aniversário do do seu regresso a Portugal.

O local, como ultimamente tem acontecido, é no Regimento de Artilharia 5 (EX-RAP2) em Vila Nova de Gaia.

PROGRAMA:
10:00 - Concentração dos ex-militares, familiares e amigos.
11:30 - Missa na capela da Unidade.
12:15 - Cerimónia aos mortos da Companhia.

13:00 - Início do almoço/convívio
NO RESTAURANTE BOUCINHA:
(EN 222 - Av. Vasco da Gama, 4430 Vila Nova de Gaia -
Telef. 918 047 508)


Preço do almoço para adultos - 26 €

As inscrições serão feitas pelo telefone do Sr. TCoronel Manuel Ferreira de Carvalho, 225 507 038 (das 18h às 24) e 917 783 820 (a qualquer hora).

Camaradas da Tabanca Grande, compareçam para conhecerem os sobreviventes da CAART 566, que continuam ainda "BRAVOS E SEMPRE LEAIS"

Um abraço do vosso camarada
José Augusto Miranda Ribeiro
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Nota do editor

Último poste da série de 7 de Outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13704: Convívios (634): 22 ex-militares e 42 familiares da CART 1802 (Nova Sintra, 1987/69)... No passado dia 27, em Vila Velha de Rodão, terra natal do "nosso primeiro" Silvério Dias, o "poeta todos os dias", antigo locutor do PFA

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Guiné 63/74 - P12054: Convívios (532): 19º Convívio dos ex-militares da CArtª 566 - Vila Nova de Gaia, 26 de Outubro de 2013 (José Augusto Ribeiro)



1. O nosso Camarada José Augusto Ribeiro, ex-Fur Mil da CART 566, Cabo Verde (Ilha do Sal, Outubro de 1963 a Julho de 1964) e Guiné (Olossato, Julho de 1964 a Outubro de 1965), enviou-nos a seguinte mensagem:

19º Convívio dos ex-militares da CArtª 566 - Vila Nova de Gaia, 26 de Outubro de 2013



50 ANOS DEPOIS DA NOSSA PARTIDA E 48 DO NOSSO REGRESSO, temos mais uma vez a oportunidade de nos reunirmos, recordando os bons e maus momentos passados em Cabo Verde e na Guiné.


Ex-combatente e amigo, comparece em 26 de Outubro de 2013 (Sábado) e, se possível, acompanhado de familiares e convidados, pois queremos homenagear os camaradas que já nos deixaram e continuar a merecer o esforço e o espírito dinamizador destes encontros, do nosso saudoso amigo, TCor. Henrique Ribeiro Louro, a colaboração sempre voluntariosa do Sargento-Mor Abílio Preto e o empenho do industrial de restauração José Madureira, nosso camarada da 566,na disponibilização do Restaurante Boucinha.

PROGRAMA:
No Regimento de Artilharia 5 (Ex-RAP2) em Vila Nova de Gaia.
10h00 - Concentração dos ex-militares, familiares e amigos.
11h30 - Missa na capela da Unidade.
12h15 - Cerimónia aos mortos da Companhia
No Restaurante Boucinha - EN 222 (Av. Vasco da Gama, 4430 Vila Nova de Gaia, Telef.918 047 508.
13h00 - Início do almoço-convívio (ementa anexa).

Preço do almoço:
Adultos....................................26.00 €
Crianças dos 4 aos 8 anos...............50 %
Crianças até aos 3 anos.................Grátis

OBS.: Agradece-se que as inscrições sejam feitas até 23 de Outubro de 2013, por carta para a direção abaixo referida ou pelos telefones:

- Telef.fixo 225 507 038 (dias uteis das 18h00 às 24h00);
- Telemóvel 917 783 820 (a qualquer dia e hora).

