terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Guiné 63/74 - P5636: Histórias em tempos de guerra (Hélder Sousa) (8): Como fui parar ao Centro de Escuta

1. Mensagem de Hélder Sousa* (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 11 de Janeiro de 2010:

Caros amigos Editor e Co-Editores
Em anexo envio-vos uma pequena história que tem a ver com a minha ida para o "Centro de Escuta".
Através dela podemos ver como foram diferentes os tempos por mim vividos em 1971 e os que se viviam em 73, a avaliar pelo relato do M. Maia num seu comentário ao artigo do Belarmino sobre o STM.

Como tenho poucas fotos, junto essas duas em trabalhos de radiolocalização.
Numa delas estou a fazer a pesquisa da comunicação do emissor do IN em observação na ocasião e leitura dos elementos obtidos. Na outra estou a fazer a comunicação dos dados para o posto director, trabalhando com a 'chavezinha de morse'.

Um abraço
Hélder Sousa


Hélder Sousa em missão de radiolocalização


HISTÓRIAS EM TEMPO DE GUERRA (8)

COMO FUI PARAR AO “CENTRO DE ESCUTA”


Caros amigos e camaradas,
Já em tempos vos dei a conhecer como ‘fui telegrafista’ ainda antes de a Instituição Militar me indicar para vir a ser TSF, aliás, tendo em conta a excelência do Curso e dos elementos seus constituintes, melhor seria dizer, “Ilustre TSF”.

Também, aquando da minha apresentação na Tabanca, dei conta, de forma resumida é certo, e ao correr da escrita, de qual teria sido o meu desempenho nos diferentes locais e actividades por onde estive destacado.

Pertencendo ao STM, que o nosso camarada Belarmino Sardinha teve a iniciativa de ‘esmiuçar’ em Post relativamente recente, fui, nessa qualidade, enviado para Piche com a missão explícita por indicação do meu Comandante à época, também Comandante do STM, Cap. Oliveira Pinto (infelizmente já falecido) de conseguir do comando da Unidade de Piche, o BCav 2922, a construção de um edifício próprio para a instalação do Posto de Transmissões daquele local, o qual, até àquele momento, funcionava numa viatura especial mas que estava nos planos do Comando enviá-la para outro sítio.

Até aqui, nada de novo em relação ao que já relatei. Acontece ainda que tanto o Cap. Oliveira Pinto, do STM, como o Cap. Cordeiro, Comandante da Companhia de Transmissões, para além do facto curioso de serem cunhados, eram meus contemporâneos do BT (Batalhão de Telegrafistas) em Lisboa, onde fiz a Especialidade de TSF, 2.º Ciclo do CSM e eles estavam, salvo erro, como Tenentes em tirocínio. Havia, naturalmente, um reconhecimento mútuo, até porque essa época ocorreu no último trimestre de 1969, coincidindo com as ‘eleições de 69’…

Então, é preciso que se diga que aquando da nossa apresentação em Bissau (minha e dos outros 6 camaradas TSF que foram então em rendição individual) foi-nos dito que só iríamos para zonas A ou B (não sabíamos o que era, mas explicaram que as zonas C eram as mais perigosas…), daí que o facto de ir para Piche (com a tal missão) fez com que o meu Comandante me chamasse para dizer da importância da missão, da necessidade do seu rápido êxito e que, para compensar essa ida para um tal local C seria, no fim da mesma, contemplado com a colocação provavelmente em Teixeira Pinto ou Bolama.

Das peripécias ocorridas em Piche relacionadas com a missão darei conta posteriormente, importa agora, para chegar ao objectivo do tema de hoje, dizer apenas que cheguei a Piche salvo erro a 10 de Dezembro de 70 e em 1 de Abril de 71 enviei a mensagem “Posto concluído. Solicito autorização ida a Bissau”.

