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sábado, 29 de abril de 2023

Guiné 61/74 - P24265: Ser solidário (256): Vamos ajudar a ONGD "Ajuda Amiga" (NIF 508617910), consigando-lhe 0,5% do IRS de 2022 (Relativamente ao IRS de 2021, recebeu 4.566,48 euros)

Facebook: Foto de cronologia da ONGD Ajuda Amiga:

A Escola Ajuda Amiga de Nhenque, no subsetor de Bissorá, Guiné-Bissau


Notícias recentes, poste de 21 de abril de 2023, 21:34 > Escola Ajuda Amiga de Nhenque, alimentação dos alunos

Como é sabido a alimentação é um fator fundamental para a saúde e para a capacidade de aprendizagem das crianças, face a muitas situações de carência existentes o fornecimento de refeições às crianças pelas escolas é um fator muito importante.

O Programa Alimentar Mundial da ONU (PAM) fornece alimentos gratuitamente às escolas, o que é uma grande ajuda, é necessário contudo criar condições para realizar se poder cozinhar e as crianças poderem tomar as suas refeições, isso implica construir algumas instalações para o efeito.

No Projeto da Escola Ajuda Amiga de Nhenque tal foi planeado, mas a angariação de fundos não foi suficiente para concretizar esta parte do projeto, mas fica a esperança de podermos no futuro voltar a encarar a sua concretização.
 
Face às situações de carência alimentar a Escola optou por avançar com o fornecimento de refeições aos alunos apesar de não existirem condições adequadas para o fazer, assim houve que improvisar e adaptar o que prejudicou alguns objetivos iniciais, como foi o caso da biblioteca.

A cozinha será feita ao ar livre e a biblioteca servirá como refeitório e apoio à cozinha, dado o seu pequeno espaço não havera lugar para todos e muitos terão que se sentar no chão, além disso nos dias que chover não comem, etc., apesar de todas estas limitações as pessoas ficaram felizes com a iniciativa. (F0nte: Página do Facebook da Ajuda Amiga, com sede em Paço de Arcos, Oeiras).

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Guiné 61/74 - P24050: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - XIX (e última) Parte: Bibliografia



Contracapa do livro. Ilustração do mestre luso-guinense Augusto Trigo



Capa do livro "Lendas e contos da Guiné-Bissau / J. Carlos M. Fortunato ; il. Augusto Trigo... [et al.]. - 1ª ed. - [S.l.] : Ajuda Amiga : MIL Movimento Internacional Lusófono : DG Edições, 2017. - 102 p. : il. ; 24 cm. - ISBN 978-989-8661-68-5





O autor, Carlos Fortunato, ex-fur mil arm pes inf, MA, CCAÇ 13, Bissorã, 1969/71, 
é o presidente da direcção da ONGD Ajuda Amiga e também o autor do sítio.



1. Chegamos ao fim da transcrição deste livro (19 postes desde julho de 2021), reproduzindo as pp. 93/94,  respeitantes à Bibliografia. Estamos gratos à generosidade do autor que nos autorizou a utilização deste material, que faz parte de um belíssimo projeto da ONGD Ajuda Amiga – Associação de Solidariedade e de Apoio ao DesenvolvimentoONGD - Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (http://www.ajudaamiga). 

O livro teve a colaboração notável de grandes mestres da pintura e ilustração portugueses, luso-guineenses e guinenenses como Augusto Trigo, Ady Pires Baldé, José Hilário da Silva Portela, José Ruy e Lemos Djata, artistas a quem prestamos também a nossa homenagem. (*)

Como esvreveu, no prefácio,  o Leopoldo Amado (1960-2021), trata-se de "um livro em que se entrecruzam dois campos de pesquisa, em cujas intercessões torna-se possível divisar a constatação de que, infelizmente, persiste ainda um enorme muro de desconhecimento e de incompreensão que adejam África e, mais especificamente, sobre os guineenses e a Guiné-Bissau, donde a razão de ser do livro que agora o Fortunato dá à estampa, com o claro fim de reduzir os fossos de incompreensão existentes."

Por sua vez, o Carlos Fortunato no prólogo fala-nos da razão de ser deste projeto:

(...) Conheci a Guiné-Bissau em 1969, quando ali prestei serviço militar, e uma parte de mim lá ficou, obrigando-me a lá voltar, e ligando-me a ela para sempre, como uma segunda pátria.

A Guiné-Bissau é um país cativante, pois o guineense faz de cada visitante um amigo, recebendo como mais ninguém o faz. A Guiné-Bissau é o ponto de encontro de muitas culturas, e isso dá-lhe uma enorme riqueza humana e cultural. As lendas e os contos são uma pequena parte dessa riqueza.

