domingo, 4 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13097: (Ex)citações (230): Estudos Gerais da Arrábida > A descolonização portuguesa > Painel dedicado à Guiné (29 de Julho de 1997) > Depoimento do general Bethencourt Rodrigues (Excertos, com a devida vénia...)



Página de rosto do 

Arquivo de História Social > Instituto de Ciências Socias da Universidade de Lisboa (o link original foi descontinuado: ver aqui em Arquivo.pt)


"O Arquivo de História Social publica nesta página uma série de entrevistas sobre a descolonização portuguesa de 1974/1975, fruto de um projecto do Instituto de Ciências Sociais apoiado pela Fundação Oriente. Maria de Fátima Patriarca, Carlos Gaspar, Luís Salgado de Matos e Manuel de Lucena que coordenou, entrevistaram grandes protagonistas desse processo: por um lado, governantes, chefes militares, dirigentes do MFA e outros que então actuaram na Guiné-Bissau, em Cabo Verde, Angola e Moçambique; por outro lado, responsáveis metropolitanos ou íntimos colaboradores seus.

"Não procurando promover qualquer interpretação, chegar a juízos gerais ou encerrar os eventos abordados numa dada problemática, o grupo entrevistador foi seguindo os relatos e aceitando as visões dos seus interlocutores, embora não deixasse de lhes solicitar esclarecimentos por vezes incómodos." 



1. Estudos Gerais da Arrábida  > A descolonização portuguesa >  Painel dedicado à Guiné (29 de Julho de 1997)  > Depoimento do general Bethencourt Rodrigues

(disponívbel em Arquivo.pt: 


[ Excertos, com a devida vénia: corrigimos  o nome do general que é Bethencourt e não Bettencourt  (, foto à esquerda, na base naval do Alfeite, em 30/4/1974; foto do álbum da família do cor inf António Vaz Antunes, a quem a agradecemos a gentileza, na pessoa do seu filho Fernando Vaz Antunes).

[Como se vê, pelo depoimento, ele foi avaro (e por isso dececionante) em palavras e emoções no que respeita ao "assalto" ao seu gabinete, na Amura. ] (*)

(…) Luís Salgado de Matos:

Passando agora para a Guiné. O sr. general chegou a organizar algum Congresso do Povo?

General Bethencourt Rodrigues: 

Sim, o quinto. Foi até o acontecimento político-social mais marcante do meu mandato como Governador. Para sua informação, eu descrevo isso com algum detalhe no depoimento que o Paradela de Abreu me solicitou em tempos, Vitória Traída. Mas houve também os congressos regionais, de onde eram cooptados os delegados para o Congresso Provincial.

Tudo isso movimentou na altura milhares de pessoas, completamente à margem do PAIGC.

Manuel de Lucena: 

Mas essa não interferência do PAIGC era deliberada por parte deles…

General Bethencourt Rodrigues: 

Incapacidade militar, meu caro amigo!

Luís Salgado de Matos: 

Havia alguma reflexão no Estado Maior sobre a táctica que o general Spínola estava a desenvolver na Guiné?

General Bethencourt Rodrigues: 

Ele fazia a sua política, era lá com ele. Cada um tinha as suas características próprias. Volto a repetir: os comandantes militares gozaram sempre de uma larga autonomia.

Quando cheguei à Guiné em 1973, habituado como estava à largueza de Angola, o que mais me impressionou foi a pequenez daquilo tudo. A Guiné é um país cuja área varia em função da maré!

Manuel de Lucena: 

Na Guiné, o sr. general chegou a pensar numa concentração do dispositivo?

General Bethencourt Rodrigues: 

Sim, planeava converter as 225 guarnições em 80 e tal. A dispersão é inimiga da eficácia. Mas já não tive tempo,

Manuel de Lucena: 

Por outro lado, a quadrícula dispersa é sinal de presença efectiva, possibilita o contacto directo com as populações…

General Bethencourt Rodrigues: 

É uma outra forma de ver as coisas. Simplesmente, havia que fazer uma opção.

Luís Salgado de Matos: 

Manteve o acordo do general Spínola com os Felupes, em que estes recebiam 100 escudos por cada cabeça de guerrilheiro abatido?

General Bethencourt Rodrigues: 

Não estava ao corrente desse acordo, mas se ninguém o denunciou…

Manuel de Lucena: 

Quando chegou à Guiné encontrou uma tropa bem preparada, motivada, com bons quadros? Faço lhe esta pergunta porque a ideia que normalmente se tem acerca do estado de espírito da nossa tropa na Guiné é a de uma desmoralização generalizada.

