sábado, 26 de agosto de 2017

Guiné 61/74 - P17702: Convívios (823): Lourinhã, Tabanca de Porto Dinheiro, 18/8/2017 - Parte II: Fotos de Álvaro Carvalho


Foto nº 1> Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Da esquerda para a direita, Eduardo Jorge Ferreira, o régulo, Luís Graça e Rui Chamusco.



 Foto nº 2 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Da esquerda para a direita, Elisabte Marteleira, Arcílio Marteleira e Alice Carneiro. O Arcílio foi alferes miliciano, SGE, Bissau, 1964/66.


Foto nº 3 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >   João Crisóstomo e Luís Graça



Foto nº 4> Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > Aspeto, parcil, de uma das duas mesas.


Foto nº 5 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  A Maria Helena Carvalho (a Lena do Enxalé) e o Rui Chamusco


Foto nº 6 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Em primeiro plano, o Berlarmino Sardinha, a Maria do Rosário Henriques e o Luís Graça


 Foto nº 7 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > O Joaquim Pinto Carvalho e o Estêvão Henriques


Foto nº 8 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Cantando os "parabéns a você" às aniversariantes Alice Carneira e Helena Carvalho.



Foto nº 9 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Em prtimeiro plano, o Pinto de Carvalho (à esquerda), o Belarmino Sardinha e a a esposa Antonieta (à direita).


Foto nº 10 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  O Jaime, o "canito" e a Dina.


Foto nº 11 > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > Outro aspecto das duas mesas... De costas, a Helena Carvalho, a Alice Carneiro e o Arcílio Marteleira.



Foto nº 12  > Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > Uma "gracinha" dos "duques do Cadaval" para a nossa aniversariante Alice.


Fotos: © Álvaro Carvalho  (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem; Blogue Luís Graça / Camaradas da Guiné]


1. Continuação da "cobertura fotográfica" do convívio anual (2017) da Tabanca de Porto Dinheiro, desta vez a cargo do Álvaro Carvalho, marido da Maria Helena Carvalho, a nossa querida amiga Helena do Enxalé. O casal mora na Amoreira, Caldas da Raínha, e tem uma especial relação com a CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67).

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Guiné 61/74 - P17701: Convívios (822): Lourinhã, Tabanca de Porto Dinheiro, 18/8/2017 - Parte I: Fotos de Luís Graça


Foto nº 1 >  Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > A chegada do régulo. Eduardo Jorge Ferreira


Foto nº 2 >  Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > O régulo dando os parabéns à aniversariante Maria Alice Ferreira Carneiro


Foto nº 3 >  Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > À esquerda, o nosso mais ilustre tabanqueiro, que veio de propósito da Eslovénia... Na véspera, tinha estado no Porto com o bispo timorense Dom Ximenes Belo... À direita, o Álvaro Carvalho, marido da Helena do Enxalé... Foi, com o nosso editor Luís Graça. o fotógrafo que fez a cobertura do evento.


Foto nº 4 >  Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > O novo membro da Tabanca de Porto Dinheiro: natural do Sabugal, vive parte do ano na Lourinhã, professor reformado de educação física, e ativista da causa de Timor (lidera um projeto de construção de escolas nas montanhas de Timor Lorosae)


Foto nº 5 >  Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > O João Crisóstomo trouxe, da viagem a Timor em abril de 2017, uma coleção de panos, ou "tais", com que tem presenteado os amigos. Nesta ocasião, trouxe um pano para a Alice, que fazia anos. O "tais" tem um grande significado na cultura timorense.


Foto nº 6 >  Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  A aniversariante, ostentando o "tais" que o João Crisóstomo lhe ofereceu como prenda de
anos



Foto nº 7 >  Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Mais outra das nossas joviais tabanqueiras, neste caso  a "duqueza do Cadaval", a Maria do Céu, a mulher do nosso camarada Joaquim Pinto de Carvalho, Em segundo plano, a Maria do Rosário Hen, esposa do Estêvão Alexandre Henriques,



Foto nº  8 >  Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > O Estêvão Alexanrde Henriques: com a especialidade de radiomontador, embarcou para a Guiné a 18 de agosto de 1965 a bordo do navio Niassa, chegando a Bissau a 24. Era furriel miliciano. Fazia parte da CCS/BCAÇ 1858. Está de há muito convidado para integrar a Tabanca Grande. [Tem página no Facebook, clicar aqui].



