terça-feira, 18 de outubro de 2011

Guiné 63/74 - P8920: Banco do Afecto contra a Solidão (15): O caso do José António Almeida Rodrigues, ex-prisioneiro de guerra (entre Junho de de 1971 e Março de 1974): uma história de coragem e de abandono (José Manuel Lopes)

1. No blogue do nosso camarada A. Marques Lopes, Coisas da Guiné [, foto à esquerda, página de rosto], criado em 1 de Setembro de 2010, lemos recentemente a história, contada pelo José Manuel Lopes mas já por nós conhecida através do António Silva Baptista, do infortunado José António Almeida Rodrigues [ou António Almeida Rodrigues] que foi companheiro de cativeiro do nosso morto-vivo do Quirafo, primeiro em Conacri e depois na região do Boé...

Vale a pena seguir este caso, que é de coragem e de abandono, resumindo aqui o essencial da informação, com a devida vénia ao editor do blogue e ao autor do texto (14 de Outubro de 2011 > 277 - Revolta)


2. Tal como o Zé Manuel Lopes (o nosso Josema de Mampatá), o José António Almeida Rodrigues [, foto à esquerda, no almoço semanal da Tabanca de Matosinhos, 12/10/2011, cortesia do blogue Coisas da Guiné] é natural do Peso da Régua.

Em Junho de 1971 assentou praça no RI 13, Vila Real, sendo três meses depois colocado em Abrantes. Integrado na 2ª. Companhia do BCAÇ 4518 [,ou não será antes o BCAÇ 4815 ?], partiu para a Guiné na véspera de Natal desse ano.


"A sua Companhia foi destacada para Cancolim, dela faziam parte um Alferes, natural de Lamego, que me disseram ser actualmente professor, e que não consegui ainda contactar, o Alferes João Pacheco Miranda, actualmente correspondente da RTP no Brasil" - acrescenta o o Zé Manuel Lopes.

Seis meses depois de chegar ao TO da Guiné, o José António é feito prisioneiro pelo PAIGC, em Junho de 1972, e levado para Conacri. Em 1973, após o assassinato de Amílcar Cabral [, que foi em 20 de Janeiro desse ano,], é enviado para a região do Boé, no nordeste da província portuguesa da Guiné.

"Durante quase um ano a sua casa foi em Madina do Boé", diz o Zé Manel (Para sermos mais rigorosos, provavelmente, na região ou imediações, perto do Rio Corubal, já que o PAIGC nunca ocupava efetivamente os quartéis abandonados pelas NT, alvo fáceis da aviação).

Em 7 de Março de 1974, "aproveitando um momento em que a vigilânçia abrandou", o José António tomou a direcção do rio para tentar a fuga.

E se intentou, bem o conseguiu. "Andou 9 dias ao longo do Corubal, até encontrar dois nativos que andavam numa plantação junto ao rio. Um deles, de motorizada, levou o José António até ao Saltinho. Depois foi transportado para Aldeia Formosa, para ser levado para Bissau. Como naquele tempos difíceis a via aérea já não reunia muitas condições de segurança, devido aos Stelas, foi transportado em coluna até Buba e daí, de LDG, para Bissau".

Confessa o Zé Manel Lopes [, foto à direita, ex-Fur Mil, CART 6250, Mampatá, 1972/74, ] que, "apesar de ser meu conterrâneo, na altura não o reconheci, quando tal me foi comunicado pelo Cabo, do SPM de Aldeia Formosa, Camilo, também natural da Régua". 

E acrescenta:

"Após o regresso em Agosto de 1974, procurei saber da sua situação. Levava uma vida muito complicada, pois se tornou pouco sociável (como muitos de nós). Não teve uma rectaguarda, ou seja, um suporte familar que o protegesse. Os conflitos eram frequentes. Internado várias vezes, de onde fugia sempre que podia (tornou-se um hábito), foi mais tarde colocado numa casa de acolhimento onde agora vive melhor e é bem tratado"...

Este antigo prisioneiro de guerra "sobrevive com uma pensão de incapacidade de apenas 246 €, o que de facto é insuficiente, para o seu sustento", conclui o Zé Manel que aproveita para "agradecer publicamente à família que o recolheu, especialmente à D. Juvelinda que com tanto carinho o trata".