General Bethencourt Rodrigues: 

Sobre isso direi o seguinte: só se morre uma vez, não há mortes provisórias. Quando se combate com convicção e tenacidade, quando se tem a certeza de um trabalho bem feito, a motivação é coisa que não falta.

Manuel de Lucena: 

Mas o MFA na Guiné, ao nível dos quadros, aparentava estar bem organizado, tinha um número muito significativo de adesões. Qual era a sua percepção?

General Bethencourt Rodrigues: 

Não tive conhecimento disso, Que as condições eram terríveis, não contesto. Agora dizer que a tropa estava desmoralizada, de maneira nenhuma! Em Angola podia cumprir-se uma comissão alternando sítios fáceis com difíceis. Na Guiné não; vivia-se num sobressalto permanente. Por isso é que na Guiné as comissões duravam 21 meses e em Angola 24. Só quando os strelas entraram em cena é que as comissões passaram a 24 meses. O general Spínola deixou ficar os que lá estavam e aumentou o contingente com tropas frescas.

Manuel de Lucena: 

O 25 de Abril foi então uma surpresa para si?

General Bethencourt Rodrigues: 

Tanto foi que me assaltaram o gabinete! Embora quase tivesse assistido ao golpe das Caldas, quando vim a Lisboa em Março de 1974, não dei por nada. Quando a Revolução estalou, estava perfeitamente inocente.

Luís Salgado de Matos: 

O sr. general tinha confiança na tropa das informações? Na Marinha, onde fiz o meu serviço militar, corria que o Exército, na Guiné, estava infiltrado pelo PAIGC de alto a baixo.

General Bethencourt Rodrigues: 

Em geral tinha. Nas Informações trabalhava-se em estreita colaboração com a DGS, reconhecidamente competente nesse campo. O PAIGC, de resto, não tinha técnica para entrar um jogo desses.

Diz-se que um dos efeitos da contra-subversão é a lassidão, Mas a lassidão também os afectava a eles. O PAIGC não estava menos exausto que nós.

Manuel de Lucena: 

De qualquer forma, de todos os MFA's, não restam dúvidas de que o MFA da Guiné era o melhor estruturado. Basta atentar nos nomes proeminentes do 25 de Abril que saíram da Guiné. Se eles fossem fracos, o sr. general, no dia 25, ter-se-ia rido na cara deles e dado voz de prisão. Depois, o evoluir dos acontecimentos logo após o 25 Abril veio a demonstrar que na Guiné a vontade de regresso à Metrópole se sobrepunha praticamente atudo.

General Bethencourt Rodrigues: 

Olhe, como dizem os brasileiros, quando um general passa à reserva vira historiador. Foi o que sucedeu comigo. Reformado aos 55 anos, dediquei-me ao estudo. Pesquisei, li, meditei, E sabe a que conclusão cheguei? Que o país nunca teve um problema de defesa nacional em África. A tropa podia estar farta, mas obedecia. Faz parte da nossa natureza. A esse respeito nunca tive dificuldade - fui sempre obedecido. Raramente tive de usar de expedientes punitivos; escolhi sempre a via do exemplo: quando era preciso suportar dificuldades, eu fazia questão em suportá-las.

Quando estive em Lisboa em Março de 1974 - vim cá buscar 150 contos -, achei isto uma coisa horrorosa. Tinha havido a remodelação ministerial, a última do professor Marcelo. Senti um mal-estar generalizado, uma atmosfera pesada. Felizmente, o episódio da «brigada do reumático» apanhou-me já a caminho da Guiné.

Manuel de Lucena: 

Como foi a reacção ao golpe das Caldas na Guiné?

General Bethencourt Rodrigues: 

Irrelevante. O Ultramar ficava muito longe.

Luís Salgado de Matos: 

O facto do general Spínola ter saído após Guileje foi entendido como uma derrota? Não afectou as pessoas que lá estavam?

General Bethencourt Rodrigues: 

Note: o general Spínola esteve lá oito anos, fora nomeado no tempo do do Salazar. Eu até dizia: o Spínola não deve sair da Guiné senão por limite de idade ou de caixão. E, caramba, oito anos na Guiné é de morrer! A partir de determinada altura, admito que as coisas terão deixado de lhe correr de feição, nomeadamente porque o Governo não lhe dava todo o dinheiro que pretendia para a sua política de aliciamento das  populações.

