quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Guiné 63/74 - P12130: Agenda cultural (286): Novidade: Livro "Alcora: o acordo secreto do colonialismo", de Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes, Lisboa, Divina Comédia, 2013, 400 pp.


1. Mensagem do Carlos Matos Gomes, com data de 30 de setembro último:

Assunto - Alcora - a aliança secreta do colonialismo, no programa Agora, RTP2


Meus caros amigos, junto envio o link para uma entrevista feita para o programa Agora, da RTP2, transmitido ontem e que tem por tema o meu livro e do Aniceto Afonso , "Alcora, a aliança secreta do colonialismo" e o livro "Salazar, Caetano e o Reduto Branco", de Luís Barroso.

Os dois livros tratam da aliança política e militar entre Portugal, a África do Sul e a Rodésia. Revela a importância decisiva e determinante da Africa do Sul na condução da política ultramarina do governo português nos anos 60 e 70 e de como esta aliança podia (ou não) ter sido uma solução tentada por Marcelo Caetano...

Para os interessdos, a entrevista passa entre os minutos 30 e os 40. Desculpem o incómodo.

http://www.rtp.pt/play/p1235/e129809/agora


2. Sobre o livro:

Ficha Técnica

Título: Alcora - O acordo secreto do colonialismo
Autores: Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes
Prefácio: Fernando Rosas
Selo (editora): Divina Comédia
1ª edição: maio de 2013
ISBN: 978-989-8633-01-9
Nº de páginas: 400
PVP: 19.90€

Sinopse (Fonte: Divina Comédia)

Um documento histórico fundamental que desvenda a existência de um acordo estratégico entre Portugal, África do Sul e Rodésia realizado no final da Guerra colonial.

“O livro que agora se dá à estampa – Alcora, O Acordo Secreto do Colonialismo – vem revelar a existência de um acordo estratégico formalizado em Outubro de 1970 ao mais alto nível entre Portugal, a África do Sul e a Rodésia, envolvendo os domínios político, económico e militar, com o fito de preservar o poder nas mãos do regime colonial português e dos regimes racistas dos outros dois países, desde logo assegurando a derrota militar das guerrilhas de libertação nacional.

"O que o livro agora presente revela, precisamente, é como as chefias militares sul-africanas, paralelamente ao crescimento da sua ajuda financeira, operacional e logística à guerra, vão ganhando um concomitante poder de opinião e interferência na condução das operações em Angola e Moçambique, que hoje surge, apesar de tudo, como surpreendente, pelo seu carácter inusitado e intrusivo. Não só levando as chefias portuguesas a deslocarem o centro das operações de contra insurgência, em Angola e em Moçambique, mas até opinando quanto aos aspectos mais imediatos da condução da guerra no terreno e quanto ao mérito dos oficiais ou funcionários responsáveis.” Fernando Rosas (in Prefácio)



3. Autores:


Aniceto Afonso > Coronel de Artilharia na situação de reforma, membro da Comissão Portuguesa de História Militar e investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa.

Antigo director do Arquivo Histórico Militar e do Arquivo da Defesa Nacional; antigo professor de História da Academia Militar. Mestre em História Contemporânea Portuguesa pela Faculdade de Letras de Lisboa, 1990. Comissões militares em Angola (1969-1971) e Moçambique (1973-1975). Participante no Movimento dos Capitães e membro da Comissão Coordenadora do MFA em Moçambique (1974-1975).

Autor de: A Hora da Liberdade, 2012 (com Joana Pontes e Rodrigo de Sousa e Castro); Portugal e a Grande Guerra, 2010 (1.ª ed., 2003); Anos da Guerra Colonial, 2009; e Guerra Colonial – Angola, Guiné, Moçambique, 1997-1998 (todos com Carlos de Matos Gomes); O Meu Avô Africano, 2009; As Transmissões Militares – da Guerra Peninsular ao 25 de Abril, 2008 (Coordenador); Portugal e a Grande Guerra, 1914-1918, 2006; História de Uma Conspiração. Sinel de Cordes e o 28 de Maio, 2001; e Diário da Liberdade, 1995. Colaborou na História de Portugal, 1993; e na História Contemporânea de Portugal, 1986 (ambas dirigidas por João Medina).


Carlos de Matos Gomes > Nascido  em 24/07/1946, em V. N. da Barquinha. Coronel do Exército (reformado). Cumpriu três comissões na guerra colonial em Angola, Moçambique e Guiné, nas tropas especiais «comandos».

Co-autor com Aniceto Afonso de obras sobre a guerra colonial: Guerra Colonial e Os Anos da Guerra Colonial, de textos para publicações especializadas; co-autor com Fernando Farinha de Guerra Colonial – Um Repórter em Angola, coordenador, com Aniceto Afonso, da obra Portugal e a Grande Guerra; autor de textos para a História de Portugal, coordenada por João Medina, e Nova História Militar de Portugal, coordenada por Themudo Barata e Nuno Severiano Teixeira; autor de Moçambique 1970 – Operação Nó Górdio.

Fonte: Divina Comédia Editores

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Nota do editor:

Último poste da série > 2 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12110: Agenda cultural (285): Guiné-Bissau: as memórias de Gabu, 1973/74 (José Saúde)

6 comentários:

Anónimo disse...

Olá Camaradas
É bom que se leia, com atenção e cuidado. Depois podemos perguntar qual era o nosso papel naquela "anedota".
Um Ab.
António >>>J. P. Costa

Anónimo disse...

"CARNE PRA CANHÃO"...OBVIAMENTE

C.Martins

Anónimo disse...

Olá Camarada
Concordo.
Depois de ler o livro com atenção fico com a ideia de que o meu país ou as autoridades que nele governavam faziam uma guerra envergonhada e tíbia. E é caso para perguntar onde queria ir como esperavam que tudo terminasse.
Tínhamos, de facto, uns maus leaders que nem sequer tomavam decisões no sentido que apregoavam, mesmo que isso se traduzisse num esforço e sacrifício enormes sobre o respectivo povo.
Enfim cada povo tem os governantes que merece.
Um Ab.
António J. P. Costa

Antº Rosinha disse...

Acordo secreto?

A ajuda e colaboração militar com os sul-africanos no sul e leste de Angola, nunca foi secreto.

Com viaturas, helicópteros e tudo o que fosse preciso.

Pelo menos a partir de 1970 que até 1974.

E com a Rodésia e Moçambique em Angola todos sabiamos que havia total entendimento.

Secreto, só se foi até o Salazar cair da cadeira em 1968.

Porque os helicópteros e os camiões não eram invisíveis.

Enfim,, ainda bem que há blogues como este, se não aconteceria um dia que ficavamos como esta guerra como foi em Alcacer Quibir que ainda não se sabe o que aconteceu ao Dom Sebastião.

À procura de segredos ainda nesta altura do campeonato.

Numa altura em que se discute a técnica da «psico-social» à "MACHETE"

João Carlos Abreu dos Santos disse...

António Rosinha, de há muito sou conhecedor do que tem sido obrado por aqueles autores e pelo prefaciador deste recente catrapázio, cujo conteúdo também conheço.
Além do mais, o enquadramento nada tem a ver com a (então) Província da Guiné Portuguesa, admitindo-se que a publicidade oferecida neste blog se terá radicado, apenas, à simpatia, do editor, por aqueles historiógrafos.
Subscrevo o seu comentário.
Abreu dos Santos
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Anónimo disse...

Santa Ignorância é uma padroeira muito adorada no Brasil.

Chover no molhado: significa que foi feito/dito algo de inútil.

Cumprimentos,
Constantino Costa