quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Guiné 63/74 - P7747: Tabanca Grande (266): Nuno Dempster, autor do poema K3, agora publicado em livro, ex-Fur Mil SAM, CCAÇ 1792 (Saliquinhedim/K3, Mampatá, Colibuía e Aldeia Formosa, 1967/69)






Capa do livro de poesia, K3, de Nuno Dempster (Lisboa: &etc, 2011, 63 pp). Sinopse: "Nuno Dempster (autor de Londres, ed. & etc) revisita o Horror. Felizmente para elas, as jovens gerações (também de poetas) desconhecem esse Horror que foi, para quem o sofreu nos ossos e no que houvesse de alma, a Guerra Colonial. Algures na Guiné e algures num quartel subterrâneo: o K 3. Nossa palavra: não conhecemos, na literatura sobre o tema, tão fundo, tão magistral testemunho desse Horror. Elegia, catarse, contrição, K 3 combate o esquecimento".


Dedicatória do autor à nossa Tabanca Grande: "Para o Luís Graça &  Camaradas da Guiné, todos meus companheiros nesta guerra que em muitos ainda está por digerir, com o afecto e a camaradagem do Nuno Dempster. 3/2/2011. Na Guiné, de [1967-1969,], no K3, Mampatá, Colibuía e Quebo (Aldeia Formosa), por esta ordem".






Um excerto do belíssimo longo poema K3 que se lê de um fôlego...

Fotos: © Nuno Dempster (2011). (Com a devida vénia...)






Guiné > Zona Leste > Gabu > Canjadude > CCAÇ 5 (1973/74) > Canjadude, a Ilha dos Amores. Ou: os tugas e a psico... E no meio, uma bajuda fula, linda de morrer, objecto de desejo... Sob o olhar vigilante da mamã, e rodeada dos manos mais pequenos... Repare-se como os tugas, passada a primeira surpresa da exposição ao nu étnico, se apoderaram rapidamente do termo psico e deram-lhe uma outra conotação... mais épica, mais erótica, mais camoniana...

Foto: © João Carvalho (2006). Direitos reservados

1. Mensagem, de 1 do corrente, do nosso camarada Nuno Dempster, que mora em Viseu [ foto à esquerda, retirada da sua página no Facebook]... O Nuno Fur Mil SAM, ou seja, vaguemestre, da CCAÇ 1792, a companhia dos lenços azuis, que andou por Farim, Saliquinhedim/K3, a norte, mas também, Mampatá, Colibuía e Aldeia Formosa, a sul... Pertenceu ao BCAÇ 1933 (Nova Lamego, Bissau, S. Domingos). A CCAÇ 1972 teve 3 comandantes:  Cap Mil Art Antóno Manuel Conceição Henriques (que ficaria sem as pernas numa mina A/C);  Cap Art Ricardo António Tavares Antunes Rei, Cap Inf Rui Manuel Gomes Mendonça. A companhia foi mobilizada pelo RI 15, tendo partido para a Guiné em 28 de Outubro de 1967 e regressado à Metrópole em 20/8/1969.

O Nuno tem três livros de poesia publicados: Londers, Dispersão, K3. É engenheiro técnico agrícola (trabalhou em cooperativas, é hoje empresário). Nasceu em São Miguel, Açores (donde é originária a família paterna, enquanto a família materna é de Amarante). Vive em Viseu. E vem pedir para se sentar sob o poilão da nossa Tabanca Grande.

Caro Luis Graça:

Além de eu ter estado também na Guiné, em [1967-69], na CCaç 1792 / BCAÇ 1933 (no K3  durante seis meses, ainda o aquartelamento era semi-subterrâneo, e depois em Mampatá, Colibuia e Quebo), julgo termos algo mais em comum. Uma amiga minha, que está a doutorar-se com uma tese sobre a obra do meu avô paterno Armando Côrtes-Rodrigues [1891-1971], de S. Miguel, Açores, onde também nasci, disse-me que tinha notícia de que Luis Graça (que pode ser outra pessoa) recebera das mãos do meu avô dois livros da sua autoria quando da partida para a Guiné.



Se assim for é uma razão acrescida para o que aqui me trouxe. Se for outra pessoa, o objectivo permanece intacto, que é o de solicitar-lhe que me envie uma direcção para lhe oferecer o meu livro K3, constituído por um só poema, em que abordo a minha experiência da guerra em que estivemos. 