A revolta do nosso amigo e camarada Zé Manel vai mais longe:

"Mas por incrível que pareça, até do miserável suplemento especial de pensão que anualmente é atribuído a antigos combatentes (150 € / ano), [o José António] apenas recebe 75 €, pois como foi capturado com apenas 7 meses de Guiné, o tempo que passou, quase 3 anos, como prisioneiro, não foi considerado!!!"

Quem eram os seus companheiros de cativeiro ? Aqui vai a lista, segundo o Zé Manel:

(i) o nosso morto-vivo António Silva Batista, da Maia;

 (ii) Manuel Vidal, de Castelo de Neiva; 

(iii) Duarte Dias Fortunato, de Pombal; 

(iv) António Teixeira, da Lixa; 

(v) Manuel Fernando Magalhães Vieira Coelho, do Porto; 

(vi) Virgílio Silva Vilar, de Vila da Feira, 

16 comentários:

Antº Rosinha disse...

Não sei se foi um prisioneiro com nome que foi trocado por 1000 e tal anónimos entre israel e palestina.

Ou vice-versa? A noticia é tendenciosa, deixa transparecer que é o israelita a ser libertado, apenas.

O nosso José Antonio Almeida Rodrigues não teve ninguem para troca.

Já o nosso Infante Santo ficou em Ceuta por falta de moeda de troca.

Mas como é Infante tem nome de rua.

O José Rodrigues merece nome em muitas ruas.

Em vida!

Anónimo disse...

"....pois como foi capturado com apenas 7 meses de Guiné,o tempo que passou,quase 3 anos,como prisioneiro,não foi considerado!". Comentar? Para quê? Viva a Pátria que tão grande verba economiza, e...os seus miseráveis governantes de sempre. Um abraço.

Henrique Cerqueira disse...

Caros Camaradas
Quando leio artigos como este relacionado com o José António Rodrigues eu pergunto a mim próprio:
Porque será que andamos(andam)com "caridadezinhas"em relação a provaveis necessitados das ex.Colónias se nem somos capazes de resolver as nossas "Misérias".
Eu sei e entendo que não nos devemos substituir nas obrigações do Estado em relação aos seus antigos "Servidores Militarizados".Normalmente chamados de EX.Combatentes da Nação.Aí está porque não gosto de ser considerado "ex.combatente"e não é por isso que deixo de ter o maior apreço por todos os que preferem ser assim chamados e não venham agora dizer que estou a desrespeitar os nossos camaradas mortos e e feridos.Pois que eu considero isso sim,que as gerações politicas do pós Abril de 1974 é que nunca respeitaram todos esses camaradas assim como os que ainda resistem estando VIVOS e até esses estão constantemente a ser ROUBADOS NOS SEUS DIREITOS(Veja-se a situação actual nas reformas)
Não sei se estarei a ser polémico ,mas estou altamente revoltado e estou a escrever só com o coração.
Daí eu pessoalmente não participo em caridades mais ao menos Filantrópicas para ex Guinés ou afins.No entanto cada qual é livre das suas atitudes e a opinião é a minha muito pessoal.
Todos os políticos tanto de Portugal como da Guiné têm a obrigação de cuidar das suas populações.
Bom para já termino por aqui e quero que pensem que o que me move é exclusivamente a raiva por verificar que continuamos a ser VITIMAS DO DESRESPEITO TOTAL DE TODOS EX.MILITARES QUE FORAM OBRIGADOS A COMBATER NAS EX.COLÓNIAS.
Nota:Por muito que me custe sinto mais desrespeito pelos ex.militares na era actual .Do que sentia durante no antes 25 de Abril
Henrique Cerqueira

Luís Graça disse...

Talvez o Zé Manel Lopes possa dar mais pormenores sobre as condições no cativeiro, pormenores da fuga, sequelas, etc... E já agora clarificar a questão do nº do batalhão... BCAÇ 4815 ?

Por outro lado, há mais ex-prisioneiros de guerra deste período (posterior à Op Mar Verde, 22 de Novembro de 1970). Era importante localizá-los e ajudá-los a integra-se mas várias comunidades de ex-combatentes da Guiné...

