sábado, 5 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9857: Memórias da minha comissão (João Martins, ex-alf mil art, BAC 1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69): Parte III - BIssau e férias em São Martinho do Porto, em agosto de 1968



Guiné > Bissau > Quartel-General > O velho forte da Amura > Entrada principal > Foto nº  17/199 do álbum Guiné, disponível na página do Facebook, do João Martins.





Guiné > Bissau > BAC 1 [, Bateria de Artilharia de Campanha] > Obuses 8.8 e viaturas, de fabrico alemão, do tempo da II Guerra Mundial. Foto nº  30/199 do álbum Guiné, disponível na página do João Martins no Facebook.





Guiné > Bissau < Junho de 1968 > Piscina do Quartel General. Foto nº 7/199.





Guiné > Bissau < Junho de 1968 > Capela do Hospital Militar 241 > Foto nº 9/199.






Guiné > Bissau < 10 Junho de 1968 > Desfile militar > Início do 'consulado' do brig e depois gen António Spínola, governador-geral e comandante-chefe do CTIG (1968-1973) . Foto nº 44/199.




Fotos (e legendas): © João José Alves Martins (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados. (Fotos editadas e parcialmente legendadas por L.G.) 





Memórias da minha comissão na Província Ultramarina da Guiné - Parte III (*)

por João Martins (ex-Alf Mil Art, BAC1, Bissum, Piche, Bedanda e Guileje, 1967/69)


6 – Regresso a Bissau para gozar férias na Metrópole (Julho de 1968)



As férias aproximavam-se e regressei a Bissau a tempo de assistir às comemorações do 10 de Junho, de dar uns mergulhos na Piscina do Quartel-General (QG), de conhecer Mansoa, de ir até Nhacra, de passar por Quinhamel, e de tomar banho num local rodeado por uma paliçada, que, a certa altura, quando eu estava agarrado a ela e sem pé, tremeu toda, não cheguei a perceber se tinha sido por efeito de algum jacaré que teria dado pela minha presença e que ao ir ter comigo com ela teria chocado, mas é possível. 

Como não era um sítio propriamente agradável para se estar, e queríamos estar mais perto do mar, continuámos para oeste até ao fim da picada, a Ponta Biombo. Descemos até à praia e constatámos que, à nossa frente, havia uma duna de areia a uns cem metros, e que só a partir dela é que se via bem o mar.

A maré estava baixa e o chão, de lodo ressequido pelo efeito do calor, permitia-nos caminhar sem qualquer dificuldade. Passada cerca de uma hora, percebemos que a maré estava a encher e que a água nos rodeava completamente. Achámos conveniente regressar à praia, e assim fizemos. O problema é que o terreno ressequido por onde tínhamos passado já tinha cerca de meio metro de água, o que não dava para andar porque nos enterrávamos até ao joelho ferindo-nos nas conchas que estavam enterradas no lodo, e, também não dava para nadar porque a altura da água não era suficiente; só havia uma alternativa, era rastejar, e assim fizemos com o receio de algum de nós ser apanhado por algum jacaré. 

Com a maré mais cheia tomámos uma rica banhoca com a vantagem de termos por perto algumas “sereias” de tez bem clarinha, com muito bom aspeto, e que dava gosto ver depois de termos passado por tanta “escuridão”…

Finalmente, chegou o dia da partida para Lisboa para gozar umas mais que merecidas férias. A viagem correu da melhor maneira, mas, no aeroporto, à passagem pelo controlo de passageiros, algo de anormal se passou porque fui abordado por um senhor que me mostrou uma identificação. Concluí que devia ser da PIDE/DGS, pois “pediu-me” que o acompanhasse, enquanto eu ouvia uns comentários, estilo “aquele já vai preso”, é claro que não dei grande atenção aos comentários porque não tinha nada a recear, nunca tinha feito nada que justificasse aquela receção, a não ser dizer sempre tudo o que penso, e prontifiquei-me a acompanhar o tal senhor que me conduziu a uma sala.

Ao fim de algum tempo, que me pareceu exagerado, resolvi sair, ele estava cá fora e informou-me que não tinha autorização para sair porque eu estava detido.
 
