quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10635: História da CCAÇ 2679 (56): A evacuação insólita (José Manuel M. Dinis)

1. Mensagem do nosso camarada José Manuel Matos Dinis (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71), com data de 5 de Novembro de 2012:

Carlos,
Aqui te envio o relato de um episódio relativo aos feitos e gandes perigos que enfrentei na Guiné.
Não fiquei para a história registado como herói, mas tive direito a férias na capital provincial durante 25 dias, e fui sempre muito bem tratado.
Podia ter sido melhor? Pois podia, mas naquele tempo ainda a expressão da publicidade não tinha sonoridade, pelo que não é plausível qualquer comparação. Foi o que foi, e safei-me.

Para ti e para o Tabancal, vai aquele abraço.
JD


HISTÓRIA DA CCAÇ 2679 (56)

 A EVACUAÇÃO INSÓLITA

No largo da parada em frente ao meu quarto ouvia-se a agitação costumeira aos dias de coluna a Nova Lamego, designação que a acção colonial e civilizadora atribuiu à povoação de Gabú, um lugar que nem pelo clima, nem pelo relevo, nem pelas tradições, nem pela gastronomia tinha comparação com a velha Lamego, a nossa, a da Beira-Alta. Por vicissitudes a que a situação de guerra não era alheia, Nova Lamego tornou-se um local de passagem obrigatória para os movimentos rodoviários do leste mais leste da Guiné. Portanto, naquele dia o destino traçara essa viagem para o Foxtrot.

Depois das formalidades do embarque, que correspondiam ao enchimento de viaturas com sacos de artigos agrícolas, ou panos costurados, alguidares, galinhas e cabritos, numa panóplia de negócio ou oferenda a familiares distantes, seguiam-se as formalidades do desembarque, pois o capitão Trapinhos havia determinado a sua desresponsabilização pelo transporte de civis, e cá o rapaz, medroso das consequências de eventual acidente com algum daqueles cidadãos, para não cair sob a judiciosa alçada da "psico" mandava-os descer e remover as mercadorias. Havia uma resistência inicial que quebrava com dois berros mais determinados com valor de lei vigente. Após estas diligências e uma verificação geral ao pessoal e viaturas, o deslocamento iniciava a marcha.
Até Pirada a estrada já estava picada, e dali para Nova Lamego, a picagem era da responsabilidade de Pirada. Por isso, era quase sempre a abrir, e atingia-se a vertiginosa média de 40 quilómetros por hora.

No Gabú, destinavam-se tarefas e eu apresentava-me a um major insignificante que uma vez se pegou com o meu atavio de militar pouco cuidado, uma estória já aqui contada, das que servia para moralizar certas patentes nos seus "munús" disciplinadores. Depois de uma ronda pelos bares para confraternização com eventuais conhecidos, por norma dirigia-me ao restaurante na saída para Sónaco, onde se servia um excelente coelho ou gato guisado. Servido quentinho, com o molho a acusar a malagueta, acompanhava com duas ou três cervejas frescas, que o regresso ainda correspondia a mais de uma hora sob sol torrencial.

Algures depois do cruzamento de Sónaco para Pirada havia uma pequeníssima represa onde algumas mulheres marcavam presença a ensaboar e a lavar panos. A inquietude dos corpos que trabalhavam dentro de água, mais o escasso sabão utilizado, agitavam e misturavam a água quimicamente alterada com areias e lodos postos em circulação. Eu sabia disso. Mas a água quente do cantil já se esgotara sempre que chegava àquele lugar. Parava a coluna e dava o mau exemplo: pegava numa cabaça, enchia-a do líquido alterado, e bebia... bebia grande quantidade até me saciar da sede horrível. Depois, até Bajocunda, era outra vez a andar, que os corpos reclamavam por mais cervejinha.

