sábado, 23 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8161: 7º Aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (18): Todos os dias, e mais que uma vez, venho à Tabanca Grande (António Branco)

1. Mensagem do António Branco  (ex-1.º Cabo Reab Mat da CCAÇ 16, Bachile, 1972/74)

Data: 22 de Abril de 2011 22:56
Assunto: 7º Aniversário do nosso blogue
Ao comemorarmos o sétimo aniversário do nosso blogue, não posso deixar de enviar as minhas maiores felicitações ao fundador e administrador Luís Graça, bem como a todos os co-editores e colaboradores permanentes.
Cheguei à Tabanca Grande na sequência de diversas pesquisas sobre assuntos relacionados com a guerra na Guiné, o seu povo e os camaradas que por lá passaram.
Comecei por incluir um pequeno comentário e de imediato aceitei o convite para fazer parte desta imensa família.
A partir de então, todos os dias e mais que uma vez venho procurar o máximo de informação que os quase quinhentos amigos disponibilizam.

Sempre que possível tento colaborar, partilhando algo da minha experiência.
Foi assim que, decorridos mais de trinta e cinco anos, através do nosso blogue consegui encontrar camaradas dos quais desconhecia por completo o seu paradeiro.

Por isso e também pela forma como conseguimos lutar para não deixar esquecer o que foi a nossa presença na Guiné, quero desejar que mais camaradas possam entrar nesta Tabanca, deixando os seus testemunhos, colaborando desta forma para a concretização do que considero ser, desde já, um extraordinário documento histórico.
Que estes sete anos se prolonguem por muitos mais para que este espaço sirva igualmente para que as novas gerações percebam de uma forma não deturpada o que foi a nossa presença na Guiné.
A vós resta-me agradecer uma vez mais a vossa iniciativa e testemunhar o prazer que sinto fazer parte desta imensa Tabanca Grande.

Um abraço
António Branco
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Nota do editor

Guiné 63/74 - P8160: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (17): Parabéns, Camarigos, dia 23 é o “Dia do Amor” sentados na Tabanca Grande (Joaquim Mexia Alves)

1. Mensagem do nosso camarada Joaquim Mexia Alves*, ex-Alf Mil Op Esp/Ranger da CART 3492, (Xitole/Ponte dos Fulas); Pel Caç Nat 52, (Ponte Rio Udunduma, Mato Cão) e CCAÇ 15 (Mansoa), 1971/73, com data de 18 de Abril de 2011:

Bem, pensei eu, o dia 23 aproxima-se e preciso escrever alguma coisa sobre o aniversário da nossa Tabanca Grande.

Lá peguei então nesta “caneta virtual”, e dispus-me a escrever o que me viesse ao coração.

Lembrei-me de escrever:
Parabéns a vocês, e depois colocar os 490 nomes de todos os atabancados, mas calculei que para além da extensão do “texto”, poderiam chamar-me preguiçoso e pouco empenhado!

Ora bem, escrever o que me viesse ao coração!

Pois, porque é do coração que aqui tratamos na nossa Tabanca Grande.

É que podemos ser muito inteligentes, muito cultos, muito razoáveis, muito bons pensadores e escritores, mas se não tivermos coração, ou melhor se não tivermos amor no coração, nem a inteligência, nem a cultura, nem a razoabilidade, o pensamento ou a escrita, servem para nada, porque serão frios, sem calor e apenas expressão de um saber, que não vai acompanhado de um ser.

Lá vem este com a lágrima ao canto do olho, (já estão a dizer uns quantos), “lambuzar” a gente de carinhos e abraços sentidos.

É que, meus queridos camarigos, quando me lembrei de escrever por causa do aniversário da Tabanca Grande, veio isto ao meu pensamento, ou melhor, ao meu coração.

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver amor, sou como um bronze que soa
ou um címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom da profecia
e conheça todos os mistérios e toda a ciência,
ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas,
se não tiver amor, nada sou.
Ainda que eu distribua todos os meus bens
e entregue o meu corpo para ser queimado,
se não tiver amor, de nada me aproveita.
O amor é paciente,
o amor é prestável,
não é invejoso,
não é arrogante nem orgulhoso,
nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita nem guarda ressentimento.
Não se alegra com a injustiça,
mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais passará.
Agora permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor;
mas a maior de todas é o amor
.

1 Cor 13, 1-8;13

E então pensei, realmente é disto que tratamos, ou tentamos tratar na nossa Tabanca Grande.
Tentamos conhecermo-nos melhor, para gostarmos mais uns dos outros.
Tentamos gostar das nossas diferenças e aceitá-las, para melhor nos compreendermos.
Porque se melhor nos compreendemos, melhor nos gostamos.

Tentamos então gostar mais uns dos outros, para melhor nos ajudarmos.

Mas tentamos mais!

Tentamos até gostar dos que dantes não gostavam de nós, (com os quais fazíamos a guerra), e que também não moravam nos nossos corações.
Tentando gostar deles, também fazemos as pazes com o nosso passado.
E ao tentarmos gostar deles, acabamos por gostar mais de nós também.

Então, (e para não me alongar mais), a Tabanca Grande é um espaço de encontro de homens que se querem gostar, um encontro de um passado difícil, com um presente na procura da paz, rumo a um futuro de harmonia que constrói e espera.

Por isso mesmo, o dia 23 de Abril é um grande dia de festa, porque é o aniversário do espaço intemporal que nos foi dado, para nos encontrarmos connosco e com os outros.

E devemo-lo ao Luís Graça, e àqueles que com ele labutam no dia-a-dia para colocar os nossos textos, (e não cito para não ouvir nenhuma reprimenda dos mesmos), e a todos nós que deixamos falar o coração, para dele tratarmos com os outros e para os outros.

Parabéns, Camarigos, dia 23 é o “Dia do Amor” sentados na Tabanca Grande.

Em tempo:
Eu sou assim mesmo, ou tento ser, e espero não mudar!

