quarta-feira, 6 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8518: Os nossos médicos (35): Mais nomes de clínicos do HM241 do meu tempo (J. Pardete Ferreira)

1. Comentário, de 30 de Junho,  do J. Pardete Ferreira ao poste P8482 (*):

 
Naquela madorna, antes de adormecer, por não conseguir lembrar-me de todos os nomes, alguns dos quais eu via distintamente, aqui vão mais uns nomes:


(i) Sérgio Rosa, Medicina Interna;

(ii) Calheiros Lobo, Anestesia e Pediatria (O irmão mais velho, o Cirurgião, já falecido,veio substituir o Bruges e Saavedra), o Calheiros, Anestesista;

(iii) Oliveira e Sá, Medicina Legal;

(iv) O Oliveira, Ortopedista (que, mobilizado por engano, foi-lhe dada a Comissão como cumprida ao fim de... cinco dias!);

(v) O Oliveira que foi ferido por um furriel miliciano e que veio para o HM241 com uma ferida arterial grave, bem com outra, igualmente grave, nas partes mais íntimas;

(v) O Ruy de Brito, Cardiologista, falecido este ano;

(vi) O Oftalmologista que também era 2º Director, (Desculpe ó Colega), o Psiquiatra "barrigudo", como eu agora, (Desculpa lá pá!) que defendia a necessidade de se usar a camisola do FC Porto para se entrar na equipa Cirúrgica;

(vii) O Neves e Castro,  da equipa cirúrgica, o pai dos dois meninos [ Casto] e veio do Porto para a Medicina interna.


Para terminar só vos vou chatear com os que foram depois do meu regresso ao Puto, alguns dos quais, conheci, e bem, noutras lides:

(viii) O Dr. Caixeiro, Director;

(ix) O Prof Fernando Paredes, outro dos meus Patrões em Santa Maria, Cirurgião Plástico, Director do Hospital e Chefe dos Serviços de Saúde.

Se quiserem, continuo na lengalenga com os Oficiais não médicos, com a classe de sargentos, com a de praças e outros.


Mas guardo-me para ir contando as histórias tal como eu as vivi e estou-me perfeitamente nas tintas para aqueles que viveram as mesmas histórias de outra maneira. O que eu não admito é que me chamem, directa ou indirectamente, mentiroso!


Metam isto nas monas uma vez para sempre! Todas as operações que ajudei quer no HM241 quer no Hospital Civil de Bissau, tenho-as registadas em livros próprios, assinadas pelos respectivos directores e com o selo branco em todas as folhas - são documentos oficiais, igualmente registados nos respectivos Hospitais (bem no 241, provavelmente só resta a minha cópia).

Perguntem ao Benjamin Durães quem é que o recebeu no Posto de Socorros da urgência do HM24,  após o seu desastre em Bambadinca, creio.


Adeus e até ao meu regresso.

___________________

Nota do editor:


(*) Vd. poste de 28 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8482: Os nossos médicos (28): Diamantino Lopes, cirurgião do HM241, praxista coimbrão, com grande sentido de humor (António Paiva / J. Pardete Ferreira)

21 comentários:

Luís Graça disse...

A madorna (ou o modorra) é às vezes boa conselheira... Ou quiçá fonte de inspiração. Mas que memória de elefante, camarigo Pardete!... Para além do teu ADN de cinco estrelas, também vejo aí a mãozinha da Anatomia, ou melhor, do terror do professor da Anatomia... Venha daí a lista do pessoal do "back office"...

Anónimo disse...

Finalmente aparecem na lista anestesistas.
Já começava a pensar que raio de hospital era aquele que não tinha tal...
Oh colega e camarada Pardete daquele hospital tão badalado, de quem eu também fui hóspede involuntário, só restam as paredes e cobertas de mato..do hospital civil actualmente denominado Honório Barreto... bem actualmente, melhor em 2006 tinha muito pouco ou nada de dito cujo.
Oh..se eu contasse uma história trágico-cómica .. roubo do gerador do dito por UMA EX.A MINISTRO DA REPÚBLICA POPULAR DA GUINÉ-BISSAU, não conto pormenores porque posso estar a por em causa a integridade física ou a vida pessoal e profissional de uma pessoa.. é uma história surrealista ...acreditem

C.Martins

Anónimo disse...

PS
Antes do "adeus até ao meu regresso" vem um "bom natal e um ano novo cheio de propridades"
C.Martins

Anónimo disse...

Ainda gostava de conhecer um pouco do sistema de mobilização dos médicos. Uns iam mal acabavam o curso (os alferes milicianos), outros iam mais tarde como tenentes e capitães, alguns já com alguma idade. Que critérios presidiam à mobilização de A e não de B; de C recém-formado e de D altamente especializado?
Alguém poderá ajudar-me? É só curiosidade.