A meio de Abril lá fui, com a tal viagem que nunca se esquece, coluna até Nova Lamego e depois Bafatá, Bambadinca e Xime (com a particularidade de nesta última parte, por ser o mais graduado ‘a bordo’, me terem responsabilizado pela boa entrega de 4 urnas) e depois uma viagem na ‘Bor’ até Bissau, a que já fiz referência em texto anterior.

Ao passar por Bambadinca estive com um dos recentes ‘atabancados’ o Fur Mil TSF Vítor Raposeiro, do curso anterior ao meu, e que me disse que na véspera, 14 de Abril de 71, tinha havido um forte ataque a Catió de que resultou, entre outros, ferimentos no Fur Mil TSF Nélson Batalha.

Regressado a Piche para as tarefas de instalação de equipamento, sobreposição com o meu substituto, etc., voltei finalmente a Bissau com a missão encerrada depois do meio do mês de Maio.

É aqui que entra o meu espanto por aquilo que o nosso ‘bardo do Cantanhez’, Manuel Maia, relata nos comentários que fez ao artigo do Belarmino, em que confessa que esteve quase, por ‘cunha’, a ir parar ao “Centro de Escuta” e só não foi por haver uma ‘cunha mais poderosa’…

Ora bem, para além de também, como ele, me congratular pelo facto de tal não ter ocorrido, pois provavelmente não teria havido inspiração para os magníficos poemas com que já nos brindou, devo dizer que, comigo passou-se praticamente o inverso.

Esclarecendo, digo que o desenvolvimento da “Guerra Electrónica”, com a ‘escuta’ em fonia e grafia das transmissões do IN, bem como acções de radiolocalização, escuta e gravação das emissões das rádios dos países vizinhos (Senegal e Guiné-Conacri), gravação de outras comunicações em francês (ORTF, Voz da América, BBC, etc.), acções de ‘empastelamento’ e controlo do mesmo das emissões do PAIGC, captação de emissões em telex de diversas agências noticiosas, etc., etc., tinha tido o seu grande impulso enquanto estive em Piche.

Por esses tempos os Fur Mil (é claro que só estou a falar destes, porque relativamente ao restante pessoal que dava corpo ao trabalho, não devo adiantar muito por falta de conhecimento de causa directo) Eduardo Pinto e José Fanha, que tinham chegado à Guiné comigo, não foram para o mato e estavam a ter uma vida verdadeiramente difícil nesse desenvolvimento da “Escuta” pois tinham serviço permanente de turnos, do qual saíam para fazer radiolocalização, voltar ao turno da “Escuta”, sair para fazer serviço de Sargento-de-Dia à Unidade, voltar ao turno, etc., etc., mas lá iam aguentando debaixo da ameaça de “vais p’ró mato”.

Como se devem lembrar do que o Belarmino escreveu, nós, STM’s, quando ‘colocados em qualquer quartel ou aquartelamento da Guiné não dependíamos do Comandante do Batalhão, nem de qualquer Comandante de Companhia, éramos ali colocados pelo Agrupamento de Transmissões (quando fui para Piche este Agrupamento ainda não tinha sido criado) e dele ficávamos dependentes, embora sujeitos às normas estabelecidas dentro desse quartel, até sermos substituídos’.

Ora bem, então. Quando terminei a missão e procurei saber junto do meu Comandante qual o destino reservado, se Teixeira Pinto se Bolama, ele, compreensivelmente pouco à vontade, disse-me que me devia apresentar ao Sr. Cap. Cordeiro da Companhia de Transmissões pois estava a fazer falta na “Escuta” e precisavam lá de mim.

Estão a ver a situação?