A razão de ser do presente livro é, preservar o passado e promover a compreensão intercultural, mostrando alguns momentos de grandeza da história da Guiné-Bissau, alguns dos nomes que a marcaram e um pouco da sua cultura.

As lendas e contos apresentados neste livro, são histórias que continuam a ser contadas à volta da fogueira ou cantadas pelos artistas, povoando o imaginário de quem as ouve. As recolhas das lendas e dos contos foram feitas ao longo dos anos, em contactos que tive na Guiné-Bissau, e em Portugal junto dos imigrantes guineenses.

Este livro foi escrito a pensar nos jovens, e tem por isso uma escrita simples e muitas imagens. O estudo do período histórico onde se desenrolam as lendas, permitiu acrescentar informação adicional, complementando e enquadrando um pouco as mesmas. (...) 


Bibliografia

 • A Babel Negra, de Landerset Simões - Edição do autor.

• A Descoberta de África - Catherine Coquery - Vidrovitch - Editora: edições 70.

• À Descoberta do Passado de África - Basil Davidson - Editora: Sá da Costa.

• Agricultura e Resistência na História dos Balanta-Bejaa - Cornélia Giesing

- Revista Soronda nº 16 - Editora: INEP.

• A Guiné do Século XVII ao Século XIX - Fernando Amaro Monteiro e Teresa Vazquez Rocha - Editora Prefácio.

• As Campanhas Coloniais de Portugal 1844-1941 - René Pélissier - Editoria; Estampa.

• Conflitos interétnicos – Carlos Cardoso, Comunicação apresentada na Reunião Internacional de História de Africa IICT/Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga, realizada em Outubro de 1998, em Lisboa - Revista Soronda nº 7 - Editora: INEP.

• Dynamique de L´art Bidjago - Danielle Gallois Duquette - Editora: Instituto de Investigação Cientifica Tropical.

• Etnologia dos bijagós da ilha de Bubaque - Luigi Scantamburlo - Editora: Instituto de Investigação Cientifica Tropical e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa.

• Fulas do Gabú - José Mendes Moreira - Editora: Centro de Estudos da Guiné Portuguesa.

• Grandeza Africana - Manuel Belchior - Editora: Ultramar.

• Guiné Portuguesa I e II – A. Teixeira da Mota - Editora: Agência Geral do Ultramar.

• Contos do Caramô – Lendas e Fábulas Mandingas da Guiné Portuguesa – Agência Geral das Colónias.

• História da África - F. D. Fage - Editora: edições 70.

• História da África Negra - Joseph Ki-Zerbo - Editora: Publicações Europa-América.

• História da Guiné I e II - René Pélissier - Editora: Estampa.

• História da Guiné e Ilhas de Cabo Verde - PAIGC, 1094 - Editora: Afrontamento.

• Kaabunké - Espaço, território e poder na Guiné-Bissau, Gâmbia e Casamance pré-coloniais - Carlos Lopes - Editora: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portuguesas.

• Mandingas da Guiné-Portuguesa - António Carreira - Centro de Estudos da Guiné Portuguesa.

• O Kaabu – Mamadú Mané, texto de uma conferência inicialmente previsto para a semana cultural organizada pelo AIGLON de Kolda (Senegal) em fins de Agosto de 1988 - Revista Soronda nº 7 - Editora: INEP.

• O Império Africano 1825 - 1890 - Valentim Alexandre e Jill Dias - Editora: Estampa.

• Organização Económica e Social dos Bijagós - Augusto J. Santos Lima - Editora: Centro de Estudos da Guiné Portuguesa.

• Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África - 3º Volume - Edição do Estado Maior do Exército.

• Resistência Africana ao controlo do território – Carlos Lopes, Comunicação apresentada na Reunião Internacional de História de Africa IICT/ Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga, realizada em Outubro de 1998, em Lisboa - Revista Soronda nº 7 - Editora: INEP.

• Sundiata – An Epic of Old Mali - Djibril Tamsir Niane - Editora Longman African Writers.

• Sundiata – Lion King of Mali - David Wisniewki - Editora: American Library Association.

• Sundiata – Uma Lenda Africana - Will Eisner - Editora: Cia. das Letras.

• Tratado Breve dos Rios de Guiné do Cabo-Verde, do capitão André Álvares d´Ameida - Editora: Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.

• Uma história da Escravatura - James Walvin.- Editora Tinta da China.

• Usos e Costumes Jurídicos dos Mandingas – Artur Augusto da Silva - Editora: Centro de Estudos da Guiné Portuguesa.

