terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 – P7394: Controvérsias (113): Direito de resposta ao P7392 (Magalhães Ribeiro)


1. Camarada Vasco da Gama é na qualidade de membro desta Tabanca Grande, que eu Eduardo José Magalhães Ribeiro, ex-Fur Mil OpEsp/RANGER da CCS do BCAÇ 4612/74, Cumeré/Mansoa/Brá – 1974, respondo às dissertações que expuseste no poste P7392. 




Isto era escusado amigo Vasco da Gama, tens os meus números de telefones, telemóvel e e-mail, podias muito bem ter-me ligado (como já o tens feito muitas vezes) e esclarecíamos tudo intestinamente, mas há sempre uma tendência para o mediatismo (instintiva) e a reacção a quente (do mesmo modo) nestas coisas, não é?
Palavra de Honra, que o P7392, foi bom e oportuno para eu conhecer melhor o pensamento e poder interpretativo de mais alguns camaradas (só por isso valeu apena) e só vou responder porque partiu de ti, que considero um Amigo.
Outro qualquer mandava-o para aquela parte e pronto! Além de que: “Quem não se sente não é filho de boa gente.”, e eu sou!
Não percebo como interpretaste o meu texto, pois recebi diversas mensagens e e-mails, de quem gostasse e compreendesse o que eu escrevi. Aproveito a oportunidade para a estes últimos apresentar o meu muito obrigado.
Assim não foi e então aqui vão algumas explicações:
“… as letras garrafais… ” é um pequeno destaque no texto, em letra minúscula, expressando o meu pensamento e isso, que eu saiba em informática, não é ofensivo para ninguém.

“… apelidar alguns camaradas ex-Combatentes de ignorantes, de ressabiados, de fantoches apalhaçados, de idiotas, de serventias lacaias, que deturpam factos e acontecimentos porventura fatais à lealdade e veracidade que se exige nos registos paginais”, temendo que esses “tipos” deturpem a História de Portugal…” os exemplos deste tipo de gente são tantos, tão conhecidos e objecto, ciclicamente, de tantas críticas em todos os média e até aqui no blogue, tão lidos, debatidos e falados, que quanto a esta matéria está tudo dito!

“... se calhar, apenas e só, por não pensarem como ele.” estou-me marimbando que muitos não pensem como eu sobre estas matérias, como noutras, pois eles, com certeza, marimbar-se–ão também para as minhas.

“Não, não gostei de ler esta introdução e entristeceu-me a linguagem utilizada, eventualmente porque serei ignorante no seu entendimento…”, onde é que isso está escrito Vasco? Repito onde é que isso está escrito?
O 25 de Abril ou como eu gosto de escrever 25A74... eu estive nele de G3 na mão, no RI15 – Tomar -, estava mobilizado para Guiné (há postes no blogue onde estão documentos meus comprovativos e tudo).“… de Angola…”, só conheci os meus tios que trabalharam no duro em Luanda e arredores, investindo todos os centavos ganhos naquela terra em pequenas lojas, para no pós 25A74, retornarem a Portugal apenas com roupa que tinham vestida. Os que enriqueceram podem ser muitos mas eu não me relaciono com nenhum, nem me interessam para nada.

“A “nossa” Guiné, é por ela que o nosso Blog existe, ocupava o lugar n.º 175 entre 177 países no que ao índice de desenvolvimento humano diz respeito (é o terceiro pior país do mundo para se viver), tem uma mortalidade infantil de 200 por mil e um Produto Interno Bruto (P.I.B.) inferior à facturação anual de várias empresas portuguesas.”, lamento muito, sinceramente, mas a culpa, já lá vão 36 anos, é de quem? Repito de quem?

“Escolherás o saco onde me catalogarás, mas deixa-me dizer-te que em minha opinião os maiores amigos da Guiné são os nossos camaradas combatentes, tenham feito a guerra por amor à pátria ou obrigados, como foi o meu caso.”, pois eu também sou e tenho ido, até hoje, a TODOS os encontros, aqui em Matosinhos, que têm tido por fim ajudar a Guiné-Bissau, juntando-me aos nossos solidários Camaradas como o Zé Teixeira.

“Não os insultes!”, a minha resposta é QUÊ???????????????????????????? Insultei quem????????? Fica “ressabendo” que eu integro há muitos anos a esta parte duas associações de ex-Combatentes, onde continuo a ajudar, sempre que posso, mais destes Homens que tu jamais ajudarás em dias de vida! Por exemplo, ainda a semana passada quase vi falecer o nosso bom e leal Camarada Alfredo Dinis, no IPO do Porto, tendo-o visitado sempre que pude!

