sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Guiné 63/74 – P5534: Histórias do Eduardo Campos (1): CCAÇ 4540, 1972/74 - Somos um caso sério (Parte 1): Do Cacheu ao Cantanhez


1. O nosso camarada Eduardo Ferreira Campos, ex-1º Cabo Trms da CCAÇ 4540, Cumeré, Bigene, Cadique, Cufar e Nhacra, 1972/74, enviou-nos em 22 de Dezembro, a primeira da sua série de histórias que nos prometeu ir enviando nos próximas dias.

Camaradas,

Depois de ler com muita assiduidade as histórias que diariamente são publicadas no Blogue e tendo eu também algo para contar, sob a minha passagem pela Guiné, chegou a hora de compartilhar convosco algum do material guardado no “disco duro” da minha memória:


CCAÇ 4540 – 1972/74 – SOMOS UM CASO SÉRIO

PARTE 1

No dia 28 Agosto 1972, teve início no Regimento de Infantaria 15 (RI 15), em Tomar, a concentração do pessoal que constituiria a Companhia de Caçadores 4540. Na sua grande maioria, os militares eram oriundos do Norte do País, sendo de realçar a presença de alguns que vieram de França, para cumprirem o Serviço Militar.

Foi-nos concedido o gozo de uma licença de 2 semanas, após a qual o pessoal da Companhia, se foi apresentando novamente no RI 15, tendo-se procedido á Cerimónia de Bênção e Entrega do Guião à Companhia no dia 15SET1972, seguido de um desfile das tropas, na parada do Regimento.

Às 02h00 do dia 19 desse mesmo mês, a Companhia embarcou em autocarros, em Tomar, dirigindo-se para o aeroporto de Lisboa, onde o pessoal transitou para um avião dos TAM (cerca das 09h00), após o que levantamos voo rumo aos céus da África Ocidental.

Após quatro horas de voo bastante confortável, durante as quais imperou a boa disposição, já que a quase totalidade do pessoal realizava a sua primeira viagem aérea, aterramos no Aeroporto de Bissalanca. Procedeu-se então ao desembarque, perante um calor tórrido e sufocante,  próprio das regiões equatoriais.

Terminadas as formalidades habituais destas rotinas, procedeu-se ao transporte dos militares e respectivas bagagens, numa coluna de viaturas com destino ao Cumeré onde ficamos instalados. No dia 22SET1972, de manhã, fomos chamados para uma formatura geral, a que se seguiu o desfile da Companhia recém-chegada, perante o Brigadeiro Silva Banazol que proferiu algumas palavras de boas-vindas. Nesse mesmo dia segui para Bissau, com destino ao Regimento de Transmissões, onde estive cerca de 15 dias a fazer o chamado IAO.

Terminado o IAO, houve lugar a nova formatura geral no dia 17OUT1972, desta vez frente ao General António Spínola, Governador e Comandante-Chefe das Força Armadas do CTIG. A 18OUT1972, a Companhia partiu do Cumeré com destino ao porto de Bissau, onde se procedeu ao nosso embarque na LDG BOMBARDA, rumando á terra “prometida”, Bigene. 

E assim, lá fomos rio acima (Cacheu) desembarcando numa localidade chamada Ganturé, onde nos esperavam os camaradas da CART 3329, que iríamos substituir. Era notável a alegria com que nos receberam, tendo-nos em seguida transportado para Bigene (cerca de 6 ou 7 km), onde deparamos com vários dísticos e cartazes alusivos à chegada da nova Companhia de periquitos, espalhados pelas paredes e pela rua principal, cheios de humor e ironia.


Foto 1 – Bigene: Junto aos brasões das Companhias que por lá tinham passado





Foto 2 – Bigene: O descanso do “guerreiro” junto ao posto de rádio



Foto 3 – Bigene: Com um amigo de ocasião



Foto 4 – Bigene: De vez em quando dava para tomar banho



Bigene era bastante povoada, com gentes de várias etnias,  predominando os Fulas e os Balantas, havendo ainda bastantes Mandingas. A população europeia, além dos militares e do administrador de Posto, era praticamente inexistente, havendo apenas 1 português que era proprietário de uma casa comercial. Haviam mais 3 casas comerciais, propriedades de 3 libaneses.


