sexta-feira, 11 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9886: Notas de leitura (359): As grandes Operações da Guerra Colonial (3), edição do "Correio da Manhã" (Mário Beja Santos)

1. Mensagem de Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de 2 de Abril de 2012:

Queridos amigos,
Aqui se põe termo às referências sobre as brochuras publicadas pelo Correio da Manhã*.
Nem sempre houve grandes operações, nem sempre as grandes operações foram rigorosamente descritas, sabe-se lá se por falta de espaço misturou-se abusivamente textos com contextos. Mas era indispensável deixarmos o registo no blogue.
Venho agora dizer-vos com satisfação que estou a acabar as revisões das 500 páginas de A Viagem do Tangomau, vamos ter livro em Junho, imodéstia à parte, estou muito feliz com o produto final.

Um abraço do
Mário


As grandes operações da guerra colonial (3), edição do Correio da Manhã

Beja Santos

Foi graças a António Duarte Silva, que ouviu a minha súplica quanto às 4 brochuras que faltava analisar, todas elas respeitantes à Guiné, que tenho agora ensejo de aqui sumariar os seus conteúdos, diga-se em abono da verdade que são bastante consistentes e vizinhos da prolífica documentação publicada sobre tais temas.

A brochura número IX respeita o massacre de quatro oficiais e vários guias, em 20 de abril de 1970, perto de Jolmete. Três majores e um alferes, colocados no CAOP 1, aceitaram participar num ousado plano aprovado por Spínola para convencer os chefes de guerrilha do chão manjaco a baixarem as armas e a entrarem no Exército Português. O encontro previsto para 20 de Abril fora precedido de outras reuniões. Este, o nono, seria para acertar os pormenores da passagem dos guerrilheiros para as forças armadas portuguesas. Saíram do Pelundo ao amanhecer, nunca regressaram, e durante a madrugada o Comandante da CCAÇ 2586 recebeu a ordem para patrulhar a picada para Jolmete. Puseram-se ao caminho e ao fim de duas horas de marcha foram descobertos trilhos das rodas dos jipes fora da picada. O contingente aproxima-se e faz uma descoberta macabra: os corpos estão todos retalhados. Todos os corpos têm marcas de tiros, disparados pelas costas, e de golpes profundos desferidos por armas de lâmina. Ao amanhecer, Spínola sai de um helicóptero: “O Capitão Eugénio Neves vai ao seu encontro. O General responde apressadamente a continência, olha à volta e estuga o passo em direção aos cadáveres ensanguentados. É travado com firmeza pelo Capitão Neves que lhe pede que não veja os corpos. Spínola olha-o de frente, indeciso, e salta para o chão. O Capitão viu as lágrimas escorrerem-lhe dos olhos. O Comandante-Chefe voltou para o helicóptero”.

Spínola considerava o chão manjaco a área fulcral da luta contra a subversão, lançou aqui as grandes ações de conquista das populações. Houve resultados: população fugida no mato ou acolhida em campos de guerrilha no Senegal voltou às aldeias sobre a proteção das tropas portuguesas. Os três majores massacrados em 20 de Abril eram os inspiradores deste programa, eram eles que conversavam com o chefe da guerrilha André Gomes. O assassínio dos oficiais portugueses pode ser explicado por uma ordem vinda da direção do PAIGC, dirigentes intermédios do partido como M´Bana Cabra e Júlio Biague foram enviados ao chão manjaco e confrontaram os comandantes locais. Resta dizer que André Gomes continuou a comandar a guerrilha neste território.

As três brochuras seguintes encadeiam episódios vividos em 1973: a chegada dos mísseis terra-ar, a retirada de Guileje, a operação Ametista Real, numa tentativa de aliviar a pressão sobre o cerco de Guidage.

A entrada dos mísseis na guerra está sobejamente documentada, o responsável pelo texto, Manuel Catarino, descreve um ambiente internacional, cada vez mais hostil a Portugal, a visita de uma missão da ONU em Abril de 1972 e as conversações de Spínola com Senghor a que Marcelo Caetano recusou com continuidade; descreve o rol de aviões abatidos entre 20 de março de 1973 e 31 de janeiro de 1974, recupera os acontecimentos relacionados com a operação Grande Empresa e os primeiros aviões abatidos.