Monte Real, 18 de Abril de 2011
Joaquim Mexia Alves
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 23 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8159: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (16): Que a História não esqueça o que o blogue Luís Graça manteve vivo (Juvenal Amado)

Guiné 63/74 - P8159: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (16): Que a História não esqueça o que o blogue Luís Graça manteve vivo (Juvenal Amado)

Juvenal Amado no Dulombi

18 de Dezembro 1971 > A bordo do "Angra do Heroismo".
Foto de Manuel Passos

Em Cancolim > Dentro espaldar do 81 > Alves do Porto, Dias da Maia, Carneiro de Penafiel e o Correia.

Ponte do Saltinho.
Foto Dr Coelho

1. Mensagem de Juvenal Amado* (ex-1.º Cabo Condutor da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1972/74), com data de 19 de Abril de 2011:

O BLOGUE FAZ ANOS A 23 DE ABRIL

No Verão passado fui ver uma exposição intitulada o POVO no Museu da Electricidade em Lisboa.
Qual o meu espanto, quando olho para uma parede, vejo imagem do meu embarque para a Guiné e entre alguns rostos conhecidos vejo o André maqueiro, a uma escotilha acenando com um pano branco. São imagens fugazes onde se vêm camaradas a dançar exteriorizando uma alegria duvidosa e alvo de comentários jocosos de algumas pessoas que assistiam ao filme.

Por fim o Angra do Heroísmo, passa por debaixo da ponte rumo ao nosso destino.
Não sabem essas pessoas, que muitos dos que dançavam não regressaram vivos, uns não querem saber e os outros quiseram esquecer.

Talvez não sejam completamente culpadas da sua ignorância.

Há pouco tempo retomei o contacto com o André, onde ele me conta que a imagem aconteceu, por ele ter pedido ao operador de câmara, que o filmasse pois estava sozinho e assim a família poderia vê-lo na televisão. Assim ficou combinado, o operador de câmara disse-lhe que ele acenasse com um pano branco, que ele o filmaria. Disse-me o André depois de ver o filme, que eu lhe enviei, que à falta de melhor deitou mão a uma fronha de almofada. Este segredo esteve pois guardado 39 anos e mais uns pozinhos.

Não tem importância para muitos e mesmo para alguns a sua importância é relativa.

Assim é no nosso blogue, o que contamos, o que escrevemos, os encontros e reencontros de antigos camaradas, são pois momentos carregados que ansiedade de prazer.

O Catroga ex-Cabo Enfermeiro a morar na Suíça, descobriu por acaso pela mão da filha um poste meu onde estava a sua foto. Leu e releu nos dias a seguir, tudo ou pelo o menos julga ele, o que no blogue foi escrito em relação ao 3872.

As lágrimas rolaram-lhe pela cara, sempre que via um conhecido ou um lugar. Diz ele que ficou rejuvenescido, que lhe fez bem o reencontro com muitas memórias esquecidas.

O reavivar das memórias e afectos, tem sido efectivamente uma das grande benfeitorias, que devemos ao blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné.

As boas memórias não conseguirão nunca abafar totalmente as más, o certo é que a vontade de estarmos juntos faz mesmo assim dos maus bocados momentos a recordar.

O BCaç 3872 é pois recordado, para além dos que a ele pertenceram graças ao blogue, começado pelo Luís, adubado pelos nossos editores, e nós tão somente beneficiamos do efeito terapêutico, de descarregar nele o que vive dentro de nós.

Sem que ninguém me tenha incumbido de tomar a palavra pelo 3872, vou mesmo assim em nome dos vivos e em memória dos nossos mortos, agradecer o acolhimento que as nossas vivências passadas têm.

Que a História não esqueça o que o blogue Luís Graça manteve vivo.

Um abraço e boa Páscoa para todos atabancados e suas famílias
Juvenal Amado
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 23 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8158: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (15): A caminho da 4ª comissão!

Guiné 63/74 - P8158: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (15): A caminho da 4ª comissão!


1. O nosso Cor Pilav Miguel Pessoa, ilustrador-mor da Tabanca, presentou-nos com este expressivo postal de aniversário.

Sem falsas modéstias, bem podemos dizer hoje que O Mundo é Pequeno e a Nossa Tabanca... é Grande!



2. Do nosso vate Manuel Maia (das terras da Maia), como sempre se exprimindo em sextilhas:


Sete anos viu passados, num instante,
Tabanca Grande, aniversariante,
Luís e "sus muchachos", rejubilam...
Saudosoa das bolanhas e dos matos,
quinhentos tabanqueiros lhes estão gratos
p`ra dar-lhes parabéns, já se perfilam...


Falar-vos do Luís e sua obra
de amizade, qualidade em sobra,
do homem solidário, aqui se vinca...
Por muito que vos diga é sempre escassa
palavra laudatória ao Luís Graça,
furmil, Luis Henriques, Bambadinca...


Ao homem dos Comandos, V.Briote,
um dos co-editores, alguém anote,
(tal como no passado AB fazia...)
Amigo do amigo, e bem sabido,
que o diga o Mamadu reconhecido,
por livro d`importante parceria...


Co-editor famoso, C.Vinhal,
trabalhador de nível excepcional,
de amor, dedicação, e competência...
À malta lembro aqui, emocionado,
que o Carlos é credor dum obrigado,
sonoro, tenham santa paciência!!!


De Matosinhos, mar de gente boa,
por fim chegou o "Pira de Mansoa"
que em dia D a verde rubra enrola...
P´ra um ranger furriel, a distinção,
o Magalhães Ribeiro, co`a função
do blog co-editor de grã bitola...


Se a cada um de nós corresponder,
mais um Guinéu disposto a escrever
a história duma guerra onde interveio...
Os quatro "lusitanos mosqueteiros",
farão com horas-extra, mealheiros,
e o cofre do país fica mais cheio...


Afinem as gargantas, maralhal,
o dia é de alegria colossal,
co`a taça bem erguida há que entoar...
Luís Graça e camaradas da Guiné,
espaço/evocação que bom que é,
dos tempos d`outro tempo, d`ultramar... 