Foto nº 9 > Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > Um convidado muito especial e atento a tudo o que se passava à volta: o "chihuahua", o   canito mexicano do Jaime e da Dina.


Foto nº 10 > Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 >  Um tacho com a caldeirada  à moda do restaurante "O Viveiro", de Porto Dinheiro.


Foto nº 11 > Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > O ramo de rosas amarelas que a Lena do Enxalé, a Maria Helena Carvalho, e o marido, Álvaro Carvalho, ofereceram à Alice. Por coincidênica, a nossa amiga Lena também tinha acabado de fazer anos, uns dias anos, sendo portanto "leoa" como a a Alice...


Foto nº 12 > Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > O bolo do duplo aniversário; o da Alice (72) e o da Lena do Enxalé (66), Foi oferecido pela Alice, tal como o espumamte.


Foto nº 13 > Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > Aspeto parcial dos tabanqueiros, cantando so parabéns a vocè...





Foto nº 14 > Lourinhã > Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > Mensagem que o João mandou para a Vilma, depois de tentar, em vão, falar com ela ao telemóvel... "Trying to call... we are all in Porto Dinheiro (21 people...), everybody mad with me because I did not bring you with me. Hugs from everybody"...

[Tradução do inglês: "Estiu a tentar ligar-te... Estamos aqui todos no Porto Dinheiro (21 pessoas ...). Eles estão bravos comigo porque não te trouxe. Abraços da malta toda" ...]


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição; Blogue Luís Graça / Camaradas da Guiné]


1. Foi um boa almoçarada e um melhor convívio, o da Tabanca de Porto Dinheiro, na praia de Porto Dinheiro,  freguesia de Ribamar, concelho da Lourinhã.
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Marcaram presença vinte e um amigos  e camaradas. Da malta da Guiné, comparaceran à chamada o régulo da Tabanca, Eduardo Jorge Ferreira, o Luís Graça, o João Crisóstomo, o Joaquim Pinto Carvalho, o Belarmino Sardinha, o Estêvão Henriques e o Arcílio Marteleira, mais a Helena do Enxalé... 

O Jaime Bonifácio Marques da Silva. embora nosso grã-tabanqueiro, esteve em Angola. Trouxe com ele a esposa, Dina, a filha Sofia e o genro José, porfessor universitário. (A Sofia doutorou-se recentemente em ciências do desporto, e está de parabéns, por esse motivo e por esperar um bebé).

O Belarmino Sardinha e a esposa Antonieta vieram do Cadaval onde têm segunda casa, em Rocha Forte. Claro  que não podiam faltar os "dques do Cadaval", os Pinto Carvalho, o Joaquim e a Maria do Céu, da Artvilla, Vila Novca, Vilar, Cadaval. 

Da Lourinhã, vieram os casais Luís Graça e Alice Carneiro, Elisabete e Arcílio Marteleira, Fenando e Ângela... O Esrêvão e a Maria do Rosário vivem no Seixal, Lourimhã. tal como o Jaime e a Dina. Nosso novo tabanqueiro é o Rui Chamusco, proefessor de educação física, tal como o Eduardo de quem é velho amigo. É do Sabugal, e tem um projeto solidásrio com Timor Lorosae, de que nos falou. 

O João Crisóstomo veio diretamente da Eslovénia, mas sem a Vilma...Esteve há dias com o secretário de Estado do Vaticano para angariar apoios para o projeto do Rui Chamusco em Timor Leste... A Lena do Enxalé veio com o seu Álvaro Carvalho e este, por sua vez, veio com o superequipamemto fotográfico que lhe custou os olhos da cara: reproduziremos, em segundo poste, algumas das "chapas" que ele nos tirou.... Aniversariantes deste mês, a Helena a 9, e a Alice, a 18,  tiveram direito a um alegre coro que cantou os "Parabéns a vocè"...