O livro foi publicado pela &etc,  uma editora de referência em poesia, caso a não conheça já. Estará disponível a partir do próximo dia 3 nas livrarias do país, incluindo as da cadeia da FNAC e da Bertrand. Julgo que também será do interesse dos nossos camaradas que escrevem no seu blogue. 


O motivo deste email não é material, pois já recebi o que tinha a receber, em livros, que entretanto vão já chegando ao fim, nenhum vendido, só oferecidos. Por outro lado, a editora não faz mais edições que a primeira de cada obra. Quero com isto significar que o meu interesse é partilhar com os meus camaradas de guerra a minha experiência e esperar que seja um testemunho da guerra colonial, de resto até hoje único em livro de poesia, sobre o nosso sacrifício, que o foi para muitos de nós.


Se, caso aceitar receber o livro e depois de o ler, achar pertinente a sua divulgação no blogue, ficar-lhe-ei agradecido. Gostaria entretanto que me confirmasse por favor se é a mesma pessoa que refiro acima.

Mando a imagem da capa do livro em anexo, cuja ilustração é da autoria da pintora Maria João Fernandes. De algum modo já aponta o que está nas páginas. Envio igualmente um link sobre a editora, no caso de o Luis Graça a não conhecer.

http://bibliotecariodebabel.com/blogosfera/eles-etc/


 
Com os meus cumprimentos e na expectativa de uma resposta,
Nuno Dempster



2. Resposta de L.G., com data de 3 do corrente:

Nuno: Antes de mais os meus parabéns pela coragem de editar um livro de poesia sobre a experiência da guerra da Guiné. E em segundo lugar pelo teu gesto, "camarigo", de me mandares um exemplar do teu livro (e já agora com uma dedicatória, autografada, a todos os membros, que já vão a caminho dos 500, do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné). 

Tomo a liberdade de te tratar por tu por termos, para além da geração, mais duas coisas em comum: a Guiné e a poesia. Infelizmente não conheci o teu avô, a não ser de nome. Há mais pessoas com o nome Luís Graça, na nossa praça: o Luís Graça, obstetra e ginecologista, director  do  departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Santa Maria, e meu colega da Faculdade de Medicina; o Luís Graça, escritor, jornalista, cronista, crítico literário,  também bloguista (que não conheço pessoalmente)...

Aqui tens o meu endereço: Prof Dr Luís Graça, Gabinete 3A 42, Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de Lisboa, 1600-560 Lisboa

Telefone (gabinete): 21 751 21 93 / telemóvel: 93 141 5277.

Tomei boa nota do teu blogue, que prometo revisitar com mais atenção. Gostaria de ter o teu nome na lista alfabética dos membros do nosso blogue. Votos de bom sucesso para o teu livro e a tua poesia... Logo que receba um exemplar, farei a devida rencensão... e divulgação.

Um Alfa Bravo (ABraço)
Luis Graça

PS - Infelizmente ainda não temos ninguém da tua antiga companhia... Mas há referências, no nosso blogue, ao teu batalhão.

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search/label/BCA%C3%87%201933

3. Resposta do Nuno, em 3 de Fevereiro de 2011 14:06:

Obrigado, Luis. A divulgação do livro entre os meus camaradas da infortunada guerra em que estivemos era o que eu mais desejava dele. Em muita coisa se hão-de rever, embora, forçosamente, a posição não seja em todos próxima da expressa no livro. O certo é que alguém nos deve esse tremendo sacrifício. O meu modo de receber esse crédito incobrável foi escrever o poema de que te dou no link abaixo uma das primeiras manifestações públicas, sendo embora do meu editor, Vitor Silva Tavares, que nunca vi expressar-se assim. De resto, deve ser raríssimo nele publicamente. É um jovem de 73 anos, vertical nas suas posições, com quem é muito grato estar a conversar e mais ainda a escutá-lo. É um homem mais que conhecido no meio, além de estimado e respeitado, de grande prestígio e também temido por não ter papas na língua. Enfim, um homem sério de que este país deveria orgulhar-se, através dos seus governos, coisa impensável, sei-o bem.

http://editoraetc.blogspot.com/2011/01/k3.html


Acho óptimo tutearmo-nos. Afinal era assim que nos trataríamos, se nos encontrássemos no tempo comum a ambos na Guiné.


