sexta-feira, 17 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8437: Contraponto (Alberto Branquinho) (36): A construção e a desconstrução de um Padre

1. Mensagem do nosso camarada Alberto Branquinho (ex-Alf Mil de Op Esp da CART 1689, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), com data de 13 de Junho de 2011:

Caro Carlos Vinhal
Afogado na ausência de Monte Real e na visualização das respectivas e diversas fotos (incluida a novidade de arranjos PICASA)... sobrevivi.
A prova é que trago, agora, aquilo que, para mim, foi um outro regresso... o do padre capelão do meu Batalhão, que, como óbvio, não é já capelão, mas, também, não é já padre franciscano. Portanto, este escrito é sobre um livro que ele escreveu e cuja leitura desperta muito, muito interesse.

Um abraço
Alberto Branquinho


CONTRAPONTO (36)

"A construção e a desconstrução de um Padre"

O título, assim entre aspas, é mesmo o título de um livro. Da autoria de Horácio Neto Fernandes.

Mas o que tem o livro a ver com o “core business” deste blogue? – perguntarão os críticos, que se vêm já interrogando sobre a existência no blogue de matéria que extravasa a temática do mesmo.
É que, meus senhores e camaradas, o autor do livro é o ex-capelão do meu Batalhão, na Guiné – o BART 1913. Além disso, a sua requisição e mobilização para a Guiné se não foi causa, foi, pelo menos, o CATALISADOR da crise de consciência que levou este ex-padre franciscano a abandonar a vida eclesiástica.

Fui encontrar o Doutor Horácio Fernandes no passado dia 29 de Maio no encontro anual da CCS do BART 1913 em Alfeizerão/Alcobaça. Escusado será dizer que nunca mais o vira desde a minha saída de Bissau, portanto, há quarenta e tantos anos. Se não nos tivessem “re-apresentado”, não nos teríamos reconhecido.

Recordei-lhe que nos conhecemos em Bissau, antes de embarcar para Catió.
Preparava-me para regressar a Catió no Dornier do correio, quando, junto ao avião, o piloto me disse:

- Mandaram-me mais um cliente. É o padre capelão para Catió e tenho indicação de urgência. Vê lá isso. - E afastou-se, com uns papéis na mão.

Quando o capelão se aproximou do avião, gorducho, pouco à-vontade na farda militar, com pele de “periquito”, de olhos esbugalhados, eu disse-lhe que não havia problema – ele iria à frente, ao lado do piloto e eu atrás, sentado em cima dos sacos de correio. Fiquei com a impressão de que não entendeu nada. Entrou no Dornier quando o piloto regressou e lhe disse para entrar.
Agora, ao ler o livro, vejo que não faz qualquer referência ao “passageiro” que viajou na retaguarda…

O livro, que ele me ofereceu, consta de três partes:

Parte I - O contexto onde nasceu um padre
Parte II - A construção de um Padre
Parte III- Como se desconstroi um Padre

É nesta última Parte III que surgem a sua requisição para a Guiné e as experiências que o marcaram fora da actividade religiosa.
Esteve em Catió até Maio de 1969 e completou a comissão em Bambadinca, depois do nosso regresso.

O livro é uma análise longa, arrastada e sofrida do percurso de uma vida, um grito d’alma de quem se questionou por muito tempo. Uma transição causada por uma lenta e sofrida tomada de consciência de ruptura (pág. 125):

"Contudo é mais fácil rasgar cortinas de ferro do que de incenso. O ferro enferruja e perde coesão e o incenso continua a pairar no ar, mesmo depois de queimado".

As últimas páginas do Capítulo 4 da Parte III são, por outro lado, consequência da necessidade de se explicar, embora reconheça, na penúltima página do livro (pág.184), que hoje "Já poucos estranham o facto de um padre sair e casar".

É minha convicção (e parece resultar da leitura do livro) que foi a experiência resultante da requisição do Autor para capelão militar, a sua mobilização e colocação no BART 1913, em Catió, a vivência do clima de guerra, as realidades sociais, políticas e económicas existentes num interior da Guiné, que catalisaram a tomada de consciência de um diferente modo de “olhar” a sociedade e o homem, e, de uma forma lenta, continuada e sofrida, o fizeram percorrer o caminho da ruptura.
Transcrevo da pág. 175 as seguintes passagens (o Autor fala pela boca da personagem Fernando Caboz – ele próprio):

"Reflectindo, agora, chega à conclusão que a sua desconstrução de padre franciscano começou com o abrupto ingresso como capelão militar, começando por deslaçar os vínculos que o prendiam à comunidade.
(…)
Depois do ingresso no exército, esta erosão acentuou-se a cada passo que dava. Francisco pressentia-o, mas não tinha ninguém com quem desabafar."