No posto sanitário de Bigene acontecia algo que eu considerava surpreendente, que era receber e tratar populares do Senegal, que atravessavam a fronteira para receberem tratamento médico. Ao mesmo tempo, esta gente aproveitava para comercializar os seus produtos no mercado local.

No dia seguinte, começou o treino operacional em conjunto com a CART 3329, cuja finalidade era adaptar e capacitar o pessoal em situações operacionais semelhantes às que iria encontrar nas suas futuras actividades dentro do sector atribuído à Companhia. É de salientar que ainda no período de treino operacional a 23OUT1972, se ter verificado o 1º contacto de fogo com o IN, mesmo junto ao marco fronteiriço que separava a Guiné/Senegal.

Só me apercebi que a palavra guerra fazia aqui todo o sentido, quando saí pela primeira vez para o mato e assisti à implantação de um campo de minas, e algumas armadilhas, na zona Samoge-Sambuía.O primeiro baptismo de fogo aconteceu a 24OUT1972, próximo de Nenecó, sem consequências. O PAIGC pelas informações que tínhamos, não tinha estruturas dentro do subsector de Bigene, nem se encontrava implantado no mesmo.

Partiam de bases situadas no Senegal, principalmente em Kumbamori, crê-se que utilizando as variantes do corredor de Sambuiá, para “cambar” o rio Cacheu, transportando material e mantimentos até ás margens do rio Cacheu, que procuravam atravessar em canoas e botes de borracha, para o interior do território, sendo, por vezes, surpreendidos pelos fuzileiros que se encontravam em Ganturé.

Terminado o período de sobreposição com a CART 3329, foi transferida por esta Companhia, para a nossa, toda a responsabilidade administrativa e operacional. No dia 15NOV1972, a CART 3329 terminou a sua comissão e despediu-se de Bigene.

Foi com muita emoção que os vimos partir, após um convívio comum de quase um mês, passado naquela localidade. Passou, desde então, a nossa Companhia a dar cumprimento às missões que lhe foram atribuídas, executando as directivas do COP 3. Uma semana depois recebemos a noticia que iríamos ser transferidos para Sul, sendo substituídos pela CCAÇ 3 e, de novo, lá fomos na LDG BOMBARDA.

Estávamos no dia 09DEZ1972, rio Cacheu abaixo, destino: Cadique/Cantanhez.


Foto 5 – A bordo da LDG “Bombarda”, com o João Pinto – Enfermeiro -, a caminho do Cantanhez


No dia 12DEZ1972, cerca das 08h00, avistamos pela primeira vez, terras do Cantanhez. Lugar onde parecia haver calma e paz, coisa que, ali, jamais encontraríamos.

Navegava-se lenta e demoradamente, connosco atentos a qualquer coisa suspeita, como se adivinhássemos a todo e qualquer momento o… imprevisto.

Posso afirmar que todo o pessoal, que até então tinha mantido um aparente estado de serenidade e bom equilíbrio psíquico, que evidentemente estava muito longe de existir na realidade, em cada um de nós, começava a exteriorizar-se através dos primeiros sintomas de medo, angústia e desespero, que se denotavam, nitidamente, nos nossos rostos. Tais sinais iam-se agravando, conforme se avançava no rio, e mais nos aproximávamos da zona que sabíamos de alto perigo.

A tomada de consciência desta crua realidade, que era “A EXISTÊNCIA IMINENTE DE PERIGO REAL DE MORTE”, despoletou em nós, instintivamente, a exigência da máxima vigilância a eventuais movimentos estranhos nas margens, que nos rodeavam, e a necessária manutenção do silêncio.

Chegados ao porto, onde se previa o desembarque, e mal a lancha alcançou terra firme, “A NOSSA TERRA PROMETIDA”, sem perda de tempo começaram a sair vários grupos de combate, para manter as seguranças, afastada e próxima, a fim de que o desembarque se fizesse sem grandes receios.

Logo que nos sentimos em terra do Cantanhez e nos familiarizamos com o lugar, onde iríamos “vegetar” durante quase uma dezena de longos e difíceis meses, tudo em nós se voltou a suavizar e a aparentar a habitual e perdida serenidade.