Há uma referência à CCaç  1792 no teu / nosso blogue, que em boa hora descobri quando da busca de dados esquecidos sobre a Guiné, isto desde Março de 2010. Tenho-o nos meus favoritos, e continuo a visitá-lo com regular frequência. Vou hoje pô-lo nos meus links. Essa referência refere-se à importância do cabo mecânico, com quem me dava. Mais que a dele, porém, era a do furriel Ferreira. Era ele que desenrascava tudo, orientando a secção com inimaginável competência e inventividade. Morreu há uma dúzia de anos ou mais com uma cirrose alcoólica. Não se aguentou. Éramos amigos de petiscos e cervejão, e também de uma sortida a Bissau para calar, num corpo alugado, o nosso vigor de jovens.

Tenho muita honra em que conste o meu nome entre os quinhentos camaradas. O outro Luís Graça deve ser último que citaste.

O livro deve estar a manhã na direcção dada, segue hoje por correio verde, que tem a prioridade do azul. Ainda bem que me lembraste da dedicatória colectiva, pois seguiria apenas com o teu nome. Assim vai melhor, devo e julgo que todos devemos muito uns aos outros

Um Alfa Bravo, lembro-me bem, do grato

Nuno Dempster

P.S. Não tenho nem uma foto desse tempo, nem sequer minha, e tive muitas, que o cabo Simões tirava, com que juntou 400 contos no fim da comissão, o que daria para comprar 8 carros novos como o meu primeiro (um Fiat 850 http://www.netcarshow.com/fiat/1968-850_special/800x600/wallpaper_01.htm). Perdi-as nos trambolhões que a vida muitas vezes dá.

4. Segundo mail do L.G.:

Nuno: Posso, desde já tratar-te como "camarigo", um neologismo, nosso, que quer dizer camarada e amigo... Fico à espera do teu livro para fazer a devida apresentação, da obra e do autor... Confirma: afinal és da CCAÇ 1792 ("Os Lenços Azuis) e não da CCAÇ 1972 (como consta do teu 1º mail)... É isso ? Um abraço. Luís



5. Resposta do Nuno:

Data: 3 de Fevereiro de 2011 20:11

Assunto: Re: Ainda o k3 (precisando dados)


Camarigo, então. É a [CCAÇ] 1792, a dos lenços azuis, sim, e no blogue fala-se da coluna que trouxe os três obuses, que o poema, perto do final cita, sem pormenores. Demorou dois dias.

Recordei, no link que enviaste, o capitão Rei, de carreira, que teve a ideia dos lenços e que substituiu o capitão miliciano, cujo nome já não recordo, um homem lúcido, vítima de um fornilho, na estrada de Farim, uma das passagens mais intensas do poema [, Cap Mil Art António Manuel Conceição Henriques]. Isso sucedeu dentro dos seis primeiros meses do início, quando estávamos no K3. Até sairmos de lá, o aquartelamento ficou entregue ao alferes miliciano, segundo comandante, bem como em Mampatá e Colibuia, penso. O Cap [Art  Riacrdo António Tavares Antunes] Rei chegou já no tempo de Quebo.

Errei nos anos em que estive na Guiné, foram os de 1967-69, e não os de 1968-1970, infelizmente o que pus na dedicatória do livro, que já seguiu. De qualquer modo fica aqui a rectificação para eventual emenda. Em 1970 casei-me eu, em Março, e os meus três filhos nasceram quase sem descanso da mãe e foram feitos de propósito. Era o baby boom do fim da minha guerra.

Pouco tempo antes de partir para Bissau, para prepararmos a peluda, é que veio aquela tropa toda para Quebo (Aldeia Formosa, que de formoso nada tinha), com o pouco gramado Major Azeredo, braço do Spínola. Ainda me lembro do ar desasado dos periquitos da CCaç 2382 que nos rendeu. Metiam verdadeira pena.

Faltou-me dizer que o livro, que é barato (12 €), vi agora o preço, já está anunciado em algumas livrarias online, nomeadamente a Wook.


