terça-feira, 12 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14602: Ser solidário (182): Vamos apoiar, com material de escritório, a Associação Fidju di Tuga, com sede em Bissau


Guiné-Bissau > Bissau > Eles são o rosto da associação da solidariedade dos filhos e amigos dos ex-combatentes portugueses na Guiné-Bissau (FIDJU DI TUGA) (*)... São dois elemento da direção, da direita para a esquerda, (i) Fernandinho da Silva (telef + 5880597), presidente, e (ii) José Maria Indequi (telef + 5218200 e + 6612146), secretário...[Foto que nos foi enviado pelo saudoso amigo Pepito (1949-2014), que apoiou com muito carinho esta associação, tal como a jornalista Catarina Gomes tem apoiado, sendo merecedora do nosso melhor apreço e amizade]



Blogue da associação Fidju di Tuga, em construção... O livro de visitas já tem duas mensagens de camaradas nossos, o Rui Vieira Coelho e o Manuel Oliveira Pereira


Segundo os seus fundadores, trata-se de um "blogue colectivo, criado e editado por a diretoria da Fidju di Tuga, com o objectivo de reagrupar e fortalecer os filhos dos ex-combatentes portugueses,  na Guiné-Bissau,  a reencontrar os pais familiares portugueses; pedir às autoridades de Portugal a paternidade; pedindo parceiria com os ex-combatentes, para reviver mesmo com dores as experiências do tempo colonial e o drama social dos filhos após-colonização até hoje"



1.  Mensagens da Catarina Gomes, jornalista do "Público" e escritora,  do camarada  Zé Saúde e do editor Lis Graça:

1.1. Catarina Gomes, 6 de maio de 2015

Caro Luís Graça:

(...) Vou voltar à Guiné no final deste mês, desta feita sozinha e à minha conta. Acha que não se consegue desencantar o que a associação de filhos de tuga pediu: um portátil, um gravador e uma máquina fotográfica? 

Eu estou a tentar arranjar o computador com um sponsor mas ainda não tive resposta. Também estou a ver se eles têm uma conta para poderem receber donativos de cá.

Parto dia 29 de Maio,  por isso já não resta muito tempo.

1.2. Luís Graça, 6 de maio de 2015:

Para José Saúde (c/c Catarina Gomes):


Zé: Tu que és o pai dos "filhos do vento" (metaforicamente falando), tu grafaste a expressão, não queres ser tu, a através do blogue e em articulação com a Catarina), a liderar uma pequena campanha de donativos para a associação ?...

 Podias abrir uma conta, aí em Beja, e numa semana ou duas, víamos o que se podia arranjar... Também se podia apoio em géneros (um gravador, um portátil, uma máquina fotográfica digital ou outro material)... Não queres escrever um texto bonito para esta causa ?...

Acho que no geral a malta vai reagir bem... Eu evito estas campanhas no blogue... Não é a nossa vocação, temos ONG (de antigos combatentes) a trabalhar no terreno, etc.

Que te parece ? Dou conhecimento à Catarina, que é uma mulhjer generosa... Abraço. Luis

1.3. José Saúde, 11 de maio de 2015

Catarina, vou aguardar que me digas algo mais. Claro que sei o que é viver com a tal ansiedade em conhecer alguém que é um ser do seu sangue. Próximo de si. Sabes, eu sou muito susceptível a esta questão e as crianças, hoje homens e mulheres, não têm culpa de leviandades sexuais de jovens a viver intensamente o clima de guerra. Não foi por um mero acaso que coloquei este tema na opinião pública. Talvez pelos meus muitos anos, mais de 30, a viver por perto a comunicação social que arrisquei trazer a temática ao lume, arriscando opiniões contrárias, algumas nefastas, mas que foi o alerta para uma realidade que muitos tentaram, e tentam, esquecer.

Hoje, sinto-me lisonjeado pelo o impacto que o tema "Filhos do Vento" originou. Para ti Catarina também vão os meus votos de felicidade pela forma como a reportagem foi elaborada e pelo o seu sucessivo interesse. "Fidju de Tuga" poderá ser o princípio de uma maior aproximação.