Tomava um merecido banho, e deixava-me a ver a maré das horas até ao limite do jantar. Durante esse período havia sempre conversas animadas, maledicência, invenções sobre situações improváveis da nossa passagem por África, assentavam-se uns aperitivos e, porque na Guiné anoitece e amanhece cedo, a maioria deitava-se para sonos repousantes. Mas havia meninos que ainda exercitavam a chulice de uma cartada, pretexto para o vencedor, ou os vencedores, pagarem uma rodada de boas-noites. Quando me deitei, recusei o convite para integrar uma partida que se desenrolava no meu quarto. Estava cansado e com sono, tchau!

Adormeci profundamente e alheado do ambiente. Subitamente, porém, e meio inconsciente, comecei aos saltos na cama com tremendas dores no corpo que me tiravam a vontade de viver. Chamaram o Vítor que, sempre prestável, quis saber do que me queixava, do que tinha comido, enfim, feito coscuvilheiro a querer saber da vida alheia. Devo ter respondido disparatadamente enquanto pedia morfina para acalmar. O meu ar devia ser de desespero, pois todos se inquietavam com o que viam, e com a impossibilidade de descansarem perto deste impaciente. O Vítor aproximou-se de agulha em riste, qual cavaleiro de uma ordem de poderosos vencedores, e, enquanto afinfava na nádega, dizia, confortando-me, que depois daquela merda eu ia dormir que nem um anjo. Qual quê? Ainda levei mais três ou quatro picadelas por via das dúvidas, mais para limpar a consciência do que inteirado sobre os resultados, e só suspendeu o tratamento quando alguém lhe disse que, por aquele caminho, ainda me matava pela cura.

O eficaz Marino já tinha pedido uma dessas evacuações que não podem acontecer durante a noite, que passei em brados de dor. Quando o DO se soltou da pista de Bajocunda, eu ainda me contorcia com o sofrimento. Fosse por que fosse, quando cheguei a Bissau já me sentia porreiro. Subi para uma viatura que me levou ao HM. A quem fazia a triagem queixei-me de nada, apenas referi as lembranças de uma noite de insónia. Despojado da roupa verde, fizeram-me entrar como vim ao mundo numa sala logo à mão de semear, a SO, um local amplo, com oito camas, artificialmente fresco, onde me colocaram na última do lado da entrada, a que estava vaga. Uma enfermeira e um médico voltaram a seguir para recolha de elementos para análise.

 HM 241 de Bissau

Era um local de desgraças, com vítimas da guerra ou de acidentes, todos muito mal tratados, a maioria a aguardar evacuação para Lisboa. Que me lembre, só falei com o da frente, que estaria com um problema de coluna, aparentemente condenado a uma cadeira. Os restantes, sedados, emitiam uns esgares quando a droga se tornava insuficiente e acordavam. Eu era o único que estava ali a aguardar resultados, sem dores, com o corpinho preservado, quase sentia vergonha dos restantes. Ao terceiro dia chegou o veredicto: sofria de uma amibíase. As amibas entraram no organismo e alimentaram-se de glóbulos vermelhos, pelo que urgia reequilibrar e tonificar o metabolismo.

Transitei para o primeiro andar, e fiquei no primeiro quarto, cuja varanda sobressaía sobre a porta principal, e tinha como companheiro o médico de Piche, que se batia a uma hepatite. Tomava mata-bichinhos, alimentava-me do que quisesse, e ainda tinha um suplemento diário de sumos italianos e frutas sul-africanas, que só não sobrava, porque outros ajudavam-me à extinção de stocks.