Finalizamos o desembarque sem percalços de maior, eram cerca de 09h00, (com o apoio da Força Aérea e dum bi-grupo da CCP 121), começando-se logo a trabalhar para instalarmos de imediato o pessoal, numa área que reunia as condições mais apropriadas á futura construção do aquartelamento.

Os primeiros dias da instalação do pessoal da Companhia foram penosos, em virtude de não existir nenhuma estrutura de que a tropa pudesse tirar partido, para implementar o seu futuro estacionamento.

Apenas existia uma mata exuberante, compacta e de difícil penetração, e algumas tabancas dispersas e ocupadas por população da área, predominando os velhos e as crianças. A pouco e pouco foi-se desbravando a mata e procedendo-se à colacação estratégica de todas as secções do Comando da Companhia e dos Grupos de Combate.

É de salientar o trabalho efectuado pela Força Aérea, Marinha, Pára-quedistas e outras forças, que dias antes do desembarque “limparam a zona” e acredito que só assim não tivemos problemas durante o desembarque, já que a região era considerada zona libertada pelo PAIGC.

A Companhia acabou por ter uma adaptação bastante boa e depressa se conformou com a sua sorte existencial “SITUAÇÃO DE TOTAL CARÊNCIA”. Todas estas operações tiveram o nome “GRANDE EMPRESA”, visando a recuperação do Cantanhez e, na hora do desembarque, compareceu o General Spínola, que acompanhou de perto o desenrolar das actividades no terreno.

Foto 6 – Cadique: Tratando da higiene das mãos


Foto 7 – Cadique: A mata começou a ser desbravada



Foto 8 – Cadique: A Bandeira já havia, vendo-se ao fundo os chalés “com ar condicionado”



Foto 9 – Cadique: Um abrigo também já havia



Foto 10 – Cadique: O que será feito destes jovens?


Após os primeiros dias de porfiado esforço,  dispendido na montagem do estacionamento, começaram os nossos Grupos de Combate a tomar contacto com o terreno, acompanhados por Grupos da CCP 121. Foi de grande utilidade para os nossos militares a observação do modo como se comportavam, e da preparação com que a tropa especial pára-quedista foi dotada para este tipo de guerra. Muito se aprendeu realmente no convívio estabelecido, dentro e fora do aquartelamento, entre os militares de ambas as  Companhias.

Os primeiros contactos com o IN foram obra da CCP 121, a qual nos transmitiu teoricamente os modos de actuação e as estratégias utilizadas pelo IN, e a sua estrutura de carácter militar, naquela zona operacional.

A situação sanitária era razoável, mesmo considerando as precárias as condições de higiene que se viveram nos primeiros tempos do baseamento da Companhia.

As condições climáticas eram as mais adversas.  A situação logística foi muito precária nos primeiros meses de vida no Cantanhez.  As nossas condições de adaptação foram melhorando, à medida que se foi desmatando a floresta, com a abertura de poços, a construção de um heliporto e de um cais.

À medida que o reordenamento foi evoluindo, começou Cadique a tornar-se uma povoação de fisionomia completamente diferente, permitindo assim beneficiar, em muitos aspectos, a população local e a tropa, nomeadamente, no que respeita a melhoria das instalações.

O agrupamento de Cadique ficava situado na península formada pelos rios Cumbijã e Cacine, no Sul da Guiné, o terreno é plano, dividindo-se em dois planos de carácter bem distintos: por um lado a bolanha e, por outro, a mata densamente arborizada.

A configuração do sector apresentava-se do seguinte modo: a Norte era delimitado pelo Rio Bixanque, que desagua no Cumbijã, a Sul pelo rio Macobum, a leste pela mata do Cantanhez até ao entroncamento de Jemberem, e, a Oeste, pelo rio Cumbijã.

Os dois mais importantes itinerários eram, na época, a via fluvial do Cumbijã e a via terrestre, que ia de Cadique a Jemberem (que quando lá chegamos era uma picada secundária), e, quando de lá saímos, era uma estrada principal e que ia entroncar na picada principal que vinha de Cabedu.

O principal aglomerado populacional era Cadique Nalú, existindo ainda, além dele, outro de menos importância que se chamava Cadique Imbitina (a cerca de 2,5 Km). Mais para Norte, existia um outro importante aglomerado populacional,  Cadique Iala. O quartel acabou por se construído em Cadique Imbitina.