Apesar de cada um ter a sua maneira de comandar, eu não enjeitei a sua política de melhoria desenvolvimento das populações autóctones. Mas com uma diferença: eles não me metiam a mão no bolso! Quer dizer; não lhes satisfazia todos os pedidos. Recordo-me de um dia ter  ido a uma sanzala e de um grupo de mulheres me ter pedido rádios. Vejam bem: rádios para falar com os maridos quando estes iam a Bissau! Não fui para a Guiné para agradar a toda a gente. Fui lá para cumprir o que devia ser cumprido.

Manuel de Lucena: 

Na conversa que teve com o professor Marcelo, antes de ir para a Guiné, não ficou com a sensação que a saída do general Spínola lhe causava a ele, Marcelo, um problema bicudo?

Luís Salgado de Matos: 

E a isso eu acrescento: a implicava a admissão da derrota de Spínola na Guiné?

General Bettencourt Rodrigues: 

Leiam o Depoimento do professor Marcelo Caetano. Ele narra a nomeação a reunião com os altos comandos.

Manuel de Lucena: 

E quando é nomeado para a Guiné tem outra entrevista com o professor Marcelo ...

General Bethencourt Rodrigues: 

Naturalmente. No entanto, o pretexto dessa conversa até foi outro assunto, designadamente, a negociação de um contrato publicitário entre a RTP e a Movierecord - eu nessa altura em administrador delegado da RTP. Só depois é que o Presidente do Conselho me assediou para a Guiné, onde a situação se deteriorara nos últimos tempos.

Luís Salgado de Matos: 

Mas porque é que saltaram a escala hierárquica e o escolheram a si? Não foi pela aura vitoriosa que trazia do Leste de Angola?

General Bethencourt Rodrigues: 

Sim, pode aceitar-se essa leitura.

Manuel de Lucena:

 Mas o sr. general Bethencourt e o sr. general Spínola são comandantes de estilos e escolas diferentes, não é assim?

General Bethencourt Rodrigues: 

O mais possível.

Manuel de Lucena: 

De resto, a «terceiro-mundialização» que o Exército português conheceu durante o PREC - e que se traduzia em ordens por despacho, ultrapassagem das hierarquias, etc. – não procedeu da organização do general Spínola na Guiné?

General Bethencourt Rodrigues: 

Mas note que, ao contrário do que muita gente pensa, o general Spínola não era assim tão popular na Guiné.

Manuel de Lucena: 

Quando fui subordinado do major Salles Golias, que servira sob as ordens do general Spínola na Guiné, e depois se tornou seu inimigo figadal recordo-me de ele ter dito que era capaz de tudo para evitar que o general Spínola, já depois do 25 de Abril, voltasse a pôr os pés na Guiné. O major Golias estava ciente que o general Spínola deixara uma multidão de indefectíveis, tanto cá como na Guiné.

General Bethencourt Rodrigues: 

Mas esses fiéis - o Monge, o Bruno, o Fabião, etc. - já haviam todos regressado quando fui para a Guiné. O sr. general Spínola, lamento dizê-lo, era muito faccioso. Para ele, quem não tivesse andado no Colégio Militar ou não fosse de Cavalaria era menos que zero.

Texto fixado por Pedro Aires Oliveira, a partir de notas suas e de  Fátima Patriarca.

_______________

Nota do editor:

(*) Vd. postes anteriores da série:

4 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13096: (Ex)citações (229): O MFA na Guiné-Bissau: comentário do ten cor ref Jorge Sales Golias sobre os acontecimentos de 26 de abril de 1974, em Bissau: o gen Bethencourt Rodrigues e os oficiais que com ele se solidarizaram foram tratados com deferência e cordialidade (Carlos Pinheiro / Bento Soares)

4 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13095: (Ex)citações (228): O golpe de 26 de abril de 1974, o MFA, o Com-Chefe, gen Bethencourt Rodrigues, e o comandante interino do COMBIS, cor inf António Vaz Antunes (Luís Gonçalves Vaz, que tinha 13 anos, e vivia em Bissau, sendo filho do cor cav CEM Henrique Gonçalves Vaz, último chefe do Estado Maior do CTIG)

Vd. também:

1 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13078: O golpe militar de 26 de abril de 1974 no TO da Guiné: memorando dos acontecimentos, pelo cor inf António Vaz Antunes (1923-1998) (Fernando Vaz Antunes / Luís Gonçalves Vaz): Parte I

13 comentários:

Anónimo disse...