3. De Alberto Branquinho:


7 ANOS?!


Tão pouco ano
não será engano?


Há no BLOGUE
tanta vida
tanto movimento
tanto tempo
tanto escrito
tanto encontro
tanto almoço
que a gente não aguenta!


Em vez de sete
não serão setenta?




4. Do berço da Nação, a nossa amiga Filomena Sampaio


Dia 23 de Abril é um dia especial para o Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.
Especial por duas razões, primeiro porque faz 7 anos de existência e segundo porque este nos apresenta diariamente temas também especiais e variadíssimos sobre a Guiné e não só, e para ser mais precisa ainda, devo referir que um Grupo de Pessoas como o seu Fundador, Administrador e Editor, Co-Editores e todos os Colaboradores merecem ser felicitados.


É de facto um Blogue de histórias contadas “normalmente” na primeira pessoa, de interesse e reflexão. Os leitores participam fazendo comentários por vezes pertinentes. São estes motivos que me fazem acreditar que o Blogue tem sentido, porque existe para além do saber académico de cada leitor, um saber genuíno que nasce de diferentes vivências, um gosto apaixonado pelas histórias da Guiné e Guerra do Ultramar.


Esta partilha de conhecimentos que retêm e salientam diferentes perspectivas e facetas do Blogue mostram a profundidade do seu Criador e Co-Editores, e a transversalidade, clareza e simplicidade com que o alimentam todos os dias.


Resta-me agradecer a todos os momentos de boa leitura que me têm proporcionado.
Obrigada pela amabilidade, pela clareza e pela partilha do Blogue.
Vim aqui só para agradecer e dar os parabéns.


Com amizade
Filomena.




5. Do nosso camarada José Belo nas terras frias do norte da Europa


Caros Editores do Blog de Luís Graca e Camaradas da Guiné.
No 7.º Aniverdsário do blogue seria repetitivo da minha parte apresentar unicamente elogios ao grande significado do mesmo, e a tudo o que através dele já foi obtido em camaradagem, solidariedade e memória. E,não menos, a criação de outros blogues "filiais", com iniciativas próprias, sendo de salientar todas as solidariedades com o povo da Guiné. A semente original foi bem plantada por um blogue abrangente, inclusivo e construtivo nos seus objectivos. Os resultados falam por si!


Queria antes, aproveitando esta data, chamar de novo a atenção de todos, para o voluntarioso grupo de Camaradas que procura organizar, e estabelecer, um digno Dia dos Combatentes, a ser comemorado por TODOS os que participaram nas últimas guerras de África. Tudo até hoje oficialmente feito tem ficado muito aquém da importância, e verdadeiro significado que as guerras de Angola, Moçambique e Guiné tiveram para os milhares de portugueses que nelas estiveram envolvidos.


A contribuicäo do nosso blogue para este objectivo poderá ser muito importante.


Escrevi na Tabanca da Lapónia (http://www.lapplandkeywest.com/) um poste "Portugal e os seus antigos combatentes" que procura levantar algumas perguntas relacionadas com a maneira como o nosso Povo tem olhado os SEUS ex-combatentes.


Surgem perguntas, mas, as respostas näo seräo fáceis.


Um grande abraco do José Belo.
Estocolmo 21 Abril/2011.




6. Do nosso camarada José Martins:


Porque esperam os ditos Grandes deste mundo?
Estão à espera de quê?
Continuar uma luta que a nada leva?
Continuar cegos pelo poder?


Sentem-se tranquilamente e façam a paz consigo mesmos!
Abram o blogue do Luís Graça & Camaradas da Guiné, e meditem.


Meditem no que fazem dezenas, centenas e, porque não, milhares de antigos jovens, que depois de ter "combatido na guerra da sua vida" em que muitas vezes, em vez de darem tiros, davam ajuda às populações, abraçam os antigos oponentes, num abraço fraterno que atravessa o mar e regressa com igual intensidade.


Não se conseguem reconciliar?
Então não sacrifiquem mais aqueles que querem viver e viver em paz, consigo próprios e com os outros!


Pensei que a cruxificação já estivesse fora de moda, mas parece que continua a existir, se não fisicamente, pelo menos psicologicamente.


Esta obsessão de querer fazer vingar as ideias próprias, não será VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, já que o mundo é uma pequena casa?


SANTA PÁSCOA A TODOS, mesmo aos que não querem!


Abraço Camarigo neste aniversário!
José Martins




7. Do nosso camarada José Eduardo Oliveira (JERO)


Caros Amigos e camaradas
É de facto uma longa e valiosa listagem a dos nossos tertulianos.
E...eu estou lá.
Nesta fase da minha vida é dos meus motivos de orgulho.


Cada vez que entro no Blogue estou em casa.
É uma sensação maravihosa. Sem preço e... sem impostos.


O nosso Luís Graça e todos que o ajudam há muito que deviam ter sido condecorados pelos relevantes serviços que prestaram e prestam à causa dos ex-combatentes.


No 7.º  aniversário do nosso blogue saudo-vos com muito respeito e admiração. Apetecia-me dizer, e fica dito, que num País cada vez com menos valores a obra feita neste blogue merece um Hino de Gratidão e Apreço.


Os Camaradas da Guiné resistem e vivem cada dia que passa com a sua auto-estima em alta.


Porque andámos por lá. E porque podemos partilhar tudo o que passámos com quem fala a nossa linguagem.
Viva o blogue do nosso Luis Graça e de todos nós. Camaradas da Guiné.


JERO




8. Do nosso camarada da FAP António Dâmaso:


Em tempos senti-me perdido e encontrei-me ao descobrir o Blogue de Luís Graça.


Depois de muitos anos ter andado a tentar esquecer o inesquecível, fui contactado a fim de prestar elementos sobre a localização das campas dos três Páras enterrados no cemitério improvisado de Guidage.


Voltaram os pesadelos, a minha mente estava ocupada com a lembrança dos acontecimentos vividos, a minha capacidade de desempenho diminuiu, tive de me socorrer da minha dedicação para conseguir equilibrar.