ASS. Ex-Alf. Milº Manuel Ferreira de Carvalho
(Atualmente Ten. Coronel)
Rua Cunha Júnior, nº 13 -4º Esqº
4250 - 186 PORTO
QUINTA DA BOUCINHA

SERVIÇO DE APERITIVOS
Chouriço,entrecosto e linguiça na grelha
Rojoezinhos c/ pickles, cogomelos c/ bacon
Morcela c/ maçã, lulas em vinagrete, bola de carne
Bolinhos de bacalhau, croquetes de vitela
Rissóis de carne, rissóis de marisco
Azeitonas marinadas c/ oregãos
Porto seco, vermout, gin, vinho branco e tinto
Sumos, refrigerantes e águas.

MENU
Creme de Legumes
Bacalhau à Boucinha (Batata assada e Legumes)

Vitela à moda de Lafões(Como no ano 2012) (Batata assada, arroz de forno e legumes)

SOBREMESA
Parfait de baunilha com frutos silvestres e Bolo comemorativo

BEBIDAS
Vinho verde da casa
Vinho maduro da casa
Whisky novo, brandy, bagaceira`
Águas, refrigerantes
Café

Emblema e miniguião: © Colecção de Carlos Coutinho (2009). Direitos reservados.
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Nota de M.R.:

Vd. último poste da série em:



quinta-feira, 4 de julho de 2013

Guiné 63/74 - P11802: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (20): Monte Real, 8 de junho de 2013 (Parte VII): Uma foto histórica, a do reencontro dos 'velhinhos' José Augusto Ribeiro e Carlos Paulo (CART 566, Olossato, 1964/65) com o Rui Silva (CCAÇ 816, Bissorã e Olossato, 1965/67)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Três  "velhinhos" da guerra da Guiné: José Augusto Ribeiro (Condeixa), Rui Silva ( Santa Maria da Feira) e Carlos Paulo (Coimbra). (*)

O Paulo e o Ribeiro eram, naquele sítio e momento, se não me engano, os "velhinhos" dos mais "velhinhos", em termos de antiguidade na tropa... Pertenceram à CART  566 (que veio de Cabo Verde, 1963/64. para reforçar o TO da Guiné, no início da guerra, 1964/65)... Por seu turno, o Rui Silva pertenceu à CCAÇ 816 (Bissorã, Olossato, Mansoa, 1965/67). Conversa puxa conversa. andaram nos mesmos sítios e na mesma guerra. Daí esta "foto histórica"...

Foto: © José Augusto Ribeiro (2013). Todos os direitos reservados.


1. Mensagem do nosso camarada José Augusto Ribeiro que eu tive o gosto de pessoalmente conhecer e abraçar em Monte Real, no passado dia 8 de junho, e que se comprometeu em trazer, para a nossa Tabanca Grande, o seu camarada de armas Carlos Paulo:

Data: 9 de Junho de 2013 às 23:44
Assunto: Uma fotografia histórica.;

Camarada Luís Graça, essa fotografia histórica está aqui, afinal o fotógrafo estava lá.

 É verdade que se fizeram várias operações em conjunto, a CART 566 e a CCAÇ 816. Não é possível me lembrar da "cara" do Rui Silva (**), pois já passaram quase 50 anos sem nos termos encontrado, mas lembro-me do dia 1 de Agosto de 1965, a que eu chamei O DIA MAIS LONGO, em carta que escrevi à minha jovem Madrinha de Guerra, hoje minha mulher, casados há 47 anos. O Rui também lhe chamou O DIA MAIS LONGO..

Os relatos do Rui eram também iguais aos nossos. Outras operações também foram recordadas. O Olossato, o nosso guia "Vacar" que ficou cego, o quintal do caboverdiano, etc..

Estes encontros são salutares. Eu gostei de participar, por isso quero dar os parabéns à organização que fez um bom trabalho. Parabéns para todos e em especial para o Carlos Vinhal que está de serviço quase 25 horas por dia. 

