domingo, 25 de agosto de 2013

Guiné 63/74 - P11977: Memória dos lugares (245): Livro da 1.ª Classe do PAIGC recolhido nas matas do Cantanhez (1) (António Teixeira)

1. Mensagem do nosso camarada António Teixeira (ex-Alf Mil da CCAÇ 3459/BCAÇ 3863 - Teixeira Pinto, e CCAÇ 6 - Bedanda; 1971/73) com data de 24 de Agosto de 2013:

O PAIGC E A INSTRUÇAO PRIMARIA

Durante a minha "estadia" na CCaç 6, em Bedanda, e numa das várias operações que fizemos em pleno Cantanhês, numa altura em que se resolveu abrir uma estrada entre Cadique e Guilege (que nunca chegou a acabar), de forma a desbaratar a mata do Cantanhês, onde o PAIGC "passeava" e tinha diversas bases logisticas, numa dessas operações dizia eu, assim de repente, demo-nos em pleno centro duma dessas bases, na altura já abandonada, embora há muito pouco tempo.
Nesse local, onde havia uma escola e uma espécie de hospital de campanha, foi recolhido algum material, entre eles um livro de instrução da 1ª classe.

Hoje, ao remexer em algumas das minhas memórias, encontrei esse livro. Não perdi tempo e digitalizei algumas das suas páginas, onde é por demais evidente, a propaganda politica e pré militar que era incutida às suas crianças.

Assim, e sem mais delongas, quero com vocês partilhar esse achado. Em algumas das páginas sublinhei certas palavras ou frases que achei importante.
Finalmente podem reparar na conta capa, que este livro foi feito em Uppsala, na Suécia.

Um grande abraço a todos
António Teixeira














(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 21 DE AGOSTO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11965: Memória dos lugares (244): Hospital Militar de Bissau: não há duas memórias iguais (Mário Beja Santos)

2 comentários:

Juvenal Amado disse...

Bons principios eram as orientações para uma indepência feliz.

Os homens fizeram o que n´s sabemos dessse sonho e hoje resta um enorme caixote de lixo dos sonhos e anseios

Gostei de ver este livro onde se previa um futuro feliz de crianças a aprender a serem felizes.

Um abraço

jpscandeias disse...

Temos que destacar o facto de ser um livro que ensinava a língua portuguesa sabendo nós que apesar da nossa longa presença e sendo o português a língua oficial só uma minoria o falava e hoje o fala. Sobre ter conteúdo politico não é nenhuma surpresa, sem esquecer o contexto de uma guerra, é assim em todo o mundo, nesta matéria não há excepção.