Entretanto o meu Serviço foi equipado com Internet e nas ”horas mortas” uma vez digitalizei uma palavra que não me saía da mente, Guidage e a partir daí voltei a digitalizá-la por muitas vezes, tantas vezes que devo ser o recordista.


Quero neste dia do 7.º aniversário do Blogue expressar a minha gratidão aos Camaradas Luís Graça, Carlos Vinhal, Eduardo Magalhães Ribeiro, Virgílio Briote, Humberto Reis e muitos outros, o meu muito obrigado por me terem ajudo a reencontrar-me.


Feliz aniversário
Um Alfa Bravo
Dâmaso
______________


Nota de CV:


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Guiné 63/74 - P8157: Blogpoesia (146): Elegia para um paisano (Luís Graça)

Elegia para um paisano

por Luís Graça

 [ foto à esquerda, no "oásis de paz" de Contuboel, Centro de Instrução Militar, Junho de 1969]





(À memória de A…, meu  camarada
da CCAÇ 12, Guiné, 1969/71…
e dos demais camaradas, desconhecidos
que morreram,
de morte violenta,
já como paisanos,
por homicídio, por suicídio, por acidente)


Disseram-me que tinhas morrido,
Meu infortunado camarada,
Já muito depois do nosso regresso a casa.
Talvez nos finais dos anos 70
Do século passado,
Não posso precisar.
Morrido, lerpado,
Para usar o nosso vocabulário,
Bruto e feio.
Lerpado, assim,  sem mais nada,
Sem uma palavra,
Sem uma despedida,
Sem uma oração,
Talvez até sem  um ui nem um ai,
Sem um grito.
Sem aviso prévio,
Nem sequer um cheque-mate!
Morrido, de morte matada!
Morrido, como um cão.
De um tiro na nuca.
Como os cães que abatemos,
Um noite, em Bambadinca,
A Noite das Facas Longas,
Lembras-te?!

Disseram-me que tinhas sido encontrado,
Longe da nossa Guiné,
Dessa terra verde e vermelha que tu amavas,
Longe da tua Sinchã Mamadjai,
E da morança da tua bela Fatumatá,
De mama firme,
Que se escapulia para a tua morança,
Nas noites, de lua cheia,
Em que uivava a hiena…
Longe do tarrafo do Geba,
Do Mato Cão,
Dos Nhabijões,
Da Missão do Sono,
Da Ponte do Udunduma,
Da orla da bolanha,
Do poilão,
Do bagabaga…
Onde ?
Longe dos teus verdes anos,
Longe do arco-íris do teu céu de menino.  
Perto do teu Tejo,
Numa valeta da rua
Da tua cidade…
Ou de qualquer subúrbio triste e cinzento
De cidade nenhuma.


Que morte tão crua,
A ser verdade,
Oxalá fosse boato a notícia de fait-divers
Que alguém leu no jornal.
A notícia de uma morte
Em que eu não te (re)vejo.
Oxalá, meu camarada,
Tenhas simplesmente desaparecido,
Emigrado,
Sido sequestrado,
Mudado de código postal
Ou até de identidade,
Sempre era menos mal.
E poupavas-me o teu elogio fúnebre,
Que é a pior das missões
Que se pode pedir a um camarada de armas.
Disseram-me
(Mas eu não quis crer)
Que tinhas sido morto,
Sem honra nem glória,
Depois de cumprido o teu dever
Para com a Pátria
Que te foi madastra,
Cruel Jocasta.
Já depois da última nau da Índia ter naufragado
No mar da Palha da tua infância!
Já muito depois 
Dos últimos guerreiros do império,
Terem feito o espólio de todas as guerras
E o relatório da sua errância
Desde Quinhentos.

No século passado, meu amigo!...
No século passado, meu irmão!...
Lembro-me do velho Uíge,
Da velha Companhia Colonial
De Navegação,
Nos ter devolvido a terra,
À nossa cidade e capital,
Nas praias de Alcântara,
No cais da saudade,
No cais de pedra
Donde partíramos,
Quase às escondidas,
Vindos do comboio nocturno e soturno
De Santa Margarida.


Não sei quem te esperava
Nesse dia 22 de Março de 1971,
Mas seguramente os mesmos entes queridos
Que me esperavam a mim,
A todos nós,
Que ali, no cais, passávamos à condição
De paisanos.
Vestidas as calças à boca de sino,
E as camisas às florinhas,
Regressávamos ao doce lar,
Com as bugigangas compradas no Taufik Saad
ou na Casa Gouveia,
E à rotina das nossas vidas,
Insignificantes.
E a uma outra guerra,
A da lufa lufa do quotidiano.
Tu tinhas um lar,
Todos tínhamos um lar,
Uma família, alguns um emprego,
Muitos uma namorada ou noiva à sua espera…

Mas eu o que sabia de ti ?
O que sabíamos uns dos outros ?
E dos nossos sonhos ?
Muito pouco, afinal…
Casaste ? 
Tiveste filhos ?
Não tiveste tempo de ser bom filho,
Nem bom pai,
Muito muito menos avô…

Nunca mais voltei a rever-te,
Em todos estes anos,
Em que tantas coisas aconteceram,
Para o pior e o melhor,
Na nossa Pátria,
Uma palavra, repara, 
Que saiu do léxico dos tugas,
E já não se usa mais…

A imagem mais forte, não a última,
Que retenho de ti,
É a do menino e moço
Que saiu, fardado, garboso,
Da casa de seu pai e sua mãe…
É a do puto reguila,
Quiçá rebelde,
Temperamental,
Belicoso mas generoso,
Da margem sul do Tejo.
Com jeito para o desenfianço,
O desenrascanço,
Que a vida era dura para os homens
Da CCAÇ 12,
Brancos e pretos.