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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 18 de janeiro de 2023 > Guiné 61/74 - P23994: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XVIII: Breve história do império do Cabú

Vd.  restantes postes da série:

18 de janeiro de 2023 > Guiné 61/74 - P23992: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XVII: Breve história do império do Mali

20 de setembro de 2022 > Guiné 61/74 - P23629: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XVI: Conto - O menino e patu-feron

11 de setembro de 2022 > Guiné 61/74 - P23607: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XV: Conto - O lobo que queria comer os filhos da lebre

11 de maio de 2022 > Guiné 61/74 - P23254: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XIV: Conto - O lobo e a lebre vão à pesca (pp. 75/78)

12 de abril de 2022 > Guiné 61/74 - P23160: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XIII: Conto - O leão e o javali no tempo da sede

9 de março de 2022 >Guiné 61/74 - P23061: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XII: Conto - O hipopótamo dá boleia ao lobo

30 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22950: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XI: Conto - O casamento do lebrão

17 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22914: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte X: Conto - O camaleão ganha a corrida ao lobo (hiena)

9 de dezembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22791: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte IX: Conto - A lebre e o lobo no tempo da fome

18 de novembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22726: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte VIII: A lenda da canoa papel (...ou a maldição da pátria de Cabral)

28 de setembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22577: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte VII: A lenda de Alfa Moló

4 de setembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22510: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte VI: A lenda de Djanqui Uali, o último Mansa Bá (imperador) do Cabú 

5 de agosto de 2021 > Guiné 61/74 - P22433: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte V: A lenda de Sundiata Keita
 
26 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22405: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte IV: Lendas mancanhas

20 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22390: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte III: Lendas bijagós

10 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22359: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte II A: Comentário adicional sobre os balantas: "Nhiri matmatuc Fortunato. Nhiri cá ubabe. Nhiri god mara santa cá cum boim. Udi assime?"...Traduzindo: "O meu nome é Fortunato. Eu sou branco, não sei falar bem balanta. Percebes o que estou a falar?"... Uma conversa com Kumba Yalá, em Bissorã, a dois dias da sua morte, aos 61 anos

9 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22354: "Lendas e contos da Guiné-Bissau" : um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte II: Ficha técnica, prefácio de Leopoldo Amado, lendas balantas (pp. 1-14)

8 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22349: "Lendas e contos da Guiné-Bissau" : um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte I: Vamos dar início a uma nova série, um mimo para os nossos leitores

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Guiné 61/74 - P23629: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XVI: Conto - O menino e patu-feron



Ilustrações do mestre Augusto Trigo (2016), pai da pintura guineense e grande ilustrador, a sua obra é uma referência. (pp. 81 e 83). Nasceu em Bolama, em 1938. Casapiano.



O autor, Carlos Fortunato, ex-fur mil arm pes inf, MA,
CCAÇ 13, Bissorã, 1969/71, é o presidente da direcção da ONGD Ajuda Amiga



1. Transcrição das pp. 81/83 do livro "Lendas e contos da Guiné-Bissau", com a devida autorização do autor (*)


J. Carlos M. Fortunato > Lendas e contos da Guiné-Bissau




Capa do livro "Lendas e contos da Guiné-Bissau / J. Carlos M. Fortunato ; il. Augusto Trigo... [et al.]. - 1ª ed. - [S.l.] : Ajuda Amiga : MIL Movimento Internacional Lusófono : DG Edições, 2017. - 102 p. : il. ; 24 cm. - ISBN 978-989-8661-68-5



CONTO - O MENINO E O PATU-FERON 
(pp. 81/83)


Um dia, uma mulher ao ir buscar lenha ao mato, em vez de carregar com o seu filho nas costas como era costume, deitou-o no chão, para poder trabalhar mais rapidamente.

Um patu-feron (37),  vendo a mulher distraída com o trabalho, roubou-lhe o filho, e levou-o para o seu ninho numa árvore.

A mulher aflita gritou:
Ajuda, ajuda. Patu-feron levou o menino. Ajuda, ajuda.

Vieram pessoas a correr, que foram logo procurar o menino, nas árvores onde os patus-feron costumavam fazer os ninhos, mas, apesar de muito procurarem, nada encontraram.

Anos mais tarde, um caçador que andava a caçar naquele local, viu uma criança em cima de uma árvore.

O caçador tinha visto uma mulher ali perto a cozinhar, e foi falar com ela.

 Eu vi uma criança em cima de uma árvore, cozinha arroz para dares à criança, que eu vou buscá-la  disse o caçador.

O caçador, mal chegou ao local, começou a subir a árvore para ir buscar a criança, mas o patu-feron atacou-o e não o deixou subir. Então o caçador pegou no machado e começou a cortar a árvore.

Quando o patu-feron viu o caçador a cortar a árvore, começou a cantar.

 
− Ráque, ráque! Ráque, ráque!  fazia o patu-feron e a árvore voltava a crescer.