Não tenho foto do tempo da guerra, como disse, mas tenho uma mais ou menos recente, que é pública.

Alfa Bravo,
Nuno

6. Comentário de L.G.:

Nuno, estás apresentadíssimo. És bem vindo à nossa Tabanca Grande. Já falámos duas ou três vezes ao telefone. Teremos seguramente de nos conhecermos ao vivo, em carne e osso, um dia destes. Até lá, convido os nossos amigos, camaradas e camarigos da Guiné a ler, de um trago (como eu fiz), esta litania de seis dezenas de páginas, onde o poeta revisita, em viagem dorida e dolorosa, mas sempre alucinante, como se fora uma via sacra, os lugares onde sofreu e viu sofrer, matar e matar, do K3 ao Quebo... K3 é o poema que todos escrevemos, com sangue, suor e lágrimas.

Tudo começa estes três versos, com a evocação do alto navio negro que levou para a guerra (p. 7):

Que sabia eu do cais de Alcântara
que não tivesse lido
em romances de guerra ? (---)

Um poste com notas de leitura deste livvro será publicado oportunamente.

______________

Nota de L.G.:

Último poste desta série > 8 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7745: Tabanca Grande (265): José Figueiral, ex-Alf Mil da CCAÇ 6 (Bedanda, 1970/72)

10 comentários:

Anónimo disse...

Nuno Dempster

Gosto muito do poema que aqui deixaste. Tem aquilo que mais gosto na poesia, a palavra certa e curta que quase relata a alma sem perder p lirismo, a música e o ritmo da respiração humana.
Outra coisa.
Deves ter chegado a Aldeia Formosa não muito tempo depois de ter eu saído, em Junho de 67.
A minha Companhia foi substituída lá por uma outra do Cap. Cadete que nos deixou Medjo onde passámos quase até ao fim da comissão.
Abraços
José Brás

Anónimo disse...

Caro Nuno Dempster

Bonito poema. Parabéns pelo poema e pela entrada na Tabanca Grande.

A beleza e a consequência do poema articulado à foto, que o Luís Graça publicou, onde aparece uma bajuda de Canjadude que eu conheci, desencadearam em mim e atiçaram-me o rastilho do passado, como que um catalisador de lembranças que me avivaram um episódio de Canjadude.

Canjadude tinha bajudas muito bonitas e algumas eram atrevidas, que provocavam tentações… Lembro-me desta bajuda da foto, que o João Carvalho tirou. Não são do meu tempo, mas vou tentar localizar os militares que estão na foto, com olhar concupiscente, sem esconderem a intenção e o desejo de comer a fruta toda. Em Canjadude aconteceu um caso, em que uma bajuda já casada, que tinha 13 anos, houve alguém de transmissões que se encantou por ela e ela por esse alguém…resultado desses amores clandestinos, a bajuda foi devolvida ao pai, pelo marido, que já tinha mais de 50 anos, tinha já cinco ou seis mulheres para alimentar, era sapateiro e era coxo, isto sem desprimor.

Um abraço

José Corceiro

Luís Graça disse...

Zé Corceiro:

Estamos os dois de acordo: é das fotos "mais erógenas" que já aqui publicámos... O fotógrafo não foi o João Carvalho (que aparece, na imagem, de pé), mas foi quem ma mandou... Não foi por acaso que a fui desencantar...

Chamei a Canjadude a Ilha dos Amores, mesmo nunca lá tendo estado... Bastava uma bajudinha destas para lhe dar fama... Mas também na devida altura, eu lancei um aviso à navegação: esperemos que o nosso Big Brother não caia na tentação de considerar este material como pornográfico e pedófilo... Nunca se sabe quem nos lê, e sobretudo quem nos vigia...

Anónimo disse...

Acho que seria de muito mau gosto confundir a expressão da líbido e do desejo, natural em homem ou mulher, infelizmente muito mais em homem do que em mulher em virtude das lamentáveis relações de poder desta dita civilização, com pornografia ou pedofilia.
A mulher é, na correcta e saudável perspectiva do homem que não se ama a si próprio acima de todas as coisas, a criatura mais conseguida do universo, feita para respeitar e proteger e para amar na justa medida da partilha sem coação moral ou económica.
situações como esta, mesmo quando é evidente um olhar de "carneiro mal morto", não se confundem com sentimentos negativos se não houver abuso de poder.
José Brás

José Manuel Corceiro disse...