No Vietname os americanos chamaram-se "filhos do pó",

1.4. Catarina Gomes, 11 de maio de 2015

Caros Luís Graça e José Saúde,

Quando estiver na Guiné penso que vou conseguir que a associação tenha uma conta sem custos no BAO, Banco da África Ocidental, por enquanto não existe conta e penso que seria delicado estar a criar uma em Portugal com custos [, 150 euros para abrir uma conta bancária para recolha de fundos, segundo informação do José Saúde]  e sem forma expedita de lhes fazer chegar o dinheiro.

Nesta fase eu pedia se alguém quererá doar mesmo o que eles precisam em bens, para poderem estar em contacto com o mundo (neste caso Portugal): 

(i) um portátil,  mesmo que não seja novo;

(ii)  já consegui o gravador;

(iii) falta uma máquina fotográfica daquelas pequeninas mas que também faça pequenas filmagens;

(iv)  e eu diria uma impressora. 

Penso que para arrancarem seria o suficiente e eu podia levar essas coisas comigo, dando depois conta do momento da entrega no vosso blogue.

Eu sei que este tema é melindroso mas acreditem que não há mês em que eu não receba um email de um filho de um ex-combatente a pedir para eu os ajudar a conhecer o irmão/irmã que sempre souberam que tinham. Acho que era importante unir os dois lados, apenas os que assim o desejarem, claro.

A associação tem um blogue ainda embrionário mas estão a mexer-se: http://fidju-di-tuga.webnode.com/

1.5. Catarina Gomes, 12 de maio de 2015

Caro professor,

No blogue da associação há dois militares militares que se ofereceram para ajudar a associação mas penso que eles, por dificuldades de comunicação, não lhes responderam. Conhece algum deles?

Abraço Catarina


Manuel Oliveira Pereira,  09-05-2015

Estive na Guiné-Bissau no entre 25 de Março de 1972 a Julho de 1974. A sede do meu Batalhão (BCaç 3884) esteve sediada em Bafatá. As companhias operacionais estivavam em Contuboel (CCaç 3547),  Geba (CCaç 3548) e Fajonquito (CCaç 3549) e Destacamentos em Bambandinca Tabanca, Sonaco, Catacunda, Sare Uali e Sare Bacar. Reforçamos outras unidades nomeadamente em Galomaro, Dulombi, Nova Lamego (Gabú) e Medina Mandinga. Estas foram as localidades onde estivemos durante a nossa permanência no vosso país.

Faço minhas as palavras de R. V. COELHO (comentário anterior) daí peruntar: Em que posso ser útil?

Rui Vieira  Coelho,  21-09-2014

Estive na Guiné a cumprir serviço militar obrigatório, de 1972 a 1974,  e li o artigo publicado no Público assim como todo desenvolvimento dado no Bloguew Luis Graça &  camaradas da Guinê . Todos vós sois filhos de nós todos, os que passamos pela Guiné e da qual todos nós,  salvo raras excepções, temos saudades e amamos os nossos irmãos guineenses, tentando ajudar, das formas mais diversas,  para poderem ter um futuro mais promissor.

Eu, como muitos outros Tabanqueiros,  gostaríamos de vos poder ajudar monetariamente para vos equiparem e poderem prosseguir com os vossos propósitos.

Qual o NIB da conta bancária para onde devemos enviar os donativos?

1.6. Luís Graça, 12 de maio de 2015

Sim, Catarina, são dois grã-tabanqueiros, dois bons camaradas, membros do nosso blogue, o Manuel Oliveira Pereira e o Rui Vieira Coelho. Dou-lhes conhecimento da mensagem (...)
____________

Notas dos editores:

(*) Vd. postes de;

 21 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12616: Filhos do vento (26): A direcção da A Associação FIDJU DI TUGA: Fernandinho da Silva, presidente, e José Maria Indequi, secretário.