Então o caçador pegou no arco e nas flechas para matar o patu-feron, mas ao ver isto o patu-feron começou a gritar por ajuda, e começaram a vir muitos patus-feron, que atacaram o caçador.

O valente caçador enfrentou os patus-feron, e com o seu arco disparou as setas que tinha, matando muitos patus-feron, mas as setas acabaram-se e eles continuavam a vir. Então o caçador pegou no machado e na catana e continuou a lutar, até todos os patus-feron estarem mortos.

Finalmente o caçador conseguiu subir à árvore e trazer a criança.

A mulher deu o arroz à criança, mas esta não quis comer, porque só estava acostumada a comer peixe cru que o patu-feron lhe dava.

O caçador levou-o para sua casa e criou-o como se fosse seu filho, insistindo, pouco a pouco, para que ele comesse arroz.

E foi assim, que o caçador conseguiu salvar o menino, e acostumá-lo a comer arroz, ao pequeno-almoço, ao almoço, e ao jantar.

___________

Nota do autor:

(37) Patu-feron - é a designação dada em crioulo ao pato ferrão (Plectropterus gambensis), o qual é comum na África subsariana. É a maior ave aquática do continente africano, chegando a pesar sete quilos e a envergadura das asas ser de dois metros; é uma ave perigosa, pois usa o esporão que tem na dobra de cada asa (de onde deriva o nome pato-ferrão) para atacar quando se sente ameaçada.


Pato-ferrão, Patu-feron (crioulo), Thifathe (balanta), Cubuquetaco (fula).  Macho adulto. 

Fonte: Guia das aves comuns da Guiné Bissau / Miguel Lecoq... [et al.]. - 1ª ed. - [S.l.] : Monte - Desenvolvimento Alentejo Central, ACE ; Guiné-Bissau : Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas da Guiné-Bissau, 2017, p. 15. Ilustração de PF - Pedro Fernandes) (Com a devida vénia...)  



2. Vamos ajudar a Ajuda Amiga: com pouco podemos ajudar muito


(i) Donativos em Dinheiro

Conta da Ajuda Amiga:

NIB 0036 0133 99100025138 26

IBAN PT50 0036 0133 99100025138 26

BIC MPIOPTPL



(ii) Donativos em Espécie

Os bens em espécie que a Ajuda Amiga valoriza, prioritariamente, neste momento, são:
  • Dicionários de português;
  • Gramáticas básicas de português;
  • Material escolar;
  • Computador portátil;
  • Impressora laser;
  • Bolas de futebol.

3. Ajuda Amiga > Contactos:

J. Carlos M. Fortunato
Presidente da Direção da ONGD Ajuda Amiga
E-mail jcfortunato2010@gmail.com | E-mail jcfortunato@yahoo.com
Telem. +351 935247306

Escritório > Ajuda Amiga – Associação de Solidariedade e de Apoio ao Desenvolvimento
Rua do Alecrim, nº 8, 1º dtº
2740-007 Paço de Arcos

Sede > Ajuda Amiga – Associação de Solidariedade e de Apoio ao Desenvolvimento
Rua Mário Lobo, nº 2, 2º Dtº.
2735 - 132 Agualva - Cacém

Armazém > Centro de Atendimento da União das Freguesias do Cacém e São Marcos
Rua Nova do Zambujal, 9-A, Cave
2735 - 302 - Cacém

NIPC 508617910
ONGD – Organização Não Governamental para o Desenvolvimento
Pessoa Coletiva de Utilidade Publica

Sítio: http://www.ajudaamiga.com

Facebook: https://www.facebook.com/Ajuda-Amiga-1050756531631418/?ref=hl

E-mail: ajudaamiga2008@yahoo.com

Telemóvel: +351 937149143
__________

domingo, 11 de setembro de 2022

Guiné 61/74 - P23607: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XV: Conto - O lobo que queria comer os filhos da lebre



Ilustração (pág. 79) do mestre Augusto Trigo (2016), pai da pintura guineense e grande ilustrador, a sua obra é uma referência.
 


O autor, Carlos Fortunato, ex-fur mil arm pes inf, MA,
CCAÇ 13, Bissorã, 1969/71, é o presidente da direcção da ONGD Ajuda Amiga



1. Transcrição das pp. 79/80 do livro "Lendas e contos da Guiné-Bissau", com a devida autorização do autor (*)



J. Carlos M. Fortunato > Lendas e contos da Guiné-Bissau



Capa do livro "Lendas e contos da Guiné-Bissau / J. Carlos M. Fortunato ; il. Augusto Trigo... [et al.]. - 1ª ed. - [S.l.] : Ajuda Amiga : MIL Movimento Internacional Lusófono : DG Edições, 2017. - 102 p. : il. ; 24 cm. - ISBN 978-989-8661-68-5


Conto - O lobo que queria comer 
os filhos da lebre (pp. 79/80)



Um dia, o lobo (hiena) foi à casa da lebre para lhe comer os filhos, mas a lebre conseguiu fugir e foi esconder os filhos ao pé de um poilão (36).

