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terça-feira, 19 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23442: Blogpoesia (776): A CCS, "Era aquela Companhia", por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 - Parte II

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70) com data de 14 de Julho de 2022:

Bom dia Carlos Vinhal
"ERA AQUELA COMPANHIA" - segunda parte, é o trabalho que hoje envio para a Tabanca Grande.

Para todos um bom abraço, em especial para os Chefes de Tabanca.
Depois deste trabalho, voltarei depois das férias em Agosto.
Albino Silva



ERA AQUELA COMPANHIA(*)

PARTE 2

Como já escrevi de Oficiais
De Sargentos também quis fazer
Agora Cabos e Soldados
Aquilo que vou escrever.


O Cabo Arvéola era Cripto
O Peixoto também era
Outro Arvéola e o Ângelo
No Canchungo aquela terra.


O Abel era Escriturário
Esteves Matos também
Fazia de SPM
Por não haver mais ninguém.


O Sílvio nas Transmissões
Afonso analista de águas
E com o Jorge Ferreira
Este a lidar com tábuas.


O Valentim no Reconhecimento
Fartava-se de passear
Na Oficina o Magalhães
Com pneus para mudar.


O Monteiro Sapador
Pegava a G3 pela alsa
O Armindo que na companhia
Era conhecido por Salsa.


O Valadares da Cunha
Este era o bate chapas
João Monteiro Escriturário
Fazia consultas nos mapas.


Fernando Fonseca era
Homem de bom coração
Ajudava o Padre Francisco
Porque era o Sacristão.


O Joaquim Constantino
Bem ligado a munições
Orlando Silva Mecânico
Fugindo a confusões.


O Cardoso era Atirador
Era mesmo de Infantaria
No Canchungo Quarteleiro
Lá na nossa Companhia.


Acácio era Escriturário
O Martins era também
O Costa Pinto e o Guerra
Escreviam como ninguém.


O Peixoto era Condutor
O Constantino Enfermeiro
O Horácio era Mecânico
O Carmo Dias Caixeiro.


O Mesquita electro Auto
O Lemos Operador
Nunes Pereira Transmissões
O Fonseca era pintor.


O Moreira no Reconhecimento
O Vieira Estofador
O Fontão era Auto Rodas
O Figueiredo Sapador.


Até o Vidal Pinheiro
Com Reconhecimento à vista
Correia Pinto nas Armas
O Alceu Radiotelegrafista.


O Sousa no Reconhecimento
Um Cabo bem desportista
Conhecido por Coimbrões
Para comer era artista.


O Guedes de Amorim
Este era Corneteiro
Magalhães Faria Informação
Albino Veiga Carpinteiro.


O Costelha Corneteiro
Em momentos especiais
Ainda servia à mesa
Na Messe de Oficiais.


O Altino S. Rocha
Era um Cabo interesseiro
Era o Chefe da Cozinha
Porque era o Cozinheiro.


Ainda no Reconhecimento
O Sousa se encontrava
O Amílcar era Sapador
Quando de serviço estava.


O Santos e o Albino
Eram Rádiomontadores
O Leonel Auto Rodas
Como outros Condutores.


A CCS era grande
E lá na Guiné cumpria
Com todos os seus Soldados
Formados na Companhia.


Condutor Auto Rodas
O Aníbal Martins na Guiné
Como o Ernesto e Américo
Lá ninguém andava a pé.


O Garcia era Maqueiro
O António Costa igual
Era o Albino e o Borges
Tratando quem estava mal.


Havia ainda o Daniel
Condutor mas bem matreiro
Em vez de ter viaturas
Foi na Messe cantineiro.


Eram tantos Condutores
Na CCS que assim
Faziam tantos serviços
Em tantas coisas sem fim.


Francisco Rodrigues era
O Patrício era também
Rodrigues Dias impedido
Que cumpria muito bem.


João Vicente Soldado
Mas que Condutor porreiro
Em vez de conduzir Jipe
Meteram-no de Carcereiro.


Lá andava o Marques Mendes
Também Condutor e bom
Ao serviço da CCS
Lá no nosso Batalhão.


O Aníbal Eiras Novo
Que nunca fez condução
Pois armou-se em Padeiro
No forno fazia o pão.


António Rodrigues assim era
O Ribeiro de Sousa igual
O Ramalho e o Correia
Até não conduziam mal.


O Neto era Condutor
Homem cheio de azar
Porque apanhou uma mina
Até andou pelo ar.


Aníbal Alves
O Borges Antunes era bom
Mesmo o Miguel Lourenço
E o Ramos Julião.

Heliodoro Lisboa
Que conduzia também
Igual ao João Machado
Que conduzia e bem.


O Octávio era Mecânico
O Morais era Cozinheiro
O Manuel Maria em motores
Sousa e Silva Corneteiro.

O Barros lá na cozinha
Ajudava o cozinheiro
O Pires bom tocador
Porque era Corneteiro.


Auxiliares de Cozinha
Era o Castro e o Vieira
Também era o Guimarães
Pois tinham a cantina à beira.

Fazia o Reconhecimento
Cardoso e Sousa Vieira
Bernardino Lopes e ainda
O Silvério de Oliveira.

O António Correia
Também tudo reconhecia
Sendo o Leonel de Almeida
Sapador da companhia.

O Isaac Sapador
Como o Oliveira era
Armelim nas Transmições
Na Guiné naquela terra.

Auxiliar de Cozinha
Era o Tomás Ribeiro
O Amado era Sapador
O Abílio seu parceiro.


Costa Bento na cozinha
O Curralo Sapador
Carvalhinho Transmissões
O Abano Atirador.

Também eram Sapadores
O Herculano e Moreira
Faziam abrigos então
O Barbosa e Oliveira.


Já durante o mês de Julho
Lá mais algum aparecia
Com o fim de completar
Aquela nossa companhia.

O Joaquim José Pinto
Manuel Rego então
Só um era Sapador
O outro era Plantão.

