segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Guiné 63/74 - P13729: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (89): Revivendo, 48 anos anos depois, a tragédia de Jumbembem, a morte do cap mil inf Rui Romero, da CCAÇ 1565, em 10/7/1966 (Ana Romero / Artur Conceição)


Guiné > Região do Oio >  Jumbembem > CART 730 e CCAÇ 1565 (1966/68) >  Em primeiro plano, de costas, e quico na mão, o 1.º cabo operador cripto Florival Fernandes Pires, natural de Portalegre, que foi, com o Artur Conceição, sold trms, uma das primeiras testemunhas das circunstâncias trágicas em que morreu o cap mil inf Rui Anónio Nuno Romero, comandante da CCAÇ 1565, de 32 anos, casado, pai de 2 filhas (a Isabel, com 7; a Ana, com 1), natural de Portalegre, residente em Lisboa, filho de pai militar,  desenhador de construção civil a frequentar o curso de arquitetura quando foi chamado para o curso de capitães.

O Artur Conceição estava a 2 metros do local da tragédia. Embora já cadáver, o corpo do malogrado oficial foi levado de helicóptero para o Hospital Militar de Bissau (presume-se), e o funeral realizou-se um mês e tal depois em Lisboa, no cemitério do Alto de São João. A enfermeira na foto parece ser a Rosa Exposto, do curso de 1964, segundo apurámos junto do nosso camarada Miguel Pessoa e das nossas camaradas enfermeiras paraquedistas Giselda Pessoa e Maria Arminda.

A CCAÇ 1565 foi mobilizada pelo RI 1, partiu para o TO da Guiné em 20/4/1966, e regressou a 22/1/1968. Esteve em Bissau, Jumbembem, Canjambari e Bissau. Comandantes, além do cap mil inf Rui António Nuno Romero:  cap inf  José Lopes e cap mil inf José Alberto de Sá Barros e Silva, que vive atualmente em Lisboa.

Por sua vez, a CART 730 / BART 733, foi mobilizada pelo RAL 1, partiu para o TO da Guiné em 8/10/1964, e regressou a 14/8/1966.  Pasou por Bironque, Biossorã, Jumbembem e Farim, Foi seu comandante o cap art  Amaro Rodrigues Garcia. O BART 733 esteve em Bissau e Farim.

Foto: © Artur Conceição (2007). Todos os direitos reservados [Edição de L.G.]


1. Mensagem da nossa leitora Ana Paula T. Romero, com data de 8 do corrente:

Olá! Peço desculpa por estar a incomodar, mas talvez me possa fornecer algumas respostas que ainda não encontrei.

O meu nome é Ana Paula Teixeira Romero Serranito, tenho 49 anos e sou a filha mais nova do Capitão Rui António Nuno Romero, falecido na Guiné (Farim), a 10/07/1966.

Na altura eu tinha 1 ano, 5 meses e 9 dias, a minha irmã mais velha, Isabel, tinha acabado de fazer 7 anos (a 04/07) e a nossa mãe,Rosária, tinha 31 anos.

Acabei de ler a informação sobre a morte do meu pai (*)  e a curiosidade voltou.

A minha mãe felizmente ainda se encontra viva, mantem-se viúva, a minha irmã também se encontra viva, divorciada, com uma filha (35 anos) e com um neto (9 anos), e eu, casada e com uma filha de 19 anos. Os avós paternos já faleceram (avó em 1989 e avô em 2005), mas o avô, que também era militar (Sargento Ajudante), nunca comentou a morte do meu pai.

A minha mãe, pela tristeza ou pela minha tenra idade na altura do acontecido, também nunca comentou e eu confesso que cresci sempre a pensar o que tinha sucedido ao meu pai, mas também evitei perguntar pormenores à minha mãe, pois não queria colocar “o dedo na ferida”.

Se me puder dar alguns detalhes, contatos de colegas que tenham sido próximos do meu pai, agradeço.