O lobo não desistiu e continuou a procurar os filhos da lebre. Tanto o lobo procurou, que acabou por descobrir o local onde estavam os filhos da lebre.

A lebre não estava em casa, porque tinha ido ao mercado comprar peixe, mas os filhos da lebre ao sentirem o lobo perto, fugiram para o alto do poilão. O lobo pelo cheiro sentia que os filhos da lebre estavam perto, mas não os conseguia encontrar. Então imitou a voz da lebre a chamar os filhos.

   Meninos, onde estão?     chamava o lobo imitando a lebre.

Mamã, mamã, estamos aqui em cima −  responderam os filhos da lebre do alto do poilão, e pensando que era a mãe que tinha chegado, atiraram uma corda para ela poder subir. Ao ver a corda, o lobo começou a subir por ela acima para ir comer os filhos da lebre, mas nesse momento chegou a lebre.

 A lebre nem precisou de corda para subir rapidamente até ao alto do poilão, e, lá de cima, chamou o lobo:

−  Vem, vem para aqui, para junto de mim!

E o lobo assim fez, pois assim comia primeiro a lebre e depois os filhos. Quando o lobo chegou perto, a lebre indicou-lhe um tronco para ele se sentar e disse-lhe:

−  Senta-te aqui, enquanto eu arranjo este peixe. Depois, já me podes comer.

Como a lebre não podia fugir, o lobo pensou logo que ia ficar de barriga cheia, pois ia comer a lebre, os seus filhos e ainda o peixe que ela estava a arranjar.

A lebre que era muito esperta, tinha escolhido um tronco podre para o lobo se sentar. Assim, quando ele se sentou, o tronco partiu-se e o lobo caiu do poilão e ficou no chão sem se mexer.

A lebre, como sabia que o lobo podia estar a fingir de morto, disse para os filhos:

 
−  Não  vamos descer já. Vamos esperar até vermos as moscas poisarem em cima do lobo.

Quando a lebre e os filhos viram as moscas poisadas em cima do lobo, ficaram tão contentes que até dançaram. O lobo tinha morrido.

E foi assim, que a lebre conseguiu salvar os seus filhos de serem comidos pelo lobo.

_________

Nota do autor:

(36) Poilão - árvore de grande envergadura, muito vulgar na Guiné-Bissau.


2. Vamos ajudar a Ajuda Amiga: com pouco podemos ajudar muito

(i) Donativos em Dinheiro

Conta da Ajuda Amiga:

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(ii) Donativos em Espécie


Os bens em espécie que a Ajuda Amiga valoriza, prioritariamente, neste momento, são:
  • Dicionários de português;
  • Gramáticas básicas de português;
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  • Computador portátil;
  • Impressora laser;
  • Bolas de futebol.

3. Ajuda Amiga > Contactos:

J. Carlos M. Fortunato
Presidente da Direção da ONGD Ajuda Amiga
E-mail jcfortunato2010@gmail.com | E-mail jcfortunato@yahoo.com
Telem. +351 935247306

Escritório > Ajuda Amiga – Associação de Solidariedade e de Apoio ao Desenvolvimento
Rua do Alecrim, nº 8, 1º dtº
2740-007 Paço de Arcos

Sede > Ajuda Amiga – Associação de Solidariedade e de Apoio ao Desenvolvimento
Rua Mário Lobo, nº 2, 2º Dtº.
2735 - 132 Agualva - Cacém

Armazém > Centro de Atendimento da União das Freguesias do Cacém e São Marcos
Rua Nova do Zambujal, 9-A, Cave
2735 - 302 - Cacém

NIPC 508617910
ONGD – Organização Não Governamental para o Desenvolvimento
Pessoa Coletiva de Utilidade Publica

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Telemóvel: +351 937149143

______________

Nota do editor:

(*) Último poste da série > 11 de maio de 2022 > Guiné 61/74 - P23254: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XIV: Conto - O lobo e a lebre vão à pesca (pp. 75/78)

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23254: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XIV: Conto - O lobo e a lebre vão à pesca (pp. 75/78)





Ilustração (pp. 75 e 77) do mestre Augusto Trigo, pai da pintura guineense e grande ilustrador,
a sua obra é uma referência.



