segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18101: Manuscrito(s) (Luís Graça) (133): O Natal das crianças que já fomos (e somos)…








Lisboa > Praça do Comércio > Iluminações de Natal > 2 de dezembro de 2017




Lisboa > Fonte Luminosa da Alameda   Dom Afonso Henriques > 17 de dezembro de 2017 > "Lisbonland; onde o Natal acontece"...Espetáculo de Natal de videomapping 4 D,

  [ Promovido pela Associação de Turismo de Lisboa e Câmara Municipal de Lisboa, criado e produzido pelo ateliê OCUBO, LISBONLAND é uma projeção de Natal 4D com jatos de fogo em sincronia com diversas imagens projetadas, que pretende contar a todos uma divertida e inesperada história de Natal. Este espectáculo conta ainda com a participação, virtual,  da fadista Cuca Roseta.  Espetáculo para todas as idades, e em especial avós e netos... ]


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guine]




O Natal das crianças que já fomos (e somos)…

Em todos os Natais nasce a esp’rança
De que p’ro ano o mundo seja melhor,
E de qu' haverá um novo portador

Da mágica mensagem de mudança.

E a gente senta-se à mesa na crença
De qu' já nasceu o novo salvador,
Com ele a cura p’ra toda a doença,
Tudo rimando com paz e amor.

Qu’ importa se a gente não lê História,
E, se a lê, p’lo Natal faz a limpeza
Desta nossa selectiva memória.

Deixemos, pois, à solta, essas crianças,
Que já fomos, e co’ elas a luz acesa
Das nossas melhores e doces lembranças!


Alfragide, 18 de dezembro de 2017,
Luís Graça e Maria Alice Carneiro



PS - Um feliz e santo Natal 
para todos os nossos amigos e camaradas
e que o ano de 2018 seja um bom ano,
se não puder ser o melhor,
para cada um e para todos vós!
__________________

Nota do editor:

2 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

O Natal é tempo de "regressão"... Já não digo no sentido de querer voltar simbolicamente ao seio materno (. numa arremedo de leitura freudiana)..., mas pelo menos de retorno à infância, às memórias da infância, às cores e sabores de quando éramos crianças...

E repare-se: o que "ofusca", o que é "magia" (e continua a ser...) é a "estrela" que guia os reis magos até à gruta de Belém... Não é propriamente o "milagre" do nascimento do menino Jesus, pobrezinho, entre palhinhas, rodeado de uma mulher, que o deu à luz, de um homem, pai adotivo, de uma vaca e de um burro que o aquecem ... O que "ofusca" (brilho e ruído mediáticos de hoje...) é a "indústria da festa", e não a festa p. d., é a estrela, e não a história maravilhosa de um deus que se fez homem para nos salvar, a todos nós, homens, independentemente da cor ("raça"), sexo (homem ou mulher), nacionalidade (judeu ou estrangeiro), condição (livre ou escravo)...

O que nos fascina ainda é a estrela... (E o que nos deprime, logo no dia 2 de janeiro, o que o raio da humanidade é mesmo "suicidea", não se quer nem se deixa "salvar"...):

Há no céu uma estrelinha,
Que a todos alumia,
Uma é tua, outra é minha,
É a da vida e da alegria.

(Cancioneiro de Candoz > 24 de dezembro de 2009 > Janeiras da Madalena...)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Explicitando melhor o meu pensamento...

E a "magia" da estrelinha que veio do Oriente, guiando os reis magos, que acaba por ofuscar o acontecimento central, que é o "milagre do nascimento do Menino"...

A "estrela" (as luzes, as iluminações de ruas, o "glamour" das grandes superfícies...) é que nos "fascinam", a nós, putos e graúdos... Já não o maravilhoso dos contos da nossa infância, o nascimento de um deus que se fez homem para nos salvar...