Tudo bem comido e bem regado (, a caldeirada recomenda-se aqui no restaurante "O VIveiro"), com direoto a bolo de anos,  espumante e ginginha de Óbidos. O tacho ficou por 18 morteiradas "per capita"... O João Crisóstomo estava com saudades das nossas comidinhas. A Estónia é linda de morrer e é a terra da sua amada Vilna, mas a comida é, no mínimo, uma coisinha deslavada...

Faltou, desta vez, o nosso "capelão", o Horácio Fernandes e a Milita, que vivem no Porto... O Horácio é de Ribamar...

Mais uma vez esteve de parabéns o régulo Eduardo Jorge Ferreira que tem sabido zelar pela nossa saúde e bem-estar com toda a competência, dedicação, ternura e bom humor... Um régulo de cinco estrelas... que foi reeleito para novo mandato,por...unanimidade e aclamação.

Obrigado, Eduardo! Obrigado aos nossos amigos e camaradas da Tabanca de Porto Dinheiro!... LG

(Continuação - Parte II: fotos do Álvaro Carvalho)
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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Guiné 61/74 - P17700: In Memoriam (303): Faleceu António Pedro Carneiro de Miranda da CART 1689/BART 1913. O seu funeral realiza-se amanhã, dia 26 de Agosto, pelas 18h45, na Igreja de S. Pedro, em Amarante (José Ferreira da Silva / Alberto Branquinho)

António Pedro Carneiro de Miranda


IN MEMORIAM

O Miranda faleceu


1. Texto do nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69):

Amarantino de gema e combatente inveterado pelas causas que defendia, fosse em tempos de paz ou de guerra, o António Pedro Carneiro de Miranda não resistiu ao último ataque. Lutou imenso pela sua terra, pela sua Pátria e, por último, pela sua saúde. Quem o conheceu sabe bem do seu valor e seguramente o irá recordar para sempre.

A nossa amizade deveu-se ao facto de nos termos conhecido no Quartel de Vendas Novas, nos princípios de 1966, termos convivido durante toda a restante prestação militar, no Continente e na Guerra da Guiné e termos mantido uma óptima relação até aos dias de hoje.

Para além da sua notável prestação militar, o Carneiro de Miranda destacou-se como Director do jornal “Tribuna de Amarante”, onde sempre procurou defender os interesses amarantinos. Lembramos também o seu livro em defesa do Rio Tâmega e contra a implantação da Barragem do Torrão.

O Miranda também era conhecido pelo seu saudável “Portismo” e pela camaradagem que mantinha e promovia junto dos seus amigos ex-combatentes. Lembro a referência que lhe fiz em https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2010/09/guine-6374-p6951-memorias-boas-da-minha.html incluído no II volume de “Memórias boas da minha guerra”, páginas 59 a 65.

José Ferreira da Silva
(José Ferreira)

 José Ferreira e Carneiro de Miranda

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2. Texto do nosso camarada Alberto Branquinho (ex-Alf Mil de Op Esp da CART 1689, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69).

Quando vi o Miranda pela primeira vez no RAP 2, em Vila Nova de Gaia, ao formarmos Batalhão, que acabaria por embarcar para a Guiné, pareceu-me viver escondido atrás dos óculos grandes, com lentes fumadas. Os óculos descaíam pelo nariz e ele empurrava-os, repetidamente, para cima com os dedos da mão direita - um tique que o acompanhou toda a vida.

Com o passar do tempo revelou-se um companheirão, mas, ACIMA DE TUDO, estava o orgulho em Amarante, a cultura amarantina, as figuras da literatura, da pintura… e a cultura popular à volta de S. Gonçalo.