Por um lado eu ‘vinha do mato, duma tal zona C’, que era um papão para aqueles desgraçados que estavam em Bissau e que de lá não queriam sair. Pelo mesmo lado, eu sabia da ‘qualidade de vida’ que eles tinham em Bissau, na “Escuta”, e sabia da relativa tranquilidade disciplinar que tinha vivido no mato, fora, é claro, das ‘outras coisas’ inerentes à permanência em local sujeito a flagelações, ataques, emboscadas, etc., para além da angústia partilhada com quem tinha tarefas bem mais perigosas. Por outro lado, ainda, tinha a meu favor uma promessa não cumprida, por parte do meu Comandante…

Apesar do meu constante e veemente protesto fui mesmo apresentar-me ao Senhor Capitão Cordeiro (a última vez que o vi era Tenente Coronel mas já lá vão uns bons pares de anos…) sendo que se estabeleceu uma verdadeira conversa surreal.

Vê lá, amigo Maia, as diferenças entre 71 e 73.

O Senhor Capitão diz-me que tenho que ir para a “Escuta”, pois tem pouco pessoal e eu faço lá falta!

Eu respondo-lhe que “quero ir para o mato”, que pertencia ao STM e não à Companhia de Transmissões, que tinham prometido compensar-me com descanso devido ao êxito de minha missão e não com ‘trabalho escravo’.

O Senhor Capitão não se deixa impressionar (obviamente) e diz que tenho que fazer uns testes para poder ir para a “Escuta”.

Respondo-lhe que não vale a pena fazer os testes porque não tenho qualificações e, além disso, “quero ir para o mato”, pertencia ao STM e não à Companhia de Transmissões, que tinham prometido compensar-me com descanso devido ao êxito de minha missão e não com ‘trabalho escravo’.

O Senhor Capitão diz que os testes consistiam essencialmente em saber o que eu sabia de francês e inglês, pois isso era necessário.

Respondi que, quanto a isso, não sabia nada e que “queria ir para o mato”, pertencia ao STM e não à Companhia de Transmissões, que tinham prometido compensar-me com descanso devido ao êxito de minha missão e não com ‘trabalho escravo’.

Sem se perturbar (garanto que já várias vezes ‘visualizei’ a cena e não deixo de gabar a paciência que ele teve) o Senhor Capitão inquiriu:

- Aqui na tua ficha diz que tens a frequência do 2.º ano do Instituto Industrial…
E eu disse:

- É verdade, mas “quero ir para o mato”, pois pertenço ao STM…”

Interrompeu-me e em jeito de consequência do que tinha dito antes adiantou:

- Então, isso quer dizer que, para entrares no Instituto Industrial, tiveste que ter dado francês e inglês…”

- Pois, - disse eu, - mas isso foram só umas noções escolares, não tenho prática” e além disso “quero ir para o mato”.

O Senhor Cap. Cordeiro arrematou:

- Está feito o teste. Vais para a “Escuta”.

Bem, aqui já não me podia recusar, estaria sob alçada disciplinar por desobediência a ordens mas, dadas as circunstâncias envolventes e o facto de comigo não poder resultar a ameaça de ‘vais p’ró mato’, foi possível ‘negociar’ condições para essa ida para a “Escuta”, em que a mais importante foi a de que não haveria serviços à Unidade, só “Centro de Escuta”, o que foi aceite para bem de todos os que os por lá desempenhavam funções.

Um abraço para toda a Tabanca!
Hélder Sousa
Fur Mil TRMS TSF

__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 31 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5568: Votos de Feliz Natal 2009 e Bom Novo Ano 2010 (25): 'Ousemos lutar para ousar vencer' (Hélder Sousa)

Vd. último poste da série de 18 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5296: Histórias em tempos de guerra (Hélder Sousa) (7): Mascotes e animais de estimação e/ou companhia - Os gatos….

5 comentários:

Anónimo disse...