Quase diariamente havia visitas das senhoras do MNF ou da CV. Por norma eu e o médico íamos para a varanda dando ar ostensivo de desdém perante as visitas. Às vezes tínhamos a sorte de encontrar sobre as camas uns maços de tabaco, umas santinhas, ou outras coisas de utilidade premente. Mas entre os utentes do HP faziam-se reuniões de camaradagem. Logo nos primeiros dias da minha hospedagem apareceu um furriel piriquito que tinha sucessivos ataques de asma. Então, depois do horário normal de trabalho, com o pessoal em número reduzido, os fumadores juntavam-se em redor dele e conspurcavam o ar até que acontecesse um daqueles ataques, e quando já estava a dar sinais de grande aflição, corríamos em busca do médico de serviço para tratar da ocorrência. Em poucos dias foi evacuado. No quarto ao lado aconteceu um óbito consternante: o de um sargento da marinha que não resistiu a uma operação ao sistema cardio-vascular, e foi já à porta do quarto que alguém se atravessou perante a esposa que ali ia em visita. Outra ocorrência de relevo, foi o internamento do comandante militar de Bissau, o célebre onze, que era conhecido pelas suas façanhas nas guerras da cidade, e que as complementava no ambiente doméstico. Constava-se. Mas do que me lembro, é que ocupou um quarto que dava para trás, e mantinha duas sentinelas permanentes à porta do quarto, no corredor, de onde anunciavam as visitas que à tarde iam prestar vassalagem e batiam os calcanhares no lajedo.

Em 1971 a psiquiatria debatia-se numa espécie de selecção ariana. No HP havia um psiquiatra que ganhou má fama. Por um lado constava-se que aos utentes do mato que se apresentavam com bom ar, batia-lhes para ter a certeza de que não voltariam se estivessem no seu juízo, constava-se; por outro, assisti a dois casos de morte lenta: um soldado que teria encontrado o pai e a mulher envolvidos, e tê-los-ia morto; outro, um furriel do contra, desertor, que teria sido vítima da PIDE antes de embarcar para a Guiné. Eram dois casos de amedrontar. Dizia-se que levavam injecções de muitos centímetros cúbicos, que os deixavam abananados por dois dias. Mas nos outros dias já não conseguiam manter frases completas, e não revelavam nexo de raciocínio, enquanto o olhar perdido e desinteressado parecia um testemunho complementar. Parecia-me que estavam sujeitos a tratamentos criminosos, mas ali o psiquiatra zelava pela Pátria, e os que no mato faziam a guerra, não deviam saber de casos bem sucedidos por consultas daquele ramo.

Um dia aperaltei-me com a farda número dois e fui a pé para a cidade. Cheguei cansado ao Pelicano, mas banqueteei-me soberanamente. Deambulei pela cidade. Quando decidi regressar ao HM, sempre a pé, fui interceptado por uma patrulha da PM constituída por um furriel e uma praça. Adiantou-se o furriel e pediu-me a identificação. Tomou nota de elementos e quando me devolveu os documentos, pedi-lhe a identificação, e esferográfica para anotar. Surpreendido, perguntou-me para que queria os elementos, ao que lhe respondi com a mesma interrogação. Disse que os meus sapatos não eram da ordem. Pois não, não eram, mas eu ia participar dele por não ter cumprimentado militar e educadamente um superior. O piriquito desfez-se em desculpas, que não tinha reparado, e propôs que esquecêssemos a situação. Ainda o fiz sofrer pela arrogância do encontro, não por me apanhar em falta. Depois cada um seguiu o seu caminho. Valera-me a antiguidade.

Ao vigésimo quinto dia veio o médico conversar comigo porque, se estava estabelecido que com aqueles dias de baixa hospitalar o paciente deveria ser evacuado para Lisboa, no meu caso tal evacuação não se justificava, mas propunha-me protecção pelo prolongamento da hospitalização por mais alguns dias. Compreendi que poderia beneficiar da oferta generosa, mas já estava "cansado" do HM, e com saudades e preocupações sobre o pelotão. Pedi alta. Poucos dias depois já alinhava nos caminhos do nordeste. À minha chegada o pessoal gozou bravamente comigo por ter passado 3 períodos de férias em tão curto espaço de tempo. Invejosos!