Retenho ainda  a imagem
Do nosso patético duelo
No bar de sargentos de Bambadinca,
Tendo por arma, letal,
Uma garrafa de VAT 69
(Ou era Jonhnie Walker ?
Ou White Horse,
a tal do cavalinho branco ?
Já não me lembro do rótulo,
Sei apenas que era scotch,
E do bom,
Daquele que vinha
From Scotland
For the Portuguese Armed Forces
With love!)…

Um duelo de morte,
Gole a gole,
Até ao gole final,
Em menos de 15 minutos!...
Com árbitro e tudo,
Apostas a dinheiro,
Mirones e claques de apoio,
Como mandavam as regras
Dos apanhados do clima de Bambadinca!

Apanhados do clima, dizes bem,
Exaustos,
Usados e abusados,
Filhos de um Sísifo menor,
Condenados ao mais insano dos suplícios,
Uma guerra a que chamavam
De contra-guerrilha,
Uma guerra do gato e do rato…
Não, não, era a roleta russa,
Ninguém tinha pistolas de tambor,
Era o fado lusitano,
Era o fado da Guiné,
Meu camarada, meu amigo, meu irmão,
Era a nossa triste condição,
Era a nossa quiçá estúpida, mas viril, maneira
De matar… o tempo,
O  tempo em tempo de guerra,
O tempo de espera entre uma e outra operação.
O tempo de espera que podia ser
Entre a vida e a morte.
Era a insanidade mental,
Era a raiva, traiçoeira,
Era a lucidez da loucura a tomar conta
De nós….

Foi esse fado que te matou,
Essa maldita, tóxica, adrenalina,
Que trouxeste do Geba e do Corubal.
E que te impedia de parar para pensar,
Simplesmente parar,
Simplesmente pensar,
Simplesmente viver,
Simplesmente respirar
À tona de água.
Meu irmão.
Meu camarada.
Meu amigo.
Foi o sobressalto da vida.
Foi a vida em sobressalto.
Foi a vida em saldo.
Foi a alma em dor.
Foi isso que te matou.
No pós-guerra.
Na guerra dos paisanos.
Foi isso, foi a Guiné que te matou.
Ao retardador.
Ou não ?!

Sexta-feira Santa, Candoz, Paredes de Viadores, Marco de Canaveses, 22/4/2011

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Nota do editor:

Último poste da série:

18 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8125: Blogpoesia (145): Falando de poesia, de José Régio e do nosso Blogue (Felismina Costa)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8156: Estórias avulsas (52): Carta de agradecimento da gente de “Mampatá Forrea” (José Eduardo Alves)



1. O nosso Camarada José Eduardo Alves, Soldado Condutor Auto da CART 6250/72 - Mampatá -, 1972/74, enviou-nos hoje a seguinte mensagem.



Camaradas,

Pelo terceiro ano consecutivo, eu e a minha esposa fomos à Guiné.

Tornamo-nos associados da Associação Memórias e Gentes de Coimbra e colaboramos com eles, mas estamos ligados à gente de “Mampatá Forrea”, localizada junto à antiga Aldeia Formosa - actual Quebo.

Como sempre fomos recebidos com muitos abraços e muita alegria.

Entregaram-nos uma carta de agradecimento que eu gostava de ver publicada no blogue.
No nosso grupo viajou também, pela primeira vez, um grupo de amigos de Soure - Coimbra -, composto pelo António José Pinhão, sua irmã Maria de Fátima Pinhão e a Maria Manuela G. T. da Costa, que se tornaram uns excelentes companheiros de ida e volta.
É de realçar a emoção quando entraram em Pirada, em cima da linha da fronteira norte da Guiné, onde tiveram direito à velhinha e saudosa canção dos nossos tempos: “Periquito vai no mato, que a velhice vai na Metrópole“, cantada pelos Guineenses locais.
O Pinhão ficou muito emocionado.
Outro assunto que não posso deixar de abordar, é que a esposa do nosso Comandante de companhia - a CART 6250 -, Luís Marcelino, fez uma melindrosa operação e como ele faz parte da nossa tertúlia bloguista, gostava de lhe desejar as rápidas melhoras, com um abraço grande de toda a companhia.
Na foto vê-se o casal Marcelino.
Com os melhores cumprimentos,
José Eduardo Alves
Sold Cond Auto da CART 6250
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Guiné 63/74 - P8155: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (14): Lista, de A a Z, dos amigos e camaradas da Guiné, registados na Tabanca Grande até hoje





Montemor-o-Novo > Ameira > 14 de Outubro de 2006 > O nosso I Encontro Nacional > O grupo de camaradas fotografados, por volta da 13h, antes do almoço no Restaurante Café do Monte, na Herdade da Ameira. Ainda não tinham chegado todos... De qualquer foi o ano em que ainda "cabiam todos" na fotografia...Mas vejamos quem estava naquele momento, da esquerda para a direira: 

(i) na primeira fila, António Baia (de óculos escuros, enfermeiro num pelotão de intendência, veio com o Fernando Franco), José Bastos, Pedro Lauret, Lema Santos, Sampedro (foi capitão em Fajonquito, veio com o Manuel Pereira), Manuel Pereira, Aires Ferreira (de óculos escuros), Vitor Junqueira (também de óculos escuros), David Guimarães, José Casimiro Carvalho (de joelhos), Fernando Calado (ex-alf mil, CCS do BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70), Tino Neves, Jorge Cabral e, por fim, Luís Graça; 

(ii) na segunda fila, Carlos Vinhal, Fernando Franco, Fernando Chapouto, Magalhães Ribeiro, Zé Luís Vacas de Carvalho, Neves (um empresário que veio com outro empresário, o Martins Julião, da CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72 ), Humberto Reis (de óculos escuros), Virgínio Briote, Raul Albino...

Faltavam outros de camaradas que foram pioneiros nestas lides, e que por um razão ou outra não estão na foto: lembro-me, por exemplo, do Paulo Santiago, do Carlos Fortunato, do Carlos Santos (que trouxe notícias do Rui Alexandrino Ferreira), do António Pimentel, do Paulo Raposo e do Carlos Marques dos Santos (os dois organizadores do encontro), do António Santos, do Hernâni Figueiredo, do José Martins, do Manuel Lema Santos (ilustre representante da Marinha, juntamente com o Pedro Lauret, dois imediatos da LFG Orion, embora em épocas diferentes), do Rui Felício, do Sérgio Pereira, do Victor David...