Um abraço para todos, deste que em idade seria o mais velho presente naquele dia.

José Augusto Miranda Ribeiro
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Notas do editor:

(*) Últim poste da série > 22 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11746: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (19): Monte Real, 8 de junho de 2013 (Parte VI): Dando de comer ao corpo e à alma: seleção de fotos do Jorge Canhão

(**) Vd. poste de 9 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11685: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (12): Monte Real, 8 de junho de 2013 (Parte I): as primeiras imagens da nossa festa anual

(...) Comentário de Rui Silva

Coisas da Tabanca Grande:

Não é que andei com estes 2 camaradas, o José Ribeiro e o Carlos Paulo, juntinhos, mais à frente ou mais atrás, em operações no mato e que de uma forma extraordinária e inconcebível (até), nos viríamos a encontrar praticamente 50 anos (meio século) depois?!!

Que grande prazer e satisfação!

De facto o mundo é pequeno e esta tabanca é mesmo muito GRANDE.

Rui Silva, sem deixar de enviar um grande abraço para estes amigos e também para ti Luís, principal "causador" destes encontros quase, quase improváveis. (...)
 

domingo, 9 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11685: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (12): Monte Real, 8 de junho de 2013 (Parte I): as primeiras imagens da nossa festa anual


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palavras de boas vindas por parte de Luís Graça e  de agradecimento à comissão organizadora: Carlos Vinhal, Joaquim Mexia Alves e Miguel. Não foram esquecidos os muitos camaradas que, por uma razão ou outra, incluindo razões de saúde ou de calendário, não puderam comparecer. Especiais saudações fforam também dirigidas aos muitos "periquitos" que se associaram a esta bela jornada de convívio, que juntou cerca de 135 amigos e camaradas da Guiné, reunidos à volta do poilão da Tabanca Grande.

Vídeo do nosso camarada José Augusto Ribeiro, que vive em Condeixa, e que foi fur mil da CART 566, Cabo Verde (Ilha do Sal, Outubro de 1963 a Julho de 1964) e Guiné (Olossato, Julho de 1964 a Outubro de 1965), seguramente o mais "velhinho" dos presentes, juntamente com o seu camarada de companhia, o  Carlos Paula,  que veio de Coimbra e que já fez questão de pedir o seu ingresso na Tabanca Grande, "apadrinhado" pelo Ribeiro.

Vídeo (2' 25''): ©  José Augusto Ribeiro (2013). Todos os direitos reservados



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Três "periquitos": Carlos Paulo (Coimbra), António Garcez Costa (Lisboa) e José Augusto Ribeiro (Condeixa). O Paulo e o Ribeiro eram, se não me engano, os "velhinhos" dos mais "velhinhos", em termos de antiguidade na tropa... Pertenceram à CCAÇ 566 (que veio de Cabo Verde para reforçar o TO da Guiné, no início da guerra)... Por seu turno, o Garcez Costa só conheceu a "guerra das ondas hertzianas", tendo sido locutor, em 1979/72,  do PFA (, o popular programa de rádio das Forças Armadas, cuja mascote era o PIFAS).

Na foto, o Paulo e o Ribeiro seguram um exemplar do livro "Cambança Final: Guiné: Guerra Colonial: Contos", da autoria do nosso querido amigo e camarada Alberto Branquinho que nos fazer uma agradável surpresa, oferecendo (a todos os seus camaradas presentes) e autografando mais de 7 dezenas de exemplares desta sua última obra (que acaba se ser editada pela Editora Vírgula, Lisboa;  tem 224 páginas, capa mole, e custa c. 13€ - preço de capa; disponível aqui).