Um abraço,
Carlos cordeiro
(parece-me que já vi um texto do Luís sobre esta questão, mas não tenho a certeza)

Anónimo disse...

... A pergunta está mal formulada. O que pretendia saber por que razão era mobilizado o oftalmologista A e não o B. Talvez não seja nada de especial dificuldade. A OM forneceria a lista dos médicos das diversas especialidades e, conforme as necessidades, iam sendo mobilizados, a partir dos de incorporação mais recente para os de mais antiga.
Seria assim?

Um abraço,
Carlos Cordeiro

Anónimo disse...

Raramente, muito raramente escrevo aqui.
Disse há dias que não entendo, não percebo, nem é de "camarigo", duvidar de quem por lá andou.Haverá casos de falta de datas, nomes, locais, (que diabo, já lá vão 40 anos)!!!
Para quê então estas tentativas de descrédito?
O Pardete conheço eu bem.Sempre o conheci com uma memória prodigiosa.
Não entendo camaradas, não entendo.
Casos há de verdadeiras aleivosias, que não são faladas.
Nem daqueles que nunca sairam de Bissau, mas conhecem a guerra toda.Contei há dias que, como Alf vinha muitas vezes a Bissau a comandar a coluna, e quando chegava ao QG, me perguntavam se tinha havido muitos mortos na coluna...onde eu tinha vindo, e que nunca foi atacada...
Para quê então isto?
Por favor, falem de coisas interessantes, contem como foi, mas não ponham em causa camaradas.
Luis Nabais

Anónimo disse...

Caro C. Martins

Com esta de dizeres:
"Já começava a pensar que raio de Hospital era aquele que não tinha tal..."

Para ser franco, na lista que fiz de médicos, se não pus anastesistas, não foi por esquecimento, mas sim por o meu computador de dois olhos estar a visualisar um, mas não conseguir chegar ao nome, agora talvez seja este Calheiros Lobo, que o Pardete menciona, mas não dou a certeza, o que eu visualiso, era Alferes, novo o um pouco para o moreno.

Mas uma coisa é certa, sem anastesista, não podiam haver operações, não sou especialista no ramo, mas sempre houvi dizer ser ele o actor principal, que a vida do doente dependia mais da mão do anastesista, que propriamente do cirurgião.

Se estou a ver mal o sistema, que me desculpem os entendidos.

Um abraço
António Paiva

Anónimo disse...

Oh! Carlos Martins::::
Essa é de morte!
O anestesista põe a dormir...o cirurgião corta errado....quem fez a asneira?
O cirurgião será sempre a 1ª arma na medicina, o resto são contos...
Tenho conhecimento de casos cómicos---Um de um cirurgião que cortou o pé errado...Mas o anestesista é que foi importante?
Luis Nabais

Anónimo disse...

Forma simpática de alguem me dizer que necessito de uma consulta de PSIQUIATRIA, mas como as minhas posses económicas são fracas, se houver algum Psiquiatra que ma ofereça de bonus, terei muito gosto em melhorar no futuro.

Não sabia que o Anestesista só servia para pôr a dormir.

Só espero que não chegue ao conhecimento dos governantes, muitos poderão ir para o desemprego e o governo arrecada milhões.

O Cirurgião passa a levar no bolso Alprazolam de 0,5 de 1 de 2 mg ou de 5 se houver, e o doente dorme o tempo que fôr preciso, nem que seja doze dupla.

Se há gente que acha cómico um erro médico... eu não.

Mas um erro de anestesista, pode ser mais grave.

Eu falo assim, por falta da consulta, ainda não estou curado

Já agora aproveito para contar um caso passado comigo.

Há uns anos atrás tive uma forte dor de dentes, o ciso, tive de recorrer ás urgências de S. José,foi medicado e logo me disseram que tinha a consulta 8 dias depois, para o dente ser arrancado.
Oito dias depois lá fui, o médico não era o mesmo, sentei-me, anesteziou-me e arrancou-me o dente, maravilha não dei por nada.

Virou-se para mim e disse:
- o meu primeiro dente.
e eu disse:
- De hoje.
Respondeu-me:
- Não, da minha vida, eu era anestesista, hoje passei a ser dentista.

Agora posso dizer que se esqueceu de me por a dormir

António Paiva

Luís Graça disse...

È, malta, não ensinem o padre nosso ao vigário... O C. Martins é médico, o Pardete também...