Nesse primeiro encontro do nosso blogue, éramos um pouco mais de 50, contando com as nossas companheiras... No último encontro, o V, em Monte Real, em 2010, juntámos 3 vezes mais...




Montemor-o-Novo > Ameira > 14 de Outubro de 2006 > As nossas belas, solidárias e discretas companheiras... Infelizmente, não têm tido o tempo de antena que merecem... Nem sequer constam, a maior parte delas, da lista da nossa Tabanca Grande, mesmo tendo participado em todos ou quase todos os nossos encontros...[ Atrás delas, reconhece-se o Fernando Chapouto e o pira de Mansoa, o nosso ranger Magalhães Ribeiro]...


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2006) . Todos os direitos reservados.


Vd. poste de 15 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1177: Encontro da Ameira: foi bonita a festa, pá... A próxima será em Pombal (Luís Graça)



 Lista (alfabatética dos amigos e camaradas da Guiné, registados na Tabanca Grande até 21/4/2011)


(A) A. Marques Lopes [, foto à esquerda], Abel Maria Rodrigues, Abílio Delgado, Abílio Duarte, Abílio Machado, Acácio Correia, Adelaide Gramunha Marques (ou Adelaide Crestejo), Afonso M.F. Sousa, Agostinho Gaspar, Aires Ferreira, Albano Costa, Albano Gomes, Alberto Antunes, Alberto Branquinho, Alberto Nascimento, Alberto Sousa Silva, Albino Silva, Alcides Silva, Alfredo Reis, Almeida Campos, Altamiro Claro, Álvaro Basto, Álvaro Mendonça, Amadu Jaló (ou Djaló), Amaral Bernardo, Amaro Munhoz Samúdio, Américo Estanqueiro, Américo Marques, Amílcar Mendes, Amílcar Ramos, Amílcar Ventura, Ana Duarte, Ana Ferreira (ou Ana Paula Ferreira), Aníbal Magalhães, Anselmo Garvoa, Antero F. C. Santos (n=36) 



(António) António Alberto Alves, António Almeida, António Azevedo Rodrigues, António Baia, António Barbosa, António Barbosa [Santarém], António Barroso, António Bartolomeu, António Bastos, António Bonito, António Branco, António Branquinho, António Brum, António Camilo, António Carvalho, António Clemente, António Cunha, António Cunha ('Lassa'), António da Costa Maria, António da Silva Batista, António Dâmaso, António Dias, António Duarte, António Estácio, António Faneco, António Garcia Matos (ou António Matos), António Graça de Abreu, António Inverno, António J. Pereira da Costa, António J. Serradas Pereira, António (ou Tony) Levezinho, António Manuel Conceição Santos, António Manuel Oliveira, António Manuel Salvador, António Manuel Sucena Rodrigues, António Marques, António Marquês, António Martins de Matos, António Moreira, António Nobre, António Paiva, António Pimentel, António Pinto, António Rodrigues, António Rodrigues Pereira, António Rosinha, António Sá Fernandes, António Sampaio, António Santos, António Santos Almeida, António Tavares, António Teixeira, António Teixeira Mota, António Varela (n=54)


(Ar) Arlindo Roda [, foto à esquerda ], Armandino Alves, Armandino Santos, Armando Faria, Armando Ferreira Gomes, Armando Fonseca, Armando Pires, Arménio Estorninho, Arménio Santos, Armindo Batata, Arnaldo Sousa, Arsénio Puim, Artur Conceição, Artur José Ferreira, Artur Ramos, Artur Soares, Augusto Silva Santos, Augusto Vilaça (n=18)



(B) Belarmino Sardinha [, foto à direita], Belmiro Tavares, Belmiro Vaqueiro, Benito Neves, Benjamim Durães, Benvindo Gonçalves, Bernardino Parreira, Braima Djaura (n=8)



(Carlos) Carlos Alexandre [, foto à esquerda, 1973, na Ponte Caium], Carlos Américo Cardoso, Carlos Ayala Botto, Carlos Azevedo, Carlos Carvalho, Carlos Cordeiro, Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai), Carlos Farinha, Carlos Fernandes, Carlos Filipe Coelho, Carlos Fortunato, Carlos Geraldes, Carlos Guedes, Carlos Jorge Pereira, Carlos Marques dos Santos, Carlos Mendes, Carlos Nery Gomes de Araújo,Carlos Pinheiro, Carlos Schwarz (Pepito), Carlos Silva, Carlos Sousa, Carlos Valentim, Carlos Vinhal , Clara Schwarz (n=24) 



(Carv) Carvalhido da Ponte, Casimiro Vieira da Silva, Cátia Félix, César Dias, Cherno Baldé, Conceição Brazão, Conceição Salgado, Constantino Costa, Constantino (ou Tino) Neves, Coutinho e Lima, Cristina Allen, Cristina Silva, Cristóvão e Aguiar (n=13) 

(D) Daniel Matos, Daniel Vieira, David Guimarães, David Peixoto, Delfim Rodrigues, Diamantino Monteiro (ou Diamantino Pereira Monteiro), Diana Andringa, Dina Vinhal, Domingos Fonseca, Domingos Maçarico, Durval Faria (n=11) 

(E) Eduardo Campos, Eduardo Costa Dias, Eduardo J. Magalhães Ribeiro, Eduardo Santos, Ernesto Duarte, Ernesto Ribeiro (n=6) 








Guiné > Bissau > 1965 >  "Mascote da companhia em Bissau, nos primeiros dias de permanência na Guiné"... (Foto de Fernando Chapouto, Op Esp, CCAÇ 1426 (Geba, Camamudo, Banjara e Cantacunda, 1965/67).


Foto e legenda: © Fernando Chapouto (2008) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.