A tempestade de fogo sobre Guileje é precedida pelo cerco de Guidage que teve lugar na primeira semana de Maio de 1973. Os grupos de guerrilheiros começaram por cortar todos os acessos a Guidage pelo sul e depois bombardearam a povoação de destacamento onde estavam 200 militares e uma pequena aldeia. Foi um cerco infernal: os paraquedistas não conseguiram romper o cerco, as colunas de reabastecimento foram rechaçadas, os feridos em Guidage não podiam ser evacuados. É nessa altura que Spínola pede uma operação para atacar Kumbamory, uma base que dispunha de um formidável arsenal de armamento. Enquanto decorre a operação Ametista Real começa o bombardeamento de Guileje. O quartel de Guileje era a sede do COP 5, chefiado pelo Major Coutinho e Lima. A ofensiva do PAIGC foi desencadeada a 18 de Maio, primeiro emboscou-se a tropa que estava a transportar água do poço para o quartel. A 19 o aquartelamento foi atacado com extrema violência, Coutinho e Lima vai a Bissau e é mandado de volta demitido das funções. No dia 21 ele está em Cacine, a guerrilha já ataca de dia Guileje, Coutinho e Lima chega à noite. As flagelações não causaram vítimas graças à natureza dos abrigos mas no interior do aquartelamento a situação tornou-se insustentável, já não há patrulhas para ir à água, ninguém sai dos abrigos, as infraestruturas estão desfeitas. Coutinho e Lima, ouvidos todos os oficiais de Guileje, decide a retirada que irá ocorrer na manhã seguinte, chegarão pela uma da tarde a Gadamael. Coutinho e Lima será enviado imediatamente para Bissau onde ficou em prisão preventiva. Recorde-se que em 1968 Spínola decretou o abandono de duas posições insustentáveis ali perto, Gandembel e Sangonhá. Moralizados pela retirada de Guileje, as forças do PIAGC lançaram pesados ataques de artilharia sobre Gadamael. Os soldados, desmoralizados e em pânico, fugiram para as matas e bolanhas circundantes do quartel. Muitos foram recuperados por botes dos fuzileiros e transportados para Cacine.

E assim chegamos à última brochura intitulada “Comandos libertam Guidage”. O título é polémico, há autores que consideram que os resultados de Kumbamory não foram determinantes na retirada do PAIGC em Guidage. Como é sabido, o dirigente Manecas dos Santos tem vindo insistentemente a repetir que não havia o armamento e os contingentes apregoados pelas tropas portuguesas nessa base, diz tratar-se rotundamente de uma balela. O que para o facto interessa é que a operação Ametista Real, de acordo com os relatórios portugueses, envolveu três agrupamentos, a luta foi dura e encarniçada, com combates que duraram desde o início da manhã até às duas da tarde e que a equipa de Marcelino da Mata, mesmo debaixo de fogo intenso, foi destruindo grandes quantidades de material de guerra encontrado em paióis que escaparam aos bombardeamentos da Força Aérea. Tem sido contestado, como é sabido, a interpretação de que o ataque a Kumbamory contribuiu para o levantar do cerco. De facto enquanto corria a operação e depois, o quartel continuou a ser flagelado pela artilharia inimiga e só depois é que retirou. Os dirigentes do PAIGC recordam que não podiam deslocar todo aquele arsenal de guerra para Guileje, o que pretendiam era uma manobra de diversão que obrigasse a uma grande convergência de esforços e enfraquecesse qualquer hipótese de desviar um número elevado de efetivos para Guileje. Por ironia, serão os paraquedistas e os fuzileiros que irão, in extremis, apoiar Gadamael, que viveu dias de caos.