Deixo os meus contatos [...]

Até breve e obrigada por ter criado o blog. (**)


2. Novo mail enviado no dia seguinte, 9 do corrente:

Caros Camaradas Luís Graça, Carlos Vinhal e Eduardo Ribeiro,

Peço desculpa por vos incomodar com este assunto, por tomar a liberdade de vos tratar, com todo o respeito, por Camaradas, mas gostaria de pedir a vossa ajuda.

Tal como informei ontem no mail que enviei ao Camarada Luis Graçam o meu nome é Ana Paula, e sou a filha mais nova do capitão miliciano Rui Romero, falecido na Guiné, a 10/07/1966.

Depois de ter enviado ontem o email, estive a ler com mais atenção o texto escrito pelo Artur Conceição (Era domingo, dia 10 de Julho de 1966, um dia como tantos outros por Artur Conceição)(*)  em que o Artur menciona; “…A distribuição do correio ocorria na parada quando, subitamente, se ouviu um disparo. Eu estava de serviço no posto de rádio e, a dois metros do local do disparo, que havia acontecido no gabinete mesmo ao lado” e pelo seu [, de Luís Graça,]comentário, que transcrevo abaixo, e confesso que fiquei confusa…chocada, pois nunca tive consciência que o meu pai pudesse ter cometido suicídio.

(...) “Foste corajoso ao trazer, até nós, este trágico episódio da morte do capitão Romero... Mas sejamos francos, vamos chamar as coisas pelos seus nomes: o Cap Mil Romero cometeu suicídio, em plena parada, na hora da distribuição do correio... É isso que eu leio nas entrelinhas... Por pudor, por razões culturais, para poupar a família e os amigos, nunca falamos de sucídio... A p+alavra é tabu. Por outro lado, como se o suicídio fosse desonroso, hipocriticamente o exército atribuiu a morte do Cap Mil Romero a um acidente com arma de fogo... O exército (colonial) nunca quis assumir que alguns de nós, militares, milicianos, do quadro ou do contingente geral, puseram (ou tentaram pôr) termo à vida, ou se automutilaram, por que a guerra, aquela guerra, os perturbou intensamente... Sabemos que em muitos casos houve erros de 'casting': os oficiais milicianos ou do QP eram mal seleccionados, mail treinados e formados, não estavam preparados para comandar homens no TO da Guiné... Para muitos foi uma aprendizagem dolorosa. Por outro lado, o exército não tinha especialistas para dar apoio a militares em sofrimento psíquico" (...) (*)

Afinal ocorreu na parada ou no gabinete ao lado? Foi mesmo suicídio?

Gostava tanto de saber um pouco mais daquilo que nada sei…

Um grande bem haja a todos,
Ana Romero

3.  No dia 10, o Artur Conceição, contactado por mim,  mandou-me a seguinte mensagem e texto anexo:

[, foto á esquerda, o Artur Conceição, ex-Sold Trms Inf e Cond Auto, CART 730, Bissorã, Farim e Jumbembém, 1964/66; por lapso, o nome deste camarada aparece sistematicamente no nosso blogue como sendo de 1965/67,,,]

 Meu caro  caro Luís Graça

(...) Escrevi mais um pequeno texto que junto em anexo, que penso possa clarificar alguns pontos, e que se achares por bem poderás enviar à Ana Paula. Podes também corrigir algo que esteja menos explicito se assim o entenderes, bem como eliminar aspectos que aches que não são relevantes .

O Capitão Rui Romero não estava na parada mas sim nos aposentos que lhe estavam reservados, e estava sozinho. Quem estava na parada eram apenas os Cabos e os Soldados. A correspondência de Oficiais e Sargentos era retirada e entregue antes da distribuição geral.

Estou ao inteiro dispor para mais esclarecimentos.