P.S. solicita-se aos interessados no encontro do dia 15 da Magnífica Tabanca da Linha, que façam as marcações com a brevidade possível.
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 29 de Outubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10592: História da CCAÇ 2679 (55): A mina do acaso - Pauleiro, o feeling do combatente (José Manuel M. Dinis)

10 comentários:

Tony Borie disse...

Olá José Manuel.
Gostei da coragem e sinceridade, como descreves este texto, é de uma franqueza tal, que faz com quem leia todo este resumo, o viva, embora em pensamento.
Parabéns.
Um abraço do camarada, Tony Borie.

Anónimo disse...

Afinal também te baldavas quando podias...
Sempre a pregar moral...
Patrício

JD disse...

Camaradas,
Fiquei triste com o Sporting que continua desatinado, e procurava distração no blogue.
Afinal fiquei a "saber" que me baldava e que ando sempre a pregar a moral. Baldava? e qual moral?
O Patricio (será o do PelCaçNat 65?) não leu que não houve fita nenhuma? Que as cólicas eram verdadeiras? E que podia prolongar a estadia e não prolonguei?
Também sei que pode ser uma graça, mas que não fosse, não me chateio com interpretações subjectivas.
Lá para diante contarei como "me" baldei a mando do capitão.
Abraços fraternos
JD

Hélder Valério disse...

Caro "Zé Manel"

Escreveste em certa passagem...

"Algures depois do cruzamento de Sónaco para Pirada havia uma pequeníssima represa onde algumas mulheres marcavam presença a ensaboar e a lavar panos. A inquietude dos corpos que trabalhavam dentro de água, mais o escasso sabão utilizado, agitavam e misturavam a água quimicamente alterada com areias e lodos postos em circulação. Eu sabia disso. Mas a água quente do cantil já se esgotara sempre que chegava àquele lugar. Parava a coluna e dava o mau exemplo: pegava numa cabaça, enchia-a do líquido alterado, e bebia... bebia grande quantidade até me saciar da sede horrível."

Pelo que li, esse 'reabastecimento' era recorrente pois dizes que "... a água quente do cantil já se esgotara sempre que chegava àquele lugar".
Confessas que davas 'mau exemplo' mas isso agora não interessa nada, como dizia 'a outra'. O que é relevante é que julgo que reside aí a explicação para muita coisa, o 'mau feitio', a 'pancada', etc.

Devias ter prolongado e aprofundado o tratamento....

Abraço
Hélder S.

Anónimo disse...

Interpretei mal o seguinte (para quem estava no hospital com amibíase...):

"Um dia aperaltei-me com a farda número dois e fui a pé para a cidade. Cheguei cansado ao Pelicano, mas banqueteei-me soberanamente."

E...
"No Gabú, destinavam-se tarefas e eu apresentava-me a um major insignificante que uma vez se pegou com o meu atavio de militar pouco cuidado, uma estória já aqui contada, das que servia para moralizar certas patentes nos seus "munús" disciplinadores."



" Tomou nota de elementos e quando me devolveu os documentos, pedi-lhe a identificação, e esferográfica para anotar. Surpreendido, perguntou-me para que queria os elementos, ao que lhe respondi com a mesma interrogação. Disse que os meus sapatos não eram da ordem. Pois não, não eram, mas eu ia participar dele por não ter cumprimentado militar e educadamente um superior. O piriquito desfez-se em desculpas, que não tinha reparado, e propôs que esquecêssemos a situação. Ainda o fiz sofrer pela arrogância do encontro, não por me apanhar em falta. Depois cada um seguiu o seu caminho. Valera-me a antiguidade. "

Aprendeste com o major?!

Patrício

JD disse...