E assim acabam as referências às brochuras “As grandes operações da guerra Colonial” no tocante à Guiné.
____________

Notas de CV:

(*) Vd. postes de:

30 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9835: Notas de leitura (356): As grandes Operações da Guerra Colonial, edição do "Correio da Manhã" (Mário Beja Santos)
e
4 de Maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9851: Notas de leitura (357): As grandes Operações da Guerra Colonial (2), edição do "Correio da Manhã" (Mário Beja Santos)

Vd. último poste da série de 8 de Maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9864: Notas de leitura (358): "Horas Malditas", por Manuel Martins (Mário Beja Santos)

13 comentários:

antonio graça de abreu disse...

Eu bem não quero fazer mais comentários, mas leio nas palavras do Beja Santos:

"Os paraquedistas não conseguiram romper o cerco (a Guidage), as colunas de reabastecimento foram rechaçadas".

Foi mesmo verdade? Foi, foi mesmo "verdade", a "autorizada verdade" que nos querem continuar a impingir.

A verdade é que romper o cerco a Guildage custou muitos mortos, a memória desses mortos, (entre eles o meu soldado condutor auto do CAOP 1, David Ferreira Viegas) merece respeito, honra e dignidade.

E as "verdades" do dirigente Manecas dos Santos, o tal homem dos Strela que assegura que os seus homens, com os Strela abateram 49( quarenta e nove!) aviões da Força Aérea Portuguesa.

Para ser bem educado, digo apenas, santa paciência!...

Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

continua a aparecer a foto do massacre do chao manjacco dos tres majores e do alferes so que esse alferes da foto nao e do alferes mosca penso que ja e tempo de quem escreve ter cuidado com as fotos sem mais um abraço tanbanqueiro do tamanho do pelundo antonio faneco

Anónimo disse...

Camaradas
Não percebo como se repete até à exaustão o que não corresponde à verdade.
Os fascículos em questão concretamente os referentes a Guidaje e Guileje (XV) e (XVI) são de uma enorme ignorância sobre os acontecimentos registados em Guidaje.
Vejamos o que diz o autor no fascículo XV (O corredor da Morte).

“ Unidades de pára-quedistas não conseguem romper o cerco e só entre 8 e 10 de Maio sofreram 13 mortos e 41 feridos. Apenas no dia 12 uma coluna de reabastecimento protegida por dois destacamentos de fuzileiros especiais consegue alcançar Guidaje”.

A coluna de 8 / 9 de Maio não passa, mas logo a 10 é enviada nova coluna com
2 GrComb da 38ª Ccmds e mais 5 GrComb dependentes do comando do Bcaç 4512, e esta coluna chega a Guidaje, no mesmo dia, portanto quando os fuzileiros chegam a 12 é a terceira coluna, e já os Ccmds lá estão.
É igualmente falso que as forças pára-quedistas, não tivessem conseguido romper o cerco, pois quando para lá foram fizeram o percurso, mesmo sofrendo baixas mas chegando a Guidaje.
Bom seria que quem escreve sobre estes e outros acontecimentos passados, tivesse em conta os testemunhos dos que lá estavam, mas mesmos os mais consagrados não conseguem emendar o que de errado então escreveram, e em sucessivas edições repetem tudo de novo, e assim é pena, continua-se a persistir no erro, orientando as estórias para o lado errado da história da Guerra da Guiné.

Abraços
Manuel Marinho

Anónimo disse...

Manuel dos Santos(Manecas),quase engenheiro pelo I.S.T.,tirou um curso na então U.R.S.S. de misseis Strela.
Posteriormente deu instrução dos ditos aos guerrilheiros do PAIGC.
Na altura dos acontecimentos de Guidage era comissário político naquela região.
Esta informação foi-me dada por ele.

C.Martins

Anónimo disse...

"Os soldados, desmoralizados e em pânico, fugiram para as matas e bolanhas circundantes ao quartel"
Citação sobre Gadamael.
Bolanhas ?!..só havia e há uma.
Estávamos na época das chuvas, e mesmo que fosse a época seca,fugir para a bolanha..ui.. era muito inteligente.
Era na bolanha..precisamente aí..que "elas" caíam com mais frequência..
Desmoralizados..sim...em pânico..bem, talvez alguns.