Veio o Adelino Rocha
Também lá chegou o Naia
O Juvenal Olival
Fazendo da bolanha praia.


Manuel Isaac Senha
À CCS se juntou
E o José Moniz Moreira
Também esse lá ficou.


Mais tarde o Tomás Sousa
Santos e Martins foi igual
Eduardo Manuel Pinto
Que vinham de Portugal.


A meio da comissão
Vinha o Porto de outro lado
E muito mais velho que nós
Chegou lá o Arranhado


Eram estes os Camaradas
Que nenhum de nós esquece
Era assim a Companhia
Era forte a CCS.


Cada um de nós conhece
E bem guarda na memoria
Assim cada um de nós guarda
Lá da Guiné uma historia.


FIM

____________

Notas do editor:

(*) - Vd. poste de 7 DE JULHO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23414: Blogpoesia (773): A CCS, "Era aquela Companhia", por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 - Parte I - (2)

Último poste da série de 17 DE JULHO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23438: Blogpoesia (775): "Ao fim da tarde", por Adão Cruz, ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 1547/BCAÇ 1887

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23414: Blogpoesia (773): A CCS, "Era aquela Companhia", por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 - Parte I - (2)

1. Lembremos a mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70) com data de 5 de Julho de 2022:
Bom Dia Carlos Vinhal, Bom Dia Tabanca Grande
Desta vez é, "ERA AQUELA COMPANHIA", parte 1, e depois será a segunda parte.
E muito mais haverá para enviar à Tabanca. É que agora pensei em não te dar sossego , é muito o trabalho aqui acumulado.

Para todos os que habitam na Tabanca Grande vai um bom abraço em especial para os Chefes de Tabanca.
Albino Silva




ERA AQUELA COMPANHIA

Parte I - (2/2)


Santos era o Sargento
Era um pouco desordeiro
Mas era excelente pessoa
E muito bom corneteiro.

Fernando Guerreiro Nunes
Outro Sargento então
Na CCS como nós
A cumprir sua Missão.

Sargento Alfredo António
Na Oficina a trabalhar
Como era bom mecânico
Punha os motores a roncar.

O Furriel Moreira
Era Rádiomontador
Fazia o que sabia
Mudava bem o transístor.

O Nunes era mecânico
E Furriel também
Com rajadas na bolanha
Vendo se tudo estava bem.

Como era mecânico de armas
Para ver se estavam zeladas
Mandava fazer ensaios
Tiro a tiro e rajadas.

O Furriel Garrido
Um militar verdadeiro
Não ligava puto à tropa
E era ele Enfermeiro.

Como era responsável
Lá naquela Enfermaria
O trabalho que era dele
Era eu que o fazia.

Furriel Guimarães
Aquele bom bracarense
Em Teixeira Pinto então
Na CCS Amanuense.

Era bom camarada
Todo o soldado dizia
Estivesse ou não de serviço
Ou mesmo de sargento dia.

O Aires bom Furriel
Brincalhão bem humorado
Cumpria bem seu dever
Andava por todo lado.

O Furriel Carvalho
Miliciano e bom
Era ele o responsável
Pela nossa alimentação.

No seu Depósito de Géneros
Onde ele tudo guardava
Quando mais nada havia
Na bolanha ele pescava.

Ele era bom brincalhão
Se podia desenrascava
Quantas vezes em canecas
O vinho que ele me dava.

O Furriel Ribeiro
Sapador a comandar
Nos mais variados serviços
Cumpriu bem a trabalhar.

Com serviços no Quartel
Sua equipa comandar
Com ele estive na Ponte
Quando a fomos guardar.

Coimbra N. Furriel
De Amanuense fazia
Era bom miliciano
Lá na nossa Companhia.

Até o Furriel Freitas
No Pelotão de Reconhecimento
Mais tarefas praticava
Sempre que tinha um momento.

Nosso Furriel Rodrigues
Comandava as Transmissões
Recebia e transmitia
Em várias ocasiões.

Furriel Miliciano Sena
Reconhecimento e Informação
E quando jogava à bola
O Sena era mesmo bom.

O Furriel Fernandes
Comandava secção
Como era Sapador
Na CCS era bom.

Também o Silva Rodrigues
Sapador a comandar
Em tantos e mais serviços
Cumpriu sempre a trabalhar.

Na CCS o Lima Pereira
Era outro Furriel
Lá em sua secção
Fazia bem seu papel.

Havia outro Amanuense
O Furriel Amaral
Pertencia à CCS
E como nós era igual.

O Furriel Almeida
No Reconhecimento lá estava
Procurando tudo aquilo
Que no Quartel faltava.

O Furriel Ferreira
Na CCS do Batalhão
Dizia o que mais sabia
Pois era da informação.

Depois de Oficiais e Sargentos
Muitos Cabos lá haviam
Uns que faziam tudo
Outros que nada faziam

Com Alferes e Tenentes
Furriéis muitos havia
Sargentos e muitos Cabos
E Soldados da Companhia

Gostando de falar da Tropa
Porque dela não esqueci
Numa espécie de brincadeira
Assim isto escrevi.

Foi escrito sem maldade
Com todos brinquei assim
Lembrei Oficiais e Sargentos
Tudo escrito por mim.

Tenho mais para escrever
Continuar na brincadeira
Pois lembrar bons Camaradas
Acho ser boa maneira.

É dos Cabos que vou começar
Depois passarei ao Soldado
Depois de fazer isto tudo
Dou meu trabalho acabado.

Parte um e parte dois
E como na Guiné dizia
Com o mesmo nome que dei
Era aquela companhia.