O autor, Carlos Fortunato, ex-fur mil arm pes inf, MA,
CCAÇ 13, Bissorã, 1969/71, é o presidente da direcção da ONGD Ajuda Amiga


1. Transcrição das pp. 75-78 do livro "Lendas e contos da Guiné-Bissau", com a devida autorização do autor (*)



J. Carlos M. Fortunato > Lendas e contos da Guiné-Bissau



Capa do livro "Lendas e contos da Guiné-Bissau / J. Carlos M. Fortunato ; il. Augusto Trigo... [et al.]. - 1ª ed. - [S.l.] : Ajuda Amiga : MIL Movimento Internacional Lusófono : DG Edições, 2017. - 102 p. : il. ; 24 cm. - ISBN 978-989-8661-68-5



Conto - O lobo e a lebre vão à pesca 

(pp. 75/78)


Ouvindo dizer que a lebre tinha um barco para pescar e que pescava muito peixe, um dia o lobo (hiena) pediu à lebre para ir à pesca com ele.

A lebre não queria ir com o lobo, pois sabia que ele era mau, mas teve medo de dizer que não, pois o lobo era até capaz de a comer, e assim disse que iriam os dois à pesca no dia seguinte.

O lobo e a lebre desceram o rio de canoa e a dada altura a lebre disse ao lobo:

−  Fica a pescar neste lugar, que tem muito peixe, que eu vou pescar mais à frente.

−  Está bem −  disse o lobo.

O lobo não pescava nada, mas a lebre não parava de gritar de contente:

−  Já apanhei um! Já apanhei dois! Já apanhei três! Quatro! Cinco! −  a lebre não parava de apanhar peixe, e o lobo nada.

O lobo furioso por não apanhar peixe, foi ter com a lebre e gritou-lhe zangado:

 Enganaste-me! No meu lugar não há peixe, mas eu vou ficar com o teu peixe e vou vender-te no mercado.

−  Tu é que não sabes pescar ou não tens sorte −  respondeu a lebre.

O lobo amarrou a lebre, meteu-a dentro da canoa e remou para a outra margem do rio, onde havia um mercado.

A lebre ficou aflita, mas arranjou logo um plano para enganar o lobo, ecomeçou cantar.

O patrão está a cantar,
o criado a remar,
que boa viagem vão dar.

O patrão está a cantar,
o criado a remar,
que boa viagem vão dar.


O lobo ao ouvir esta cantiga, disse logo:

−  Eu não sou teu criado, eu é que sou o patrão.

−  Tu é que estás a remar, eu estou a descansar, se não queres ser o criado, então podemos trocar.

−  Está bem −  disse o lobo.

A lebre trocou com o lobo, mas amarrou-o bem, e continuou a remar para ir ao mercado

O lobo, satisfeito, foi todo o caminho a cantar:

O patrão está a cantar,
o criado a remar,
que boa viagem vão dar.

O patrão está a cantar,
o criado a remar,
que boa viagem vão dar.


Quando estavam a chegar à margem, o leão, o hipopótamo, a girafa e todos os outros animais que estavam no mercado vieram ver o que se passava, e comentaram:

−  A lebre traz uma coisa para vender.

O lobo ao ver que estavam a chegar à margem, disse à lebre:

−  Desamarra-me! Rápido!

− Eu não te vou desamarrar, eu vou vender-te no mercado  
−  respondeu a lebre.

−  O quê? Eu sou mais forte do que tu! Desamarra-me ou eu mato-te - disse o lobo ao mesmo tempo que se mexia, tentando libertar-se das cordas.

A canoa começou a abanar, devido aos movimentos do lobo para se libertar, e a lebre disse-lhe:

Vais virar a canoa, e como estás amarrado vais morrer afogado, e eu vou nadar para terra, é melhor não te mexeres.

O lobo com medo ficou quieto, e a lebre vendeu-o ao leão.

E foi assim, que a lebre se conseguiu livrar do lobo.


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terça-feira, 12 de abril de 2022

Guiné 61/74 - P23160: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XIII: Conto - O leão e o javali no tempo da sede

 


Ilustração (pág. 73) do mestre Augusto Trigo, pai da pintura guineense e grande ilustrador,
a sua obra é uma referência




O autor, Carlos Fortunato, ex-fur mil arm pes inf, MA,
CCAÇ 13, Bissorã, 1969/71, é o presidente da direcção da ONGD Ajuda Amiga




1. Transcrição das pp. 73-74 do livro "Lendas e contos da Guiné-Bissau", com a devida autorização do autor (*)



J. Carlos M. Fortunato
Lendas e contos da Guiné-Bissau



Capa do livro "Lendas e contos da Guiné-Bissau / J. Carlos M. Fortunato ; il. Augusto Trigo... [et al.]. - 1ª ed. - [S.l.] : Ajuda Amiga : MIL Movimento Internacional Lusófono : DG Edições, 2017. - 102 p. : il. ; 24 cm. - ISBN 978-989-8661-68-5

Conto - O leão e o  javali 

no tempo da sede (pp. 73/74)

 

No tempo da sede, os animais tiveram que partir para longe para procurar água para beber, pois a chuva não vinha, as bolanhas estavam  secas, e pior ainda é que, sem chuva, a água do mar tinha continuado a  subir até à nascente dos rios, e toda a água era agora salgada.