Bem, nunca me tinha acontecido tal coisa de modo que resolvi aguardar pacientemente a evolução dos acontecimentos. Chegou então o meu pai que vinha atrasado contra o seu costume e que me vinha receber e levar até ao Ministério da Defesa Nacional [MDN], onde estava colocado na altura. É claro que o meu “guarda” temporário percebeu o ridículo da situação e se desfez em desculpas.

Chegados ao MDN, compreendi que pretendiam conhecer as minhas impressões sobre a evolução do TO da Guiné. Como estava de mau humor depois daquela detenção inesperada como receção, quando esperava recompor-me do “stress” acumulado em horas de combate, resolvi desabafar.







Quadrante 1 (Norte,  Noroeste): Principais localidades: Bissau (capital),  São Domingos, Farim, Bissorã, Mansoa, Teixeira Pinto e Fulacunda  (sedes de concelho ou circunscrição). Outras localidades que eram postos administrativos: Sedengal, Bigene, Olossato, Bula, Calequisse, Caió. Binar, Safim, Injante, Quinhamel, Prabis, Encheia,  Olossato, Mansabá, Porto Gole, Tite...






Quadrante 2 (Sudoeste): Principais localidades: Bolama, Bubaque, Catió  (sedes de concelho ou circunscrição)... Localidades que eram postos administrativos, excluindo os Bijagós: São João, Empada, Bedanda, Tombali, Cabedu, Cauane, Cacine...


Quadrante 3 (norte e noroeste): Principais localidades: Bafatá, Nova Lamego  (sedes de concelho ou circunscrição)... Postos administrativos: Bambadinca, Xitole, Darsalame (pertencia a Fulacunda), Galomaro, Bengacia, Beli, Piche, Pirada, Sonaco, Contuboel, Colina do Norte, Gã Mamudo..




 Quadrante 4  (sudeste): Principais localidades:  Nenhuma sedes de concelho ou circunscrição:  Apenas 2 localidades fronteiras, com a categoria de posto administrativo: Quebo, Guilege (com g)...

 
Mapa da Guiné que foi oferecido  ao João Martins, por seu pai, oficial da Marinha, quando esteve estava destacado no Ministério da Defesa Nacional (MDN), e o filho foi mobilizado para o TO da Guiné... Não tem data, escala, nem legendas, não se podendo perceber, por exemplo, o significado nem das cores nem das linhas a vermelho que delimitam porções do território. O mapa é claramente anterior à guerra, seguramente dos anos 40/50.


 Recortámo-lo em quatro partes para simbolizar a ideia de "puzzle"... Ontem como hoje, a Guiné é um "puzzle", uma quebra-cabeças... pensando na conversa (algo surreal) que o João Martins teve no MDN, à chegada a Lisboa, na sua viagem de férias, e que tenta reconstituir - mais de 40 anos depois - neste texto das suas memórias... (LG).
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E fui dizendo que estávamos numa guerra em que os nossos responsáveis políticos e militares não estavam à altura das circunstâncias, e que o desconhecimento do sentir das populações e a falta de competência das chefias para enfrentarmos aquela guerra era mais do que evidente, que uma guerra de guerrilhas apadrinhada, implementada, promovida e incentivada pelas grandes potências que eram de facto o nosso principal adversário, não devia ser conduzida com tanta incompreensão do que se passava no TO e dos sentimentos profundos das populações.


Transmiti a minha convicção de que aquela guerra tinha a sua origem num cariz político e que só podia ser ganha se tudo se fizesse para melhorar o nível de vida das pessoas, incentivando e apoiando o desenvolvimento económico e social, e que era fundamental, para o efeito, que se organizasse todo o apoio possível à produção e se limitassem as margens de comercialização.

Afirmei que era de primordial importância que se criassem postos de trabalho que contribuiriam para uma vida melhor e uma felicidade a que todo o ser humano tem direito. Expliquei que era imprescindível dar emprego a toda a gente e atender à satisfação das necessidades básicas que são a alimentação e a habitação, e que para isso era necessário desenvolver a agricultura, as pescas e a agropecuária, e era necessário cultivar produtos passíveis de exportação tais como o arroz, a manga, o abacaxi e o amendoim, para equilibrar a balança de pagamentos.