FIM DA 1ª PARTE

Segue com Cabos e Soldados
____________

Nota do editor

Último poste da série de 5 de Junho de 2022 > Guiné 61/74 - P23411: Blogpoesia (772): A CCS, "Era aquela Companhia", por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 - Parte I - (1)

terça-feira, 5 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23411: Blogpoesia (772): A CCS, "Era aquela Companhia", por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 - Parte I - (1)

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70) com data de 5 de Julho de 2022:
Bom Dia Carlos Vinhal, Bom Dia Tabanca Grande
Desta vez é, "ERA AQUELA COMPANHIA", parte 1, e depois será a segunda parte.
E muito mais haverá para enviar à Tabanca. É que agora pensei em não te dar sossego , é muito o trabalho aqui acumulado.

Para todos os que habitam na Tabanca Grande vai um bom abraço em especial para os Chefes de Tabanca.
Albino Silva





ERA AQUELA COMPANHIA

Parte I - (1/2)

Desembarcados no Cais
Quando ao Canchungo chegámos
E a terra da Guiné
a primeira vez nós pisámos.

Foi-nos dado uma Caserna
Para toda a comissão
Junto ao arame farpado
Bem pertinho da Prisão.

Eram tantas as mulheres
Pois havia a Tabanca à beira
Cada uma delas só queria
Ser a nossa lavadeira.

Havia muitas Bajudas
Lavadeiras para a farda
Todos escolhemos uma
Só para lavar e mais nada.

O Quartel conhecemos
Tudo quanto lá havia
Cantina, Casernas, Cozinhas
As camas onde se dormia.

Estava junta a CCS
a Companhia formada
dando início à missão
naquela terra azarada.

Comandava o Batalhão
Um Coronel porreiro
O Martiniano Gonçalves
Depois Aristides Pinheiro.

Guilhermino Militar
Um Major mal humorado
Só dizia não há figos
Era mau para o soldado.

Era Segundo Comandante
E por Vacas conhecido
Rabugento muito mau
Ele era destemido.

Tinha outro Major
Se chamava Milheiriço
Ameaçava tudo à chapada
Era Oficial castiço.

Deu uma chapada a um militar
E dessa cena quem viu
O soldado ficou de pé
E foi o Major que caiu.

O Nelson Santos
Como oficial era bom
Com nós em Teixeira Pinto
Onde era Capitão.

O Tenente Paulo Dias
Fazendo o que mais sabia
Por gostar de escrever
Era chefe de Secretaria.

Era Alferes de Transmissões
E disso bem ele sabia
O António S. Ferreira
Lá na nossa Companhia.

O Alferes Leite Faria
Oficial bem aplicado
A comandar a "ferrugem"
Andava sempre borrado

Foi sempre bem estimado
Era um Alferes verdadeiro
Trabalhava na oficina auto
Mas por fora era um lateiro.

Havia em Teixeira Pinto
Uma Igreja para a oração
Francisco da Costa e Silva
Era o Alferes Capelão

Era bom Capelão
E até a bajuda rezava
Passava o tempo connosco
E na Tabanca pregava.

Como era militar
Era nosso Capelão
Com eles todos rezavam
E a cantar era bom.

Maximino Vaz da Cunha
Alferes Médico Miliciano
E o Sargento Ajudante
Era o António Maria Mano.

Era o Alferes Lamares
Quase com a nossa idade
Ele também Miliciano
Chefe da Contabilidade.

Outro Alferes era o Corais
Com um pouco de mania
Era ele o Tesoureiro
Lá na nossa Companhia.

Bessa de Melo outro Alferes
Era Médico que mal o vi
Ele tinha a nossa idade
Por isso não o esqueci.

Alferes Miliciano Médico
O Maymone Martins então
Excelente militar aplicado
Tudo o que fazia era bom.

Como nós era Periquito
Mas com ele se aprendia
Grande Médico corajoso
Em tudo quanto fazia.

Era amigo e ensinava
E muito a gente aprendeu
Bom camarada e gentil
A malta não o esqueceu.

Com prazer tudo fazia
Fosse no Quartel ou não
As consultas que ele dava
Para todo o Batalhão.

Via e ouvia o doente
Quando estava a consultar
Depois fazia a receita
Para o doente tomar.

Companhia de Comando e Serviço
Lá na Guiné era assim
Era aquela companhia
Do principio até ao fim.

O Comandante da CCS
Aquele que mais dava a voz
Era o nosso Capitão
António Rodrigo Queiroz.

Era um Homem cumpridor
Como Oficial era bom
Zeloso com a Companhia
Um excelente Capitão.

Comandava muito bem
Pois exigia respeito
Gostava que todos cumprissem
Fazendo tudo bem feito.

O Alferes Vidal era forte
Dos Sapadores comandante
Punha-os a abrir trincheiras
Que faziam num instante.

No Reconhecimento o Sanches
Era Alferes entendido
Até de Oficial Dia
Ele era bem recebido.

Era a nossa CCS
Eram nossos oficiais
Em quem tanto confiámos
Pois eram todos iguais.

O Nosso Primeiro Mestre
A quem via dia a dia
Até altas horas da noite
Em sua Secretaria.

O Nosso Primeiro Mestre
Um homem bem educado
A todos tratava bem
Fosse Oficial ou soldado.


(Continua)
____________

Nota do editor

Último poste da série de 3 DE JULHO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23406: Blogpoesia (771): "Amor e Vida", por Adão Cruz, ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 1547/BCAÇ 1887)

terça-feira, 28 de junho de 2022

Guiné 61/74 - P23392: Blogpoesia (769): Nomes atribuídos às Missões e Operações no TO da Guiné, por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845


1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70) com data de 24 de Junho de 2022:

Bom dia Carlos Vinhal
Há quinze dias enviei-te este mesmo artigo que pelos vistos não foi recebido.
Já há muito tempo foi publicado OPERAÇÕES E MISSÕES, mas pelo comentário lembrança do Luís Graça, e fazendo referência às mais Missões, aqui te envio agora MISSÕES e OPERAÇÕES, simplesmente para não ser igual.
Abraços para todos que vão à Tabanca Grande em especial aos seus chefes.
Albino Silva



MISSÕES E OPERAÇÕES

Nomes atribuidos a Missões e Operações

Já existe OPERAÇÕES E MISSÕES

Na nossa Tabanca Grande
eu sei tudo o que se passa
e até vi num comentário
que escreveu o Luís Graça.

