segunda-feira, 17 de maio de 2010

Guiné 63/74 - P6415: O nosso blogue em números (5): O novo contador da Bravenet... e o nosso pedido de desculpa aos portugueses dos Açores e da Madeira (Luís Graça)





O Contador Bravenet dava-nos, hoje, às 9h27, a posição (geográfica) de 10 visitantes recentes do nosso blogue: 2 no Brasil, 1 na Inglaterra, e os restantes 7 em Portugal Continental...


1. Em 13 do corrente, circulou pelo correio interno da nossa Tabanca Grande, uma mensagem dos editores com o seguinte teor:

Assunto: Estatística diária do nosso blogue
Amigos e camaradas:

Para todos vocês, os 415 membros inscritos da nossa Tabanca Grande, para quem fazemos o blogue, todos os dias, e que são uma força motivadora para prosseguirmos... (às vezes contra ventos e marés). E que nos ajudam a fazer o blogue, que é hoje, sem dúvida, um blogue colectivo...

Uma gracinha, uma prendinha... Passam a ter à vossa disposição uma pequena ferramenta que permite o apuramento estatístico do nosso movimento bloguístico (visitas por hora, por dia, por semana...). É só clicar no contador (Bravenet) na coluna à esquerda, ao alto... (Clicar em "View Site Stats")... Para aqueles que têm menos conhecimentos de inglês, uma breve explicação dos links (...).

Este contador foi posto no domingo à noite [, dia 9], daí só termos dados a partir de então... O saldo acumulado era de 1.730.000 (+/-)... Mesmo com a forte concorrência do Santo Padre, esta semana estamos com uma média de 2500 páginas visitadas /dia e 800/900 visitantes/dia...(portanto mais do dobro dos nossos "inscritos")...

Hoje verifiquei que havia gente a consultar-nos a partir do Brasil, dos EUA, do Canadá, da França, da Holanda, além de Portugal (incluindo Açores)... A nossa hora de ponta ("busiest time") é depois do almoço (das 2h00 às 2h59, PM)...


Obrigados pela vossa atenção, carinho, fidelidade, camaradagem, amizade... 

Os editores LG/CV/EMR/VB

2. A expressão (algo infeliz) "além de Portugal (incluindo Açores)" causou alguns reparos, reticências, senão mesmo calafrios... por parte de alguns camaradas. E com toda a razão. Por exemplo, o Jorge Portojo, escreveu o seguinte: " Parabéns,  pessoal. Mas essa graça do Portugal, incluindo Açores, é triste. Boto abaixo. Um abraço"...

 Respondi-lhe, tentando fazer graça (forçada): " Jorge: Na melhor nódoa... cai o pano! Que os Açores me perdõem!"... Mas desta vez fui capaz de ter ofendido os madeirenses, os nossos compatriotas da  Região Autónoma da Madeira, tão dura e tragicamente atingida  este ano pela fúria dos elementos da Natureza...

O Carlos Cordeiro, açoriano, português dos quatro costados, professor universitário, irmão do malogrado capitão pára-quedista  João Pedro Cordeiro, e que é um activíssimo membro do nosso blogue, mandou-me, por sua vez, a seguinte mensagem, que eu agradeço pela elegância, elevação e compreensão:

 Caro Luís,

Não há que preocupar. Percebi muito bem. A Madeira não estava, de facto, em linha. Daí teres dito assim. Podias ter dito, por exemplo, "Portugal (excluindo a Madeira)" ou "Portugal (continente e Açores)". Mas dito como disseste também percebi que era Portugal, incluindo os Açores e excluindo a Madeira.

Nós aqui é que temos mais cuidado, pois houve muita atenção, durante o Estado Novo, a estas questões. No século XIX dizia-se reino, metrópole, mãe-pátria (e pátria madrasta também). Num livro de 1932 dum velho republicano,  livre-pensador e adepto do federalismo ("Em Prol da Descentralização"),  o autor, Francisco d'Athayde Machado de Faria e Maia, referia-se ao continente como Portugal ou metrópole. 

A Constituição de 1933 é clara na definição do território português e é a primeira que diz claramente: "Na Europa: o Continente (Pedro da Silveira, julgo que na "Antologia da Poesia Açoriana", goza com essa terminologia dizendo mais ou menos: "Oh, a mania das grandezas!) e os Arquipélagos da Madeira e dos Açores".
Evidentemente que hoje a situação é ainda mais "exigente". Se eu me distraísse e dissesse "vou a Portugal" seria imediatamente taxado de separatista ou independentista. Mas - e bem - ninguém leva a mal se um continental que passe por cá diga o mesmo. Não teria qualquer conotação política. E isto acontece muitas vezes, até com pessoas de elevado nível cultural. O continental que sai de Lisboa ou do Porto de avião sai, geralmente, para o estrangeiro.

Desculpa o arrazoado, mas é para não ficares a pensar que teria sequer pensado no assunto.

Um abraço,
Carlos (*)

3. Comentário de L.G.:

Temos de ter sempre muito cuidado com o que escrevemos, nomeadamente em público... Nestes dias nem sempre tenho estado à altura do meu melhor... Peço desculpa, nomeadamente aos mais susceptíveis. E para que não restem dúvidas, a Constituição da República Portuguesa, de 1976 (na sua versão de 2005, VII Revisão Constitucional)  é peremptória, clara, concisa, precisa, na definição do território do nosso Portugal de hoje:
(...) Artigo 5.º - Território

1. Portugal abrange o território historicamente definido no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira. (...)

______________

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado, Luís, por teres "postado" o meu e-mail-comentário.
Em miúdos, se tínhamos alguem colega de escola natural do Continente ficava logo com a alcunha de "lisboeta" (e alguns, com mais azar, de "lisboense" - viste bem, não lisbonense!). Podia ser de qualquer localidade: para nós era lisboeta e pronto!
Um abraço,
Carlos