(F) Felismina Costa, Fernandino Leite, Fernando Almeida, Fernando Araújo, Fernando Barata, Fernando Calado, Fernando Chapouto, Fernando Costa, Fernando Franco, Fernando Gomes de Carvalho, Fernando Gouveia, Fernando Henriques, Fernando Inácio, Fernando Loureiro, Fernando Manuel Belo, Fernando Moita, Fernando Oliveira, Fernando Teixeira, Ferreira da Silva, Ferreira Neto, Filomena Sampaio, Florimundo Rocha, Fradique Morujão, Francisco Godinho, Francisco Palma, Francisco Santos, Francisco Silva (n=26) 

(G) Gabriel Gonçalves, George Freire, Germano Penha, Germano Santos, Gil Moutinho, Gilda Pinho Brandão (ou Gilda Brás), Giselda Antunes Pessoa, Gualberto Passos Marques, Gumerzindo Silva (n=9)







Guiné > Zona Leste > Sector L1 (Bambadinca)> 1969 ou 70 > Belíssimma vista aérea da tabanca de Samba Juli, sendo visível o perimetro de arame farpado, as valas e os abrigos individuais > Em Fevereiro de 1969, aquando o desastre do Cheche, a CCAÇ 2405 estava sediada em Galomaro, com um pelotão em Samba Juli, outro em Dulombi e um terceiro em Samba Cumbera. Samba Juli fazia parte de um conjunto de tabancas fulas, em autodefesa no regulado do Corubal, ao longo da estrada Bambadinca-Xitole, onde se incluía Dembataco e , Moricanhe (a oeste da estrada), Samba Culi, Sinchã Mamajã, Sare Adé, Afiá, Candamã, entre outras (a leste)... Tudo nomes que ainda ressoam estranhamente nas nossas cabeças: em muitas delas contávamos as estrelas à noite e esperávamos o alvorecer não sem alguma ansiedade....  Neste episódio, passado m Dezembro de 1969, Beja Santos refere a sua ida a Samba Juli, fazer um transporte de doentes, com o seu Pel Caç Nat 52, agora destacado em Bambadinca e morrendo de saudades de Missirá ... A lealdade dos fulas(ou a sua aliança política com os tugas contra o PAIGC) era paga com estes e outros serviços... (LG)



Foto: © Humberto Reis (2006) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné Direitos reservados

Vd. poste de 1 de Fevereiro de 2008 >  Guiné 63/74 - P2498: Operação Macaréu à Vista - II Parte (Beja Santos) (18): Operação Punhal Resistente





(H) Hélder Sousa, Henrique Cabral, Henrique Cerqueira, Henrique Martins de Castro, Henrique Matos, Henrique Pinto, Herlander Simões, Hernani Acácio Figueiredo, Hugo Costa, Hugo Guerra, Hugo Moura Ferreira, Humberto Reis (n=12)

(I) Idálio Reis, Inácio Silva, Isabel Levy Ribeiro (n=3)



(J) J. Armando F. Almeida, J. C. Mussá Biai, J. L. Mendes Gomes, J. L. Vacas de Carvalho, J. M. Pereira da Costa, Jacinto Cristina, Jaime Machado (n=7) 

(João) João Bonifácio, João Carlos Silva, João Carreiro Martins, João Carvalho, João Crisóstomo, João Dias da Silva, João Graça, João Lourenço, João M. Félix Dias, João Melo, João Miranda, João Pinho dos Santos, João S. Parreira, João Santos, João Seabra, João Santiago, João Varanda (n=17) 

(Joaquim) Joaquim Fernandes, Joaquim Gomes de Almeida (o "Custóias"), Joaquim Guimarães, Joaquim Macau, Joaquim Mexia Alves, Joaquim Peixoto, Joaquim Pinheiro, Joaquim Sabido, Joaquim Soares, Jochen Steffen Arndt (n=10)

(Jorge) Jorge Araújo, Jorge Cabral, Jorge Caiano, Jorge Canhão, Jorge Coutinho, Jorge Félix, Jorge Lobo, Jorge Narciso, Jorge Picado, Jorge Rijo, Jorge Rosales, Jorge Rosmaninho, Jorge Santos, Jorge Silva, Jorge Simão, Jorge Tavares, Jorge Teixeira, Jorge Teixeira (Portojo) (n=18)

(José) José Afonso, José Albino, José Barreto Pires, José Barros, José Bastos, José Belo, José Brás, José Cancela, José Carlos Ferreira, José Carlos Neves, José Carmino Azevedo, José Casimiro Carvalho, José Colaço, José Corceiro, José Cortes, José Crisóstomo Lucas, José da Câmara, José Eduardo Alves, José Eduardo Oliveira (JERO), José Ferreira da Silva, José Figueiral, José Firmino, José Francisco Robalo Borrego, José Gonçalves, José Jerónimo, José Luís Vieira de Sousa, José Macedo, José Manuel (Josema, ou José Manuel Lopes), José Manuel Dinis, José Manuel Pechorro, José Manuel Samouco, José Marques Ferreira, José Martins, José Moreira, José Nunes, José Paracana, José Pedro Neves, José Pedrosa, José Pereira, José Pinho da Costa, José Quintino Romão, José Rocha (ou José Barros Rocha), José Rodrigues, José (ou Zé) Teixeira, José Vermelho, José Zeferino (n=46) 

(Ju) Júlia Neto, Júlio Abreu, Júlio Benavente, Júlio César, Júlio Faria, Juvenal Amado, Juvenal Candeias (n=7) 

(L) Leopoldo Amado, Lia Medina, Libério Lopes, Luís Borrega, Luís Camões, Luís Candeias, Luís Carvalhido, Luís de Sousa, Luís Dias, Luís Faria, Luís Fonseca, Luís Graça [Henriques], Luís Guerreiro, Luís Jales, Luís Marcelino, Luís Miguel da Silva Malú, Luís Moreira, Luís Nascimento, Luís Paiva, Luís R. Moreira, Luís Rainha (n=21) 