O leão e o seu amigo javali partiram juntos, à procura da terra da água  doce, na esperança de encontrarem alguma água boa pelo caminho, pois  a sede era muita e essa terra ficava muito longe.

Depois de vários dias a andar sem encontrarem água, o leão disse para  o seu amigo:

Não vou aguentar, estou muito cansado e a terra da água doce ainda fica muito longe.

Aguenta. Eu vou à frente, pode ser que encontre alguma água disse o javali.

E por sorte o javali encontrou logo uma pequena bolanha, que ainda tinha um pouco de água.

Água! Água! gritou o javali.

O leão reuniu todas as forças e correu para beber a água.

O javali já se preparava para beber a água, quando o leão o empurrou e disse:

Eu sou o Rei dos animais, eu é que vou beber primeiro.

Eu é que cheguei primeiro, eu é que vou beber primeiro respondeu o javali, empurrando o leão.

O leão e o javali começaram a lutar. O leão era mais forte, mas não conseguia vencer o javali, porque estava fraco, e o javali era muito rápido, mas não tinha força suficiente para vencer o leão.

Se continuarmos a lutar, vamos morrer os dois. Eu deixo-te beber a água primeiro, se prometeres só beber metade disse o javali.

Tens razão, não devemos lutar, desculpa ter-te empurrado, eu quero que continues a ser meu amigo respondeu o leão.

Fizeram as pazes. O leão bebeu a água primeiro, depois foi a vez do javali, e com novas forças continuaram a viagem.

E foi assim, que os dois amigos conseguiram chegar à terra da água doce.



2. C
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sexta-feira, 25 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23111: Ser solidário (243): Vamos ajudar a Ajuda Amiga a realizar agora o Projeto Água e Energia para a Escola de Nhenque, Bissorã




Guiné-Bissau > Região do Oio > Bissorã > Nhenque > 15 de agosto de 2021 >  Complexo Escolar de Nhenque: uma Sala Polivalente com uma pequena Arrecadação, duas Salas de Aulas, dois Depósitos em Cimento para fornecerem àgua às Latrinas, duas Latrinas, uma para os meninos outra para as meninas e um Contentor que serve de Armazém de ferramentas e materiais.

Terminado o projeto de construção das salas da Escola Ajuda Amiga de Nhenque e estando a escola já a funcionar no ano letivo de 2021/22, decorre agora o projeto de fornecimento de água e energia à escola, através de uma bomba eletrica a funcionar com painéis solares. É um projeto feita em parceria pela Ajuda Amiga e a Tabanca Pequena (de Matosinhos).

Fotos (e legenda): ONGD Ajuda Amiga (2022). Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.




23-01-2022 - Projeto Água e Energia para a Escola Ajuda Amiga de Nhenque

Este projeto tem por objetivo o fornecimento de água e de energia à Escola, o que implica uma zona vedada com rede, a abertura de um poço, a construção de uma base para colocar um depósito de 2.000 litros, o fornecimento do referido depósito, a construção de uma estrutura para colocar painéis solares, a instalação dos painéis solares, a criação de um espaço para os equipamentos (controlador, baterias, inversor, quadro elétrico, distribuidor, lâmpada e tomadas), a fim de suportarem o funcionamento de uma bomba submersível e o carregamento de telemóveis, eventualmente depois poderão ser ligados outros equipamentos.

O fornecimento de água irá permitir deitar nas latrinas e para as crianças se lavarem, o que é fundamental estar assegurada, assim como a água para beber. O poço vai ter 23 m, a água apenas aparece a 19 m de profundidade.

Não existe qualquer fonte de energia na zona, pelo que o carregamento de telemóveis será um serviço a prestar à comunidade local, deixando de terem que se deslocar a outra localidade para o fazerem. As receitas deste serviço revertem para a escola, ajudando à precária sustentabilidade da mesma, pois o valor do pagamento das propinas é quase simbólico e não existem quaiquer apoios do Estado. A Escola é uma escola comunitária, portanto pertence à comunidade e é a comunidade é que suporta as despesas da mesma.

Mais detalhes na nossa página de Noticias.

Todos os donativos feitos são integralmente utilizados nos projetos. Os membros da Ajuda Amiga que se deslocam para apoiar os nossos projetos suportam eles próprios as suas despesas, e as despesas de funcionamento da Ajuda Amiga são pagas com as quotas dos sócios.


