quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7644: Agenda Cultural (101): A Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa e o Núcleo de Estudantes Africanos da Faculdade de Direito: Homenagem a Amílcar Cabral, hoje, dia 20, das 16h30 às 19h30, na FD/UL, em Lisboa

1. Mensagem da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa, com pedido de divulgação:

 A  Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboavem por este  meio apresentar o seu programa para dia 20 de Janeiro na Faculdade de  Direito de Lisboa pelas às 16:30 na Sala de Audiências da Faculdade de Direito de Lisboa.

Cumprimentos Cordiais Ednilson dos Santos


Programa
A Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa (AEGBL) e o Núcleo de Estudantes Africanos da Faculdade de Direito (NEA-FDL),  com apoio da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal, vêm por este meio informar que no dia 20 de Janeiro de 2011 se  realizar uma Cerimónia em Homenagem a Amílcar Lopes Cabral e Heróis da luta pela libertação da Guiné-Bissau e Cabo-Verde.

Programa do Evento


Local de Evento: Faculdade de Direito de Lisboa [, Cidade Universitária,  Campo Grande], Sala de Audiências,

Hora: das 16:30h às 19:30

Tema: “Homenagem dos Heróis Nacionais da Guiné-Bissau e Cabo-Verde e a Influência do Pensamento de Amílcar Lopes Cabral nos dois Países ”

16:30 Abertura solene da Conferência

Conferencistas >

Eng. Domingos Simões Pereira, Secretário Executivo da CPLP [ , Comunidade dos Países de Língua Portuguesa];
Dr. José Luís Hopffer de Almada, Jurista e Analista político;
Prof. Doutor Julião Sousa, Professor de História e investigador na Universidade de Coimbra;
Dr. Rony Moreira, Sociólogo;
Prof. Doutor António Duarte da Silva, Professor Universitário e autor dos livros: Independência da RGB, Invenção e Construção da RGB;
Prof. Dr. Bernardo Pacheco de Carvalho, Coordenador do CIAT-CD Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, PAIAT - ISA/UTL

Moderador: Jornalista António Lopes Soares, Tony Tcheka, Consultor Internacional em Comunicação e Jornalismo

18:00h Espaço de Debate

18:30 Encerramento: Excelentíssimo Senhor Embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Dr. Fali Embaló

Organização: AEGBL e NEA-FDL Com Apoio da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal

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Nota do editor:

Último poste da série > 7 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7569: Agenda Cultural (100): Fim do Império: Olhares Jornalísticos - 4.º Encontro: 18 de Janeiro de 2011, na Livraria Verney, Oeiras. Oradores: Cor Carlos Matos Gomes e o fotógrafo Fernando Farinha  

17 comentários:

Anónimo disse...

Li bem?

Trata-se da divulgação de um acto de homenagem ao fundador da organização que combatia a tropa portuguesa, nós, naquele tempo e aos seus designados heróis?



__________
Não me parece útil ou pertinente hostilizar a memória dos elementos activos do PAIGC ou, sequer, alguns tardios simpatizantes 'daquilo' mas não parece edificante ajudar a promover actos de evocação elogiosa da sua acção, qualquer que seja a origem da iniciativa ou o ambiente em que se respaldam os organizadores, mesmo que se trate de actos inócuos e desfocado...
(por razões de nossa dignidade e de verticalidade na assumpção do acto cometido).

SNogueira

Joaquim Mexia Alves disse...

Meus camarigos

Uma coisa é colocar a guerra para trás e tentar construir o futuro na paz, outra, é homenagear quem combateu o meu país e com essa guerra matou Portugueses como eu, sobretudo quando se acrescenta , "Heróis da luta pela libertação da Guiné-Bissau e Cabo-Verde".

Alguma vez na Guiné-Bissau se homenageou, ou homenageará os militares Portugueses que ali combateram?

Ainda hoje, nós combatentes da Guiné abrimos aqui o nosso coração, as nossas memórias e tentamos ser o mais verdadeiros que nos é possível, (reconhecendo erros, derrotas, e afirmando vitórias), enquanto do "outro lado" apenas vemos a maioria continuar na propaganda inventada que em nada corresponde à realidade.