Em noites mais animadas cantava e arrastava consigo todos para cantarem as quadras de S. Gonçalo, que, mesmo para quem não as conhecia, lhe ficaram no ouvido/na memória. E, quando regressou de umas férias, trazia uns exemplares da doçaria tradicional da sua Amarante, que obrigou toda a gente a comer.

Agora que o Miranda partiu para LÁ e, talvez, já tenha tido oportunidade de conhecer S. Gonçalo, juro-vos (daquilo que dele conheci) que, se, acaso, essas “coisas” que se dizem de S. Gonçalo não forem verdade, ele não vai informar ninguém… para que tudo na sua Amarante continue como ele a conheceu, amou, apreciou… e VIVEU.

E que viva sempre na nossa memória!

Alberto Branquinho

 Carneiro de Miranda, o segundo, de pé, a partir da direita

O funeral realiza-se amanhã, dia 26 de Agosto, pelas 18,45 na Igreja de S. Pedro, no centro de Amarante

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3. Nota do editor:

Aos familiares, amigos e camaradas do malogrado Carneiro de Miranda, aqui fica o mais sentido pesar da tertúlia deste Blogue.
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Nota do editor

Último poste da série de 20 de agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17684: In Memoriam (302): Morreu o Aurélio Duarte, mais um dos nossos, da nossa seita, da nossa guerra... Nunca mais ouvirei o teu grito de guerra coimbrão, Eferreá!... Eferreá!... Mas para ti vai tudo, amigo e camarada!... Ficas à sombra do nosso poilão, no lugar nº 750!... (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 /CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)

Guiné 61/74 - P17699: (De) Caras (90): notícias da nossa "menina" Tina Kramer, hoje senhora e doutora, membro da nossa Tabanca Grande

A investigadora alemã Tina Kramer com a Dona Berta,
em Bissau, em 2011. Foto: cortesia de Tina Kramer (2011)

1. O nosso camarada, amigo e colaborador Beja Santos deu-nos conhecimento, em 21 do corrente,  da correspondência trocada com a doutora Tina Kramer, antropóloga, da Universidade de Leipzig, Alemanha, membro da nossa Tabanca Grande:


(i) Mensagem de Tina Kramer para Beja Santos, com data de 14 do corrente:

Caro Mário, fico muito contente por saber que estejas de boa saúde. Desejo-te muito alegria e sucesso para as novas investigações.

A minha família está bem e a pequena Edda Maimuna cresce bem. Já fala muito e muito bem.

Como tenho muito saudade de vocês e de Lisboa,  espero que pudermos vir no próximo ano.
Gosto de fazer um sumário da minha tèse em alemão, porque o meu português já está um bocado enferrujado. Só que a tèse ainda não foi publicada, então ainda não tem um rosto lindo.

Como tenho muito saudade de vocês e de Lisboa espero que pudermos vir no próximo ano. Já estou ansiosa pelo reencontro contigo e com o Abdu [Abudu Soncó, guia e intérprete, durante a expedição de Tina Kramer, na Guiné-Bissau, no 1º semestre de 2011, e que lhe foi sugerido na altura pelo Beja Santos].

Também estás sempre bemvenido aqui em Leipzig! É uma cidade linda.

Com votos de muita saúde para ti e para os teus e com muitos beijinhos,

Tina


(ii) Mensagem de Beja Santos para Tina Kramer,  de 9/8/2017:


Minha nunca esquecida Tina, em primeiro lugar, votos de muita saúde e prosperidade para ti e para os teus. 

Por aqui, continuo com as minhas investigações à volta da Guiné. Descobri um filão novo, os arquivos do velho Banco Nacional Ultramarino que se instalou em Bolama no início do século XX, havia relatórios anuais em que os gerentes exprimiam pontos de vista por vezes muitíssimos curiosos. Tenho largos meses pela frente neste estudo. Tem saído bastante bibliografia sobre a Guiné, dela dou notícia no blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné. 

O nosso comum amigo Abudu Soncó tem a saúde estável, em Portugal tem os medicamentos que o fazem viver uma vida com qualidade, faz trabalhos leves, eu bem gostaria que ele trouxesse a mulher para Portugal, mas não consigo perceber a embrulhada em que está o processo da naturalização dele. 