Também era óbvio que o sector energético e o dos transportes deveriam ter pessoas competentes a geri-los, entendendo-se por gestores competentes aqueles que, não endividando as empresas, colocavam no mercado os seus serviços e os seus produtos a preços de venda realmente baixos, contribuindo desse modo para o acréscimo da viabilidade financeira das empresas suas clientes, aliviando a necessidade de recorrerem ao crédito, permitindo o aumento dos vencimentos e do poder de compra das populações, o que traria o fortalecimento da atividade económica, e, em consequência, o aumento da cobrança dos impostos, fundamental para atender às necessidades básicas dos mais desprotegidos, nomeadamente em termos de saúde, e também, e finalmente, para contribuir para o financiamento do esforço de guerra.

Também expliquei que os portugueses, tanto os da Metrópole como os do Ultramar, o que pretendiam era uma vida melhor, mais digna, com desemprego nunca superior a 3%, limite que, quando ultrapassado, deve levar qualquer regime político a ser substituído por um mais competente que evite a saída para o estrangeiro de portugueses, quer dos menos qualificados quer dos mais qualificados e que a emigração que se verificava em Portugal era uma verdadeira vergonha nacional que revelava a grande incompetência dos responsáveis políticos, e a possível falência do regime a curto prazo.

Continuei dizendo que a dívida externa nunca deveria ultrapassar os 30% do Produto Interno Bruto, porque se isso se verificasse, os juros da dívida representariam um custo adicional dificilmente suportável, e que era pois premente promover a produção de modo a evitar as importações e a consequente saída de divisas que poderiam pôr em causa o equilíbrio financeiro da balança de transações correntes.

E acrescentei que, para apoiar devidamente aqueles setores da economia era absolutamente necessário que o governo controlasse a taxa de juro dos empréstimos. Por outro lado, considerava que era completamente errada a política de baixos salários da maioria dos portugueses, na medida em que é o poder de compra que permite o desenvolvimento das trocas comerciais, da atividade económica e a arrecadação por parte do Estado do imposto de transações que lhe permitiria fazer face aos seus compromissos, e, para isso, tornava-se necessário que o dinheiro fosse gasto na aquisição de bens e serviços produzidos no país a começar por aqueles que se destinam à satisfação das necessidades básicas. 

Por outro lado, devia-se evitar salários e ordenados demasiado elevados, muitas vezes não merecidos, mas que se justificavam apenas pela sua natureza “política” (afilhados) ou de “grupos de interesse ou de pressão”. E precisei que estes rendimentos são na maioria das vezes canalizados para paraísos fiscais, ou, na aquisição de bens de luxo e de importação como sejam os automóveis de elevada cilindrada e as viagens ao estrangeiro. Portanto, era fundamental, para bem do país, diminuir a diferença de rendimentos entre ricos e pobres, promover o crescimento económico, aumentando o poder de compra das populações, diminuir o desemprego, a dependência energética e os custos de exploração das empresas.

Acrescentei que felizmente havia a preocupação de manter a moeda forte e a inflação baixa, pelo que se justificava poupar e investir, porquanto, se tal não ocorresse, por exemplo, se a inflação fosse da ordem dos 30%, quem tivesse poupanças no valor de 100$00, ao fim de um ano valeriam 70$00, e ao fim de dois anos valeriam 49$00, isto é, bastariam dois anos para valerem menos de metade, o que é uma maneira de tornar as pessoas mais pobres retirando poder de compra a quem consegue “poupar” e é um nítido convite ao consumo em detrimento da poupança que possibilita o investimento, e em consequência, a criação de postos de trabalho.

Para quebrarem este meu discurso que já ia longo, perguntaram-me o que é que eu pensava do Amílcar Cabral.

 Resolvi responder que em minha opinião era um herói nacional, porque, pelos comunicados do PAIGC, na rádio, afirmava a sua condição de português e o que pretendia não era propriamente a independência, mas sim, uma vida melhor para o povo da Guiné, o que era próprio de qualquer português bem-intencionado, e que a independência que advogava só se justificava como reação ao regime político em que nos encontrávamos que não se esforçava por obter um futuro melhor para as populações.

