terça-feira, 16 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11407: Agenda cultural (260): Programa da RTP, "A Guerra", composto por 42 episódios, em 4 Temporadas, está a ser exibido às quartas feiras... A série acaba dentro de 4 semanas, com os últimos episódios da IV (e última) Temporada

1.  Da direcção de produção do programa da RTP "A Guerra",  realizado pro Joaquim Furtado recebemos a seguinte informação, para divulgação no blogue:


Para o blogue Luis Graça & Camaradas da Guiné, envio, julgando corresponder ao pedido, alguns elementos sobre a série, terminando com a sinopse do episódio da próxima quarta-feira [, dia 17 de abril de 2013,`na RTP1, àss 22h48].

Poderei, se esse for o interesse do blogue, enviar semanalmente, as sinopses dos três outros (últimos) episódios.

Obrigado
Joaquim Furtado



1. A RTP 1 está a terminar a exibição da série "A Guerra", composta por 42 episódios. Estão editados em DVD apenas 18, correspondentes à primeira e à segunda temporadas. Houve depois uma terceira temporada (6 episódios), estando agora em exibição os 18 episódios finais. Estão a ser emitidos às quartas-feiras, faltando apresentar quatro (referentes ao período que culmina com o 25 de Abril de 1974).

O próximo episódio, a emitir no dia 17, regista o crescente isolamento internacional de Portugal, na sequência da proclamação unilateral da independência da Guiné, pelo PAIGC. Por outro lado, trata da iniciativa de Jorge Jardim que, em Moçambique e à revelia de Marcello Caetano, abre uma via para o diálogo com a Frelimo, através da Zâmbia. Com o chamado Programa de Lusaka pensa ter encontrado o caminho para o seu projecto onde procura envolver realidades tão distintas como os Grupos Especiais de Paraquedistas e os concursos de misses. Espera contar com figuras como Domingos Arouca, Máximo Dias e Joana Simeão. 

Nomes que aderem ao reformismo de Marcello Caetano no qual acreditam também os setores que organizam o I Congresso dos Combatentes do Ultramar. Uma iniciativa de que se demarcam cerca de 400 oficiais do Quadro Permanente, facto que representou uma primeira atitude de indisciplina colectiva, no âmbito militar. 

Os decretos que regulavam o acesso de milicianos ao Quadro vieram, nos meses seguintes, criar um descontentamento que, gradualmente, se tornou político e conduziu à criação do Movimento das Forças Armadas. 

Já no início de 1974, a morte de uma fazendeira portuguesa, desencadeou uma revolta entre os colonos que acusaram a tropa de inércia perante a FRELIMO. Um factor que contribuiu para a estimular o avanço do movimento militar que culminaria com o 25 de Abril.

2. Apresentação da série, segundo a página oficial da RTP (relativamente à III Temporada):

Joaquim Furtado tem procurado, com esta série documental, descrever o que foi a guerra (nos seus aspectos militares, políticos e sociais) que, entre 1961 e 1974, opôs as forças armadas portuguesas e os movimentos de guerrilha que lutavam pela independência de Angola, de Moçambique e da Guiné, territórios então sob administração portuguesa. Um conflito que os africanos designaram por guerra de libertação nacional, e os portugueses por guerra do Ultramar ou guerra colonial.

O autor assenta a estruturação do trabalho em alguns pilares fundamentais:

 (i) filmes, fotografias e documentação da época (foram consultados de forma exaustiva, os principais acervos disponíveis); 

(ii) entrevistas com os protagonistas do conflito, militares e civis, africanos e portugueses (foram gravados mais de duas centenas de testemunhos); 

(iii) reportagens em lugares especialmente significativos da guerra (com a presença e o encontro entre si de portugueses e africanos, ex-combatentes); 

(iv) “reconstituição” gráfica de alguns dos principais episódios militares que marcaram o conflito.

O recurso a gravações radiofónicas da época permitiu complementar imagens, até aí limitadas na sua expressão.

Do material recolhido resultou a revelação e aprofundamento de muita documentação, tendo havido a preocupação de contextualizar esse material, nomeadamente filmes. Por outro lado, quanto aos testemunhos, o objectivo do projecto foi favorecido pelo facto de terem passado mais de trinta anos sobre o fim do conflito, o que se traduziu numa maior disponibilidade, por parte dos entrevistados, para a abordagem de assuntos traumáticos como os que a guerra envolve.

O autor procura narrar o conflito ao ritmo a que ele se desenrolou, em simultâneo, em Angola, na Guiné e em Moçambique pelo que, cada episódio contempla sempre mais do que um dos territórios. (...)

______________

7 comentários:

Costa Abreu disse...

Gostaria de comprar os 2 DVD's que foram editados, aonde poderei efectuar a compra? sobre os outros episodios que faltam, serao editados? ou aonde os poderei copiar na internet. Caso alguem me possa dar a resposta a estas perguntas, agradeco.
Julio Abreu
Grupo de Comandos Centurioes
Ex-Guine Portuguesa

JD disse...

Bom dia Camaradas,
E notável o esforço desenvolvido no trabalho histórico-jornalístico sob a responsabilidade do Joaquim Furtado, subordinado à guerra de África, a nossa.
Eu tenho sido surpreendido com algumas das informações ali contidas, revelações que alteram o generalizado conceito de dcolonizadores relativamente a figuras destacadas da época, de que as recentes preocupações sobre Caetano são um bom exemplo. Essas incursões sobre os bastidores são elementos essenciais para a reflexão sobre o assunto.
Acho que se deve aproveitar a disponibilidade do Joaquim Furtado para aqui publicar sinopses dos episódios já visionados, e a visionar. Será mais um contributo enriquecedor para o Blogue, e, desde já, eu agradeço a gentileza manifestada.
Tal como o Costa Abreu também gostaria de ter notícia sobre a oportunidade para adquirir os DVD's.
JD

JD disse...

Bom dia Camaradas,
E notável o esforço desenvolvido no trabalho histórico-jornalístico sob a responsabilidade do Joaquim Furtado, subordinado à guerra de África, a nossa.
Eu tenho sido surpreendido com algumas das informações ali contidas, revelações que alteram o generalizado conceito de dcolonizadores relativamente a figuras destacadas da época, de que as recentes preocupações sobre Caetano são um bom exemplo. Essas incursões sobre os bastidores são elementos essenciais para a reflexão sobre o assunto.
Acho que se deve aproveitar a disponibilidade do Joaquim Furtado para aqui publicar sinopses dos episódios já visionados, e a visionar. Será mais um contributo enriquecedor para o Blogue, e, desde já, eu agradeço a gentileza manifestada.
Tal como o Costa Abreu também gostaria de ter notícia sobre a oportunidade para adquirir os DVD's.
JD

José Botelho Colaço disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
José Botelho Colaço disse...

Camarigo Costa Abreu não sei se é isto que desejas?
Podes ver os vídeos dos programas da guerra do Joaquim Furtado pesquisando no google em www.RTP.pt programas de A a Z com as datas das quartas-feiras para ser mais fácil.
Eu sinceramente este ultimo programa onde abordava o tema na Guiné sobre Madina de Boé não gostei mesmo nada mais parecia uma montagem feita pelo PAIGC.
Um abraço
Colaço.

José Botelho Colaço disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Podem comprar na Fnac, estão para venda as duas primeira temporadas.