Caríssimo Helder,
O tratamento limitava-se às ampolas mata-bichinos, à fruta e aos sumos, e tinha liberdade de dieta.
Mas, afinal, como bom marialva, o que procuras nas minhas estórias são cenas da marialvismo, de xutos e pontapés, na representação de John Wayne ou Bud Spencer, os heróis da nossa época. Lamento a decepção, mas eu não era isso, apesar de ter passado por situações de imposição de regras que não enjeito. Outros, se calhar, não se ralavam.

Caro Patricio,
Continuas a coberto do anonimato a praticar uma pretensa crítica moralista. Digo pretensa crítica, porque não a percebi, apesar de me ter parecido que querias dizer mais do que disseste.
Eu sou do género atípico, claro e frontal. E muitas vezes dou o braço a torcer.

Abraços fraternos
JD

Anónimo disse...

Caro JD
Não sou defensor nem pregador de nenhuma moral mas sou rigoroso com os pregadores de qualquer delas...
Zé Patrício ex-furriel da CCaç 3544 (72/74)

Luis Faria disse...

Amigo José Dinis

Gostei de ler.
Em duas ou três simpáticas e chistosas penadas,retratas um pedaço do teu quotidiano à época,onde nem sequer faltou a, ao que depreendo, já habitual paragem e"asneirada"de ingerires as amibas - ainda bem que não paramécias - que pelos vistos te levaram ao conhecimento práctico de uma nova realidade,lá pelas bandas da capital,com prendinhas e demais mimos ?!
O que a sêde e as bajudas lavadeiras de panos despoletavam!?

Um abraço
Luis Faria

JD disse...

Caro Patricio,
A apologia do rigor contém uma moral. Ainda em fetos, já recebemos influências que nos conformam aos rigores, e com o nascimento continuamos a tomar contacto com regras de conformismo ao rigor.
Não quero alongar-me na resposta, mas durante a vida tive que tomar muitas posições desconformes com a justeza, ou o rigor, de normas que nos conformam - jurídicas, regulamentares, e costumes.
Não posso classificar-me de inconformista, mas sou-o frequentemente. Desde novo que me interrogo sobre as regras que a humanidade aceita que uns poucos lhes impnha, e que sobre ela se exerça um poder de conformismo.
Os sapatos não eram da ordem, por isso faltei ao rigor? Naturalmente que faltei, e veio o edificio por aí abaixo.
Durante a vida também exerci funções de chefia, como foi o caso no período que passei na Guiné. Um chefe deve ter algumas características de liderança. Mas o que era um líder na tropa? Fiscalizar o fardamento? verificar se as botas andavam engraixadas? trocar paladas em cada encontro?
Esse era o género de liderança que não praticava. Lá vinha o inconformismo, na época misturado com alguma rebeldia. O meu formato não era, e espero que nunca seja, o de um "robot". O meu nível de rigor e de justeza procurava incidir sobre o ambiente da guerra e da preservação do grupo, bem como sobre as boas relações entre nós. Provavelmente com muitas falhas de rigor e de justeza, mas fiz o que pude, e era bem aceite.
Durante a maior parte da comissão fui o único graduado do pelotão, e não me parece que tenha sido constrangedor dos bons resultados e prestígio do Foxtrot.
Já agora, para terminar, deixa-me perguntar se foste justo na persistência de uma crítica depreciativa, que não percebi, e não esclareceste consistentemente conforme o meu pedido.
Mas não te preocupes, levo isso à conta dos impulsos.
JD

Tony Borie disse...

Olá José Manuel.
Volto ao princípio, e volto a repetir as palavras, gostei da coragem e sinceridade, com que descreves este texto, é de uma franqueza tal... tudo o que vem a seguir, são motivos que não interessam muito para mim, a frontalidade com que descreves o que de bem e de mal fizes-te, não me interessa, o principal foi a coragem de o descrever para que todos os antigos combatentes soubessem. No tempo que nos resta, não há muito tempo para críticas, todos nós, sem qualquer excepção rompemos os regulamentos, pois no fundo o principal era sobreviver.
Um abraço e continua.
Tony Borie.