Sei que muitos poderão não concordar comigo, mas é assim que por enquanto vejo estas situações.

Apertar a mão ao antigo inimigo, tudo bem! fazer as pazes com ele, tudo bem! mas tudo deve ter o reverso igual e na mesma proporção.

Homenagear, unilateralmente, quem com bateu Portugueses, no próprio Portugal, para mim não.

E isto nada tem a ver com perdão da minha parte, pois em tudo o que puder ajudarei aquele povo e até os antigos combatentes do PAIGC.

Um baraço camarigo para todos.

Joaquim Mexia Alves disse...

Claro que é um abraço e claro que é combateu, tudo junto.

Antº Rosinha disse...

Cada país deve prestar homenagem aos seus maiores.
Nós aqui, por uma questão histórica e uma questão cultural não devemos ignorar factos que nos tocaram muito directamente.
Era interessante sabermos quais foram as homenagens prestadas em Bissau, nesta data a Amilcar Cabral.
Pois que o entusiasmo popular guineense por estas homenagens não tem sido muito visível, todos estes anos de independência.

Torcato Mendonca disse...

O nome, o meu, está acima e vai aparecer em baixo.

Gosto do Povo Guineense.Os estudantes desse País, como vivem em País livre, o meu,e aqui estudam ou trabalham/estudam, podem homenagear os seus heróis. Eu, no País deles, dificilmente me serias permitido faze-lo. Países, ex colónias deste Portugal demasiado condescendente.

É ASSUNTO QUE IGNORO.

Depois de saber o que dizem de mim e de outros ex combatentes,da propaganda mentirosa...etc.

A cada um o seu lugar e respeitemos a nossa MEMÓRIA COLECTIVA.
Um pouco divergente com SNogueira ou com J. M. Alves. Um pouco. Irrelevante.
Como irrelevante é para mim quem comigo discorda. Borrifo-me nisso.
Boa noite.
Torcato Mendonça

Luís Graça disse...

O nosso camarada Beja Santos, alferes miliciano do exército português, comandante do Pel Caç Nat 52, que chegou a ter a cabeça a prémio (por parte do PAIGC, das "gentes de Madina/Belel" que ele combateu, sem tréguas, no meu tempo em que o connheci em Bambadinca e Missirá, 1969/70), esteve em Novembro passado na Guiné-Bissau, e foi praticamente percorrer todas as estações do calvário da sua e nossa guerra, na zona leste, incluindo a Ponta do Inglês (no antigo subsector do Xime). Lembro aqui as suas palavras, que só podem ser as de um grande homem, português e cristão:

"Do primitivo quartel da Ponta do Inglês nada mais há a ver, aqui se tem construído depois da independência com alguma profusão, há escola e instalações que dão suporte às fainas agrícolas. Não se vêem sinais de embarcações. E não fossem já mais de 4 horas e o Tangomau ali ficaria à conversa, a apurar a culturas e as condições de vida. Fazem-se alguns escassos quilómetros de regresso até Gã Garneis, fixa-se a legenda, estamos no centro de um antigo quartel, apresentam-se pessoas, o Tangomau conversa com Jubalo Jau, que fora prisioneiro na luta, capturado numa operação entre o Buruntoni e a Ponta do Inglês. Não há rancores no que se declara e como se declara. É verdade que há muitos silêncios e medos, há temores de parte a parte mas é bom conversar com alguém que soube perdoar e continuar". (...)

Entendo que a paz é um caminho em dois sentidos... Sem querer ofender as susceptibilidades e os seus sentimentos de qualquer que seja, quero apenas lembrar que esta iniciativa é dos estudantes guineenses e outros africanos, embora tenha o apoio da embaixada da Guiné-Bissau, estudantes esses que felizmente não conheceram a luta armada e não combateram contra portugueses, estão cá a estudar, têm amigos portugueses e muito provavelmente alguns vão cá ficar (infelizmente muitos dos melhores quadros da Guiné-Bissau estão na diáspora)...

Esta iniciativa, cultural, é divulgada, como tantas outras, na nossa "Agenda Cultural"...

Torcato Mendonca disse...