Para terminar, esclareço que o padre capelão Horácio foi um de dois padres que conheci na Guiné que, recordando-os e fundindo-os, os escrevi no mini-conto “O Padre Aurélio”, incluído no meu livro “Cambança”, já citado aqui no blogue.

Alberto Branquinho

- “Francisco Caboz – A construção e a desconstrução de um Padre”
- Autor – Horácio Neto Fernandes
- Papiro Editora – Porto/Lisboa (Novº. 2009)
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 2 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8363: Contraponto (Alberto Branquinho) (35): Teatro do Regresso - 10.º e último Acto - Estou velho com'ó caraças! - ...mas não cai o pano

13 comentários:

Luís Graça disse...

Meu caro Alberto Branquinho:

Senti a tua falta em Monte Real... Em contrapartida, acabad de me dar uma grande, a de reencontrar um conterrâneo meu, e julgo até, meu parente... Se é quem eu penso, o ex-padre franciscano Horácio Fernandes, então ele é natural de Ribamar (onde há três grandes clãs familiares, entre eles os Maçaricos, a que eu pertenço)... Mais: eu, ainda puto, fui à festa da sua missa nova... Aliás, à dele e à de outro padre franciscano, de quem agora não consigo lembrar o nome, talvez Júlio: sei que um deles (o Horácio ou o Júlio) era ,meu parente, a minha bisavó paterna, nascida em 1864, em Ribamar, e casada na Lourinhã, era irmã do seu bisavô...

Não sabia nada do seu paradeiro, nem muito menos das suas deambulações pela Guiné, Catió e Bambadinca, no BART 1913, um ano antes de eu ir para lá!!!...

Vais ter como missão trazê-lo até à nossa Tabanca Grande, e fazê-lo sentar debaixo do nosso sagrado e fraterno poilão!!! Dá-lhe o meu contacto, sff.

Como vês, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!... Vou procurar o seu livro!... E saber notícias dele, em Ribamar...

Luís Graça disse...

Estou na Praia da Areia Branca, com as Berlengas e o Cabo Carvoeiro à minha direita, e a Praia do porto Dinheiro (Ribamar) à minha esquerda... Acabei de comer as primeiras sardinhas (boas, ou razoavelmente boas) deste ano no Bar do Vitor (na Atalaia... Estou no Bar dos Cinco Paus, na Praia da Areia Branca, e o Alberto Branquinho acaba de me telefonar a confirmar o meu palpite de ontem... O Horácio é o meu parente Horácio, que disse missa nova juntamente com o primo Júlio, em Ribamar, era eu puto, andava na escola primária... Como era da família, fui convidado para a cerimónia, uma enorma festa comunitária que envolveu toda a aldeia (hoje vila) de Ribarmar, e que ainda hoje guardo na memória, mais de meio século depois... Fico ansioso por receber uma apitadela ou uma mensagem por email do meu parente Horácio, que foi padre franciscano e capelão militar em Catió... Estes reencontos só podem fazer-nos bem à alma... Há mais de 50 anos que perdi o ratso dos meus parentes, Horácio e Júlio, padres franciscanos em cuja Missa Nova eu estive presente, era eu puto, e estava longe de pensar que iria passar os meus 23 e 24 anos na Guiné...

Um ganda xicoração para o Alberto e para o Horácio

PS - Acabo de saber, esta manhã,, que o Octávio, irmão do Horácio, morreui ainda há pouco... Ribamar (da Lourinhã) é, de centenas de anos a esta parte, uma terra de grandes marinheiros e pescadores, gente agarrada ao mar como lapas...

Luís Graça disse...

Alberto:

Hoje não descansei enquanto não arranjei o livro do Horácio. por acaso, a minha irmã Graciete tem um exemplar, autografado, que me emprestou... Da parte da tarde, à beira mar, já o li quase todo, na vertical... Em especial a parte da infância e da adolescência até à formação como padre (ordenado em 15 Agosto de 1959)... Gostei da leituras das suas memórias de infância... O autor encontrou no Francisco (nome do fundador da ordem religiosa em que ele se formou como padre) Caboz (nome de peixe, sugerindo a sua origem como filho de gente pobre, sendo o pai meio agricultor e meio pescador, como muita gente de Ribamar da época), encontrou em Francisco Caboz, dizia, uma espécie de "alter ego"... Na realidade estamos parente uma verdadeira autobiografia...