Um grande abraço
Artur António da Conceição
Damaia / Amadora



Guiné > Região do Oio > Farim > Jumbembem > 2ª CCAÇ do BCAÇ 4512 (Jumbembem, 1973/74) > 1974 >  Parada do quartel e chegada de um helicóptero com o correio.

Foto: © Fernando Araújo  (2010). Todos os direitos reservados [Edição de L.G.]


MEMÓRIA, por Artur Conceição

Para quem conhece o local dos acontecimentos [, Jembembem,] entende mais facilmente o que em tempos [escrevi] (*). Para quem não conhece torna-se um pouco mais difícil, pelo que assim sendo importa fazer mais alguns esclarecimentos.

Quando se sai da estrada que vai para Cuntima para se entrar no destacamento de Jumbembem,   depara-se um espaço a que vulgarmente se chamava de parada.

Ao fundo desse espaço existia uma casa com apenas rés do chão, que tinha uma pequena escada de madeira que dava acesso a uma varanda que dava entrada do lado direito para a secretaria e para o lado esquerdo ao posto de enfermagem.

Do lado oposto e por detrás do posto de enfermagem ficava o espaço reservado aos aposentos do Comandante da Companhia, servia de escritório, gabinete e quarto de dormir. Mesmo ao lado e por detrás da secretaria ficava o posto de rádio.

As praças da CCAC 1565 [, a que o cap mil inf Rui Romero pertencia,] estavam a receber o seu correio, que estava a ser distribuído de um dos degraus da escada que já foi referida.

O espaço reservado para dormitório do Comandante da CART 730 estava a ser partilhado com o Senhor Capitão Rui Romero que dormia com a cabeceira para o lado do posto de rádio, enquanto o Comandante da CART 730 dormia com a cabeceira para o lado contrário.

O senhor Capitão Rui Romero estaria sentado na sua cama a ler a sua correspondência, quando ocorreu a triste tentação.

Ao ouvir um disparo ali tão perto, acorri de imediato à porta, (ou melhor dizendo, ao espaço para entrada naquela área, porque porta propriamente dita não existia), deparei com o senhor Capitão Rui Romero caído no chão,   com algumas fotos de duas meninas bastante jovens, espalhadas em seu redor e algumas cartas em cima da cama. A arma também estava no chão.

Naquele espaço não havia mais ninguém, atendendo a que se estava próximo da hora de almoço.

Nesta foto [, vd. acima,] pode ver-se em primeiro plano com o quico na mão direita o 1º Cabo Operador Cripto Florival Fernandes Pires, natural de Portalegre,  e que como pode ver-se também assistiu a uma parte do acontecimento.

[Artur Conceição, Damaia, Amadora, 10/10/2014]

4.  No mesmo dia deu conhecimento À Ana Romero deste último texto do Artur Conceição:

 Ana: Aqui ten os contactos do Artur Conceição e um pequeno texto com uma versão mais recente sobre as circunstãncias da morte do seu pai... No meu comentário [ao poste P2335, de 8/12/2007] (*), por lapso meu, fiz referência despropositada à "parada"... Não, tudo se passou à hora da distribuição do correio, e no seu quarto e gabinete... A Ana pode tentar juntar as pontas e perguntar: porquê ?... Quando se tem acesso (fácil) a armas, há mais risco de ocorrerem tragédias destas... Oficialmente, foi um acidente com arma de fogo...

Disponha sempre. Mandei-lhe esta manhã um outro mail, do meu endereço profissional.
Bom fim de semana.
Luís Graça

5. Mail enviado por L.G., na manhã de 10 do corrente, à Ana Romero [, foto à esquerda, da sua página do Facebook]:

Querida: Lamento muito que só agora saiba das circunstâncias trágicas em que morreu o pai. Mas o nosso blogue tem esse dever (doloroso) também de falar dos nossos queridos camaradas mortos, em combate, por doença, acidente ou outros motivos. Nalguns casos, temos ajudado as famílias a fazer o lutto (até agora patológico). O exército (e o Estado) tratou mal estes bravos que deram tudo pela Pátria.