De operações na Guiné
o Luís Graça me falou
e até nomes de Missões
também o Luís me mostrou.

Alguns nomes estranhos
mas havia outros mais
em Operações e Missões
com nomes originais.

Pois meu caro Luís Graça
gostei e vou lembrar
escrevendo aqui os nomes
para a malta recordar.

Como sabes Luís Graça
Operações e Missões escrevi
destes nomes que comentaste
e que muito bem eu os li.

Foram milhares de Operações
como dizes e muito bem
pois também não vou esquecer
que andei em muitas também.

Já escrevi para a Tabanca
Operações e Missões
agora volto a escrever
mas Missões e Operações.

É assim que vou começar
no meu jeito de escrever
porque penso com certeza
que muita malta vai ler.

Aberragem Candente
Adónis Ametista Real
Aquiles e Avante
E ainda Amílcar Cabral.

Em Missões também era
Alvor e até Andá
até Boinas Destemidas
também andavam por lá.

Borboleta Destemida
era mais uma Missão
Estrela Telúrica Faro
Boa Farpa e Gavião.

Havia a Baioneta Dourada
mais uma operação igual
como era a Barracuda
e o Balanço Final.

Bate Dentro Binafa
Belo Dia e Castor
Yungfrau e Xerês
foi na Guiné sim senhor.

Panóplia Rolls Royce
Bodião Decidido Cajado
Chibata e até Ciclone
E Caju por todo o lado.

Bola de Fogo Cassum
Dinossauro Preto que era
Derrubante e Diana
pois era a Dura Espera.

Boga Destemida e Gira
mesmo a Quadrilha Sagaz
Ostra Amarga e Papaia
que comia cá o rapaz.

Valquíria Verga Latina
Pedra Rija e Tridente
Tigre Vadio e Vaca
Pato Rufia e Semente.

Escudo Negro e Garlopa
RatoTraquinas então
Safra Única e Vénus
em mais uma Missão.

Trampolim Mágico Vermute
Navalha Polida na lista
Jaguar Vermelho Vulcano
Nada Consta Macaréu à Vista.

Quebra Vento Pirilampo
Ganaio Gato Zangado
Grande Empresa Tesoura
em Missões por todo o lado.

Ginja Verde Bolo Rei
Cabeça Rapada Cacau
Irã Jacaré Leopardo
aquilo era mesmo mau.

Muralha Quimérica Razia
Neve Gelada que era
em todas aquelas Missões
na Guiné naquela terra.

Nó Gordio Mamute Doido
Onça Parda Nebulosa
em Missões feita por nós
e sempre muitas perigosas.

Golo Grande Buraco
Grifo Mabecos Bravos
Pato Azul nunca vi
pois na Guiné eram raros.

Meia Onça Maimuna
Lança Gorro Sobreiro
em descanso muitas vezes
bem na sombra de um Mangueiro.

Grande Rio Relance
Saturno e Realeza
Grande Colheita que era
pela Guiné com certeza.

Renascença e Retorno
Garrote Jove Alinhada
Jigajoga Inquietar
até mesmo Lança Afiada.

Marte e o Mar Verde
O Garrote e tudo mais
Invisível eram os Roncos
em Missões eram iguais.

Havia também o Hálito
E Guarida também li
em nomes que decorei
e que aqui escrevi.

São muitos aqui os nomes
os que o Luís escreveu
em versos vos apresento
pois só assim escrevo eu.

Manga de Ronco Avintes
Abertura e Aparição
Bálsamo e Acidez
em mais uma Operação.

Galo Loiro e Amizade
Descaramento e Marfim
Vampiros Raivosos Abraço
em Missões na Guiné era assim.

Almirante Aerograma
Velas Acesas Vaidade
Abelhudo Bassarel
e a Grande Amizade.

Andorra Vamos Ver
Acácia e Atirador
Grandes Leopardos Abafão
Abalada Grande Amor

Arriaga Adesivo Vamos Ver
também vamos Acariciar
Zebra Elegante Alcácer
Alecrim aos Molhos Adoçar.

E foram estes os nomes
que assim quis escrever
para enviar à Tabanca
para toda a malta ler.

Escrevi isto com gosto
pois gosto assim escrever
falta só saber agora
o que o Luís vai dizer.

Mas não é só o Luís
porque sei que vai dizer bem
vai para o Carlos Vinhal
e para todos também.

Como sempre sou o Albino Silva
Escrevendo sem cansaço
assim para a Tabanca Grande
mando a todos um Abraço.

FIM

Albino Silva
01100467

____________

Nota do editor

Último poste da série de 26 DE JUNHO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23386: Blogpoesia (768): Que maldita pandemia, por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845

domingo, 26 de junho de 2022

Guiné 61/74 - P23386: Blogpoesia (768): Que maldita pandemia, por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70), com data de 24 de Junho de 2022: 

Antes de mais, bom dia e boa semana para o Carlos Vinhal, mas também para toda a Tabanca Grande.
É sabido que, pelo facto de o Corona Vírus se meter em nossas vidas, não tem havido aqueles roncos anuais com camaradas da nossa tropa, a não ser que, haja algum mais corajoso que convida a malta para as Festas.

Eu como organizador e há muitos anos, já informei a malta que este ano ainda não vai haver nada e para o ano sim, se tudo correr bem.
Assim, o que fiz hoje foi escrever "QUE MALDITA PANDEMIA"

Abraços ou como se dizia em Angola, Kandandus e Kissendes
Albino Silva


Que maldita pandemia

Que maldita pandemia
Nos havia de aparecer
Por muitas coisas que tinha
E que deixei de as ter.