Foto (e legenda): © Luís Graça (2013). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Nota do editor:

Último poste da série > 8 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11683: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (11): O nosso querido coeditor Virgínio Briote, e tabanqueiro da primeira hora, ausente por razões de saúde, manda "um grande abraço aos gloriosos resistentes da Magnífica Tabanca"

terça-feira, 21 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11603: 9º aniversário do nosso blogue: Questionário aos leitores (52): Respostas (nºs 113/114/115): José Augusto Ribeiro, ex-Fur Mil da CART 566; Manuel Dias Pinheiro Gomes, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista do STM e Ernestino Caniço, ex-Alf Mil, CMDT do Pel Rec Daimler 2208

1. Respostas ao inquérito do nosso camarada José Augusto Ribeiro, ex-Fur Mil da CART 566, Cabo Verde (Ilha do Sal,  Outubro de 1963 a Julho de 1964) e Guiné (Olossato, Julho de 1964 a Outubro de 1965):


(1) Quando é que descobriste o blogue?

R - Descobri o Blogue no dia 26 de Dezembro de 2012.

(2) Como ou através de quem (por ex., pesquisa no Google, informação de um camarada)?

R - Através de pesquisas no Google, quando procurava temas relacionados com a guerra colonial na Guiné.

(3) És membro da nossa Tabanca Grande (ou tertúlia)? Se sim, desde quando?

R - Sou membro da nossa Tabanca Grande desde 5 de Janeiro de 2013 com o número 597.

(4) Com que regularidade visitas o blogue (Diariamente, semanalmente, de tempos a tempos...)?

R - Vejo o Blogue quase diariamente, à noite, quando estou à espera do sono.

(5) Tens mandado (ou gostarias de mandar mais) material para o Blogue (fotos, textos, comentários, etc.)?

R - Já mandei material para o Blogue. Fotografias do Sal (Cabo Verde), Bissau, Bissorã e Olossato. Enviei também alguns textos e um filme sobre a CArt 566 realizado pelo Comandante da Companhia.

(6) Conheces também a nossa página no Facebook [Tabanca Grande Luís Graça]?

R - Conheço bem a nossa página do Facebook, Tabanca Grande, Luís Graça. Tenho como endereço: https://www.facebook.com/jose.mirandaribeiro.

(7) Vais mais vezes ao Facebook do que ao Blogue?

R - Ultimamente tenho ido menos vezes consultar o Blogue, do que o Facebook por este, ser novidade para mim.

(8) O que gostas mais do Blogue? E do Facebook?

R - Gosto mais do Blogue, porque nos dá mais informações sobre a Guerra Colonial na Guiné, fala dos nossos camaradas conhecidos e desconhecidos, que agora, muitos já passaram a ser do meu conhecimento.

(9) O que gostas menos do Blogue? E do Facebook?

R - Nestes quatro meses, não encontrei nada, que mereça a classificação “de não gostar”. De um modo geral, tudo me tem agradado. Se encontrar alguma vez, algo que não concorde, saberei fazer a minha crítica construtiva.

(10) Tens dificuldade, ultimamente, em aceder ao Blogue? (Tem havido queixas de lentidão no acesso...)

R - Tenho tido algumas dificuldades, em aceder ao Blogue, mas a pouco e pouco vou aprendendo a procurar os assuntos, que mais me têm cativado. O meu maior problema é escrever nos espaços apropriados. Vou tentar vencer esta dificuldade, porque eu sou “um jovem” interessado em aprender e as minhas netas dão-me lições de Informática, em troca das explicações de Matemática que habitualmente lhes dou.

Em relação à lentidão no acesso ao Blogue e ao Facebook, a que se refere o Inquérito, informo que,  para mim, não tem havido qualquer lentidão.

(11) O que é que o Blogue representou (ou representa ainda hoje) para ti? E a nossa página no Facebook? 

R - Como encontrei o Blogue, há relativamente pouco tempo, o que ele representa para mim é o que ele representou no início. O Blogue e a nossa página no Facebook representa para mim o reviver de tempos passados, que nunca mais esquecerei. É a falar nos episódios difíceis, onde eu fui protagonista, e que me marcaram psicologicamente, que encontro a “cura” para o meu stress de guerra.