Isto era escusado amigo Vasco da Gama!
Era escusada a tua completa desinterpretação das minhas palavras e esta fissuração na nossa amizade!

Um abraço,
Magalhães Ribeiro
ex-Fur Mil OpEsp/RANGER da CCS do BCAÇ 4612/74
__________
Nota de M.R.:
Vd. último poste desta série em:

23 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 – P7320: Controvérsias (111): Copá: Quero aqui repor a verdade dos factos! (António Rodrigues, ex-Soldado Condutor Auto do BCAV 8323) 


8 comentários:

Anónimo disse...

Caro Camarada. Como escreves-te,e curiosamente creio com pontos de partida diferentes;eu também " näo sinto qualquer simpatia,ou nostalgia,pelo regime que cessou em Abril de 74,como também,näo me revejo,minimamente nas palavras,atitudes e procedimentos dos actuais líderes dos partidos políticos da nossa täo mal servida Pátria". Se me permites,creio que a linguagem forte que utilizas-te em alguns juízos de valor,acabou por provocar reaccöes talvez demasiado imediatistas.Talvez. De qualquer modo,estas buscas imediatas das "G-3" näo nos levam a nada de novo. Um abraco sincero.

Anónimo disse...

Eu não entendo é como o Camarigo Magalhães Ribeiro, perante afirmações públicas tão distantes de um pensamento democrático e claramente nos antípodas do entendimento do que é humanamente esperável, pensou que poderia ter como resposta uma chamada por telefone ou e-mail pessoal.
É que por aquela perspectiva (já sem falar de idiotas e ressabiados que aqui repõe), poderá dizer-se que quase toda Europa ocupada por Hitler é alemã.
E de facto é, mas por via de outras invasões do capital financeiro.
Esta minha afirmação, contudo, não abala a amizade e respeito pelo camarigo, e estou certo que não é isso que ele quer dizer

Anónimo disse...

É meu o comentário anterior e mais uma vez esqueci de assinar.
José Brás

Anónimo disse...

Camaradas,

Acabei de chegar do funeral de mais um ex-Combatente - Luís Cerqueira -, natural da Livração, em Amarante.

Bem disposto, amigo do seu amigo, sempre com uma palavra humorística na ponta da língua.

E assim, aos poucos nos vamos retirando desta vida cadela.

Um abraço,
Magalhães Ribeiro

Anónimo disse...

Paz à sua alma e conforto à família

José Brás

Anónimo disse...

onalobMeu grande amigo e camarade, so falam assim aqueles que parece que nao sofreram na pele a grande maioria dos ex combatentes e que partilham com os parazitas deste nosso Portugal que so nao nos metem na prisao com vergonha, mas tudo teem feito para denegrirem a nossa imagem de combatentes obrigados mas com dever cumprido
Bem haja pelo teu empenho e pelo contributo que tens dado aos ex combatentes.
Eu costume dizer em relacao aqueles contraditorios os caes ladram e a caravana passa.
Um grande abraco
Chapouto

Manuel Reis disse...

Amigo e camarada Magalhães Ribeiro:

Não havia necessidade de tanta animosidade, afinal tu emitiste uma opinião e o Vasco permitiu-se discordar.Só isso!

Camaradas partiram para a guerra movidos pelo ideal da defesa da Pátria, outros foram obrigados e sem qualquer motivação.Merecem todos o mesmo respeito e estima.
Se para os primeiros existia um objectivo bem definido, para os outros tudo teria de ser reequacionado, de modo a que o intesse do País não fosse colocado em causa. Muitos, nos quais me incluo, viam na defesa dos seus camaradas e no envolvimento amistoso com uma população sofrida o objectivo da sua missão.

Pode não ser consensual esta minha opinião, mas este apego sincero e amigo ao povo da Guiné, no momento actual, só acontece porque, outrora, se estabeleceu uma ligação afectiva recíproca muito forte.
Se ao fim de 36 anos a situação política e económica da Guiné está num caos, não é da responsabilidade dos ex-combatentes nem do poder político instalado em Lisboa. As causas são diversas e profundas.

Amanhã já é Natal!

Um forte abraço.

Manuel Reis

Torcato Mendonca disse...

Magalhães Ribeiro

Estás a ir longe demais. Assim provocas certos comentários dispensáveis.

Tens direito á tua opinião neste espaço plural. Mas, por vezes,pisamos terrenos pouco seguros.

Um abraço do Torcato