Tina, fico feliz pelo teu doutoramento, estou ansioso que se publique uma notícia grande e esclarecedora sobre o teu trabalho. Se não tens meios para produzir aí uma síntese de três a quatro páginas em língua portuguesa, peço-te o grande favor de as escreveres em alemão, eu pediria ao senhor Reinhard Naumann, da Fundação Friedich Herbert ajuda para pormos o texto em português. 

O teu doutoramento é uma peça científica que tem que ser conhecida em Portugal, creio que é a primeira vez que um investigador alemão relata o estado de espírito dos antigos combatentes do PAIGC. É um documento importante para Portugal e para a Guiné-Bissau, confio que acederás ao meu pedido e produzirás tal documento. 

Preciso também de imagens de ti, do teu doutoramento, do rosto do documento do mesmo doutoramento. 

Quando quiseres visitar Portugal com a tua família, terei muito gosto em receber-te em minha casa e de igual modo terei muito gosto em visitar-te na Alemanha, ando com uma vontade enorme de voltar a Berlim. 

Sem mais, fico a aguardar a tua resposta. Recebe muita amizade e um beijinho de ternura do Mário Beja Santos

(iii) Já em janeiro último, tínhamos recebidos (boas) notícias da TinaKramer, nossa amiga e grã-tabanqueira, que na altura não publicámos por ser mais pessoal:


23 de janeiro de 2017:

Querido Mário,
desculpa, tanto tempo, nao dei notícias. Por favor não fiques zangado.

Como estás?
Já tens um novo livro. Muitos parabens!

Estamos bem. A minha filha cresce muito rápido. Já comeca a ser uma pequena dama.

Há um ano que terminei a tese (finalmente!), más ainda não foi publicado. No momento trabalho numa pequena organização cultural em Leipzig que gosto muito.

Olha, estou preocupada do Abdu. Já não ouvi nada dele há alguns meses. Não responde aos e-mails, o número que tenho dele já não existe.

Tens notícias dele? Está de bom saúde?

Um abraço,

Tina

24 de janeiro de 2017


Minha querida Tina, Fico felicíssimo com as tuas notícias, por teres uma filha linda, por teres concluído a tese, por trabalhares em Leipzig, cidade que muito aprecio, que tem uma das estações ferroviárias do mundo, um esplêndido museu de farmácia, por estar cheia de lembranças de um génio da música chamado Bach.

Continuo a escrever sobre a Guiné, foram três livros sobre a história da Guiné Portuguesa e da Guiné-Bissau, preparo agora referências a textos incontornáveis, desde o cronista Zurara até aos grandes escritores guineense, Filinto Barros e Adulai Silá. 

Se for possível fazeres para o blogue uma síntese de duas ou três páginas da tua tese de doutoramento, prestarás um relevante serviço à nossa cultura. O número de telefone do Abudu é [...] e o mail é  [...].

Despeço-me cheio de alegria por te saber bem, qualquer dia vou visitar-te a Leipzig, a ver se descubro um voo low-cost, e depois vou a Dresden, também estou cheio de saudades dessa encantadora cidade, felicidades, Mário.

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Nota do editor:

Guiné 61/74 - P17698: Em busca de... (277): Júlio Rodrigues, natural de Viseu, engenheiro formado no Porto, divorciado, com dois filhos e vivendo actualmente em São Tomé e Príncipe grande parte do ano... Ex-combatente, conhecemo-nos nas ilhas, e deveríamo-nos encontrar neste período de férias em Portugal mas não tenho o seu contacto telefónico... Será que a Tabanca Grande me poderia ajudar a localizá-lo? (Renata Monteiro Marques)


1. Mensagem da nossa  leitora, Renata Monteiro Marques:

De: Renata Marques <marquesrenata@ymail.com>
Data: 23 de agosto de 2017 às 18:32
Assunto: Júlio Rodrigues


Caro Luís Graça:

Muito boa tarde.