Creio que foi uma ótima ideia a sua criação e oxalá continue, cada vez com mais entusiasmo e que os camaradas mais novos, não o deixem morrer, pois que muitos temas, aqui abordados, poderão mais tarde contribuir para a história da Guerra Colonial, em especial no que se relaciona com os militares que nela participaram. 

Nas invasões francesas, por exemplo, só se fala em generais, Junot, Massena, Ney, Loison (o Maneta), Claussel, Solignae, etc. e do lado das tropas portuguesas fala-se excecionalmente no Furriel Vitorino de Barros Carvalhais, que comandou um grupo de 15 académicos (milicianos), que com a ajuda de muitos populares impediram as tropas francesas de entrarem na cidade de Coimbra. 

Quem defende a sua Pátria, a sua terra, a sua família tem mais força, mais coragem do que quem ataca. Da nossa Guerra Colonial poderá falar-se, um dia, nos valentes soldados de qualquer secção de 9 homens, muitas vezes com poucas munições, que tiveram de se defender de grupos inimigos, com mais de 200 elementos. 

Na minha opinião, nós na Guiné defendiamo-nos, a nós próprios e aos nossos companheiros. Um dia, num domingo de manhã, depois de ter chovido abundantemente toda a noite, recebi ordens para ir com a minha Secção realizar uma patrulha de reconhecimento nos arredores do Olossato. Na minha Secção tinha três elementos voluntários africanos, um mandiga, outro balanta e o terceiro era manjaco, cujos nomes já passaram ao esquecimento. O mandinga, era quase o meu braço direito, ia sempre perto de mim e fazia-me observar muitas anormalidades. Naquele dia, repentinamente mandou parar todos, e disse-me que queria ir sozinho à frente para observar. 
Falou numa linguagem clara que era quase a Língua Portuguesa, Eu concordei e ficámos todos parados em alerta. O mandinga volta para trás e disse: - Vêem aqui estes passos, de pés descalços a saírem do capim? Foi alguém (deles) que veio ver se a armadilha, que aqui terá colocado, já rebentou, porque depois voltou para trás. Disse isto, mostrando-nos as pegadas em sentido contrário. 

Com as facas do mato preparámos umas varas compridas cortadas de uma árvore que parecia um salgueiro. Com as varas esgravatámos aquele chão ainda encharcado da chuva da noite anterior. Finalmente encontrámos, a poucos metros, uma mina antipessoal que tinha o tamanho aproximado de uma caixa de fósforos. Qualquer um de nós poderia ter ficado sem uma perna, como já acontecera antes. Nenhum era especialista em minas e armadilhas, por isso, levámos aquela mina com todo o cuidado, na palma da mão até ao quartel. 

Cerca de 100 metros, antes de entrarmos pela porta do lado de Bissorã, vimos um papel pregado numa árvore, que dizia: “Salazaristas filhos da puta, ide-vos embora. Esta terra é nossa”. 
Estas palavras deram-me muito que pensar. Só vi este problema a ser resolvido, ao chegarmos ao 25 de Abril. 
  
(12) Já alguma vez participaste num dos nossos anteriores encontros nacionais?

R - Nunca participei em qualquer encontro da Tabanca Grande.

(13) Este ano, estás a pensar ir ao VIII Encontro Nacional, no dia 8 de junho, em Monte Real?

R - Já estou inscrito para o próximo Encontro Nacional que se irá realizar em Monte Real, no dia 8 de Junho.

(14) E, por fim, achas que o blogue ainda tem fôlego, força anímica, garra... para continuar?

R - Sou otimista e por isso acho que este Blogue ainda terá fôlego, força anímica e garra para continuar por mais alguns anos, mas é preciso que todos vão contribuindo, e fazendo pequenas intervenções, que possam motivar alguns dos nossos camaradas, que já se “sentem velhos” para relembrar o passado.

