segunda-feira, 18 de junho de 2012

Guiné 63/74 - P10046: Interessante os diálogos com o Senegal em Junho de 1973 (José Paracana)

1. Mensagem do nosso camarada José Paracana (ex-Alf Mil Analista de Segurança das Transmissões do QG do CTIG, 1971/73), com data de 30 de Maio de 2012:

Caro camarada!
Como estive colocado na Xeret, recolhi informação classificada!
Aí vai: pode pôr no blogue que eu já não me recordo dos dados de entrada no dito!
Interessante saber que o Senegal... dialogava!

Um abraço do
ex. alf. mil. José Paracana


Este documento transcreve uma escuta-rádio do pessoal da Guiné-Conakri!

É por demais ridículo... mas aconteceu este tipo de defesa. Na verdade, por vezes o nosso pessoal, junto à fronteira, "invadia o lado de lá" para passar tempo e beber "no estrangeiro"! Pelo menos assim mo contavam!!!


Neste documento a coisa reveste-se de tragédia: a morte levou mais inocentes para o seu quintal! [...]


Travei conhecimento com o alf mil que estava no serviço de reenvio de corpos para a metrópole! [...]. 

Nota do editor (LG): 

(...) Sobre este ponto (delicadíssimo), diz o nosso camarada Francisco Pinho o seguinte em oportuníssimo e esclarecedor comentário, de 19 d9 corrente, enviado às 7:28:00 PM:

 (...) "Quanto ao segundo documento, e relativamente ao comentário sobre o mesmo,  venho dizer que não havia nenhum alferes miliciano que reenviava os corpos para a metrópole. A secção de funerais,  1ªRep/2ªFun-QG/CTIG,  era constituída por um tenente do SGE, um primeiro sargento, dois furrieis milicianos, dois primeiros cabos e cinco soldados, estando um sediado em Nova-Lamego e tinha a seu cargo tudo o que respeitava a tratamento de mortos no COP5. 

NUNCA foram juntos cadáveres ou parte destes na mesma urna. Quando era impossível recuperá-los por diversos motivos,  eram declarados desaparecidos, com forte presunção de morte, ou então era comunicado que os mesmos ficavam sepultados na Guiné, sendo fornecidas todas as indicações sobre as suas sepulturas, caso de Guidaje. Francisco Jorge de Pinho, Fur Mil 1ªRep-2ªFun-QG/CTIG 1973/14-10-1974". (...)
 

Interessante saber que o Senegal... dialogava!

8 comentários:

FRANCISCO PINHO disse...

Quanto ao segundo documento, e relativamente ao comentário sobre o mesmo venho dizer que não havia nenhum alf.mil. que reenviava os corpos para a metrópole, secção de funerais 1ªRep/2ªFun-QG/CTIG era constituida por um tenente do SGE, um primeiro sargento, dois furrieis milicianos, dois primeiros cabos e cinco soldados, estando um sediado em Nova-Lamego e tinha a seu cargo tudo o que respeitava a tratamento de mortos no Cop5, NUNCA foram juntos cadaveres ou parte destes na mesma urna, quando era impossivel recuperá-los por diversos motivos eram declarados desaparecidos, com forte presunção de morte, ou então era comunicado que os mesmos ficavam sepultados na Guiné, sendo fornecidas todas as indicações sobre as suas sepulturas, caso de Guidaje.
Francisco Jorge de Pinho
Fur.Mil 1ªRep-2ªFun-QG/CTIG
1973/14-10-1974

Luís Gonçalves Vaz disse...

Caro Francisco Pinho.

Gostei de ler as suas informações e correcções a este post! A verdade histórica acima de tudo, e nesse sentido devemos neste blog "filtrar" bem todos os artigos, assim como os meus, é claro! E como foi Fur.Mil 1ªRep-2ªFun-QG/CTIG
1973/14-10-1974, presumo que se lembre muito bem do já falecido sr. Tenente-coronel Ventura? que era o chefe da 1ºª Rep! bem como do meu falecido pai, o CEM do Ctig, coronel Henrique Vaz? Como tal, já que percebi que foi um dos últimos militares portugueses a abandonar este TO, no dia 14 de Outubro, peço-lhe que visite o post A Retirada Final: os últimos militares portugueses a abandonar o TO da Guiné, em:
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2012/02/guine-6374-p9535-os-nossos-ultimos-seis.html

Aguardo um comentário, no proprio post, ou como quiser o meu caro camarigo!

Abraço:
Luís Gonçalves Vaz

FRANCISCO PINHO disse...

Caro Luis Vaz, tive a honra de servir sob as ordens do seu pai, bem como do ten-cor Ventura e do major Mota Freitas, Estive também sob as ordens dos brigadeiros Alberto Banazol e Galvão de Figueiredo o meu chefe era o tenente José Esteves Pires.
Um abraço
Francisco Pinho

João Carlos Abreu dos Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luís Gonçalves Vaz disse...

Caro Francisco Pinho:

Fiquei satisfeito com as suas palavras, pois como filho que o acompanhou nessa comissão na Guiné, sempre fiquei com a "impressão" de o coronel Henrique Gonçalves Vaz, era muito respeitado e considerado pelos seus camaradas, superiores e subordinados! e neste blog já tive a confirmação dessa "antiga impressão"....
Outro assunto, como o post que lhe referi, sobre a Retirada Final (já a visitou?) foi feita com base em entrevistas e investigações em Relatórios e algumas notas do meu falecido pai ( e não pelo que "contavam que", "diziam que,"...) espero no mesmo não "dizer muitas incorrecções", pois se "elas" existirem, foi pelas fontes consultadas! Espero que depois de ler esse post, me faça chegar, por favor, a sua Abalizada Opinião, já que foi um dos protagonistas, dessa mesmo Retirada Final". O meu emaile pessoal é luisbelvaz@gmail.com).

Forte Abraço:

Luís Gonçalves Vaz

Anónimo disse...

Informação ou miséria moral???????

Cumprimentos,
Constantino Costa

João Carlos Abreu dos Santos disse...

...
em face da devida reedição deste postal, na parte assinalada em "[...]", informo que anulei as m/observações aqui publicadas às 17:32 de ontem.
Cpts,
JCAS
___

Simoa disse...

Olá ex. Alf Mil Anal. Seg Trams José Paragana, agradeço a publicação do Relim 37/73, 29 Jun 73, do COP 3, sediado em Guidage (P10046).
Estava convencido que em 29Jun73 tinhamos recuperados os cinco corpos deixados no terreno, no confronto da CCaç 19 com o PAIGCV… Na realidados foram só três.
O 1º Cabo Cmdo Amilcar Mendes, da 38ª CCmdos, no dia 13 de Maio (salvo erro), durante a coluna Guidage / Binta, afirmou numa postagem deste blog, que tinham enterrados dois corpos da CCaç 19, pensei que eram do PAIGCV, na verdade ele tinha razão foram os da CCaç 19.
Obs.: Vou incluir este comentário nas postagens: 2719, 9961 e 10000.
A todos um Feliz e Santo Natal, e um Bom Ano Novo,
Um abraço,
José Pechorro