Uma das formas de ajudarmos no processo de "reabilitação" do José António (não sei se ele está a ter algum apoio psicossocial institucional...), é trazê-lo mais vezes ao nosso convívio, e nomeadamente ao convívio dos camaradas da Tabanca de Matosinhos... Infelizmente, Peso da Régua não fica aqui ao virar da esquina...

Tiro o quico ao Zé Manel: continua ser um homem bom e generoso como o seu vinho... Luís

Alberto Branquinho disse...

Será que não tem direito a pensão de reforma ESPECIAL por exercício de funções políticas (forçadas) ao serviço do País no estrangeiro?

J,Eduardo Aves disse...

Palavras para quê foi um presioneiro português, e o estado português devia assumir as suas responsavilidades, porquê, porque todos que tinhão duas pernas e dois braços, servião para a guerra á muita gente que hoje tem probelemas porque já os tinha e não devião ser incorporados nas fileiras, mas era preciso carne para canhão, e tudo servia, e mais não digo porque não se deve chegar fogo ao capim, porque os governantes é que devião ter vergonha, mas eles estão se nas tintas as pessoas passão fome mas é longe da casa deles, quanto á resposta a sertos comentários á gente que são solidários com as ex. colonias, porque deixarão lá amigos á mercê de quem não digo. mas um momento de refelexão, quando alguns dos nossos melitares estiverão de baixo de fogo continuo quem lhes deu arroz molhado em agua para matar a fome, disto ninguém fala não passarão por lá eu tambem não mas reconheço, porque sei que esistiu, a amisade dos guineeses para os portugueses, e devo dizer que não vou á Guinè para fins que aqui não digo, ser solidário é e será sempre uma horra seja a onde for um abraço a todos memo que não sejão solidários J. Eduardo Alves

Anónimo disse...

Caros Camaradas ou Camarigos:
Já tivemos o prazer de receber o José António da Régua, na Tabanca de Matosinhos, graças ao Zé Manel que de lá no-lo trouxe.Neste ou noutros casos semelhantes devemos, na minha opinião, partilhar o nosso fundo financeiro de forma a, de alguma maneira, compensarmos estas gritantes injustiças. Mas não me admiro nada de sacanices como esta. Os sucessivos governos o que querem é que morramos depressa.O próprio Sr.Presidente da República, no discurso do 5 de Outubro, a propósito do momento difícil que atravessamos, referiu por estas ou outras palavras de significado igual o seguinte: Portugaljá passou por momentos muito dificeis, ao longo da sua história, desde a participação na guerra de 1914/18 até à actual participação em missões de paz (Kosovos Etc.)
Eu percebo porque é que ele se esqueceu de referir os 14 anos anos da nossa guerra...na verdade para quem, naquele tempo, casado de fresco, esteve em Maputo, com uma praia por perto, não houve guerra nenhuma.
E toda a gente veio comentar o discurso, alguns a mamar pelo serviço, mas ninguém falou sobre a questão. Mas houve alguma guerra? E se houve, aquilo era uma brincadeira e já acabou há muito tempo.
Um grande Abraço
Carvalho de Mampatá

MANUELMAIA disse...

CAMARIGOS,

É NOJO,É ASCO,É ÓDIO, INDIGNAÇÃO,
O SENTIMENTO ACHADO NA EMOÇÃO
DA HISTÓRIA AQUI CONTADA SOBRE O ZÉ
CUBRAMOS COM O MANTO DA VERGONHA
A CORJA DO PODER QUE FEITA RONHA,
A ESMOLA,SEM PUDOR,LHE ROUBA ATÉ...


ESTAMOS À ESPERA DE QUÊ ?

Anónimo disse...

Camarigos um pedido de esclarecimento.

Recentemente em conversa com um amigo, que foi prisioneiro de guerra no Estado da Índia Portuguesa, disse-me que por esse motivo recebia uma pensão.

Conquanto o José Rodrigues, tendo sido prisioneiro de guerra pelo PAIGC e por isso não terá o mesmo direito.

Deve-se esclarecer, para apoiar o Camarada em dificuldade e receber aquela migalha.

Onde está a moral da história ou eu não compreendi.

Arménio Estorninho

Zé teixeira disse...