Isto é para dizer o quê.
Oh..a quem é que isto interessa.

C.Martins

Joaquim Mexia Alves disse...

O que aqui está escrito como critica de uma edição do Correio da Manhã é vergonhoso!

Não vou incomodar mais ninguém, com argumentos, porque a "directiva politica" está bem expressa neste tipo de supostas "criticas literárias", por isso não contam mais comigo para com o meu nome supostamente apoiar para este lixo!

Suspendo toda e qualquer minha participação neste espaço!

Joaquim Mexia Alves

Anónimo disse...

OH...OHH..
Meu caro camarada Mexia Alves

Deu-te alguma coisa "ruim".
Estes cadernos editados pelo "correio da manhã"...são alguma obra literária?
Possuo estes cadernos.
O camarada Beja Santos limitou-se a fazer a recensão, desta pseudo-resenha histórica.
Pessoalmente limitei-me a assinalar algumas incongruências.
É assim tão grave ?
Um alfa bravo

C.Martins

Hélder Valério disse...

Pois é, caro C.Martins

Até tu te interrogas sobre a desproporção entre a acção e a reacção, tu que também és, algumas vezes, um impulsivo.

Não percebo (ou se calhar até percebo) algumas atitudes mas não vou fazer esforço para tentar mudar as decisões, aparentemente amadurecidas, e que embora me recuse a pensar serem 'organizadas', são, pelo menos na prática, 'complementares' e até parece enquadrarem-se numa 'outra agenda' ou directiva.

Vê lá, o raio dos "Cadernos" existem, têm autor ou autores, são 'obra publicada' com alguma visibilidade (numa pequena amostra foram vários os que referiram tê-la ou pelo menos parte, como é o meu caso), tudo condições que justificam uma apresentação, no meio de tantas, as que aqui têm sido feitas.

Não se gosta do Beja Santos? Tudo bem! Pleno direito! Não se gosta do que ele apresenta? Aí já é mais subjectivo. Todo o direito a não se gostar mas a 'abordagem' crítica devia, quanto a mim, ser mais 'fraterna', mais 'camariga', se me faço entender...

Há um comentário que se insurge com a foto... será difícil de entender que a foto não é do Blogue? Que não é do Beja Santos? A foto é do tal fascículo ou caderno publicado, o qual tem os seus autores. Reconheço que se podia fazer referência a essa situação, no trabalho que o BSantos apresentou, dizendo que apesar da foto ilustrativa ser a da publicação já foi debatido em vários locais que a mesma contém um erro de identificação mas, 'alteração' da foto só na origem, com os autores do 'caderno' e a editora.

Outros comentários são também interessantes para se perceber a 'campanha', a 'agenda ou directiva' que, concertadamente ou não, lá se vai, alegremente, cantando e rindo, levando em frente, com os êxitos que se vão vendo... mas não vou 'mexer' nisso.

Abraço
Hélder S.

Joaquim Mexia Alves disse...

Meu caro C. Martins

Este é mais um texto que acabou por encher o meu copo.

Dizes que o Beja Santos se limitou a fazer a recensão eu respondo-te que não.

Repara como em todo o parágrafo que diz respeito à Operação do Kumbamory é posta em causa pelo menos três vezes, pelo recensor, a fidelidade do “relatório” das forças portuguesas, em contraponto com as verdades do paigc e de um tal Manecas dos Santos?

É um somatório de uma interpretação da tal “guerra perdida”, que de tantas vezes repetida, se julga poder tornar-se realidade.

Não ignoro, não consigo, não sou assim.

O autor é a figura mais proeminente do blogue, e quer se queira quer não, para muitos representa o “pensamento” do blogue. Já o ouvi várias vezes de muita gente!

A minha atitude de suspender a minha colaboração reflecte um desejo pessoal de afirmar a quem lê este espaço, que eu não concordo, não aceito, nem subscrevo esta linha, apesar do meu nome estar na lista dos atabancados.