Luís

Cumprimentos pelo tema suscitado e pelas diferentes abordagens que já teve.
Tive oportunidade de conhecer o Tenente Coronel Golias numa sessão no ISCTE cujo tema era, mais ou menos isto: "História baseada na evidência". Eram muitos os presentes, com intervenção no pré e post 25A. Não falou de improviso. Leu um escrito que levava. Falou do MFA na Guiné, mas não me recordo que tenha abordado este tema. Falou, sim, de factos relacionados com o Gen. Spínola.
Alberto Branquinho

JD disse...

Camaradas:
Pela primeira vez, parece, temos aqui um confronto sobre os métodos e personalidades dos dois últimos generais que comandaram as FA e governaram na Guiné.
Fica provado que, se na Escola do Exército, na Academia Militar, nas universidades, ou quaisquer estabelecimentos de ensino, as matérias ministradas podem corresponder a programas estabelecidos, o entendimento de cada um particulariza as suas aplicações.
O Gen. Spínola era emotivo, impulsivo, espectacular, carecia de quem lhe estimulasse o ego, descurava estruturas e procedimentos, para se dedicar a acções que lhe grangeassem prestígio, tinha uma permanente preocupação e capacidade para transmitir grandes ideias e intervir em diferentes aspectos da vida pública, chegando a invadir áreas de outras estruturas do Estado. Era vaidoso, e tinha um objectivo: atingir o mais alto cargo da nação.
Não convivi com o Gen. Bettencourt Rodrigues, mas respigo da entrevista na Arrábida, respostas parcimoniosas, objectivas, e sem redondilhas e devaneios discursivos que o distinguem do seu antecessor. Também Manuel de Lucena se refere a essa tentação do Gen. Spínola, quando levanta a questão da "terceira-mundialização que o Exército conheceu durante o PREC - que se traduzia em ordens por despacho, ultrapassagem das hierarquias, etc, como consequência da organização do Gen. Spínola na Guiné", diferença de estilo que o Gen. Bettencourt acentua ser "o mais possível".
E sobre a moral das tropas, caíu na tentação (chantagem social? acautelamento de inêxito?) de publicitar a necessidade de grandes meios militares para prosseguir a guerra com equílibrio na perspectiva de êxito, o que é desmoralizante para os comandados, ao que o Gen.Bettencourt contrapôs: "quando se combate com convicção e tenacidade, quando se tem a certeza de um trabalho bem feito, a motivação é coisa que não falta". Mas ainda no meu tempo era bastante precária a preparação da tropa que se destinava a combate, tanto do ponto de vista estrito das técnicas de combate, como da convivência e interpretação das políticas locais, para além de ter sido gerado um ambiente hostil entre a tropa e as populações protegidas pela "psico".
O "problema" de Bettencourt ainda parece radicar nas ligações do MFA a Spínola, e de ter sido o movimento a destituí-lo do cargo que ocupava. Um subiu na crista da onda, o outro foi submerso. No entanto, veio a constatar-se sobre a incompetência do MFA para desencadear revoluções, que à moda de Spínola, evoluíu em diatribes, e por impulsos, sem obediência a um programa, e com consequências trágicas para o País, que hoje agudiza dessa deriva.
JD

Anónimo disse...


Caros ex-combatentes da Guiné:

O Sr. General Bethencourt Rodrigues disse:
"as condições (na Guiné) eram terríveis ...as tropas não estavam desmoralizadas"
Apetece perguntar: pode-se estar moralizado, em condições terríveis, lutando numa guerra pela manutenção de um império colonial, contra o fluxo da história?
Um abração
Carvalho de Mampatá.

JD disse...

Caro Crvalho de Mampatá,
À primeira parte da pergunta que formulas, dou uma resposta com acessoria da minha psicóloga: pode (deve) estar-se moralizado em condições terríveis. Aliás, não o estando, dimunuem as resistências, ou acapcidade de reacção aos constrangimentos.
O treino da mente serviu a Mandela para não vacilar perante a tortura e demais dificuldades, e até ter desenvolvido o conhecimento sobre a humanidade, factor que terá sido primordial para o acordo estabelecido com o regime racista. Outros exemplos notórios de personagens consagradas que viveram "condições terríveis", podem ser Ghandi e Papillon. Mas imagino que entre os nossos camaradas que foram prisioneiros de guerra, também terão tido necessidade de elevada moral, para resistirem às adversidades e suspirarem pela liberdade.
Essa questão também a coloquei ao pelotão, embora de forma empírica, quando fizémos reflexões de conduta após duas baixas em combate, e o humor, como a solidariedade, foram estados de espírito importantes para a adopção de procedimentos.
Um Comchefe sensível, coerente e exemplar, podia ser um bom veículo para treino das mentes e preservação do alto moral.
Infelizmente, naquele tempo, a tropa pobretanas e mal preparada, até parecia não carecer de apoios psicológicos, entre outros.
Actualmente, são os governos que não estimulam o treino da mente, para que as populações não levantem ondas e os destituam. As populações vivem em enquadramentos que as restringem da tomada de atitudes.

