quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13877: Caderno de Poesias "Poilão" (Grupo Desportivo e Cultural dos Empregados do Banco Nacional Ultramarino, Bissau, Dezembro de 1973) (Albano de Matos) (10): (i) O poeta, cidadão do mundo; (ii) Caminha; e (iii) A minha mãe (Tavares Moreira, n. 1938, Bubaque)





Elemento gráfico da capa do documento policopiado do Caderno de Poesias "Poilão", Edição limitada a cerca de 700 exemplares, policopiados, distribuídos em fevereiro de 1974, em Bissau. A obra é editada em dezembro de 1973, por iniciativa do Grupo Desportivo e Cultural dos Empregados do Banco Nacional Ultramarino (O GDC dos Empregados do BNU, grupo esse cuja história remonta à I República: foi criado em 1924, (*)



1. Considerada a primeira antologia da poesia guineense, esta edição deve muito à carolice, ao entusiasmo, à dedicação e à sensibilidade sococultural de dois homens: 

(i) o Aguinaldo de Almeida, caboverdiano funcionário do BNU, infelizmente já falecido; 

 e (ii) o nosso camarada Albano Mendes de Matos (hoje ten cor art ref; tenente art, GA 7 e QG/CTIG, Bissau, 1972/74; foi o "último soldado do império"; é natural de Castelo Branco, vive no Fundão; é poeta, romancista e antropólogo]. [, foto à esquerda, em Bissau, em finais de 1973, trabalhando nesta edição; era então ten art].

Com o 25 de abril de 1974, esta coleção não teve continuidade: estava prevista publicação de um 2º caderno («Batuque», com poemas do Albano de Matos; será editado mais tarde, em Oeiras, 1987, com o título "Batuque - Poemas Africanos", ) e de um 3º, dedicado ao Pascoal D'Artagnan.

Temos uma cópia, em pdf, do Caderno de Poesias "Poilão", que o Albano Matos nos facultou mandou,. Temos também a autorização, como coeditor literrário,  para reproduzir aqui, para conhecimento de um público lusófono mais vasto, este livrinho de poesia que está fora do mercado livreiro.
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2. Do poeta, hoje divulgado,  Tavares Moreira, só sabemos que é natural dos Bijagós e que, em 1973, era  locutor da Emissora Nacional em Bissau.

Sabemos que foi o Aguinaldo de Almeida (, funcionário do BNU,) quem contactou e selecionou os poetas "civis",  tendo cabido ao Albano de Matos a tarefa de incluir os poetas "militares".

Os três poemas de Tavares Moreira vêm nas  pp. 18/20 desta antologia.  Um deles teve uma menção honrosa nos jogos florais da UDIB, 1972.

Presumo que seja a mesma pessoa, com página no Facebook, de seu nome completo Joaquim Fernandes Tavares Moreira que se apresenta nestes termos:

(i) natural de Bubaque, Bijagós;

(ii) andou na escola Liceu Gil Eanes/Liceu Honório Barreto, turma de 1958;

(iii) rabalhou como locutor na empresa RDP (anterior: Radiodifusão Portuguesa e RTP);

(iv) vive em Lisboa,

"Nasceu a 10 de Junho de 1938. Naturalidade — Bubaque. Arquipélago dos Bijagós a que Camões chamou Arquipélago das Dórcades. Bubaque é a sede administrativa do Arquipélago. Vigora o regime de matriarcado que teve o seu expoente máximo em a Raínha Okinka Pampa."

A Tabanca Grande já lhe pediu amizade... (LG).






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