Amigo Luís Graça

O Zé Brás, na sua clareza de ideias e sensibilidade que lhe é peculiar, eu creio que já expôs com transparência, no comentário atrás, o que é o belo, o puro e a líbido sadia, que devem existir nas relações entre homem e mulher, dentro duma conduta de respeito mútuo, sem falsos puritanismos.
Lá porque a foto, do poste, nos transporta a imaginação, para um quadro sensual dum Auguste Renoir, não nos devemos alhear e fingir que não somos feitos de carne…

Um abraço

José Corceiro

Nuno Dempster disse...

Luis Graça & Camaradas, antes de mais obrigado por existirem e por me ver junto de vós. Depois quero agradecer ao Luís Graça o belíssimo post que me apresentou a todos. Já vinha aqui desde o início de Março, quando comecei a avivar a memória para o poema que iria escrever.

Penso publicar convosco alguns textos de memória em prosa, à medida que os for escrevendo. Pergunto-me muitas vezes se tenho saudades da Guiné, se da minha juventude. Creio que a juventude é inseparável do cenário real por onde andamos. Com a dúvida de me perguntar, chamo no poema a essa saudade a saudade imprecisa de África.

Tenho orgulho, não por mim, mas por nós todos em ter escrito esse poema. Era preciso que alguém falasse também desse modo, já que a pátria nunca tratou bem os soldados anónimos como nós que lutaram por ela, no séc. XX e nos séculos para trás. O livro é mais nosso do que de ninguém, e isso alegra-me e põe-me em paz comigo mesmo em relação a esse nosso passado. Quando o livro saiu, senti ter cumprido um velho dever que estava por pagar a quantos, antes e depois de mim, deram às armas o melhor da sua juventude.

Um abraço

Nuno

Anónimo disse...

Caro Nuno Dempster:
Há dias, falando com um conterrâneo, aqui da minha freguesia de Medas-Gondomar, concluimos que ambos estivemos em Mampatá, em períodos diferentes, ele integrado na C.Caç 1792, eu fazendo parte da C.Art 6250-1972/74.Esse camarada da tua companhia chama-se Henrique Dias dos Santos.Não sei se o nome te diz alguma coisa.Se eventualmente quiseres contactá-lo, posso facultar-te o respectivo número do telemóvel.
Um abraço.
António dos Santos Carvalho
Medas-Gondomar
e.mail-ascarvalho1972@iol.pt

manuelmaia disse...

Caro Dempster,

Bem vindo ao "local do crime"...
É por aqui que vamos "matando" saudades daquela terra de que nos habituamos a gostar.
abraço
manuelmaia

manuelmaia disse...

Caro Dempster,

Bem vindo ao "local do crime"...
É por aqui que vamos "matando" saudades daquela terra de que nos habituamos a gostar.
abraço
manuelmaia

Anónimo disse...

Olá Camarigo Nuno Dempster, saudações guinéuas.

Provavelmente encontamo-nos na Oficina Auto e/ou no refeitório do Aquartelamento de Aldeia Formosa-1968/69, dado que depois do desastre de Contabane sofrido pela C.Caç.2382 e "penso" que por isso a minha C.Caç.2381 "Os Maiorais" fora substitui-la nesse subsector.

Parte da minha Companhia seguira de Buba para Aldeia Formosa, incorporada na Coluna Auto dos três Obuses de 14cm e a C.Caç. 1792 já era comandada pelo Cap. Art. Ricardo Rei, seguia ele assentado na traseira da carroçaria do Onimog que foi destruido por mina.
Seguindo eu logo após a viatura que procedia aquela, vi o estado em que ficou o Cap. Rei e este dirigindo-se para a retaguarda da Coluna incentivando os militares.
O Major Art. Ricardo Rei já não está entre nós, Paz para a sua Alma.

Como eras Vagomestre penso, que mesmo em prosa contarás esclarecendo a "estória" do Jantar de Natal a 23 de Dezembro de 1968 em Aldeia Formosa, devido ao churrasco de vaca ter sido servido tarde e a má hora, e as suas previsiveis consequências.

Com um Abraço
Arménio Estorninho