Posso pô-la em conctacto com o Artur Conceição, soldado de transmissões que estava a 2 metros do gabinete onde tudo ocorreu... Ele vive aqui perto na Amadora. Mas a Ana pode primeiro falar comigo. Tem aqui o meu telemóvel (...). Ou se preferir,  eu ligo-lhe, se me mandar o seu nº de telemóvel.

Eu não conheci o seu pai. Sou mais novo na Guiné (1969/71). Mas sou o fundador deste blogue coletivo (que vai a caminho dos 700 membros e dos 7 milhões de visualizações). Como costumamos dizer, os filhos dos nossos camaradas nossos filhos são. Convido-a inclusive a integrar a nossa Tabanca Grande (comunidade virtual, à volta do blogue, que tem mais de 10 anos), honrando desse modo a memória do seu pai.

Se quiser. mande-nos uma foto dele e outra sua. E escreva-nos duas linhas. Ou autorize-nos a publicar a sua mensagem anterior, ou parte dela. Sente-se à sombra retemperadora e fraterna do nosso mágico poillão, a árvore sagrada da Guiné. Somos uma espécie em vias de extinção, mas partilhamos memórias e afetos.

Um beijo com ternura.
Luís Graça

6. Feedback imediato da Ana Romero:

Olá, Luís!

Foi com enorme alegria que recebi o seu mail, bem como aquele que encaminhou para o Artur.

Já enviei o pedido de amizade para a Tabanca Grande Luís Graça [, página do Facebook,] e também aderi ao blog Luís Graça & Camaradas da Guiné.

É claro que autorizo a publicação da minha mensagem.

Esta noite vou arranjar a foto do pai e enviá-la-ei, juntamente com uma minha.

Muito obrigada pelo seu feedback.

Bjo. Ana [telemóvel...]

7 comentários:

Henrique Cerqueira disse...

Há ou havia quem considerasse o suicídio ou a auto-flagelação como um VERGONHA para um militar.
Na verdade eu penso que na altura era mais uma maneira de morrer na guerra.Será bom não esquecer e eu por mim falo que o nosso principal INIMIGO era precisamente o afastamento dos nossos familiares.
Era precisamente nos dias de receber correio que as saudades,a nostalgia nos atingia muito violentamente. Umas vezes as notícias nos alegravam,outras vezes só nos traziam ainda mais angustia.Daí eu considero que a maioria dos "suicídios"ou "acidentes com armas"eram muitas vezes causadas pelo "Querido mas ás vezes "maldito" correio.
O meu principal inimigo foi a separação da família,tanto que a faltar nove meses para passar á disponibilidade consegui levar para junto de mim a minha mulher e filho de dois anos.Corri e fiz correr riscos enormes os meus queridos de igual modo passei a estar mais exposto a diversos perigos.Não seria isso uma forma de suicídio???
A grande parte dos camaradas cometeu erros altamente "suicidas"só que felizmente também na maior parte dos casos as coisas correram bem.
É esta a minha opinião quanto ao problema dos "suicídios" e como tal penso que não será vergonha nenhuma para os familiares e amigos que nessas circunstâncias os seus familiares tenha cometido esse ato,pois que até para isso foi preciso alguma coragem e muito,muito desespero que só o próprio saberia.
Naquela altura ter um médico nas companhias era raro . Agora veja-se se haveria psicólogos tal como há para apoiarem que andava a sofrer.Era vulgar a malta só dizer. - Fulano ou sicrano está apanhado do clima...e pronto já justificava tudo ou quase tudo não é?
Um abraço a todos os camaradas.
Henrique Cerqueira

Luís Graça disse...

Henrique: Fico sensibilizado pelo teu testemunho. Todos nós tivemos, na tropa e no TO da Guiné, um, dois ou mais comportamentos "suicidários"... Quem não esteve no fio da navalha ? Quem não esteve à beira de um ataque de nervos ? Quem não andou deprimido ? Quem não teve perturbações emocionais ? Quem não descurou, muitas vezes,a segurança, sua e dos outros ? Quem nºão facilitou ? Quem não brincou com a morte ?