E depois, mais tarde, em 1967, outro momento forte é a sua a ida para Catió como capelão militar do teu batalhão, o BART 1913... Espantoasa a descrição da partida de mau gosto (praxe) que os oficiais do comando e CCS do batalhão lhe pregam, à hora da sua 1º refeição conjunta: começam a circular, pela mesa, fotos de gajas e gajos nus, claramente pornográficas... O capelão, ruborizado, não se apercebeu que se tratava de uma praxe, não se conteve, e teve o deslize de perguntar ao major, ao 2º comandante:
"- São fotos da sua mulher ?

"Foi uma bomba que estoirou na sala. O major ficou lívido de raiva" (p. 140)...

A descrição de Catió daquele tempo bate mais que certo com as fotografias do nosso saudoso Vitó, Vitor Condeço... O Horácio deve tê-lo conhecido, seguramente... Como deve ter conhecido, previamente, as fotos de Catió e de Ganjolá que o Vitor Condeço publicou em vida no nosso blogue, com as devidas legendas... Quase que me atrevia a jurar que deve ter consultado o nosso blogue...

Alberto, para mim é um duplo regresso ao passado... Estou-te obrigado, a ti e ao Horácio...
Mas, afinal, não foi à missa do Horácio que eu fui, mas à do Júlio... Os dois eram primos e foram ordenados padres, franciscanos, no mesmo dia... E ambos eram de apelido Fernandes... Mas o Júlio era de uma família abastada ou mais remediada... O Júlio era Maçarico, logo era da minha família, e foram eles, os pais, que me (a mim, e a todos os familiares Maçaricos que viviam na "vila", sede de concelho, Lourinhã) convidaram para a Missa Nova, que deve ter sido num domingo antes do Horácio... De qualquer modo, em Agosto de 1959... A minha dúvida agora é saber se também sou primo Horácio... Vou consultar a nossa árvore genealógica, a dos Maçaricos... É bem possível... Os Fernandes (ou Patas) e os Maçaricos casavam-se entre si...

Por hoje, fico por aqui... Um abração aos dois (Não sei se o Horácio me está a ler, gostava-o de lhe dar um grande abraço... Desde Agosto de 1959, nunca mais o vi... Tinha eu 12 anos, afinal, e ele 24...quando nos teremos encontrado pela última vez).

PS - Peço desculpa pelo "espaço que estou a roubar" ao blogue... Mas este assunto não é meramente pessoal... Temos uma série (temática) sobre os nossos capelães militares e o Horácio foi capelão militar no TO da Guiné, logo foi nosso camarada...

Luís Graça disse...

Alberto e Horácio (se me estiveres a ler):

Chegado a Lisboa, fui consultar o o "livro da família Maçarico" e não há dúvida, o Horácio é meu parente, as nossas bisavós, nascidas por volta de 1860, eram irmãs... A sua bisavó paterna era a Maria da Anunciação e a minha, a Maria Augusta (1864-1920), as duas únicas mulheres de uma família de 7...

O Júlio, que foi missionário em Moçambique, e depois foi para o Canadá, já morreu. Saiu da ordem, franciscana em 1970. Já morreu. Também é da grande família Maçarico, e portanto do meu parente...

Fonte: Américo Teodoro Maçarioco Moreira Remédio - Vila de Ribamar e as famílias mais antigas: Família Maçarico: Árvore genealógica: 500 anos de história. Ribamar, Lourinhã: ed. autor. 2002.

Luís Graça disse...

Alberto:

O mais irónico de tudo isto é que estivemos juntos em Bambadinca, de Julho a Dezembro de 1969, eu na CCAÇ 2590/CCAÇ 12, e ele na CCS/BCAÇ 2852, e nunca... nos encontrámos. Dormíamos a 50 metros de distância...

(Estou a partir do princípio que os dados relativos à experiência do Francisco Caboz/Horácio Neto Fernandes como capelão militar na Guiné são rigorosamente autobiográficos... Acabada a comissão do BART 19813, em Catió, em Maio de 1969, ele diz que esteve colocado em Bambadinca, até Dezembro de 1969, completando por sua vez a sua comissão de serviço militar... Ora o batalhão que lá estava, em Bambadinca, era o BCAÇ 2852...(Na história da unidade não encontro o nome de nenhum capelão)...

Anónimo disse...

Luis

Fiz agora o acesso ao blogue e vi o terceiro e quarto comentários.