Confesso que mesmo na guerra
E muita malta sabia
Que eu não andava com medo
Como ando com a pandemia.
Lá na guerra era a G3
Dela nunca me esquecia
Agora é o uso da máscara
Por causa da pandemia.

Este Covid que mata
E sem olhar a quem
Mata muitos seres humanas
E alguns amigos também.

Pandemia que muito mata
Com vacinas ou por vacinar
Este Covid 19 ainda
Continua a matar.

Já perdi alguns amigos
Os que não queria perder
Ainda hoje continúo
Ver muita gente a morrer.

Saudades tenho dos roncos
Que com camaradas fazia
São dois anos que nada temos
Por culpa desta pandemia.

Tenho muitos camaradas
Que estão sempre a perguntar
Quando voltamos aos roncos
Para aquele abraço dar.

Já todos temos saudades
E toda a malta se queixa
Que com máscara ou sem ela
A pandemia não deixa.

Camaradas da mesma guerra
Mais um ano se vai passar
Ainda não vamos ter ronco
Nem aquele abraço dar.

Albino Silva,
01100467

____________

Nota do editor

Último poste da série de 29 DE MAIO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23307: Blogpoesia (767): Eu não sou poeta, por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845

domingo, 29 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23307: Blogpoesia (767): Eu não sou poeta, por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845

1. Em mensagem do dia 23 de Maio de 2022, o nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70), enviou-nos mais um trabalho em verso, agora dizendo que não é Poeta. Mas nós sabemos que é, genuíno, à sua maneira, e nós gostamos de o ler. 


Eu não sou Poeta

Por Albino Silva

Camaradas aqui da Tabanca
que vão lendo o que tenho feito
para todos os Tertulianos
que muito admiro e respeito.

Por tudo que vou escrevendo
eu só vos quero dizer
que vou escrevendo em versos
pois só isto me dá prazer.

Eu sei que vou fazendo
muita escrita como esta
mas a todos quero dizer
que não sou nenhum poeta.

Até mal sei escrever
Vocês isto tem notado
ao lerem estes meus versos
em erros que tenho dado.

Não eu não sou poeta
mas minha escrita é assim
em versos para os camaradas
e sempre feitos por mim.

Só tenho a Quarta Classe
mas adoro aqui contar
tenha erros ou não tenha
eu nunca irei parar.

Já bem todos repararam
que de tudo vou escrevendo
pois são apenas verdades
o que aqui vou dizendo.

Por aqui nesta Tabanca
sem ser poeta vou escrevendo
lá vou lembrando a Guiné
e os Camaradas vão lendo.

Aprecio os comentários
mas insisto em dizer
que eu nunca fui poeta
só por isto eu escrever.

História do Bat Caç 2845
um Livro que é muito bom
inclui meus Camaradas
que eram do meu Batalhão.

Todos lá tem seu nome
Oficiais Sargentos e Praças
e de muitos guineenses
e de todas aquelas raças.

Mas eu não sou um poeta
escreva eu o que escrever
envio para a Tabanca
sempre com muito prazer.

Sou só o Albino Silva
que lá pela Guiné andei
fui armado para a Paz
e jamais um tiro eu dei.

Fui apenas bom Soldado
e por lá muito escrevia
eram aerogramas e cartas
que a Madrinha recebia.

Minhas Madrinhas de Guerra
chamavam-me de bom menino
até mesmo muitas Senhoras
do Movimento Nacional Feminino.

Era eu assim Soldado
naquele tempo então
longe de minha família
mas defendendo a Nação.

Camaradas da Tabanca
antes de vos deixar
Parabéns ao Luís Graça
pela Tabanca fundar.

Parabéns aos que se esforçam
e que nela participam
aos que lêem minha escrita
minha amizade conquistam.

Voltando ao tema da escrita
e antes de terminar
aceitarei vossas críticas
sem nunca as contestar.

Então como não sou poeta
a todos vos desejo paz
Camaradas Tertulianos
Abraços cá do rapaz.

Fui Soldado fui Maqueiro
só ppoeta isso é que não
em rajadas dou abraços
do fundo do coração.

Vou disparar a G3
Rajadas vou enviando
Abraços para a Tabanca
assim eu vou disparando.

Um obrigado ao Vinhal
só por tanto me aturar
por tudo que vou enviando
e o Carlos a publicar.

Albino Silva sou eu
Camarada e amigo
mesmo que não te conheça
estarei sempre contigo.

Voltarei a escrever
pois é isso minha meta
em versos na minha escrita
mas sem nunca ser poeta.


FIM
Albino Silva, 01100467

____________

Nota do editor

Último poste da série de 27 de Maio de 2022 > Guiné 61/74 - P23300: Blogpoesia (766): O Canchungo e Avenida, por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23300: Blogpoesia (766): O Canchungo e Avenida, por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845

1. Em mensagem do dia 23 de Maio de 2022, o nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70), enviou-nos mais um trabalho em verso, agora dedicado a Teixeira Pinto (Canchungo) e à sua Avenida. 


O Canchungo e Avenida

Por Albino Silva


Muitas vezes tenho dito
Escrevo aquilo que sinto
hoje lembro da Avenida
que tinha Teixeira Pinto.

Era uma grande Avenida
com certeza não me engano
com piso de terra batida
e bem ao estilo africano.

Era grande a Avenida
como eu a via assim
começava no Quartel
terminava no Fortim.

Numa grande rotunda
este Fortim lá ficava
e no centro da rotunda
o Teixeira Pinto lá estava.

Naquela grande Avenida
casas em ambos os lados
frequentada por todos
fossem civis ou soldados.

No começo da Avenida
os Correios e Administração
também lá tinha o Clube
e tudo aquilo era bom.

Lá tinha a casa do Médico
tinha a Messe de Oficiais
tinha o Hospital Cívil
uma Escola e muito mais.