Além disso, e pelo pouco que eu já conheço do nosso camarigo Pardete, ele tem um bom sentido de humor e não é homem para amuos... Vejo as suas "picardias" como "jokes", piadas de csaerna...

Esta série sobre os nossos médicos, com o J. Pardete deu um salto de muitos "bytes"... Um abração a todos os que têm contribuído, com as suas memórias, para um melhor conhecimento e reconhecimento da nobre missão de todos os militares dos serviços de saúde, em geral, e do HM241, em particular...

Não se esqueçam que também temos uma série sobre "Os Nossos Enfermeiros", esta muito menos activa... LG

Anónimo disse...

Oh Camaradas
Querem ver que tenho que vos dar umas "liçõesitas" de medicina !!!
Num bloco operatório não há mais ou menos importantes--- o que há é mais ou menos responsáveis.
O anestesista não serve só para por a "dormir" o "operado" tem outras funções muito importantes, depois há o cirurgião chefe, 1.º e até 2.º ajudante, instrumentista etc..etc.
Consoante o tipo de intervenção cirurgica e respectiva especialidade às vezes há equipas de dez ou mais pessoas no bloco operatório..todas elas com funções específicas e importantes trabalhando para uma única finalidade...cura ou melhoria do doente...
Como leigos e camaradas..aceito com bonomia as vossos comentários...eh.. mas não abusem..tá

C.Martins

Pardete Ferreira disse...

É Camarigos,
Sempre tive muito respeito pelos anestesista. Já não sou daquela geração em que "o anestesista era aquele colega mais ou menos adormecido à cabeça de um doente mais ou menos acordado!"... já sei, tem barbas. Já tive um doente, que eu estava a operar com raqui e me diz: Oh! Doutor, chame-me o anestesista porque não me estou a sentir bem! (para os colegas, estava a fazer uma reacção vagal quando fui mais brusco nas mexidas no peritoneu).
Anestesistas: O Caeiro, um dos Gurus de Coimbra, da Sociedade e do Colégio; Domingos Clemente, Soares Pinto (mais interessado em pediatria); o Isulino; O Drª Leonor, esposa do falecido, Carlos Ribeiro; a esposa do Dr. Maurício Lecuona, chefe da repartição Provincial dos Serviços de Saúde da Guiné e que se veio instalar em Évora, creio. Outros passaram mas a minha pituitária, por vezes só reage ao retardador... mas reage e não é uma caixa de Bilhetes de Identidade.
Acomula seres humanos, alguns dos quais foram ou são,meus Amigos.
Quando terminava ou, esporadicamente, termino, uso sempre esta fórmula: "muito obrigadinho a todos, principalmente ao doente, que não se mexeu".
Sem os Anestesistas e isto está longe de ser "dar-lhes banha"

Pardete Ferreira disse...

Desculpem a reincidência mas também me perco com os azimutes.
Sem os anestesistas os progressos actuais da Cirúrgia e afins, que se tornaram independentes, para nalguns casos voltarem à especialidade mãe, não haveria progresso tecnológico.
"Duas, uma!". São quase duas horas da manhã e estou a dormir em pé-
Alfa Beta, camarigos, passados, presentes e futuros.

Joaquim Mexia Alves disse...

Não sei se este Neves e Castro não será um depois famoso ginecologista/obstetra em Lisboa.

Sei que ele esteve na Guiné, por isso calculo que possa ser este.

Curiosidades, claro!

Anónimo disse...

Caro Pardete Ferreira;
Venho apenas confirmar que o falecido Dr. Maurício Lecuona de Oliveira, efectivamente, se estabeleceu em Évora e ainda fui paciente e amigo dele; tal como também sou paciente (só por vezes) mas sempre grande amigo, do Zé Trigo de Sousa, a quem já te referiste num outro post, que se aposentou há 2 ou 3 anos do cargo de director do departamento de saúde mental do hospital de Évora, mas continua a exercer, enquanto psiquiatra, agora apenas na privada, concretamente, no Hospital da Misericórdia de Évora.

Também conheci aqui em Évora, o Dr. Pedrosa (já falecido), que exercia na área de medicina desportiva e que também esteve na Guiné.
Um abraço
Joaquim Sabido
Évora

Pardete Ferreira disse...