Peço desculpa por começar este comentário com um repúdio veemente às afirmações do Henrique Cerqueira.Não me parece de bom tom meter no mesmo saco questões tão diferentes como o apoio a combatentes a quem o Estado Português, por incúria, desleixo e falta de respeito pelos portugueses que combateram em África, lhes recusa os seus direitos consagrados na Lei, como o subsídio de ex-prisioneiro de guerra e o dever que todos nós temos de ajudar aquela gente da Guiné, que foi esquecida, explorada e forçada a viver uma guerra, para a qual não foram convidados, como todos nós os que por lá andamos.
Casos como o do Zé António vão infelizmente aparecendo e nós, na Tabanca de Matosinhos, tiramos as pantufas e procuramos dar-lhe resposta.Assim aconteceu com o Batista e não pedimos apoio a ninguém. Assim acontecerá com o Zé António. Já pusemos os pés ao caminho.
Sabemos que a luta via ser difícil, mas não desistiremos e... aos tão solícitos a criticar a ação desenvolvida no terreno da Guiné, deixamos um desafio, venham a terreiro ajudar,os nossos que andam por aí perdidos nesse Portugal imenso pois todos seremos poucos.
Pelo menos localizem-nos como fez o Zé Manel, que não se ficou pelas palavras.
zé Teixeira
Zé Teixeira

Anónimo disse...

Corroborando o A. Branquinho!

Será que não terá direito, dado o carácter "especial" de serem funções políticas(forçadas, claro)no estrangeiro, e, por mor disso,só comtempladas com 12 mensalidades/ano,poderem assim escapar à retenção do 13ª. e 14º. mês,(leia-se subs. de férias e Natal)
Vão ver que ainda tenho razão no meu arremedo de engª. financeira,

Um abraço
Francisco Godinho

Anónimo disse...

Esclarecimento

Segundo o estado português da época não estávamos em guerra mas sim a exercer um controle policial.
Compreende-se..se era território português, seria no máximo uma guerra civil.
O conceito de "prisioneiro de guerra" legalmente não podia existir.
Que situações como esta foram e são uma profunda injustiça..é verdade.

Alguns camaradas vivem num mundo virtual ou irreal..não adianta clamarem por justiça..o poder político passado e presente está-se nas tintas para todos nós..depois há questões jurídicas complexas praticamente impossíveis de ultrapassar.
Com a crise actual..não sei..não..provavelmente os que estão reformados irão ter uma diminuição substancial nas suas pensões e os que ainda não estão irão receber uma pensão muito inferior à que terão direito.
Metam isto nas vossas cabeças.
Pessimista, eu ?
Realista..somente.
Não, não sou o Medina Carreira.
Culpados somos todos.
Só uma pergunta..
Se há uns anos atrás qualquer partido ou partidos se apresentassem ao eleitorado (nós) com restrições orçamentais...sinceramente votavam nele(s).
Na minha actividade profissional sou mal visto por algumas pessoas, porque nunca pactuei com baixas fraudulentas,atestados de complacência, credenciais de transporte em táxi injustificadas,romarias de pseudo-fisioterapia..etc. etc.

Pensem nisto

desculpem o desabafo

C.Martins

Luís Dias disse...

Caros Camaradas

A informação que aqui é prestada tem todo o meu apreço e, como já referi, em outros locais, parece-me que a pessoa não deveria, provavelmente,ter sido aprovada para todo o serviço militar.
No entanto, a informação inicial não está correcta, porquanto o Rodrigues, fazia parte da CCAÇ 3489, do BCAÇ 3872 e não da 2ª Companhia do BCAÇ 4518/73, que rendeu o primeiro em Janeiro de 1974.
Quando o batalhão já se encontrava em Bissau para regressar à metrópole, soube-se que o Rodrigues tinha fugido do PAIGC. Foi ele, aliás, que nos alertou para a existência do camarada da CCAÇ 3490/SAltinho, dado como morto, na emboscada do Quirafo, em 17 de Abril de 1972. Ao que julgo, ele esteve sob detenção em Bissau, porque se pensava que ele tinha desertado para o PAIGC e, segundo ele terá referido aos inquiridores, ao saber pelos guerrilheiros que o seu batalhão já fora rendido, ele pensou que como já tinha acabado a comissão, tinha de voltar para a Guiné e assim o fez.
Um abraço
Luís Dias
Ex-Alf. Milº da CCAÇ3491/BCAÇ3872

Anónimo disse...