(Manuel) Manuel Abelha Carvalho, Manuel Amante, Manuel Amaro, Manuel Bastos Soares, Manuel Bento, Manuel Carmelita, Manuel Carvalhido, Manuel Carvalho Passos, Manuel Castro, Manuel Correia Bastos, Manuel Cruz, Manuel Domingues, Manuel G. Ferreira, Manuel Henrique Quintas de Pinho, Manuel João Coelho, Manuel Joaquim, Manuel Maia, Manuel Marinho, Manuel Martins, Manuel Mata, Manuel Melo, Manuel Moreira, Manuel Oliveira Pereira, Manuel Peredo, Manuel Rebocho, Manuel Reis, Manuel Resende, Manuel Rodrigues, Manuel Santos, Manuel Sousa, Manuel Tavares Oliveira, Manuel Traquina, Manuela Gonçalves (Nela) (n=33)






Guiné > Bissau > Bissalanca > BA12 > A chegada do hospital, em maca, do Ten Pilav Miguel Pessoa, após ter o seu Fiat G-91 ter sido abatido por um, Strela, em 25 de Março de 1973 sob os céus de Guileje, e recuperado no dia seguinte pelas NT. Do lado direito, a Enf Pára-quedista Giselda Antunes. Foto do Srgt Coelho, da secção fotográfica da BA12.


Vd. poste de 4 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3839: FAP (4): Drama, humor e... propaganda sob os céus de Tombali (Miguel Pessoa, Cor Pilav Ref)

Foto : © Miguel Pessoa (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados



(Mar / Mig) Maria Clarinda Gonçalves, Maria Joana Ferreira da Silva, Maria Teresa Almeida, Mário Armas de Sousa, Mário Beja Santos (ou Beja Santos), Mário Bravo, Mário Cláudio [pseudónimo de Rui Barbot Costa], Mário Cruz ("Shemeiks"), Mário de Oliveira (Padre), Mário Dias (ou Mário Roseira Dias), Mário Fitas (ou Mário Vicente), Mário Migueis, Mário Pinto, Marisa Tavares, Marta Ceitil, Martins Julião, Maurício Nunes Vieira, Melo Silva, Miguel Pessoa, Miguel Ribeiro de Almeida, Miguel Ritto, Miguel Vareta (n=22)

(N) Natalino da Silva Batista, Nelson Domingues, Nelson Herbert, Norberto Gomes da Costa, Norberto Tavares de Carvalho, Nunes Ferreira, Nuno Almeida, Nuno Dempster, Nuno Rubim (n=9) 

(O/P/Q) Orlando Figueiredo, Orlando Pinela, Osvaldo Pimenta, Pacífico dos Reis, Patrício Ribeiro, Paula Salgado, Paulo Lage Raposo (ou Paulo Raposo), Paulo Reis, Paulo Salgado, Paulo Santiago, Pedro Cruz, Pedro Lauret (n=12)

(R) Raul Albino, Raul Azevedo, Raul Brás, Regina Gouveia, Renato Monteiro, Ribeiro Agostinho, Ricardo Figueiredo, Ricardo Sousa, Ricardo Teixeira, Rogério Cardoso, Rogério Chambel, Rogério Ferreira, Rogério Freire, Rosa Serra, Rui A. Santos, Rui Alexandrino Ferreira (ou Rui Ferreira), Rui Baptista, Rui Esteves, Rui Felício, Rui Fernandes, Rui Gonçalves, Rui Santos, Rui Silva (n=23)



Fotos Falantes III > Foto 29 > Candamã > 1969 > O Torcato Mendonça e o seu Gr Comb, CART 2339 (Mansambio, 1968/69)

Foto: © Torcato Mendonça (2007) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


(S/T) Sadibo Dabo, Santos Oliveira, Sérgio Pereira, Sérgio Sousa, Silvério Lobo, Sílvio Abrantes (Hoss), Sousa de Castro, Susana Rocha, Tina Kramer, Tomané Camará, Tomás Carneiro, Tomás Oliveira, Tony Grilo, Tony Tavares, Torcato Mendonça (n=15) 






Guiné > Região de Tombali > Catió > Foto 3A - Vila de Catió > Vista aérea da Rotunda e Avenida de Catió antes de 1967.  O edifício à esquerda na foto era a escola primária que em 1967 já tinha sido modificado. 



Vd. poste de 19 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6616: In memoriam (44): Victor Condeço (1943-2010), um camarada discreto, amável, afável, prestável, generoso (Luís Graça / Benito Neves / Juvenal Amado)





Fotos (e legenda): © Victor Condeço (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.  [O Vitor foi um dos camaradas que deixou, com saudade, o seu lugar vago, em 2010, à volta do poilão da Tabanca Grande]




(V/X/W/Z) Valentim Oliveira, Vasco da Gama, Vasco Ferreira, Vasco Joaquim, Vasco Santos, Victor Alfaiate, Victor Alves, Victor Barata, Victor David, Victor Garcia, Victor Tavares, Virgínio Briote, Vítor Cordeiro, Vítor Junqueira, Vítor Oliveira, Vítor Raposeiro, Vítor Silva, Xico Allen, Zé Carioca (ou José António Carioca), Zélia Neno (n=20) 



Camaradas que da lei da morte se foram libertando: 



Alfredo Dinis Tapado (1949-2010)

António Domingos Rodrigues (1947-2010)
Carlos Rebelo (1948-2009)
França Soares (1949-2009)
Humberto Duarte (1951-2010)
João Barge (1945-2010)
Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010)
José (ou Zé) Neto (1929-2007)
Rogério da Silva Leitão (1935-2010)
Victor Condeço (1943-2010) 



Total dos membros registados da Tabanca Grande (em 21/4/2011)= 491 (É possível que possa haver uma ou outra falha, involuntária, nos nossos registos)



Últimas dez entradas (da mais recente para a menos recente): 


Jorge Coutinho, Manuel Abelha Carvalho, Armandino Santos, Florimundo Rocha, Susana Rocha, Manuel Sousa, Francisco Henriques, José Rodrigues, José Barros, Manuel Bento.

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Nota do editor:

Último poste da série > 22 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8152: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (13): O Blogue faz parte da minha identificação (Hélder Sousa)