No Canchungo na Avenida
onde passei muitas vezes
em muitas lojas entrei
e que eram de Libaneses.

Libaneses que vendiam
artigos de porcelana
vendiam roupas bem feitas
e abertos toda a semana.

Carpetes e muitos tapetes
em muitas casas haviam
muitas vindas de Macau
e eles lá tudo vendiam.

No Canchungo na Avenida
tinha um mercado e bom
lá se comprava de tudo
roupas alimentos e sabão.

Mais à frente na Avenida
tinha a Igreja que então
sempre aberta para todos
os que tinham devoção.

Naquela pequenina Igreja
tinha lá um Capelão
era sempre auxiliado
por um tal Sacristão.

Quando não estavam na Igreja
estavam na Sacristia
e quer um e também outro
eram da minha Companhia.

Logo ao fim da Avenida
a Casa Escada lá estava
era a maior do Canchungo
onde toda a tropa comprava.

Era grande a Casa Escado
e nela nada faltava
roupa louças gravadores
e rádios que a tropa comprava.

Na Rotunda da Avenida
um Libanês lá vivia
tinha bombas de combustíveis
e muitos depósitos enchia.

As casas na Avenida
nem todas eram pintadas
e a cobertura era feita
com as chapas ondeladas.

Pelo centro da Avenida
tinha um passeio bom
com postes em toda ela
que eram de iluminação.

Também tinha um restaurante
do Libanes Viriato
boas carnes lá se comia
que ele caçava no mato.

Por lá cheguei a comer
e nunca nada faltava
como éramos bons amigos
eu comia e não pagava.

Baticã Ferreira era o Régulo
junto à Avenida morava
e tantas vezes no Quatel
aquele Régulo lá estava.

O Canchungo e Avenida
sempre muito movimentada
viaturas tropa e cívis
nesta Vila encantada.

O Canchungo e Avenida
gostei de lá passear
hoje só tenho saudades
não me importava lá estar.

Caravela da Saudade
Saudades é o que sinto
bazucas que lá bebia
era sim Teixeira Pinto.

Caravela da Saudade
onde toda a tropa lá ia
Café vinho ou cerveja
tudo por lá se bebia.

Aos domingos quantas vezes
no Canchungo por lá andava
e com outros camaradas
na Avenida passeava.

Era sempre um vai e vem
naquela Avenida andando
não só tropa mas civis
aos domingos passeando.

Naquela grande Avenida
que Teixeira Pinto tinha
dava gosto andar nela
por estar sempre limpinha.

O Canchungo das Tabancas
que naquela Vila haviam
sempre limpas bem zeladas
mas muito fumo faziam.

Da Rotunda tinha uma estrada
mas não tinha esta só
ela ia para o Pelundo
para Jolmete e também Có.

Outra ia para o Bachile
para a Ponte e para o Cacheu
mais uma para Bassarel
e nelas todas andei eu.

Era assim Teixeira Pinto
uma Vila com muita vida
sendo ela bem povoada
o Canchungo e Avenida.

Canchungo Tchon Manjaco
que saudades de ti sinto
Homem Grande e Bajudas
até um dia Teixeira Pinto.


FIM

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Nota do editor

Último poste da série de 25 DE MAIO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23292: Blogpoesia (766): Adeus Guiné, vou-te deixar, minha missão está cumprida, por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23292: Blogpoesia (766): Adeus Guiné, vou-te deixar, minha missão está cumprida, por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70), com data de 23 de Maio de 2022, com mais um dos seus trabalhos em verso, desta vez dedicado ao sempre sonhado regresso, após sentirmos que a nossa Missão estava Cumprida:

Bom dia Carlos Vinhal, e também, bom fim de semana.
Missão Cumprida é o trabalho que envio e, para saberem que o Albino Silva anda aqui pela Tabanca pensando em todos os Tertulianos e, não esquecendo a Guiné, de vez em quando lá vai escrevendo coisas que a memória guarda.

Para todos um grande abraço, em especial aos chefes de tabanca
Albino Silva
Ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845



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Notas do editor

Último poste da série de 15 DE FEVEREIRO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23000: Blogpoesia (765): "Para ti, Ó Mulher Grande", por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Guiné 61/74 - P23000: Blogpoesia (765): "Para ti, Ó Mulher Grande", por Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70) com data de 11 de Fevereiro de 2022 com mais um dos seus trabalhos verso, desta vez dedicados às Mulheres Grandes de Teixeira Pinto, afinal a todas as Mulheres Grandes da Guiné do nosso tempo:

Mais uma vez a enviar para a Tabanca mais esta coisinha e porque já há muito tempo que não o faço.
Porém, não me esqueço de visitar a Tabanca porque também é minha.

Um Grande Abraço para todos os Tertulianos em Especial Para seus Régulos e Chefes de Tabanca.
Albino Silva


PARA TI, Ó MULHER GRANDE

Para ti ó Mulher Grande
Tu que és Mulher e Mãe
És a mulher da Guiné
És igual à minha também.

Para ti ó Mulher Grande
Aquela que na Guiné vi
Em Bolanhas que trabalhavas
Em Tabancas que conheci.

Vi em ti ó Mulher Grande
Coisas que não tinha visto
E para nunca esquecer
Vim aqui escrever isto.

Eu te via pelas matas
Quando a lenha ias apanhar
Que a carregavas à cabeça
Para a Tabanca levar.

Tomavas conta dos filhos
Na Bolanha ias trabalhar
Ainda ias de redes à pesca
Para o teu peixe pescar.

Cultivavas a vianda
No sal ias trabalhar
Cuidavas tua Tabanca
Andavas sempre a lutar.

No solo de tua Tabanca
De vassoura improvisada
Lá ias varrendo tudo
Eras mulher asseada.

Sem luxos mal vestidas
Tudo era bem ao natural
E mesmo na alimentação
Te alimentavas muito mal.

Sei que a cultura africana
Que é diferente da minha
Assim via a Mulher Grande
Dar aquilo que não tinha.