2. Vamos ajudar a Ajuda Amiga: com pouco podemos ajudar muito

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J. Carlos M. Fortunato
Presidente da Direção da ONGD Ajuda Amiga
E-mail jcfortunato2010@gmail.com | E-mail jcfortunato@yahoo.com
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quarta-feira, 9 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23061: "Lendas e contos da Guiné-Bissau": Um projeto literário, lusófono e solidário (Carlos Fortunato, presidente da ONGD Ajuda Amiga) - Parte XII: Conto - O hipopótamo dá boleia ao lobo

 



Ilustrações ( (pp. 69-71) do mestre Augusto Trigo, pai da pintura guineense e grande ilustrador, 
a sua obra é uma referência
 



O autor, Carlos Fortunato, ex-fur mil arm pes inf, MA,
CCAÇ 13, Bissorã, 1969/71, é o presidente da direcção da ONGD Ajuda Amiga


1. Transcrição das págs. 69-71 do livro "Lendas e contos da Guiné-Bissau", com a devida autorização do autor (*)



J. Carlos M. Fortunato 

Lendas e contos da Guiné-Bissau



Capa do livro "Lendas e contos da Guiné-Bissau / J. Carlos M. Fortunato ; il. Augusto Trigo... [et al.]. - 1ª ed. - [S.l.] : Ajuda Amiga : MIL Movimento Internacional Lusófono : DG Edições, 2017. - 102 p. : il. ; 24 cm. - ISBN 978-989-8661-68-5



Conto - O hipopótamo dá boleia ao lobo
(pp.  69-71)



O lobo (hiena) queria atravessar o rio, mas não podia porque este tinha muita água. Então foi pedir ajuda ao hipopótamo, para este o levar para o outro lado do rio.

O hipopótamo não gostava do lobo, porque este era malandro, e respondeu-lhe:

 Não tenho tempo, tenho que ir comer e depois vou descansar.

O lobo não desistiu, e pedia, pedia, sem parar:

 Tem paciência, ajuda com boleia, tem paciência, ajuda com boleia, tem paciência, ajuda com boleia, tem paciência…  – repetia o lobo sem parar.

O lobo não se calava e a cabeça do hipopótamo já não aguentava mais, e então disse:

– Está bem, vou levar-te para o outro lado nas minhas costas, mas se me fizeres mal, vais-te arrepender.

 Obrigado, obrigado  – disse  logo o lobo, ao mesmo tempo que se ria baixinho.

O hipopótamo desconfiou daquele risinho, mas pensou que talvez fosse porque o lobo estava contente.

E o lobo lá foi às costas do hipopótamo, até ao outro lado do rio.

Quando chegaram à outra margem, o lobo deu uma dentada no hipopótamo, arrancando-lhe um bocado de carne e fugiu rapidamente com ela na boca.

O hipopótamo ferido, lançou um grito de dor e de raiva:

 
  Aaarrgh!

O hipopótamo estava furioso, e zangado, mas ferido não podia correr atrás do lobo.

Algum tempo depois passou por ali uma lebre, que, ao ver o hipopótamo ferido, lhe perguntou o que tinha acontecido.

Ao saber da maldade do lobo, a lebre que também não gostava dele, disse:

 Esse lobo é mesmo muito mau! Eu vou-te ajudar. Eu vou trazer o lobo aqui. Fica aí deitado e finge que estás morto. Não te mexas!

A lebre foi para o mato e começou a tocar o bombolom (35), chamando todos os animais.

Quando estavam todos os animais reunidos a lebre disse:

 Está um hipopótamo morto na margem do rio, vamos comê-lo.

Ao ouvir isto, o lobo disse logo:

 
  Esse hipopótamo é meu, fui eu que o matei, e eu é que vou comê-lo.

Dito isto, o lobo correu para o local onde estava o hipopótamo, mas, quando se preparava para o comer, o hipopótamo abriu a sua grande boca e deu-lhe uma dentada.

E foi assim, que o lobo foi castigado pela sua maldade.

__________

Nota do autor:

(35) Bombolom - é um instrumento musical, que é tocado com dois paus, batendo-se num tronco de árvore ao qual foi retirado o seu interior, ficando com uma abertura em cima, de modo a servir de caixa de ressonância.


2. Como ajudar a "Ajuda Amiga"?

Caro/a leitor/a, podes ajudar a "Ajuda Amiga" (e mais concretamente o Projecto da Escola de Nhenque, que já foi inaugurada dia 8 deste mês, com pompa e circunstância), fazendo uma transferência, em dinheiro, para a Conta da Ajuda Amiga:

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