Na época, o principal recurso desta zona era, sem dúvida, o arroz em virtude das enormes bolanhas, que existiam ao longo de todo o rio Cumbijã. Outro recurso que não era explorado, era a pesca no rio Cumbijã, que me pareceu ser rico em variedades de peixe e de crustáceos.

A população civil era quase toda de etnia Balanta, encontrando-se também alguns (poucos) Nalus. Mostrou-se a princípio muito pouco receptiva à presença da tropa e bastante temerosa.

À data, não existia população europeia além dos militares, mas, segundo informações colhidas na zona, teria existido alguma antes do início das hostilidades, que se sentiu obrigada a abandonar a localidade em virtude do agravamento da instabilidade.

Nesta zona iríamos sofrer bastante. Parecia-nos mais um lugar paradisíaco do que um campo de batalha, mas, dias mais tarde, iríamos ter a oportunidade de ver e sentir a triste e fatal realidade.

O pior estava para vir: o inferno da construção da estrada Cadique/Jemberem.

Um abraço Amigo,
Eduardo Campos
1º Cabo Trms da CCAÇ 4540



Fotos: © Eduardo Campos (2009). Direitos reservados.

_____________

Notas de M.R.:

Este é o primeiro poste desta série "Estórias do Eduardo Campos".

18 comentários:

mariotrindadept disse...

E nesse mês de Setembro de 1972 nos devemos ter cruzado lá pelo Cumeré.
Um abraço e Bom Natal.
Mário Trindade
http://picasaweb.google.pt/mariotrindadept/GuineBissau?feat=directlink

Anónimo disse...

Camarada Eduardo Campos,

Ajuda-me aqui a esclarecer uma coisa. Falas ter passado os primeiros 15 dias no Regimento de Transmissões em Bissau, ora eu em Bissau só conheci o Agrupamento de Transmissões, pegado com o QG, em Santa Luzia.

Pergunto, foi neste ou noutro quartel que estiveste?

Um abraço,
BS

Manuel Reis disse...

Amigo Campos:

É com alguma expectativa que aguardo o relato do percurso da tua companhia, no que se refere à presença no Cantanhez. Como sabes há alguns episódios que conheço, que o nosso amigo comum, Duarte Pereira, com a seu modo cativante,teve a amabilidade de me contar.
Dada a proximidade de Guileje, em linha recta, a vossa companhia teve oportunidade de ouvir o festival com que fomos contemplados.
Aguardo o teu próximo episódio.
Continuação de Boas Festas.
Um abraço amigo.
Manuel Reis

Hélder Valério disse...

Caro Eduardo Campos

Pois então venham de lá esses relatos com os tempos vividos a caminho 'dos dias do fim'.
Registo que se trata de um novo elemento das Transmissões que veio enriquecer a lista de membros do nosso Blogue.

Relativamente ao Mário Trindade informo que me interessei pelo seu álbum de fotos com o link do picasa que ele indica e tem lá realmente fotos muito interessantes, pena é que nem todas estejam legendadas. São interessantes e deviam estar a acompanhar um ou outro texto!

Relativamente à questão onde o Eduardo foi tomar contacto com a realidade da exploração-utilização das Transmissões calculo que tal tenha sido nas instalações do Agrupamento de Transmissões, figura entretanto criada na sequência das Transmissões ter passado a ser 'Arma' e de cujas instalações eu assisti à inauguração.
No Agrupamento de Transmissões cabia (funcionalmente) a Companhia de Transmissões, o S.T.M., o Centro de Escuta ('Guerra Electrónica' como gostavam de chamar no meu tempo) e ainda outras organizações funcionais cujo nome correcto não me ocorre agora e que salvo erro era o Pelotão de Transmissões que se ocupava da reparação e manutenção do material e equipamentos relacionados.
Quem se destinava a incorporar os serviços do STM, normalmente localizados nas sedes de Batalhão, recebia formação nas suas instalações (se a memória não me atraiçoa, situadas sobre o lado esquerdo depois da parada de entrada principal de Santa Luzia), aqueles que iriam incorporar as transmissões das Unidades (Batalhões e Companhias) tinham a formação distribuida por outros locais que não sei precisar.
Um abraço
Hélder S.