O que mais me custava ver
Quando davas de mamar
Ao filhote agarrado a peles
Sem leite para se alimentar.

Quantas mulheres guineenses
Com seus filhos a chorar
Sem ter alimentos ou pão
Para sua fome matar.

Trabalho árduo na bolanha
Trabalhavas sem descansar
E quando chegava a colheita
O bandido te ia roubar.

Reconheço Mulher Grande
Com a vida difícil de levar
Quando na tabanca, doente
Sem mesinho para tomar.

Quantas vezes na tabanca
Aquelas que fui visitar
Socorrê-las, dar-lhe mesinho
Mulher Grande eu ia curar.

Sinceramente ficava triste
Quando as via tanto sofrer
Quando as queria ajudar
E nada podia fazer.

Ainda hoje vejo Mulheres
Na imensa África a sofrer
Na tabanca ou deslocadas,
aos poucos as vejo morrer.

Vão morrendo de doentes
Com fome sem ter que comer
Ao colo delas seus filhos
Com suas Mães a morrer.

Enquanto vão tendo forças
Com a fome vão chorando
E já sem forças e sem Pão
Mães e Filhos se vão calando.

Tanta coisa estragamos
Quando podíamos oferecer
Àquelas pessoas que sofrem
Sem ter nada para comer.

Para ti ó Mulher Grande
De quem eu me lembro bem
Eras uma Mãe da Guiné
Mas igual à minha Mãe.

Para ti ó Mulher Grande
Quantas vezes eu fazia
Da comida que era pra mim
E com vós eu repartia.

Para ti ó Mulher Grande
Eu sempre me hei-de lembrar
Daquilo que pouco tinhas
E ainda me querias dar.

Eras tu ó Mulher Grande
Descalça e a caminhar
Com os pés todos cortados
Quando tu ias pescar.

Para ti ó mulher Grande
Corajosa trabalhando
Também em noites de Ronco
Em tabancas te via dançando.

Hoje não estou na Guiné
Mas nunca eu me esqueci
Da Mulher Grande e Mãe
Muitas que na Guiné vi.
Mulher Grande da Guiné
Um dia ainda vais ver
Por nunca me esquecer de ti
Eu voltarei a escrever.

Por:
Albino Silva
Sol. Maq. 011004/67
CCS/BCaç 2845
Guiné - 1968/70
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Notas do editor

Poste anterior de Abino Silva de 14 DE NOVEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22719: Blogpoesia (760): Operações e Missões, e dos nomes que lhes davam (7) (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845)

Último poste da série de 13 DE FEVEREIRO DE 2022 > Guiné 61/74 - P22996: Blogpoesia (764): "O perfume das cores"; "Remate" e "As flores do rio", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728

domingo, 14 de novembro de 2021

Guiné 61/74 - P22719: Blogpoesia (760): Operações e Missões, e dos nomes que lhes davam (7) (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845)

1. Em mensagem de 4 de Novembro de 2021, o nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70) mandou-nos um trabalho em quadras onde refere os nomes das Operações em que o seu Batalhão participou. Publica-se hoje o sétimo e último poste da série. Lembremos a sua mensagem:

Bom dia Carlos
Em primeiro lugar obrigado por me ires aturando.
Hoje, envio mais coisas minhas pois, lembrei-me das Operações e Missões e dos nomes que lhe davam.
Um Abraço para todos, em especial para os Chefes de Tabanca
Albino Silva



OPERAÇÕES E MISSÕES

Batalhão de Caçadores 2845


Em Convívios da CCS
Por em Chaves ter estado
Vi que outras companhias
Por lá já tinham passado.

E o que é que nós sentimos
Naquele Quartel ao entrar
Ouvir o seu Comandante
A nossa história contar.

Até ganhamos vaidade
Sempre que lá entramos
Com muitos anos depois
Parece que na tropa andamos.

Parece que já disse tudo
Camaradas do Batalhão
Não querendo magoar alguém
Se o fiz peço perdão.

Estamos ficando velhos
Bem depressa aqui chegamos
Com saudades daquele tempo
O qual agora nós recordamos.

O nosso passado eu conto
Enquanto tiver memória
Por isso quis escrever
Para nós a nossa história.

História do meu Batalhão
Companhia a Companhia
Camaradas da Guiné
Que eu me lembro dia a dia.

Agradeço às Entidades
Que me ajudaram e são
Primeiro Manuel Mestre
E Comandante do Batalhão.

Entre outros Comandantes
Que a todos digo obrigado
Ao Cor. Aristides Pinheiro
Por me ter ajudado.

Depois do meu Batalhão
Para vós que também é
Ex Militar destemido
Que lutaste na Guiné.

Viva o meu Batalhão
A minha CCS e até
Todas as Companhias
Na campanha da Guiné.

A Guiné já não é nossa
Mas parece que ainda é
Pois todos gostamos saber
Notícias lá da Guiné.

A Guiné hoje é diferente
Já nada mais é igual
A Guiné era Guiné
Quando era Portugal.

Adeus Guiné nós dissemos
E prometemos voltar
Para ver por onde andamos
Nos tempos de Militar.

Por tudo quanto sofremos
O teu bem nós desejamos
Estando contigo Guiné
Porque ainda te amamos.

Esta escrita terminou
O Maqueiro escreveu assim
Adeus Guiné e Camaradas
Pois deixo aqui o FIM.