Helder,
Explica-nos, como é que negociaste ir só para a escuta, e isso foi uma conveniência para todos os outros que por lá desempenhavam funções.
Serias chato de aturar em qualquer dos outros serviços?
Seria que te imaginavam perigoso se tivesses que fazer uma guarda?
Seria que tinhas tanto ascendente por teres estado em zona C, que o capitão aceitou o negócio?
Provavelmente foi outra a razão, que não descortino, mas, seguramente, terá sido vantajosa para ti. Penso assim, porque me transmites um certo geito para a negociação, a modos que uma queda para a diplomacia. No entanto, ipso facto, admites que o M.Maia, sem preparação, mas com uma cunha superlativa, também poderia desempenhar qualquer função, desde que falasse francês, por exemplo, tocar piano.
Finalmente, felicito-te por teres sobrevivido às complicações da escuta, e manteres o tino para apreciares as sextilhas.
JD

MANUEL MAIA disse...

AMIGO HÉLDER,

QUANDO REFERI QUE ESTIVE A UM PEQUENO PASSO DE IR PARA BISSAU "TRABALHAR" NA ESCUTA,NÃO ME RECORDO JÁ SE FIZ UMA EXPLICAÇÃO COM ALGUM DETALHE.

NESTA CONFORMIDADE,CORRENDO O RISCO DE ME REPETIR,VOU EXPOR AS RAZÕES QUE MOTIVARAM ESTA PASSAGEM PELO TESTE E A QUASE ENTRADA NO "LOCAL DO CRIME"...

ESTAVA EU NO BEM-BOM DE BISSUM,POR TRÁS DO ARAME FARPADO PROTECTOS,NUMA VIVÊNCIA DE BANDO,QUANDO CINCO MESES APÓS A CHEGADA À GUINÉ,DECIDI IR DE FÉRIAS
(QUERIA TER A CERTEZA SE ACASO PELO CONTINENTE, NÃO O DO BELMIRO-CLARO ESTÁ -ATÉ PORQUE NESSA ALTURA O DITO AINDA ANDAVA LÁ PELO CU DOS FRANCESES...

UM AMIGO DO MEU PAI E DA FAMÍLIA,
PROMOTOR PUBLICO A TRABALHAR NA JUSTIÇA EM BISSAU,EM CONVERSA COM O MEU PAI,APERCEBENDO-SE DA PREOCUPAÇÃO DESTE, DEU-LHE INDICAÇÃO PARA MAL CHEGASSE A
BISSAU,IR TER COM ELE PARA VER A HIPÓTESE DE ME ARRANJAR UM LUGAR NA GUERRA CITADINA TÃO DO GOSTO DO NOSSO CAMARADA E GRANDE LÍDER AB,ONDE DESENHAVA OS GRANDES
EMBATES E PREPARAVA MINUCIOSAMENTE COM OS SEUS SOLDADINHOS DE CHUMBO,AS BATALHAS DA SUA GUERRA DE ALECRIM E MANJERONA...

COMO FALAVA COM RELATIVA FACILIDADE FRANCÊS,MAU GRADO NÃO SABER TOCAR PIANO,( ESTOU ATENTO ZÉ DINIS...)FIZ O TESTE QUE ME GARANTIA A MUDANÇA DE ARES.

REGRESSEI A BISSUM,CERTO DE QUE SERIA CHAMADO DIAS DEPOIS...

O QUE NÃO IMAGINÁVAMOS,ERA QUE O MEU CAMARADA DE COMPANHIA, NAVEGA,DE SEU NOME,TINHA UMA CUNHA SUPERIOR À DE ALFERES...

CURIOSAMENTE,EU ERA ATIRADOR DE INFANTARIA,E O NAVEGA TINHA A ESPECIALIDADE DE ARMAS PESADAS,NENHUM DE ,PORTANTO,PERCEBIA RIGOROSAMENTE NADA DE TRANSMISSÕES PARA ALÉM DE LIGAR O AVP1 E SOLTAR UMAS "PATACOADAS" ...

COMO VÊS,CONTRARIAMENTE AO QUE DISSESTE,SE TIVESSE IDO PARA BISSAU,TERIA PELO MENOS A OPORTUNIDADE DE VER DE PERTO ESSA LENDA VIVA DA GUERRA DE GUERRILHA,ESSE GUEVARA DAS LUSITANAS HOSTES,NAPOLEÃO DO SÉCULO XX...OU,PORQUE NÃO,O VERDADEIRO ÉMULO DE NUN`ALVARES...