Depois do segundo comentário telefonei ao Horácio dando-lhe conta da publicação aqui deste meu texto, dos teus dois primeiros comentários e forneci-lhe o teu TLM, o mesmo que usei para te contactar na Lourinhã.

É óbvio que ele conheceu o meu texto antes de ir para publicação e, nessa altura, dei-lhe as indicações para fazer acesso.

Não sei se é do teu conhecimento que ele vive no Porto, está com 75 anos e tem três filhos, que já não estão com eles.

Da badana da capa (de onde retirei a foto) constam como duas notas biográficas finais:
-"Doutor em Ciências de Educação pela Universidade de Santiago de Compostela;
Autor de vários livros didácticos na área das Ciências Sociais e Humanas."

Um abraço
Alberto Branquinho

Luís Graça disse...

O livro do Francisco Caboz/Horácio Neto Fernandes é rigorosamente autobiográfico... Estive a ler, com mais atenção e detalhe, ontem à noite, a descriação da sua experiência como "seráfico", no colégio franciscano de Montariol, Braga, e fiquei sem fala... Tem páginas que não ficam atrás do melhor do Virgílio Ferreira, em "Manhã Submersa"... Voltarei a este ponto...

Alberto, deixa-me só dizer que há mais referências à "família Maçarico": a história, que eu conheço, do avô, calafate, carpinteiro naval, António Fernandes (Maçarico), um dos últimos construtores navais de Ribamar, que "desapareceu" na América (o seu regresso foi esperado em vão, durante muitos anos, qual Dom Sebastião; em vão, terá morrido na Califórnia)... Ou ainda a história do tio-bisavô, Frei José de Cristo, que morreu no Convento do Varatojo, Torres Vedras, com fama de santidade... Foi um dos 7 magníficos Maçaricos, cinco rapazes e duas raparigas (as nossas duas bisavós), nascvido nos anos 50/60 do Séc. XIX... Só ele, o Frei José de Cristo, não deu descendência.

Enfim, já muitos outros pormenores que eu reconheço, do meu conhecimento (antigo) da família Maçarico, mas com os quais não te vou agora maçar...

Silva da Cart 1689 disse...

Camarada Branquinho
Embora não tivesse contactos com cerimónias religiosas, fiquei com a convicção que em Catió passava um padre missionário italiano, que era o único a exercer funções religiosas em todo o sul da Guiné.
Todavia, lembro-me perfeitamente desse capelão bonacheirão ter feito connosco uma op que mais pareceu um patrulhamento. Esforçou-se muito para vencer o calor e o cansaço. Dada a sua estatura avantajada, notava-se um certo excedente de corpo relativamente ao vestuário. Falei com ele e lembrei-lhe a honra de estar a percorrer uma região em que, seguramente, seria ele o primeiro padre católico a fazê-lo.
Pareceu-me muito boa pessoa. Penso que ele se lembrará dessa OP (tipo patrulhamento).

Américo Teodoro Maçarico Moreira Remédio 1TEN REF disse...

Eu Américo Teodoro Maçarico Moreira Remédio, nasci de uma família (MAÇARICO), 8 irmãos e 2 irmãs. Este apelido (Maçarico)foi-me dado pelo meu pai Américo Teodoro Maçarico, e já vinha do meu avô Germano Filipe Maçarico casado com "Maria Feliz" (da Guia). Foi o nome que meu pai também deu a um irmão meu o 2º mais velho da minha geração de 10 irmãos, pois eu sou o 5º), e estes moravam ambos nos Casais de Ribamar - Lugar do vale da palha (valpalha). O meu avô Germano era um verdadeiro Construtor Naval e trabalhava com a família Digno e Moisés Filipe Maçarico que moravam junto das Antigas Armações das traineiras Casais de Ribamar. Também as Armações já tinham funcionado no lugar da Escola Velha de Ribamar, junto das Casas de Afonso, e David Filipe Maçarico, e das famílias (Fernandes - Patas), todos bem da grande família Maçarico que se uniram. Estas grandes famílias também se uniram aos "Fonsecas" do Casal do Cigano e também à familia Aguiar. Eu era pequeno e todas estas famílias eram muito unidas e tinha criado alguma riqueza na "Construção Naval e nos Moinhos" que iam construindo em vários pontos de todo o país. Assim a família Américo Maçarico da minha parte materna uniu-se (Casou com Maria de Lurdes - Rato minha mãe), portanto com a família da minha avó "Maria Bárbara- Rato", por parte do meu avô Manuel Teodoro (ISAAC). Também a minha família (nossa família Maçarico), que casou em Ribamar foram comprando terras e ainda hoje estão na posse de muitos terrenos que são todos vizinhos. Quem puder visitar Ribamar pode verificar que tudo o que está aqui escrito é verdadeiro, quer nas confrontações dos terrenos, quer nas habitações.
Américo Teodoro Maçarico Moreira Remédio 1TEN REF aos 5 dias do mês de Janeiro de 2014. O Autor do Livro "Vila de Ribamar" MONOGRAFIA

anonimo disse...

