sábado, 13 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11384: Relatório do início da actividade do CAOP em Teixeira Pinto (1) (Manuel Carvalho)

1. Na sua mensagem de 11 de Março de 2013*, dizia-nos a certa altura o nosso camarada Manuel Carvalho (ex-Fur Mil Armas Pesadas Inf, CCAÇ 2366/BCAÇ 2845, Jolmete, 1968/70):

Ainda relativamente à operação Aquiles Primeiro como tenho algumas fotos dessa operação vou enviar e dizer mais alguma coisa sobre o assunto.
Como já disse em comentário, no início de Fev/69 veio para Teixeira Pinto o CAOP sobre o Comando do Coronel Para Alcino Ribeiro e os Majores Passos Ramos e Magalhães Osório e as seguintes forças, CCP 121 e 122, DFE 3 e 12, 16ª de CComds, e passaram a depender operacionalmente do CAOP a Ccaç 2366 a 2444 a 2446 bem como o Pel Caç Nat 58 e 59 e o Pel Milic 128 e 130.
Todas estas forças começaram a actuar conjugadamente em todo o sector durante quase todo o mês de Fevereiro.[...]

Assim publicamos hoje as primeiras 5 de 18 páginas de um relatório elaborado pelo CAOP no início da sua actividade em Teixeira Pinto que o camarada Manuel Carvalho nos enviou para o efeito.

Para introdução publica-se a identificação e a síntese operacional deste Comando de Agrupamento Operacional que retiramos da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974):

Reprodução das páginas 591 e 592  do 7.º Volume, Fichas das Unidades, Tomo II, Guiné da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974).
A realçar o erro histórico da página 592 que refere como 21 de Abril de 1971 a data em que foram assassinados os três majores, quando sabemos que a verdadeira é 20 de Abril de 1970.


O CAOP EM TEIXEIRA PINTO (1/3)


(Continua)
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Nota do editor:

(*) Vd. poste de 15 DE MARÇO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11259: (Ex)citações (214): Ainda a Operação "Aquiles Primeiro" (Manuel Carvalho)

5 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado, Carvalho, pela partilha... Prpmeto ler com mais atenção... Diz-me quantos homens em armas tinha o CAOP1?

Luis Grala

antonio graça de abreu disse...

A história do meu Caop 1.
Como alferes do CAOP 1,levei em 1972/74 com Teixeira Pinto, Mansoa e e Cufar.
Os homens em armas do CAOP 1 eram sobretudo a tropa especial, páras, comandos e fuzos, umas centenas de
excepcionais combatentes, chamados sempre que necessário.
Na nossa própria logística, CAOP 1, comando, transmissões, secretaria,viaturas auto éramos cerca de 25 homens.

Abraço,

António Graça de Abreu

Manuel Carvalho disse...

Caro Luis

Em armas, especiais e não especiais estariam à volta de mil Homens. Logo no primeiro dia da oper. a 2444 teve 4 mortos e três feridos e a 2446 1 morto e 9 feridos. Paz às suas almas. Com toda esta movimentação o IN dispersou e passou a andar em pequenos grupos, quando isto acabou reagruparam-se de novo, como sempre faz a guerrilha.Pela nossa parte 2366 tivemos a sorte de ter alguns Africanos muito bons.
Um abraço

Manuel Carvalho

Anónimo disse...

Também este CAOP 1 pertence ao meu passado guineense. Foram quase 8 meses a percorrer aqueles caminhos mais ou menos "pacificados", já que não andei nas zonas da "pancadaria".

Daqui saúdo todos os que ajudaram a fazer a história deste Comando.
Pena não haver HU, como constatei quando visitei o AHM para esse efeito.

JPicado

Anónimo disse...

A CCAç 3327, Companhia a que pertenci, também foi uma das forças de intervenção do CAOP1.
Na altura, Abril/Junho de 1971, a Companhia fez a proteção próxima da nova estrada que estava sendo construída entre Teixeira Pinto e o Cacheu.
Abraço,
José Câmara