Obrigado a todos, principalmente ao Sabido. Os outros que me desculpem. O Trigo de Sousa apareceu um dia na televisão a socorrer feridos de um acidente em cadeia, junto à ponte sobre o Tejo, a única existente na altura, Era um ponto do caraças e um bom profissional... mas na Guiné trabalhou em Ortopedia. Foi meu companheiro no Uíge. Um pouco de má língua: às vezes, quando estava a ajudar uma intervenção, as suas pálpebras fechavam-se um pouco. Estão ouvia-se o Anestesista "oh Trigo, sai de cima do tórax do doente!
Ainda por falar em Anestesista e também continuando a minha intervenção de ontem, apercebi-me de um falta imperdoável: tinha-me esquecido do Marcus Barroco, Amigo e Companheiro das lutas na Medicina Desportiva.
O Calheiros que há uns dias a trás falei e para esclarecer uma dúvida que foi posta, não tem nada a ver com os Calheiros Lobo do Porto. Na Guiné estiveram dois, o mais novo, no final da minha Comissão e ligado às Medicinas, e o mais velho, o Cirurgião, já falecido e que não cheguei a conhecer, que foi substituir o Dr. Bruges e Saavedra na chefia da É quipa Cirúrgica.
Vários nomes continuam a aparecer na minha tola e seria injusto que não os fosse apresentando: Norberto Canha, Cirurgião e poeta, Sequeira, Cirurgião, Vasconcelos, a Marinha, Luiselo de Figeiredo, da Marinha igualmente e Cardiologista.
Hoje fico por aqui.
Boa noite camarigos.
PS - Luís Graça, efectivamente também tive a minha fase poética. A chatice é que os originais estão cheios de frio e atafolhados no fundo duma pilha de documentos... mas hei-de encontrá-los.

Pardete Ferreira disse...

Sim, este Dr. Neves e Castro é o célebre Ginecologista de Lisboa e não só. Vivendo inicialmente na mesma "república" que eu, um homem respeitável e com 7 filhos, nas primeiras chuvas veio para a rua tomar banho, em cuecas brancas, ensaboou-se e voltou para a rua para tirar o sabão... ele não vai ficar zangado: foi uma atitude pública, mesmo nas barbas da esquadra de Polícia, na Arnaldo Schultze.
Mais Médicos e tentativa de espicaçar os Enfermeiros: Chiotti Tavares, que foi Oftalmologista no H S Maria; Messing Ribeiro, Marinheiro e que fazia Cirurgia; O Falecido Dr. Pedroso da Medicina Desportiva de Évora e que tem uma história gira com o Dr. Fernando Garcia; Orlando de Almeida, Otorrino da Força Aérea, evacuado com uma hepatite; Aristides Alpendre, na Força Aérea e que virou pediatra; Esteves Franco, que substituiu o Arlindo Baptista no Serviço de Sangue e que, mais tarde virou Ortopedista; o Cirurgião, Dr. José Campos, que faleceu de um acidente isquémico cardíaco quando ia entrar de Serviço à Urgência do seu Hospital de Vila Real.
José Ferra, o mago de Farim, que se tornou Patologista Clínico; o Vasconcelos Dias, da minha incorporação em Mafra, que embrulhou que nem um fartote em Piche a 23 de Junho de 69, se não me engano no dia - por acaso vieram "só" 23 feridos;
O Malheiro, o último médico que foi a Madina do Boé e que ficou muito admirado porque do tecto do abrigo via as estrela, que trabalhou na Cirurgia e terminou Urologista em Braga; por fim, hoje, e penso estar a repetir, o Horta e Vale, filho do Director do Sanatório do Caramulo.
Não vos chateio mais com Médicos. Enfim, não é bem verdade: meti-me o outro dia com o Trigo de Sousa comprimindo o tórax dos anestesiados, mas eu também não fui imune ao sono das quinhentas: estávamos a fazer uma craniostomia descompressiva, eu segurava um "mosquito" que referenciava duas guitas e... acordo com uma gargalhado: o Mariano, pícnico Esfermeiro Chefe do Bloco Operatório, segurava o meu "mosquito" com uma pinça, quando o podia ter feito à mão - dizia ele, no gozo, que era para eu não acordar. O Cavadinha Gomes ria que nem um perdido; ele é que estava a operar e eu apenas a ajudar. O Mariano foi substituído pelo José António, que eu conheci na E. P. A., em Vendas Novas.
Lancei o engodo, vamos ver se o peixe morde. Só não digo missão cumprida porque ainda não tenho o feed-back.
Alfa Beta

José Marcelino Martins disse...

Já agora, que falamos dos nossos médicos, o Dr. António Rodrigues Gomes, Ortopedista que foi em Lisboa - agora reformado no Brasil - foi médico no nosso hospital de Bissau?

Pardete Ferreira disse...