Luís Graça

Não respondo.
isso não deve ser comigo.
haverá diferença entre o Povo das Tabancas e os Dirigentes...????

Abraço Querido Amigo e quem não tinha a cabeça a prémio????
AB T

( o perdoa-me não é aqui pois não?)

Anónimo disse...

É? e depois criam sites e associa_
ções clandestinas,onde nos metem
todos no mesmo saco,dizem cobras e
lagartos,destilando algum veneno.
Como no caso do site "Nzingalis"
Quem tem amigos assim....
Alberto Guerreiro.

Joaquim Mexia Alves disse...

Bem, meus camarigos, antes que "batam mais no ceguinho", vamos lá esclarecer umas coisitas.

Escrevo expressamente no meu comentário, que o meu perdão, (como também espero ser perdoado), aos antigos combatentes do PAIGC, é uma realidade para mim e expressamente afirmo a minha estima, (amor), pelo povo guineense, e ainda afirmo que estarei sempre disposto para os ajudar.

Em nenhum ponto do meu comentário me insurjo ou critico a publicação do evento aqui na Tabanca.

Escrevo sobre a paz bem como sobre a verdade dos factos, afirmando que quer uma quer outra tem que ser reciproca.

O que eu afirmo é que não concordo com uma homenagem, que é unilateral, em Portugal aos "Heróis da luta pela libertação da Guiné-Bissau e Cabo-Verde".

Portugal porque é na Faculdade de Direito de Portugal!
Se fosse na Embaixada da Guiné já seria outro assunto.

E também porque é unilateral, pois seria de "bom tom", para utilizar palavras simples, que uma tal homenagem fosse feita também aos militares Portugeuses que combateram na Guiné, e aí sim, estava bem marcada a reconciliação e a paz.

E já agora, a "talhe de foice" e servindo-me do Luís Graça, é pena que os quadros de um modo geral não regressem aos seus países, não porque me incomode a sua estadia entre nós, pelo contrário estou de braços abertos, mas porque os seus países precisam muito deles.

Um abraço camarigo para todos e aos camarigos, "desculpem lá qualquer coisinha"...

Isto é tentativa e humor sem qualquer outro significado!

Luís Graça disse...

Torcato:

Claro que não escrevo "recados" para ninguém, todos os meus camaradas, amigos e camarigos merecem o mesmo respeito, a começar por ti...

Sobre a "cabeça a prémio" do Tigre de Missirá, lê o poste de
22 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2294: De Madina para Missirá... com amor: a mina da despedida (Luís Graça / Humberto Reis / Beja Santos)


http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2007/11/guin-6374-p2290-de-madina-para-missir.html


(...) "Na véspera de sair do destacamento de Missirá, com os seus homens do Pel Caç Nat 52 - para ser colocado em Bambadinca, sede do BCAÇ 2852 (1968/70) - o Alf Mil Mário Beja Santos é vítima de uma mina anticarro, no percurso de regresso a casa, na estrada Finete-Missirá, perto de Canturé... Ele e mais duas secções...

"Não foi às cinco na tarde, como no trágico poema de Garcia Lorca (...), mas já ao anoitecer, no Cuor, a norte do Rio Geba, na Guiné, às 18h, do dia 16 de Outubro de 1969...

"Diz a lenda que a mina era para o Beja Santos e trazia um bilhete do Corca Só, o comandante da base do PAIGC em Madina/Belel... Nunca ninguém leu o alegado bilhete, pregado numa árvore e que se terá volatizado... Mas se o Corca Só fosse um verdadeiro cavalheiro e conhecesse os romances e/ou os filmes da série James Bond - o que era de todo improvável - teria escrito, ao melhor estilo da luta de libertação, o seguinte bilhete: De Madina para Missirá... com amor .(...)".

Como vês, querido Torcato, limito-me a evocar uma lenda... Eu também fui, ao lusco-fusco, ou já noite, na coluna de Bambadinca, galgando a bolanha de Finete, em socorro dos camaradas caídos na mina e emboscada na estrada de Finete-Missirá... Não cheguei a ver o famigerado papel, espetado na árvore, "Wanted live or dead"... Aliás, duvido que o Corca Só tenha vista alguma vez filmes do faroeste americano... Um Alfa Bravo. Luís

Anónimo disse...