(15) Outras críticas, sugestões, comentários que queiras fazer.

R - Não tenho críticas a fazer, por enquanto, mas, como já disse anteriormente, se as fizer algum dia, serão críticas construtivas.

Como comentário quero confessar que me sinto triste de ser o único “tabanqueiro” da CArt 566. 
Já fiz, sem sucesso, vários apelos aos “Bravos e Sempre Leais”, meus camaradas de Companhia, muitos deles que comparecem todos os anos na Serra do Pilar, onde temos uma cerimónia religiosa e na Parada daquele Quartel uma cerimónia militar, onde o nosso Ex-Comandante, a quem se deve todo o êxito da Companhia, coloca uma coroa de flores, com guarda de honra e ao toque de clarins, junto ao painel de pedra que contém o nome de todos os camaradas, daquela unidade, mortos em combate. O dia termina com um longo almoço, no Restaurante Boucinha, em Avintes, que é do nosso camarada Madureira. Ali o General Albuquerque Nogueira, que continua a ser a alma da CArt 566, recorda-nos, nos seus discursos “o esforço daqueles jovens na flor da idade, que deixaram a família, as namoradas e os amigos, para cumprirem o dever…”

José Augusto Miranda Ribeiro

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2. Respostas ao questionário do nosso camarada Manuel Dias Pinheiro Gomes (ex-1.º Cabo Radiotelegrafista do STM / Agrupamento de Transmissões da Guiné, Catió e Bissau, 1970/72): 

1 - Em 23-12-2011. 

2 - Através do camarada Hélder de Sousa.

3 - [Sou membro da Tabanca Grande,] desde Agosto 2012. 

4 - [Visito o blogue] todos os dias.

5 - Pouco mas já mandei.

6 - Sim, conheço.

7 - Mais ao blogue.

8 - O passado que eu não conhecia.

9 - Gosto de tudo. 

10 - Não nunca tive ] dificuldades de acesso ao blogue].

11 - Representa as memorias dos tempos que passei na Guiné.

12 - Ainda não.

13 - Sim,  estou com ideias de estar presente [no VIIi Encontro Nacional, em Monte Real, dia 8 de junho].

14 - Penso que sim, ainda tem muito caminho para andar.

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3. Respostas ao questionário do nosso camarada Ernestino Caniço (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Rec Daimler 2208, MansabáMansoa e Bissau, 1970/72):

(1) Quando é que descobriste o blogue? 

R - Em 2010.

(2) Como ou através de quem? (por ex., pesquisa no Google, informação de um camarada) 

R - Através do nosso camarada Manuel Traquina, no exercício da minha atividade profissional.

(3) És membro da nossa Tabanca Grande (ou tertúlia)? Se sim, desde quando? 

R - Sim, desde 2011.05.21.

(4) Com que regularidade visitas o blogue? (Diariamente, semanalmente, de tempos a tempos...) 

R - 1 a 2 vezes por semana.

(5) Tens mandado (ou gostarias de mandar mais) material para o Blogue (fotos, textos, comentários, etc.)? 

R - Tenho mandado, condicionado à disponibilidade temporal e às ocorrências. Penso continuar. 

 (6) Conheces também a nossa página no Facebook [Tabanca Grande Luís Graça]? 

R - Não.

 (7) Vais mais vezes ao Facebook do que ao Blogue? 

R - Ao Blogue. 

 (8) O que gostas mais do Blogue? E do Facebook? 

 R - As verdades.

 (9) O que gostas menos do Blogue? E do Facebook? 

R - As inverdades.

 (10) Tens dificuldade, ultimamente, em aceder ao Blogue? (Tem havido queixas de lentidão no acesso...) 

R - Não. 

(11) O que é que o Blogue representou (ou representa ainda hoje) para ti? E a nossa página no Facebook? 

R - O despertar de emoções só compreendidas por quem as viveu. 