14 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12289: Filhos do vento (24): Associação de Solidariedade dos Filhos e Amigos dos Ex-Combatentes Portugueses na Guiné... Uma associação sem sede, sem sítio na Net, sem email, que precisa da nossa ajuda (Catarina Gomes, jornalista do Público)

(**) Último poste da série 27 de abril de  2015 > Guiné 63/74 - P14533: Ser solidário (181): Orquestra Geração nos Dias da Música, CCB, Lisboa, 26 de abril, 18h... Um projeto pedagógico inovador que é uma prática social exemplar: "aprendendo música para tocar vidas"

5 comentários:

Luís Graça disse...

Catarina:

O nosso camarada João Sacôto, que vive na Portela, tem uma máquina fotográfica (julgo que digital) para oferecer.

Acabou de me telefonar agora. E autorizou.me a dar-lhe o nº de telemóvel (...).

Como é que ele poderia fazer chegar-nos a máquina antes de a Catarina partir para Bissau ? Ele disse-me que vem ao encontro do pessoal da Tabanca da Linha, em Arneiro, São Domingos de Rana, dia 21, 5ª feira... Uma das hipóteses era passar pela minha escola, ENSP/UNL, na Av Padre Cruz (ao lado do Instituto Nacionald e Saúde Dr. Riacrdo Jorge) e deixá-la na portaria, ao meu cuidado... Aqui fica a localização da ENSP/UNL:

http://www.ensp.unl.pt/ensp/contactos/mapa-de-localizacao

5ª feira não posso ir ào encontro da Tabanca da Linha, mas no dia 22 eu vou estar com a Catarina...


PS - João, o contacto da Catarina Gomes

Jornal PÚBLICO
(+351) 21 0111179 (Directo)
cgomes@publico.pt
www.publico.pt

Luís Graça disse...

Amigos e camaradas:

Este problema dos "filhos dos tugas" tem que ter um enquadramento jurídico-político...

Ser solidário, para nós, antigos combatentes, também significa saber fazer "lobbying" por uma causa que consideramos justa: a reivindicação da nacionalidade portuguesa para estes homens e mulheres que masceram na Guiné, quando o território era administrado por Portugal, e havia dezenas de milhares de homens em armas...

Não tenho dúvidas que estes filhos de ex-miliatres portugueses e mulheres guineenses nasceram, na sua grande maioria, de "relações sexuais consentidas" (se bem que não "protegidas")...

Acho que este problema deveria poder chegar à Assembleia da República... Assim, de repente, lembro-me de dois deputados que são antighos combatentes na Guiné, o Arménio Santos (PSD) e o Jerónimo de Sousa (PCP).

O Arménio Santos, para mais, é membro da nossa Tabanca Grande...

Senhores juristas da Tabanca Grande, o que têm dizer sobre este assunto ?

Mantenhas para todos/as... LG

Luís Graça disse...

E, a propósito, haverá mais senhores deputados que tenham sido antigos combatentes da "guerra colonial" ?

Eu sei que "isso" não é motivo de orgulho nem se põe no currículo...

Anónimo disse...

Catarina Gomes
14 nmaio 2015 10:22


Bom dia,

Penso que talvez na mensagem não tenha ficado explicito de que o que a associação disse que precisa mesmo é de:

Um computador portátil (se conseguirem juntar uma certa quantia eu ponho o resto);

Máquina fotográfica digital já tinha uma, dada pelo Tiago Teixeira.

Era preciso um pequeno gravador áudio

Impressora

Obrigada
catarina

Luís Graça disse...

João Sacôto:

A Catarina já uma máquina fotográfica digital, oferecida pelo dr. Tiago Teixeira, filho do nosso camaarada Zé Teixeira, régulo da Tabanca Pequena de Matosinhos.... Mas aceita, de bom grado, a tua oferta.. E prontifica-se a ir buscá-la à tua casa na Portela. Já lhe dei o teu contacto de telemíovel.

Obrigado. camarada, veteraníssimo!

Luís