POR OUTRO LADO,NÃO TERIA CONHECIDO AQUELE "BURAKO" NA PAISAGEM DO CANTENHEZ,DE QUE DEI PUBLICO CONHECIMENTO ATRAVÉS DE UM POST, NESTE BLOGUE ,HÁ UNS MESES ATRÁS...


É ASSIM A VIDA,PERDE-SE AQUI,GANHA-SE ALÉM...

UM GRANDE ABRAÇO PARA OS DOIS

MANUEL MAIA

José Marvelino Martins disse...

Caro Helder

Este Capitão Oliveira Pinto esteve no Regimento de Transmissões, na Arca d'Agua (Porto) em 1967?
Em caso afirmativo deve ter sido ele o Comandante da Companhia de Instrução, quando por lá passei pela especialidade de Teleimpressor, antes de ser mandado apresentar no CISMI, em Janeiro de 1968.

José Martins

Anónimo disse...

Helder,

Que belo relato da tua entrada na escuta e abandono da malta da chave de morse, mas estás desculpado perante os argumentos apresentados.

O Capitão Cordeiro, estou em crer tratar-se do mesmo que por lá encontrei e que dizia-se estar envolvido no movimento dos capitães, aliás devido à sua preocupação com as mensagens que chegavam de Lisboa, especialmente nos dois dias anteriores.

Por norma, havia excepções, os oficiais do Quadro no Agrupamento de Transmissões eram todos pessoas com boa formação.

Aliás tenho uma história do Aspirante que foi comandante do meu pelotão de especialidade no Porto que procurarei um dia ver como e se enqadro no blog.

Um abraço
Belarminoi Sardinha

Hélder Valério disse...

Caros amigos
Colocam algumas questões que talvez possam ser esclarecidas.

Para o JD (Zé Dinis...) posso tranquilizá-lo dizendo que a negociação não envergonhou ninguém, foi uma forma diplomática de eles terem o que queriam (a minha participação) e eu 'esquecer' a promessa não cumprida dedicando-me total e exclusivamente às tarefas inerentes às novas funções...

Para o Maia reforço a idéia de que não deve ter perdido nada...
Aquilo na 'Escuta' não tinha a emoção que viveste em Bissum e noutros buracos... É claro que havia uma ou outra vantagem, como por exemplo teres conhecimento antecipado (pelas escutas efectuadas) de coisas e notícias que às vezes nem chegavam ao conhecimento geral, mas era uma chatice, teres que comer naquela messe de sargentos ou gastares o teu dinheirinho nos restaurantes e tascas de Bissau...

Para o Zé Martins peço desculpa de não poder ser muito afirmativo. No texto digo que os Srs. Capitães estavam no final de 69 como 'tenentes em tirocínio' mas posso estar realmente enganado, já lá vão tantos anos e durante bastante tempo 'fechei' estas memórias, pelo que é bem possível que já fossem Capitães nessa ocasião. Talvez com tempo possa chegar mais perto da verdade. Lembro-me que ao tempo da minha estadia no Porto, no RTM, o Sargento da Companhia de Instrução chamava-se Guedes Barbosa, mas já não sei o nome dos Srs. Oficiais, para além, é claro, dos famigerados Tenente Valtelhas e Capitão Carneiro que, na prática, 'mandavam' na Unidade.

Para o Belarmino só posso dizer que não consigo confirmar tratar-se da mesma pessoa mas quanto à 'proximidade' ao 'Movimento doa Capitães' é perfeitamente possível.
Já quanto ao 'abandono da malta da chave de morse' trata-se de uma conclusão exagerada, tanto mais que nas fotos que incluí está uma que ilustra perfeitamente que continuei a trabalhar com ela, quando era necessário, e até se pode ver que era 'em cima do joelho'...

Um abraço
Hélder S.