Albino Silva
Ex-Soldado Maqueiro
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Notas do editor

Último poste de Alnino Silva de 13 DE NOVEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22716: Blogpoesia (758): Operações e Missões, e dos nomes que lhes davam (6) (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845)

Último poste da série de 14 DE NOVEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22718: Blogpoesia (759): "Ilusão da eternidade"; "Ideias embrulhadas"; "Insolência" e "Nem só as vacas mugem", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728

sábado, 13 de novembro de 2021

Guiné 61/74 - P22716: Blogpoesia (758): Operações e Missões, e dos nomes que lhes davam (6) (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845)

1. Em mensagem de 4 de Novembro de 2021, o nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70) mandou-nos um trabalho em quadras onde refere os nomes das Operações em que o seu Batalhão participou. Publica-se hoje o sexto poste da série. Lembremos a sua mensagem:

Bom dia Carlos
Em primeiro lugar obrigado por me ires aturando.
Hoje, envio mais coisas minhas pois, lembrei-me das Operações e Missões e dos nomes que lhe davam.
Um Abraço para todos, em especial para os Chefes de Tabanca
Albino Silva



OPERAÇÕES E MISSÕES

Batalhão de Caçadores 2845


Eu às vezes conversando
Recordando o passado
Passa um camarada e pára
Por na Guiné ter estado.

Por vezes passámos tempo
Com saudades a conversar
Aparece um em que diz
À Guiné hei-de voltar.

Hoje só em convívios
É que se pode falar
Antes matando inimigo
Agora saudades matar.

O tempo passa depressa
Como eu também estás cansado
E no dia a dia sofrendo
As maleitas do passado.

Hoje contamos aos netos
Aos filhos já foi contado
Horrores da guerra que nós
Da Guiné nosso passado.

Foi em um ou dois convívios
Em que foi alegria então
Quando juntos fraternizamos
A nível do Batalhão.

Os Convívios continuam
Ano a ano ninguém esquece
Primeiro sábado de Maio
É o nosso da CCS.

E é lindo muito lindo
Camaradas encontrar
Com um abraço bem forte
Tanta saudade matar.

Hoje recordar a Guiné
Ainda fortes e capazes
Com as saudades do tempo
Em que nós fomos rapazes.

Nós falamos de saudades
Falamos de quando em vez
Sem usar camuflado
Muito menos a G3.

Falamos de camaradas
E de lutas sem igual
Combatentes na Guiné
Nós heróis de Portugal.

Falamos de um passado
Tempo que jamais voltou
Jovens naquela idade
E que na Guiné lutou.

Recordamos o nosso tempo
Falamos daquela terra
Dos aerogramas recebidos
De tantas Madrinhas de Guerra.

Recordamos o Batalhão
Santa Margarida e Niassa
Recordamos os vinte anos
Com que partimos prá caça.

Lembramo-nos de camaradas
Dos quais não vamos esquecer
Mesmo dos que já partiram
E que deixaram de combater.

Excelentes e Valorosos
Era o nosso Batalhão
Que hoje é para nós
Uma grande recordação.

Era o BC 10 de Chaves
Hoje não sendo ainda é
O Batalhão de Caçadores
Que nos mandou para a Guiné.

Em Chaves e no Quartel
Em convívios que lá fizemos
Tão bem recebidos que fomos
Honras Militares tivemos.
(continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 12 DE NOVEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22713: Blogpoesia (757): Operações e Missões, e dos nomes que lhes davam (5) (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845)

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Guiné 61/74 - P22713: Blogpoesia (757): Operações e Missões, e dos nomes que lhes davam (5) (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845)

1. Em mensagem de 4 de Novembro de 2021, o nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70) mandou-nos um trabalho em quadras onde refere os nomes das Operações em que o seu Batalhão participou. Publica-se hoje o quinto poste da série. Lembremos a sua mensagem:

Bom dia Carlos
Em primeiro lugar obrigado por me ires aturando.
Hoje, envio mais coisas minhas pois, lembrei-me das Operações e Missões e dos nomes que lhe davam.
Um Abraço para todos, em especial para os Chefes de Tabanca
Albino Silva



OPERAÇÕES E MISSÕES

Batalhão de Caçadores 2845


Vinte e três sessenta e sete
Que também foi massacrada
Com Honras do Batalhão
Que bem mereceu ser Honrada.

Vinte e três sessenta e oito
De valentia e coragem
Muito bem no Batalhão
Era também sua imagem.

Com pelotões destacados
Onde estava o inimigo
Com desprezo pela vida
Iam enfrentando o perigo.

E se havia feridos
Naquela guerra à caça
Fossem brancos ou negros
Era igual a raça.

O Batalhão sempre atento
Registando dia a dia
Também deu o seu louvor
Para esta companhia.

O Comandante Territorial
Compreendeu bem e então
Para além das Companhia
Deu Louvor ao Batalhão.

Um Batalhão competente
Em medo e em tantos dias
Representado tão bem
Pelas nossas companhias.

O Comandante vaidoso
Um Tenente Coronel
Homem de bem e amigo
Fora e dentro do quartel.

Se todos se lembram bem
Do Comandante porreiro
Do Tenente Coronel
Que era o Aristides Pinheiro.

Companhias operacionais
Companhias de caçadores
Companhias de valentes
Para todos um Louvor.

Nós todos que fizemos
Na Guiné a comissão
O nome ficou gravado
Lá no nosso Batalhão.

Todos nós fomos louvados
Nenhum foi posto de lado
Porque todos nós usámos
Na Guiné camuflado.

Fomos nós os corajosos
Numa terra que tremia
E cada um lutou bem
E sempre com valentia.

Se uns mais e outros menos
O fizemos com coragem
Pró Batalhão ser louvado
Nós éramos a sua imagem.

1968, 69 e70
Foram anos que marcaram
E uns contam aos outros
Aquilo que por lá passámos.

O tempo já vai distante
Já prontos a abandonar
Com nós entrando no Barco
Ficava a Guiné a chorar.

A nossa grande alegria
Foi sem dúvida o regresso
Há tantos anos que foi
Mas a Guiné não esqueço.

Sei que há mais como eu
Da Guiné não esquecer
Por me lembrar tanto dela
Estou por ela a escrever.
(continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 11 DE NOVEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22708: Blogpoesia (756): Operações e Missões, e dos nomes que lhes davam (4) (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845)