lembro-me do capelão Horácio um pouco embaraçado na psssagem dum filme no refeitório em Catió quando o operador fotocine (que de ven em quando passava)parou o fimme e recuou a fita pra dar enfase à perna da atriz

anonimo disse...

É interessante que um padre franciscano tenha trocado o sacerdócio pra constituir família.
Não é incompatível ser ministro religioso com a constituição de família.
O livro sagrado que a cristandade diz o seu guia diz: “O bispo (ou o sacerdote) deve ser marido de uma só esposa”; diz também que deve presidir de maneira excelente à sua própria família.
Se os humanos foram criados para encher a terra, isso só é possível pela união do homem com a mulher no casamento.
É sim incompatível ser ministro Cristão e ser militar.
Como pode um Deus de amor estar dum ou de outro lado das forças em confronto.
Se Deus é amor seus servos precisam refletir essa qualidade. Jesus disse que seus seguidores seriam identificados por se amarem uns aos outros (João 13:34,35)
Não se pode ser soldado e ao mesmo tempo cristão.
Fez muito bem o capelão Horácio deixar de ser ministro católico. Os meus aplausos.
Todos fizemos asneiras. Não vale a pena lamentar o que fizemos menos bem.
Fiz coisas das quais não me orgulho. Embora fosse sapador com o curso de minas e armadilhas desempenhei as funções de pessoal e reabastecimento…
Mas certamente com a consciência que hoje tenho. Não teria participado na guerra colonial ainda que isso me trouxesse graves consequências.
Um dia em breve não haverá mais guerra. O mundo será uma verdadeira fraternidade mundial.
Os milhões gastos na guerra serão gastos para a verdadeira paz.
As minhas felicitações ao Horácio Fernandes

anonimo disse...

É interessante que um padre franciscano tenha trocado o sacerdócio pra constituir família.
Não é incompatível ser ministro religioso com a constituição de família.
O livro sagrado que a cristandade diz o seu guia diz: “O bispo (ou o sacerdote) deve ser marido de uma só esposa”; diz também que deve presidir de maneira excelente à sua própria família.
Se os humanos foram criados para encher a terra, isso só é possível pela união do homem com a mulher no casamento.
É sim incompatível ser ministro Cristão e ser militar.
Como pode um Deus de amor estar dum ou de outro lado das forças em confronto.
Se Deus é amor seus servos precisam refletir essa qualidade. Jesus disse que seus seguidores seriam identificados por se amarem uns aos outros (João 13:34,35)
Não se pode ser soldado e ao mesmo tempo cristão.
Fez muito bem o capelão Horácio deixar de ser ministro católico. Os meus aplausos.
Todos fizemos asneiras. Não vale a pena lamentar o que fizemos menos bem.
Fiz coisas das quais não me orgulho. Embora fosse sapador com o curso de minas e armadilhas desempenhei as funções de pessoal e reabastecimento…
Mas certamente com a consciência que hoje tenho. Não teria participado na guerra colonial ainda que isso me trouxesse graves consequências.
Um dia em breve não haverá mais guerra. O mundo será uma verdadeira fraternidade mundial.
Os milhões gastos na guerra serão gastos para a verdadeira paz.
As minhas felicitações ao Horácio Fernandes

Unknown disse...

DR.Horacio Fernandes foi com grande surpresa que deparei com o Blogue respeitante à passagem pela Guiné nos anos de 1967 a 1974.Curiosamente eu (Vaz Nunes) estive la nos anos de 1971 e 1972.Teria gostado imenso de o ter encontrado lá,como não aconteceu e já tivemos um desencontro, quando eu trabalhava em Moscavide, gostaria de aproveitar esta oportunidade para nos reencontrarmos.Irei brevemente tentar encontrar o livro Construção e desconstrução de um padre para o poder ler e conseguir ter uma visão mais aproximada de como foi a sua saída da vida de Padre.
Apresento as minhas desculpas por utilizar este meio para tentar contactar com o Dr.Horacio mas, tendo em conta a proximidade que tivemos no Seminário de Leiria não resisti e tenho muito gosto em reencontra-lo.