Neste novo tacho de Anexo do Arquivo Geral do Exército, e não só, que não é uma prestação de serviços remunerada, para não infringir o D-L 137/2010 de 28 de Dez. e que faço com muito prazer, toldado, aqui ou ali, por um desaparecimento mais, vejo caras a que não consigo dar nome e nomes, cujas caras não encontro, Lembro-me do falecido Borges de Sousa, ORL e Director do HM241 que, em 1963, tinha ajudado o Prof. Larroudé a operar-me ao ouvido direito no HS Maria (é por isso que só ouço metada de algumas asneiras que se dizem à minha beira, como no café, a título de exemplo);muito especialmente do igualmente falecido Nogueira Pinto, com quem trabalhei em no HS Maria, que um dia, estando a operar, histericamente o avisam de que um baleado estava a chegar ao Hospital: "Deixem-me acabar o que estou a fazer, eu até estive na Guerra!". Com efeito tinha sido médico no Olossato e um dos Capitães que encontrei no Caheu, tinha sido Alferes com ele que, de certo modo Acabou por ter sorte. Estando A fazer a barba, desencadeou-se um ataque ao aquartelamento e uma bala... veio partir o espelho de que se servia.
Respondendo ao camarigo Marcelino Martins: não o meu Amigo António Rodrigues Gomes, Prof. de Ortopedia, não foi Médico na Guiné. Como eu oriundo do Liceu Gil Vicente e sportinguista, partilhava o gosto do Handebol; ele como defesa esq. e eu como guarda-redes. Ambos fomos convidados pelo Prof Raposo para ir para o Benfica, clube que ele treinava. O Rodrigues Gomes aceitou e eu fui para o Sporting. Isto em anos diferentes, porque eu era um puto. Nesse tempo do Gil ia-se para o Benfica, do Pedro Nunes para o Sporting e creio que da Fonseca Benevides para o Belenenses. Mas o nome de Raposo é importante: descobrindo o filho Rapose como Capitão e Comandante de Comp. na Guiné, ajustamos e disputamos, para gáudio dos feridos e doentes que, nesse dia tiveram uma diversão, um jogo de Handebol de uma équipa da sua Comp. e uma do HM241. Até eu joguei, a pivot, ganhamos e só tenho pena que o Couto, escriturário, que jogava no Boavista e que marcou quase todos os nossos golos tivesse falecido.
Caro Zé, O Rodrigues Gomes, Cirurgião, que esteve em Bissau, após um estágio nos EUA e uma breve passagem pela Cardiologia Médico Cirúrgica do HS Maria, foi para o Porto fazer Cirurgia Cardíaca.
Obrigado e um Alfa Beta
José Pardete Ferreira
PS. prometo que quando estiver com a malta do HM241 no primeiro domingo de junho de 2012 para o 15º encontro, vou descobrir coisas, uma vez que só tenho escrito de cor. Com a ajuda da minha malta. Tudo vos será repetido.

duraes.2917 disse...

De Benjammim Durães

Em Julho de 1970 aquando da minha evacução de Bambadinca para o HM 241, foi o Dr Pardete que me foi receber ao heli.

Um abraço
Benjamim Durães
ex-Furriel Miliciano do PelRec e de Op Esp - CCS / BART 2917

Nuno Calheiros Lobo disse...

Boa noite, um dos Calheiros que referem penso que se trata do meu falecido pai, o Dr. João Mário do Amaral Coutinho Calheiros Lobo (31/1/1932-26/1/2018), médico civil do quadro do Hospital Central de Bissau e anestesista voluntário no Hospital Militar 241, entre 1963 e 1969, ou seja, antes da chegada dos seus dois primos, Antero e João Manuel (o mais velho, cirurgião e o mais novo, pediatra). Depois foi exercer para a Província/Estado de Moçambique, onde veio a ser Diretor do Serviço de Anestesiologia do Hospital da Beira, até ao 25 de Abril, tendo então regressado a Portugal Continental, onde foi Diretor do Serviço de Anestesiologia do Hospital Militar do Porto, até à sua reforma, mais de 20 anos depois. Já agora, uma mágoa de filho que espero que compreendam. Faleceu sem sequer um obrigado, uma coroa de flores ou uma bandeira, do Estado Português ou das suas Forças Armadas, depois de toda uma vida a ajudar a salvar milhares de militares e seus familiares (provavelmente como tantos outros, mas uma injustiça não sana outra). Ficou a honra do dever cumprido e o orgulho dos seus descendentes, mas não consigo deixar de sentir que o seu contributo merecia um agradecimento militar (alias, o de todos os médicos civis que duma forma, ou de outra, ajudaram a defender Portugal). Parabéns pelo blog, adorei. Bem hajam por contarem uma versão da história de Portugal que já não se ensina nos livros escolares. Cumprimentos, Nuno Calheiros Lobo