E acrescentei que era essa a razão que levava muitos africanos a acreditarem na propaganda de que eram alvo e a passarem-se para o IN. Não terão gostado muito de ouvir estas minhas considerações sobre política económica, possivelmente concluíram que eu era um comunista ao serviço do KGB e dos interesses imperialistas de Moscovo, ou, o que ainda seria pior, socialista ao serviço da CIA e do imperialismo norte-americano, porque me disseram que, depois de terem ouvido o que eu disse, tinham que me deter. É claro que não estava à espera de uma reacção destas, e pensei como é que havia de sair daquela embrulhada.

Foi então que respondi: 
- Ainda bem, fico muito satisfeito, porque se estiver preso já não terei que ir combater e ficar sujeito a levar um tiro ou apanhar com um estilhaço de alguma granada. 

Tal como imaginei, face a esta resposta, o oficial que me interrogou lá pensou duas vezes e disse: 
- Realmente é melhor ir combater mas não transmita essas suas ideias a ninguém. 

É claro que aceitei a sua recomendação, e fui finalmente de férias, procurando esquecer o que tinha passado na Guiné.

Em férias, foi-me apresentado alguém que, sabendo que eu andava por terras da Guiné,  me foi dizendo o que sabia sobre aquela realidade. Fiquei atónito com o que ouvia, como era possível aquela “suposta autoridade” dizer tantos disparates. Mas dando mais atenção ao que dizia cheguei à conclusão de que fazia algum sentido, e, depois de o ouvir comentei transmitindo-lhe as minhas conclusões sobre as suas opiniões, disse-lhe que “era óbvio que nunca tinha estado em África e muito menos na Guiné, que tinha estado em Paris, na Sorbonne, onde lhe teriam feito uma lavagem ao cérebro, e que era evidente que se limitava a reproduzir a propaganda comunista”. É claro que eu tinha acertado em cheio.









Portugal > Alcobaça > São Martinho do Porto > Um lugar mágico...  A baía de São Martinho do Porto onde o João Martins passa férias há dezenas de anos... Na foto, Graça Martins, a sua esposa. Foto (nº 83/88) do álbum São Martinho do Porto, de João Martins, disponível na sua página do Facebook...


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Passei o Agosto em S. Martinho, como de costume, e regressei a Bissau num avião da TAP. Nova aventura, estávamos a sobrevoar Sesimbra quando o avião ficou como se os motores tivessem deixado de funcionar, o avião perdeu altura muito rapidamente, afocinhando na direção do mar. Uma hospedeira, convencida de que íamos todos entrar em pânico, apareceu vinda da cabina do comandante com um ar muito desesperado e apostada em nos sossegar. Olhou para mim, porque eu ia num dos bancos da frente, e ficou espantada com a nossa reação, sorri-lhe, e comentou: 
- Vê-se mesmo que são militares e andam na guerra.

E voltou para a cabina do comandante. Tivemos que aterrar nas Canárias e depois em Cabo-Verde onde vi um avião com uma frente que me lembrou os olhos de um gafanhoto e que, segundo o que comentavam, operava na guerra do Biafra.

Chegado a Bissau, novo pelotão e novo destino me esperavam, em Piche [, em setembro de 1968] .

(Continua)






Guiné > Ilha de Bissau > Agosto ou setembro de 1968 > Regresso a Bissau, em avião da TAP >   Foto aérea da região de Bissau > Foto (nº 3/199 do álbum Guiné, de João Martins, disponível na sua página do Facebook...


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Nota do editor: 

7 comentários:

admor disse...

Caro Camarada João Martins,

Achei as tua fotografias óptimas quer em termos estéticos quer em termos de qualidade, mas o discurso que fizeste há quarenta anos atrás tem uma qualidade e uma oportunidade tão actual que merecia ser enviado a todos os governantes que estiveram no poder desde o 25 de Abril até aos dias de hoje.
Um grande abraço.
Adriano Moreira

Antº Rosinha disse...

