quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9245: Agenda cultural (180): RTP1, hoje, 4ª f, 21, às 21h: Programa Linha da Frente: Histórias de quem combateu...A RTP mostrou a alguns ex-combatentes do Ultramar, pela primeira vez, as suas mensagens de Natal, Adeus, até ao meu regresso!...


N/M Ana Malfada > Abril de 1970 > Malta da CART 2410 >  Legenda do fotógrafo: "Porão do Ana Mafalda. Assim viajaram os soldados"...


Foto (e legenda): © José Rocha (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


1. Sugestão para o serão desta noite:


RTP 1 > 4ª Feira, 21, às 21h>  Programa Linha da Frente > Histórias de Quem Combateu




A  RTP mostrou a alguns ex-combatentes do Ultramar, pela primeira vez,  as mensagens que enviaram às famílias...


Histórias de quem combateu


Sinopse:  "Há 50 anos, mandaram-nos lutar pela pátria em África. Nos intervalos da guerra, mandavam,  por altura do Natal, mensagens para a família. Breves palavras ditas à pressa, em tom monocórdico, que ficaram no imaginário nacional. ['Adeus, até ao meu regresso']...


"Mais de oito mil não tiveram essa sorte. E os outros? Que fizeram no regresso e que fizeram com esse regresso? Que vão fazendo ainda? 


"O país mudou, a guerra de África mudou-lhes a vida e a RTP mostrou,  a alguns ex-combatentes do Ultramar, pela primeira vez,  as mensagens que enviaram às famílias. Histórias de quem combateu na LINHA da FRENTE.


"Reportagem de Elsa Marujo, com imagem de Ricardo Mota e edição de António Nunes".


Sobre este tema, ver também, no nosso blogue, a série Os Nossos Regressos.
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Nota do editor:


17 de dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9221: Agenda cultural (179): Descerramento de placa toponímica em Ponta Delgada, em homenagem aos combatentes caídos em campanha, dia 19 de Dezembro pelas 16 horas (Carlos Cordeiro)

2 comentários:

Henrique Cerqueira disse...

Caros Camaradas
Em relação ás mensagens que na altura a RTP transmitia pelo Natal,só tenho a dizer que para mim que ainda não sabia se iria ou não para o Ultramar eram os momentos mais deprimentes que na altura sentia assim como os meus familiares.No entanto entendo que possivelmente os familiares dos militares contemplados com essa transmissão deviam ficar felizes com a aparição da imagem dos seu queridos,mas para mim ainda hoje ao ouvir parte da reportagem eu senti aquele arrepio desconfortável que sempre senti nessas alturas.
No entanto quando estava na Guiné tinha uma secreta vontade de vir a sêr um desses contemplados,só que nunca vi nem conheço alguém dos meus camaradas ou conhecidos que tenham sido entrevistados para essas mensagens de Natal da RTP
Um abraço
Henrique Cerqueira

Luís Graça disse...

Há um filme do António Pedro de Vasconcelos, feito para RTP, em 1974, que eu nunca vi (ou se vi já não estou lembrado), que tem justamente este título, "Adeus até ao meu regresso"...

Curiosamente, não sei quando começaram, em que ano e onde (Angola, 1961 ?), a aparecer essas "mensagens de Natal" da RTP... Nem sei se era uma "iniciativa autónoma" da RTP ou se tinha também a colaboração do Movimento Nacional Feminino...


Sinopse

«Filme para televisão, Adeus até ao Meu Regresso é um dos testemunhos da viragem no interior da RTP que o 25 de Abril provocou.

"Parafraseando, no título, a frase feita com que inúmeros soldados portugueses davam as suas «mensagens de Natal» (na televisão) durante o período da guerra colonial, Adeus até ao Meu Regresso faz-se e estreia-se precisamente quando, pela primeira vez, a guerra dava lugar à paz e os soldados regressavam enfim: em Dezembro de 1974.

"Através do testemunho de soldados que haviam vivido a guerra na Guiné (a primeira colónia portuguesa a obter a independência após o 25 de Abril), António Pedro Vasconcelos dá-nos a dimensão de um conflito armado mas sobretudo o que dele restava na consciência do povo. Da revolta à resignaçâo, dos traumas às dúvidas, das afirmações às interrogações.

"Documento agarrado ao vivo, em cima da dor e do regresso, este filme é bem o retrato da retaguarda e da memória da guerra colonial, o único que, curiosamente, o cinema português ousou fazer.»

Jorge Leitão Ramos, in Dicionário do Cinema Português 1962-1988, Caminho.

(Com a devida vénia...)