Não fere, nem pouco, nem muito, a minha camarigagem e sentido de união, antes pelo contrário, por ser camarigo, é que assim procedo.

Acedo muitas vezes a este espaço e não estou para ser incomodado com esta linha de pensamento que há muito denuncio.

Recebe um abraço amigo do
Joaquim Mexia Alves

Joaquim Mexia Alves disse...

Meu caro Helder

A resposta á minha tomada de posição está no comentário anterior que aqui deixei dirigido ao C. Martins.

Agora não posso deixar passar esta tua frase:
«Não percebo (ou se calhar até percebo) algumas atitudes mas não vou fazer esforço para tentar mudar as decisões, aparentemente amadurecidas, e que embora me recuse a pensar serem 'organizadas', são, pelo menos na prática, 'complementares' e até parece enquadrarem-se numa 'outra agenda' ou directiva.»

Queres tu dizer eu ajo em nome de alguém enquadrado numa “agenda ou directiva”?

Pensei que me conhecias melhor do que isso!

Não, amigo Helder, ajo em nome próprio sem qualquer “agenda ou directiva” que não seja repudiar esta linha de pensamento “histórico”.

Um abraço para ti
Joaquim Mexia Alves

Anónimo disse...

Caro camarada Mexia Alves

Eu sou dos que tenho aqui defendido que a guerra não estava perdida "porra nenhuma", e com factos,perante a incompreensão de alguns e até antagonismo de outros,aliás estão no seu pleno direito.
Conheci pessoalmente o diregente do PAIGC, Manuel dos Santos (Manecas) que na altura dos acontecimentos de Guidage e Cumbamory era comissário político na região e não comandante como muitas vezes é referido.
A versão que lhe ouvi é muito coincidente com o que é reltado nos relatórios das NT, só que quando entrevistado sobressai a "propaganda".
Muitos de nós gostam de ouvir o que lhe convém e se as "versões" forem coincidentes com uma certa orientação politica tanto melhor.
Curioso é ler, por exemplo, quando se fala de gadamael "não havia abrigos porque era uma zona pantanosa" "fugiram para as matas e bolhanhas em redor", isto é caricato porque só existe uma bolanha perto da região onde estava o aquartelamento, se bem que ache isto com pouca ou nenhuma importância, revela que quem escreveu foi pouco cuidadoso.

Um alfa bravo

C.Martins

Hélder Valério disse...

Meu caro amigo JMexia Alves

Reconheço que, do que escrevi, podes extrapolar as considerações que fizeste mas, já agora, deixa-me sublinhar que "pelo que te conheço" (e embora não se possa 'conhecer' tudo sempre falámos uns bons bocados de nós) não fiz nenhuma afirmação peremptória pois escrevi dizendo que eram "... pelo menos na prática, 'complementares' e até parece enquadrarem-se numa 'outra agenda' ou directiva."..., significando isso que não te estava a atribuir a paternidade de nenhuma 'agenda', embora dissesse que as 'atitudes' (legítimas, aliás, e agora melhor explicadas no 'comment' ao C.Martins, com a serenidade que me parece ter faltado na impetuosidade anterior) eram 'complementares' dessa 'agenda' de que aqui não adiantarei, por me faltar tempo e não ter a capacidade para ser sintético.

Caro Joaquim, aceita o abraço
Hélder

Joaquim Mexia Alves disse...

Meu caro Helder

Obrigado pelo teu mail, mas inisistes numa suposta "agenda ou directiva" que não existe, nem da minha parte, nem a "mando" de ninguém.

A minha opinião é minha e só minha e até alguns amigos mais chegados me disseram que eu teria exagerado.

Talvez, mas a verdade é que uns podem fazer tudo pois são sempre compreendidos e desculpados.

Outros são-lhes sempre atribuidas segundas intenções, ou "agendas e directivas".

Meu caro Helder, sou teu amigo, gosto muito de falar contigo, considero-te muito, mas não aceito nem um pouco sequer a mais leve suspeita de "agenas ou directivas".

Aceita o meu abraço amigo
Joaquim Mexia Alves