Respondendo/comentando o que diz o C.Martins!

Culpado eu?- Eu, certamente tu, e seguramente muitos milhares de portugueses, ex-combatentes ou não, somos culpados de quê?.- Só se for do facto de termos nascidos em Portugal, mas mesmo isso, e agora falo só por mim claro, não renego(nunca reneguei) o meu País, quer agora, quer no passado, e até mesmo no reduzido e periclitante futuro a que terei direito, eu e se calhar a maioria de nós tabanqueiros. Culpa de quê?.
Tu, ao que dizes, ainda poderás travar alguma, como direi,pequena corrupçãozinha de atestados fraudulentos, pseudo romarias de tratamentos ambulatórios que não tratam, nem curam nada, enfim, farás a tua parte, pequena e certamente insuficiente face ao todo nacional, dada a tua condição de profissional de saúde no Serviço Público.
Mas o que eu, certamente tu também, e se calhar muitos de nós, o que gostávamos verdadeiramente, era de poder travar a grande corrupção que grassa neste País, a consanguidade, para não lhe chamar outra coisa mais feia, entre o poder político e o poder económico, esse emaranhado de leis
sibilinas e tortuosas, que protejem sempre os mesmos(atenção tenho uma descendente directa com formação jurídica, podem imaginar as "batalhas" caseiras)e que,como todos testemunhamos, não protegem os Batistas(o do Quirafo)e os Almeida Rodrigues, para só falar destes, e era destes e doutros mais, que as leis, feitas por eles e para eles, e não por nós relembro, deveriam cuidar e proteger.
Por isso, e por muito mais que não vem agora aqui ao caso, sinceramente não me sinto culpado, e não pactuarei jamais(embora saiba que, se calhar, isto é virtual/platónico/académico, o que quizerem,)com este tipo de "realidades aceites e consensuais, face à gravidade da situação".
E mais não digo,e até disse mais do que queria.

Abraços camarigos,

Francisco Godinho

Hélder Valério disse...

Caros camarigos

Três observações:

A primeira, para referir que todo este desenvolvimento revela bem a 'sensibilidade' e o 'sentido de justiça' dos poderes instituídos - para 'eles', tudo, para os outros, migalhas ou nada!

A segunda, para me congratular pelo reaparecimento do Marques Lopes nesta página, ainda que por modo enviesado. Sei que tem o seu espaço próprio, como se pode ver, mas pode partilhar directamente alguns contributos.

A terceira, para, em nome da necessidade do rigor rigorosíssimo que se exige, tendo até em conta a permanente vigilância que esta página é submetida, chamar a atenção para que, no início do 2º parágrafo do Ponto 2. diz-se "Em Junho de 1971 assenta praça..." e mais à frente temos "... seis meses depois de chegar ao TO da Guiné, o José António é feito prisioneiro pelo PAIGC em Junho de 1971...".
Estas duas datas não podem corresponder. Uma delas, pelo menos, está incorrecta.

Abraços
Hélder S.

JD disse...

Camaradas,

Estas matérias são, para a generalidade de nós, motivo de indignação e repulsa.
A generalidade dos comentários traduzem-nas em adjectivos e avaliações, que envergonhariam qualquer governo sério e preocupado com o bem-estar dos seus cidadãos.
Por isso, parece-me pouco provável que os desafortunados nossos camaradas venham a beneficiar de alguma medida justiceira.
Ainda assim, se já se fez uma carta dirigida ao PR a propósito da celebração do 10 de Junho, porque não endereçarmos-lhe outra, a chamar a atenção para estas situações de quase exclusão social, responsabilizando-o a partir dela e enquanto mais alto magistrado da nação, pela urgente aplicação de medidas justas às diferentes vítimas de guerra. Ou será que as indemnizações atribuídas a deputados não reeleitos, e a continuidade de pagamentos dos altíssimos salários dos administradores da ERSE que se demitam, têm que ser encaradas como formas muito especiais do principio da igualdade dos cidadãos perante a lei?
Abraços fraternos
JD