Tomo a liberdade de lhe escrever para o email disponibilizado no blogue que partilha com outros camaradas que combateram na Guiné, por uma razão particular na qual não sei se poderá ajudar-me... mas, não custando tentar, aqui segue a pergunta: conhecerá, porventura, um ex-combatente de nome Júlio Rodrigues? 

Ele é natural de Viseu, engenheiro formado no Porto, divorciado, com dois filhos e vivendo actualmente em São Tomé e Príncipe grande parte do ano. Conhecemo-nos nas ilhas, deveríamos agora encontrar-nos cá em Portugal neste período de férias, mas infelizmente o contacto telefónico que tinha dele ficou no telefone que uso em São Tomé e não tenho maneira de localizá-lo.

Bem sei que será uma espécie de procurar uma agulha num palheiro, mas sabendo também do envolvimento dele nos encontros anuais dos ex-combatentes e da rede fortíssima que estabelecem entre vós, decidi arriscar na grandeza da vossa tabanca e na ajuda que me possam eventualmente prestar nesta localização num mundo que, sendo pequeno, continua para várias coisas a ser razoavelmente enorme.

Grata desde já por qualquer informação que se lhe afigure útil,
Renata Monteiro Marques
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Guiné 61/74 - P17697: "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", brochura de 2002, da autoria do nosso camarada Gabriel Moura do Pel Mort 19 (17): Págs. 129 a 136

Capa da brochura "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra"

Gabriel Moura

1. Continuação da publicação do trabalho em PDF do nosso camarada Gabriel Moura, "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", enviado ao Blogue por Francisco Gamelas (ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 3089, Teixeira Pinto, 1971/73).


(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 22 de agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17690: "Tite (1961/1962/1963) Paz e Guerra", brochura de 2002, da autoria do nosso camarada Gabriel Moura do Pel Mort 19 (16): Págs. 121 a 128

Guiné 61/74 - P17696: Parabéns a você (1305): Manuel Carmelita, ex-Fur Mil Radiomontador do BCAÇ 3852 (Guiné, 1971/73)

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Nota do editor

Último poste da série de 24 de agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17695: Parabéns a você (1304): António Fernando Marques, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 12 (Guiné, 1969/71)

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Guiné 61/74 - P17694: Os nossos seres, saberes e lazeres (227): De Lisboa para Lovaina, daqui para Valeta: À procura do Grão-Mestre António Manoel de Vilhena (6) (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de 28 de Abril de 2017:
 
Queridos amigos,
Aqui ficam os últimos registos de Malta, entre os vestígios opulentos da cultura megalítica até à monumentalidade da cidadela da lha de Gozo.
Em jeito de balanço, o orgulho pela presença portuguesa neste cadinho que é prova provada dos cruzamentos europeus frente ao Mediterrâneo.
É bom partir sabendo que há condições para voltar, preside o bom-senso de que se visitou algum património e entre o deve e haver, já se está saudoso pelo haver, o mesmo é dizer a hipótese de regressar. E num tempo em que avulta o pessimismo pelo projeto da União Europeia não deixa de impressionar o que os malteses edificam, melhoram e transformam num país eminentemente turístico, onde a História e as belezas naturais são determinantes.

Um abraço do
Mário


De Lisboa para Lovaina, daqui para Valeta: 
Nos templos de Tarxien e na ilha de Gozo (6)

Beja Santos

Em Tarxien situa-se o maior dos complexos de templos de Malta, a cultura megalítica deixou aqui vestígios impressionantes. Podemos ver e deslumbrar-nos com as técnicas arquitetónicas e decorativas que marcam o estilo dos Construtores de Templos. Tarxien tem quatro estruturas de templo trifólias e foi usado durante a era de construção de templos. As peças preciosas estão no museu nacional de arqueologia mas é possível encontrar aqui uma voluptuosa deusa/sacerdotisa de saia. Resta informar quem se prepara para visitar Malta que aqui se encontra o maior templo central de Malta com seis absides, data de cerca de 2800 a.C. E para quem gosta da arte pré-histórica dá-se a saber que temos aqui exemplares requintados da arte megalítica, a decoração espiral é magnífica, vejam só.