Por acaso até acho que a divulgação do evento na rubrica "agenda cultural" tem toda a razão de ser. Não há considerações dos editores de incentivo ou não à participação. Deixa-se claro que é uma publicação a pedido. Nem sequer se elogia a própria iniciativa dos estudantes.

Já agora: sabiam que há uma "Rua Amilcar Cabral" no Lumiar?

Um abraço,
Carlos Cordeiro

Torcato Mendonca disse...

Luís Luís Luís

Já há muito que não comentava.
Passaram-me Postes.Estou atento,sempre.

Não dialogo contigo. Jamais em hipotética controvérsia e, se tal houvesse seria por escrito, por palavras, por conversa entre os dois.
Isto, com todo no respeito e estima pelo nossos ex camaradas.
Sabes a amizade que tenho pelo Mário. Quase todos os dias "falamos" pela escrita. Igualmente por ti sem "falarmos " assim com assiduidade.

As gentes do Cuor sabiam o que se passava...em toda a parte...os nossos o dito IN...as famílias...de ambos os lados da barricada...

Oh querido amigo eu nada mais te digo e já te disse demais.
Agora despeço-me com um forte abraço. Tens dúvidas? Sabes como tirar.
AB T

Ah, estou a adorar as crónicas da estadia do Mário. Gosto tanto daquela terra e de tanta gente. Mas a guerra é a guerra e o IN respeita-se mas...
depois eu jamais esquecerei ou mudarei

Anónimo disse...

Como outos títulos, este -Agenda Cultural- é vago.

O anúncio nú e cru desta iniciativa promove a homenagem ao reconhecido fundadordo PAIGC e seus heróis ie. aos nossos inimigos.
Uma de duas: ou a homenagem é uma evocação do combate dos elementos doPAIGC contra as forças portuguesas e da sua alegada heroicidade ou é um acto folclórico, desprovido de alcance histórico e sem reflexo na nossa identidade.
No primeiro caso a sua divulgação é grosseira; no segundo, ociosa.

SNogueira

Anónimo disse...

Mais ruas "Amílcar Cabral":

- Bobadela (Loures)
- Agualva-Cacém (Sintra)
- Azeitão (Setúbal)
- Aguiar (Viana do Alentejo)

Carlos Cordeiro

Anónimo disse...

CAMARIGOS
RECONCILIAÇÃO---SIM
PROVOCAÇOES---NÃO.
EM 2006 VI COM OS MEUS PRÓPRIOS OLHOS O BUSTO DE AMILCAR CABRAL EM BAFATÁ COMPLETAMENTE AO ABANDONO E CRIANÇAS A URINAR PARA A SUA BASE. MELHOR SERIA QUE OS ESTUDANTES GUINEESES SE PREOCUPASSEM EM PRIMEIRO LUGAR COM ESTES PEQUENOS PORMENORES.
PERPETUEMOS A MEMÓRIA DOS NOSSOS COMBATENTES.
DIGNO SERIA HOMENAGEAREM AMILCAR CABRAL MAS EM BISSAU.QUAIS SERIAM AS REACÇÕES DOS MENTORES DESTA HOMENAGEM,SE FOSSEMOS HOMENAGEAR OS NOSSOS COMBATENTES EM BISSAU.
UM EX-COMBATENTE RECONCILIADO
C. MARTINS

Anónimo disse...

Ao perguntar não ofende,digo eu.
Quem pôs o nome de Amilcar Cabral às ruas dessas localidades ?
Não seriam por acaso,só por acaso----autarcas do pcp.
Terão também, por acaso, só por acaso, nomes de ruas de ex-combatentes.
c.martins

Anónimo disse...

Se em Portugal somos proscritos
e paradoxalmente também por alguns
que como nós por lá andaram a apa_
nhar na corneta e agora,dizem que só os do outro lado foram injusti_
çados,que dirão aqueles que nunca
nos gramaram.Não há povo nenhum no
mundo que não tenha feito das suas,
não se difamão,são coesos.A Portu_
gal todos ca....am em cima,depois
ainda pedimos desculpa.
Alberto Guerreiro.