João Martins, algumas das tuas teorias da tua juventude, (que poucos jovens queimavam tantos neurónios), ouviam-se tambem aos dirigentes dos movimentos que lutavam contra nós:

E acrescentavam que se o povo que era tão mal tratado pelo patron, comia peixe podre e farinha estragada e era roubado no salário, mas mesmo assim produzia tanto arroz, cana, café e tabaco, quando o tuga fosse embora, ia produzir muito mais e ser muito feliz.

É caso para dizer João Martins, que ninguem aceita bons conselhos.

Mas sem dúvida que trazes uma maneira de ver as coisas com alguma novidade.

Pode ser que cá e em Bissau ainda alguém aproveite algum dos teus conselhos, hoje em dia.

Arménio Estorninho disse...

Caro Camarada João Martins, Saudações Guinéuas.

Gostei de ler todo o desenvolvimento da tua crónica, no entanto fiquei com dúvidas sobre as fotos 7/199 e 9/199, e nomeadamente sobre as datas contidas de 1968, senão vejamos:

A piscina (plataforma, tanque e lava-pés) do Quartel General, à data mencionada não era viável ter tão péssimas condições de salubridade, equipamento e funcionalidade.
Em Março de 1970, estive no local e presenciei superficialmente as suas condições.

Quanto à Capela do Hospital Militar 241, não é a mesma que eu vi em 1968/70, a qual pode ser confrontada com a que está apresentada no Poste P6352, Foto-7.

Salvo melhor opinião, presumo que tratam-se de fotos de datas posteriores, dado o estado de degradação e possíveis alterações das construções.
Contudo, temos de ter em conta também as evoluções dos acontecimentos havidos na Guiné.

Com todo o respeito pelo teu trabalho, em que as minhas observações não o deslustra e sendo somente pormenores do conhecimento presencial e profissional "Técnico de Saúde Ambiental".

Com um Abraço
Arménio Estorninho

Anónimo disse...

Na foto dos obuses, estes não são 8,8 mas sim 10,5.
Piada é ver um "mercedes" descapotável, se calhar vieram no pacote da compra dos obuses.
O que é que fizeram ao "mercedes"?
No meu tempo não estava lá.
"Gramava" ter andado numa coisa daquelas..uauuu.
Outras guerras.

C.Martins

Luís Graça disse...

Camarada C. Martins: Não é preciso ter um grande "olho clínico", nem sequer ser especialista em artilharia, para ver que os obuses são de calibre 10.5 e não 8.8...

Infante de armas pesadas, confesso que no TO da Guiné só conheci (no Xime e em Mansambo, no leste, sector L1 - Bambadinca) obuses 10.5, de marca Krupp, do tempo da II Guerra Mundial... Nunca vi um 8.8, nem um 14...

De qualquer modo, obrigado pela chamada de atenção. Vou corrigir, logo que possa... Procuramos primar pelo rigor. Boa noite. LG

Manuel Carvalho disse...

Caro camarada João Martins

Muito interessante relato de uma vivencia que foi a tua na Guine.
Quando falas da tua passagem por Quinhamel e do banho que lá tomas-te, lembrei os tempos passados naqueles destacamentos desde as trazeiras da Base aerea até ao Biombo, isto entre fins de 69 e principios de 70.Nos diziamos vamos a piscina de Quinhamel, e era aquela palissada de cibes podres, mas que bem sabiam aqueles banhos. Tenho duas ou tres fotografias tiradas lá, não sei se te interessa ver,se interessar peço ao meu filho para as por no face book.Um abraço.
Manuel Carvalho
C Caç 2366 Jolmete

João José disse...

Caros camarigos
Agradeço os vossos comentários e peço desculpa pelas incorrecções de datas, de conhecimentos de aviões que não os tenho, de apreciações menos felizes, mas acreditem que apenas reproduzo o que me ficou em memória seja ou não correto. Isso deixo à vossa consideração. Aceito que o General Spínola e Amilcar Cabral tinham todas as possibilidades para se entenderem pois tinha discursos muito semelhantes. Foi uma pena para o futuro da Guiné que isso tivesse sido abortado...Acredito que tenha havido situações em que os naturais tenham sido explorados e maltratados, o que é lamentável, mas também penso que é por isso ainda acontecer em Portugal que muitos dos nossos filhos o melhor que têm a fazer é emigrar...Um grande abraço a todos.João Martins