(12) Já alguma vez participaste num dos nossos anteriores encontros nacionais? 

R - Sim. 

(13) Este ano, estás a pensar ir ao VIII Encontro Nacional, no dia 8 de junho, em Monte Real? 

R - Sim.

(14) E, por fim, achas que o blogue ainda tem fôlego, força anímica, garra... para continuar? 

R - Com certeza que sim, até que haja um ex-combatente da Guiné “de pé”.
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Nota do editor:

Último poste da série de 20 de Maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11601: 9º aniversário do nosso blogue: Questionário aos leitores (51): Respostas (nºs 111/112): Carlos Sousa (CCAÇ 1801, Ingoré, Bissum-Naga, S. Domingos, Cacheu e Antotinha, 1968/69); e António Barbosa (2.ª CART/BART 6523, Cabuca, 1973/74)

sexta-feira, 15 de março de 2013

Guiné 63/74 - P11258: História da CART 566 (Bravos e Sempre Leais) (José Augusto Ribeiro) (1): Chegada à Ilha do Sal, as primeiras dificuldades e um pouco de História

1. Mensagem do nosso camarada José Augusto Ribeiro, ex-Fur Mil da CART 566, Cabo Verde (Ilha do Sal,  Outubro de 1963 a Julho de 1964) e Guiné (Olossato, Julho de 1964 a Outubro de 1965), com data de 10 de Março de 2013, com as primeiras quatro páginas da História da CART 566, que como sabemos começou a sua comissão de serviço em Cabo Verde, e que ele próprio vai tentar elaborar apesar dos quase 50 anos já volvidos, como ele próprio salienta.

Estou a tentar fazer um pouco da história da Companhia 566. 
Não é fácil, porque já passaram quase 50 anos da nossa chegada a terras africanas. 
JRibeiro


HISTÓRIA DA CART 566 (BRAVOS E SEMPRE LEAIS)

CABO VERDE E GUINÉ,  1964/65




segunda-feira, 11 de março de 2013

Guiné 63/74 - P11239: Memória dos lugares (225): Olossato, anos 60, no princípio era assim (8) (José Augusto Ribeiro)

1. Oitava série de fotos do Olossato que o nosso camarada José Augusto Ribeiro (ex-Fur Mil da CART 566, Cabo Verde (Ilha do Sal,  Outubro de 1963 a Julho de 196464) e Guiné (Olossato) (Julho de 1964 a Outubro de 1965), nos enviou em mensagem do dia 13 de Fevereiro de 2013.


MEMÓRIA DOS LUGARES

OLOSSATO - O princípio (8)



Foto 216 > Antes de dormir, uma cachimbada


Foto 217 > Carnaval de 1965


Foto 218 > A máscara do feiticeiro


Foto 219 > Ao pôr-do-sol um passeio solitário


Foto 220 > Depois do trabalho há tempo para trocar experiências


Foto 221 > Uma carta para a família


Foto 222 > A carta da namorada


Foto 223 > Vista aérea do Olossato


Foto 224 > Uma carta para matar saudades


Foto 225 > Mais armamento capturado ao IN


Foto 226 > Rodas elementares de uma metralhadora apreendida


Foto 227 > As mesmas rodas


Foto 228 > À janela da casa do chefe de posto


Foto 229 > No final de uma operação pelo mato, as calças estavam rotas

Fotos: © José Augusto Ribeiro (2013). Direitos reservados
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Notas do editor

Vd. último anterior de 8 DE MARÇO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11213: Memória dos lugares (222): Olossato, anos 60, no princípio era assim (7) (José Augusto Ribeiro)

Vd. último poste da série de 11 DE MARÇO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11235: Memória dos lugares (224): Visita da Cilinha ao Olossato, ao tempo da CCAÇ 2402, em Maio de 1969, com "graduação" em Capitão do Exército Português (Raul Abino / Vargas Cardoso)