O testemunho de cada um também poderá ajudar a família Romero a entender melhor o que se passou (ou terá passado) naquele trágico domingo, dioa 10 de julho de 1966...

José Marcelino Martins disse...

• MARIA ROSA EXPOSTO
Terminou o curso em 13 de Novembro de 1964
Ingressou com o posto de Alferes, tendo saído em 27 de Junho de 1970, com o posto de Alferes.

Anónimo disse...

Sem por ou tirar algo ao que já foi escrito, depreendo que o Sr. Cap. Rui estava só quando morreu...

Não me apercebi de ter deixado qualquer nota sobre o que pretendia fazer. A ser assim não estaremos perante alguma especulação sobre a teoria do suicídio? Será possível que tenha havido um infeliz acidente que jamais saberemos qual que o tenha vitimado?

Abraço,
José Câmara

Luís Graça disse...

José Câmara: Podes ter razão... É uma pista... Se cakhar é abusivo, estarmos aqui falar de suicídio... Nenhum de nós leu o relatório da autópsia, já incentivei a a filha a consultar o processo individual. Ante a família, e "para dos devidos efeitos", o exército terá concluído que foi um "acidente com arama de fogo"... Mas atendendo ao contexto, `
à época, à cultura dominate, eu diria que o termo "acidente" é um "eufemismo"... Abraço garnde, deste lado do Atlântico...

Anónimo disse...

Não vou comentar o poste.

O suicídio tem razões que muitas vezes só o próprio conhece.

Quem comete suicídio está em grande sofrimento psicológico.

Está sempre extremamente deprimido,e em alguns casos nem sequer é uma depressão reactiva,isto é a causa não é devida a um acontecimento recente, faz apenas parte da sua personalidade com componente genética.

Muitos suicidas têm antecedentes familiares que fizeram o mesmo.

Há situações que são de uma autoviolência extrema que não se limitam ao acto em si mesmo e praticam mutilações gravíssimas sobre si mesmos, querem sofrer muito antes de morrer.

Todos nós ex-combatentes tivemos situações que nos levaram a pensar no suicídio,felizmente na maioria dos casos não concretizado.

No meio militar o suicídio era e é ainda uma questão de honra para muitos..nomeadamente na cultura oriental.

Estar "apanhado do clima" dito de uma forma jocosa ou irónica não era mais do que descrever de uma forma simples as consequências do próprio ambiente de guerra.

C.Martins

Carlos Silva disse...

Olá Luís

A Ana Romero pode também contactar com os nossos camaradas da CCaç 1565, que reúnem todos os anos e poderão falar sobre o seu pai Cap Rui Romero.
Eu tenho o contacto do Moreira e do Camilo ex-furriéis dessa CCaç.
Na foto publicada vê-se a caserna grande, pois havia ainda mais duas no meu tempo 69/71 e a Casa da arrecadação e secretaria.
Vou enviar uma outra foto para perceberem melhor. Havia ainda outras 2 casas, sendo uma onde funcionava a messe conjunta e quartos dos alferes e outra com o quarto do capitão e os quartos dos furriéis.
Quanto à presunção de suícido conforme é falado, só quem esteve presente no quarto do Capitão aquando dos acontecimentos poderá ter concluído se de facto assim aconteceu. Fala-se em arma, que arma? Pistola ou G3, em que posição estava o corpo ? Em que parte do corpo se verificou o tiro?? etc etc.
Apesar de constar no livro do EME que a morte foi provocada por acidente, creio que deve constar no processo relativo ao Cap Rui Romero o relatório do sucedido que deve ser muito diferente do que consta numa frase no livro do EME e que a Ana Romero creio que poderá consultar.
Um abraço