JD disse...

Carvalho,
Faltou-me enviar um abraço solidário. Vai agora.
JD

Anónimo disse...

Caros camaradas

É natural e humano que o Sr.General B.Rodrigues estivesse ressentido pelo seu "saneamento".

Sem por em causa a sua competência sempre me admirou o que pretendia fazer em termos de dispositivo militar (retracção e concentração das guarnições militares).

Vamos a factos

Na fronteira norte com o Senegal a grande maioria das guarnições estavam junto à fronteira, no leste todo o planalto do Boé estava abandonado,sendo as guarnições mais avançadas Canjadude e Cabuca junto a Gabu (Nova Lamego) e mais para sul Galomaro e Aldeia Formosa e no sul Gadamael Cameconde e Cacine.

Como é que pretendia fazer a concentração e onde ?!

Sabendo-se que quanto mais espaço se dá a quem faz a guerrilha melhor para esta.

O que pretenderia fazer com as populações sobre o nosso controle ?

No meu modesto parecer,vale o que vale,seria um erro tremendo.

Os Generais e afins não sabem o que sofrem as tropas no terreno,podem fazer uma ideia mas não sabem verdadeiramente, para isso teriam que viver em permanência com a tropa e não é essa a sua função.

Durante a permanência do Sr. General B.Rodrigues como Com.Chefe na Guiné não se alterou nada do que já vinha sendo feito com o Sr. General Spínola, apenas foi a Medina do Boé com jornalistas mostrar o óbvio...aquilo estava abandonado.

Quanto a divergências entre Generais..seria um problema deles..tinham isso sim personalidades antagónicas e um deles com um ego maior que a ponte Vasco da Gama e com ambições de vir a ser Presidente da República..o que até conseguiu..por pouco tempo é certo.

Sobre a situação militar na Guiné quase todas as opiniões das personalidades dizem o que mais lhes convém consoante a orientação política de cada um.

C.Martins

Anónimo disse...

A concentracao de tropas no Norte e leste da Guiné, era desajustada, em excesso e longe em especial aqui onde os aviões não chegavam ficando sem combustível para o regresso; havia mais no Leste para além de Nova Lamego: havia Piche e canquelifá,Boruntuma, etc.

Anónimo disse...

A concentracao de tropas no Norte e leste da Guiné, era desajustada, em excesso e longe em especial aqui onde os aviões não chegavam ficando sem combustível para o regresso; havia mais no Leste para além de Nova Lamego: havia Piche e canquelifá,Boruntuma, etc.

Anónimo disse...

A concentracao de tropas no Norte e leste da Guiné, era desajustada, em excesso e longe em especial aqui onde os aviões não chegavam ficando sem combustível para o regresso; havia mais no Leste para além de Nova Lamego: havia Piche e canquelifá,Boruntuma, etc.

Anónimo disse...

A concentracao de tropas no Norte e leste da Guiné, era desajustada, em excesso e longe em especial aqui onde os aviões não chegavam ficando sem combustível para o regresso; havia mais no Leste para além de Nova Lamego: havia Piche e canquelifá,Boruntuma, etc.

Anónimo disse...

A concentracao de tropas no Norte e leste da Guiné, era desajustada, em excesso e longe em especial aqui onde os aviões não chegavam ficando sem combustível para o regresso; havia mais no Leste para além de Nova Lamego: havia Piche e canquelifá,Boruntuma, etc.

Anónimo disse...

A concentracao de tropas no Norte e leste da Guiné, era desajustada, em excesso e longe em especial aqui onde os aviões não chegavam ficando sem combustível para o regresso; havia mais no Leste para além de Nova Lamego: havia Piche e canquelifá,Boruntuma, etc.

Anónimo disse...

Bla, bla, bla o costume há gente que sabe e sabia tudo.Mesmo fechados sem ver o horizonte.Portugal não mudou nada continua a ser uma opera bufa, e por graças a estes sabe tudo e aos oportunistas do 25 la vamos para o abismo mesmo remando contra a maré.E viva a pseuda inteligenzia.