sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Guiné 63/74 - P16710: Álbum fotográfico de Luís Mourato Oliveira, ex-al mil, CCAÇ 4740, Cufar, dez 72 / jul 73; e Pel Caç Nat 52, Mato Cão e Missirá, jul 73 /ago 74) (1) - Bolama, Centro de Instrução Militar (parte I)


Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4 


Foyp nº 5


Foto nº 6


Foto nº 7

Guiné > Bolama > Centro de Instrução Militar (CIM) > c. jun/jul 1973 >  Estágio do Luís Oliveira,  de preparação para o comando de subunidades africanas. (*)


Fotos (e legendas): © Luís Mourato Oliveira (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Antes de ir tomar posse do lugar de comandante do Pel Caç Nat 52 onde vai terminar a sua comissão (Mato Cão e Missirá, julho de 1973/agosto de 1974), o alf mil Luis Mourato Oliveira passa cerca de duas semanas em Bolama e uma em Bissau, recebendo formação sobre usos e costumes dos povos da Guiné bem como sobre ação psicossocial (fotos nºs 5, 6  e 7) e dando  ainda intrução militar a "mancebos" do recrutamento local (fotos nº 1 e 4).

Foi nesta ocasião que ele (foto nº 3) se encontra com outros graduados, que também estavam a fazer o estágio,  como o alf mil Miguel Champallimaud, sobrinho do conhecido empresário António Champallimaud  (foto nº 2),  e um furriel  (, talvez Hèlder de seu nome ?), promovido a alferes por ter feito um grande "ronco" ao apanhar ao PAIGC, no sul, um equipamento completo do "jato do povo" (foguetão 122 mm e respetiva rampa de lançamento). Eram dois dos seus parceiros de cartas e de amena cavaqueira à noite, acompanhada de um bom uísque.

Diga-se, de passagem, que essa formação, mais de natureza socioantropológica, não existia ao tempo da formação das primeiras companhias da "nova força africana", criadas logo em 1969, no primeiro ano do consulado de Spínola (por ex., CCAÇ 11, 12, 13, 14)...

De  regresso a Cufar, e depois a caminho do setor L1 (Bambadinca), o Luís perdeu o rasto a estes e outros camaradas do tempo do CIM de Bolama. Ele tinha chegado à Guiné no princípio de 1973, vinha em rendição individual, e fora  colocado na CCAÇ 4740, em Cufar. Fará férias, na metrópole,  em novembro/dezembro desse ano. Regressa a tempo de passar o Natal com os seus homens, do Pel Caç Nat 52, no Mato Cão. E traz com ele um "pão de ló de Miragaia", feito pela mãezinha.

Dessa passsagem pelo CIM de Bolama, publicam-se algumas fotos do seu álbum. Legendas complementares:

Fotos nºs 5, 6 e 7< "*Psico-compras",  em tabancas bijagós de Bolama

Foto nº 4 > "Visita aos instruendos" em formação,  no CIM.

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Nota do editor:

(*) Vd. postes de

9 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16702: De Cufar a Mato Cão, histórias de Luís Mourato Oliveira, o último cmdt do Pel Caç Nat 52 (1) - Experiências gastronómicas (Parte I): maionese de peixe do Cacine e açorda de bacalhau com coentros...

10 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16706: De Cufar a Mato Cão, histórias de Luís Mourato Oliveira, o último cmdt do Pel Caç Nat 52 (2) - Experiências gastronómicas (Parte II): Restaurante do Mato Cão: sugestões de canibalismo ("iscas de fígado de 'bandido' com elas"), "pãezinhos crocantes com chouriço" e... "macaco cão [babuíno] no forno com batatas a murro"!...

4 comentários:

alma disse...

É interessante verificar a evolução na escolha dos Alferes para os Pel. Caç. Nat.. Eu vim directamente da Metrópole, para um Pel. Caç. Nat. Posteriormente passaram a ser colocados Alferes das Companhias, já com meses de comissão. Por fim implementaram um estágio em Bolama para aprender a lidar com a Tropa Africana.... Abraço J.Cabral

alma disse...

Directamente da Metrópole para um Pel.Caç. Nat. e para comandar um Destacamento. Ah! Grande Alfero! Abraço J.Cabral

Tabanca Grande Luís Graça disse...

É verdade, caíste de paraquedas em Fá Mandinga... Sabias lá onde era esse bu..rako. Não havia GPS, nem Net, nem Google Maps. nem Google Earth!... Um gajo sabia lá onde ficava a Guiné portuguesa, a Guiné francesa, a Guiné espanhola!...

E, tu, alfero Cabral, tiveste que saber representar a Pátria, a Mátria e a Fátria naquele pedacinho de terra que era tão português como Freixo de Espada à Cinta!... E representaste bem, que eu sou testemunha!...

Bons sonhos!... Olha, vou à ópera!...

PS - Progressos da civiliza: já havia ópera em Fá Mandinga, em Missirá e por todo o Cuor, muitas milhas em redor!...

Unknown disse...

Tal como o J. Cabral, aterrei em Bolama (é o termo porque fui de DO a partir de Bissau), deram-me mais ou menos 15 dias para conhecer a rapaziada do 52 e “chutaram-me” para o Enxalé. Essa tal de psicossocial aprendíamos à nossa custa. Abraços Henrique Matos