O viandante parte para a ilha de Gozo com uma certa melancolia, está na contagem decrescente para se sair de Valeta para Bruxelas, gostava de voltar a deambular sem tempo nem horas por Valeta, visitar a Casa Rocca Piccola, que é uma janela para a vida quotidiana de tempos idos, passear-se pelas fortificações, sentar-se num balcão altaneiro diante do porto grande, voltar as bairros antigos, caso de Birgu, não desdenharia descer aos gabinetes de guerra de nome Lascaris, um complexo ultrassecreto das operações aeronavais nesta tão sensível região do Mediterrâneo durante a II Guerra Mundial. O tempo urge e em dia ensolarado, saiu uma só nuvem, atravessa-se toda a ilha para apanhar o ferry num local com nome estranhíssimo Cirkewwa em direção a Gozo. Sofreu muito com os ataques otomanos, depois do grande cerco de Malta, os Hospitalários fortificaram a ilha, deram-lhe uma cidadela que parece inexpugnável, réplica das muralhas ciclópicas de Valeta. Era fim de semana, os transportes públicos rareavam, à cautela o viandante meteu-se num autocarro de turismo, descobriu que também há preços low-cost, uma menina bradava que agora eram 13 euros quando anteriormente eram 19. Alguém avisou que uma das maiores atrações da ilha, a janela azul, um belo rochedo que lembra uma janela, tinha ruído na semana anterior. Indiferente a tal perda, o viandante lançou-se em direção à cidadela, ainda se passeou pela catedral de Victoria, mais um templo de barroco requintado, era um sol abrasador, desceu à procura de refúgio, e imprevistamente deu com uma casa de ópera nesta ilha minúscula.



A música é um dos elementos que associam Malta à presença italiana: bandas, filarmónicas, inúmeros grupos musicais… e a ópera. Recorde-se o Teatro Manoel em Valeta, o teatro estava fechado mas o viandante ficou impressionado com o belíssimo cartaz a anunciar a ópera em dois atos “Os palhaços”, de Ruggero Leoncavallo. Prossegue a excursão com belas panorâmicas, santuários, igrejas, povoações típicas. E assim se regressa a Valeta.



Está na hora da despedida, o depósito de aprazimento é enorme. Como os gostos não se discutem, o viandante não fica de boca aberta perante tão belo barroco, mas não esconde as sólidas impressões que trará de palácios e mansões, de múltiplos sinais de cultura, encruzilhadas europeias onde se entrepõem religião, misticismo, empreendimentos por todo o Mediterrâneo, e a omnipresença da Ordem de Malta. Algo mais tocou o viandante: a estatuária como farol de identidade. Podia aqui prosseguir-se com um rol de centenas de imagens de ícones malteses, pais da cultura até líderes políticos que consagraram a independência. De tudo quanto viu, esta imagem de memória a vítimas dos bombardeamentos sofridos entre 1942 e 1943 ganha para o viajante um peso específico: vejam o sacrifício da juventude para que a nossa pátria não arrede pé, leiam este livro aberto do nosso heroísmo.


É como se fosse a despedida, no alto dos jardins de Barrakka desfruta-se a vista impressionante de um porto e de um complexo de fortificações sem rival. Aqui se travou a armada turca, aqui o marquês de Niza se cobriu de glória com os seus marinheiros portugueses, aqui transitaram as embarcações britânicas que sulcavam em direção à Índia. E como marca final o viandante impressionou-se com o desenvolvimento trazido pela adesão à União Europeia, Malta é um caso de sucesso, de beleza e de património histórico europeu.

(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 16 de agosto de 2017 > Guiné 61/74 - P17674: Os nossos seres, saberes e lazeres (226): De Lisboa para Lovaina, daqui para Valeta: À procura do Grão-Mestre António Manoel de Vilhena (5) (Mário Beja Santos)