António Graça de Abreu disse...

Meu caro Eduardo Campos
Devemo-nos ter cruzado lá pelo Cumbijã, tu em Cadique, eu em Cufar.
No meu Diário da Guiné, na edição do livro pag.122, escrevi a 25 de Junho de 1973:

"(...)A sul do rio Cumbijã fica a região do Cantanhez, até há pouco um santuário do PAIGC. Ora em finais de 1972, o general Spínola decidiu ocupar toda esta zona e, talvez pareça estranho, no entanto não foi difícil espalhar as NT pelas regiões do sul, os guerrilheiros têm também as suas debilidades, quase não resistiram à ocupação e foram-se multiplicando os destacamentos com tropa portuguesa junto de pequenas aldeias, cada um deles com pelo menos uma companhia de cerca de 180 homens, Cafine, Cafal, Cadique, Cobumba, Jemberém, Chugué, Caboxanque. Os portugueses podem agora afirmar que o sul já não é pertença do PAIGC. Não conheço ainda a maneira como vivem estes quase dois mil homens, mas posso imaginar como tudo tem sido duro. Estão a construir os aquartelamentos, sujeitos a frequentes flagelações, muitos dormem ainda em tendas, em valas, quase sem luz, com dificuldades de abastecimento de água, com alimentação deficiente. Uma coisa é certa, os guerrilheiros não só não conseguiram impedir a instalação dos novos aquartelamentos portugueses como tiveram de abandonar as aldeias e de se refugiar nas florestas, junto de pequenos lugarejos escondidos no mato."

Este o meu texto, escrito acabado de chegar a Cufar que bate certo com tudo o que dizes.
A estrada Cadique-Jemberém, com o seu rol de mortos, é mais para finais de 1973/74, também dou testemunho disso tudo no meu Diário, até porque as evacuações eram feitas por Cufar, e eu, já meio apanhado, estava em todas. Odiava o sangue e a guerra, mas lá ia eu a correr, com os jeeps ou unimogs dar uma ajuda nas evacuações, sempre que havia feridos e mortos.
Um abraço,
António Graça de Abreu
Um abraço,
António Graça de Abreu

Anónimo disse...

É bem possivel, pois estava lá muito "povo" recordo apenas da C.Caç 4541, que também saiu de Tomar.
Um abraço e continuação de um Bom Natal.

Anónimo disse...

Caro Mário Trindade, em virtude de não ter assinado a minha resposta ao teu comentário aqui vai em conformidade.
É bem possivél,pois estva lá muito "povo". Recordo-me apenas da C. Caç. 4541, que também saiu de Tomar.
Um abraço e continuação de um bom natal.
Eduardo Campos

Anónimo disse...

Camarada BS (O que significa BS ?)
Boa pergunta, tenho muitos apontamentos sobra a minha passagem pela Guiné, mas quanto a este assunto não tenho, o Helder Valério deverá ter razão no comntário que faz.
Estive de facto em Santa Luzia e seria então Agrupamento.
Recordo-me bem, foi que as instalações era tendas de campanha.

Um abrço
Eduardo Campos

Eduardo Campos disse...

Meu caro amigo Reis.

Podes contar com isso, pois tenho muitos apontamentos, mas outros terei de recorrer ao (computador) e com quase 37 anos de atraso, não é fácil, principalmente com datas.
Vou quase todas as 4º feiras à tabanca de Matosinhios e fui logo faltar quando tú por lá apareceste!.

Um abração
Eduardo Campos

Anónimo disse...

Pois li os "escritos" do meu amigo e cunhado Eduardo Campos e fiquei admirado com a fluidez e sensibilidade da sua escrita, aberta e dirigida á "poba" e de facil compreensão. Qualquer dia temos um "nobel tabanqueiro", he he he.
Finalmente o nosso camarigo decidiu "abrir o livro, o que nos garante mais umas estórias e lhe garante "limpar a alma"; continua que a Tabanca está atenta e a gostar.
Um abraço de teu cunhado que te estima muito

Jose Carvalho
Guileje.

Anónimo disse...

Caro António Graça Abreu.

Antes de mais gostaria de o cumprimentar pois tive o prazer de o conhecer no último almoço (convivio) do Blogue, onde embora por pouco tempo, estivemos a recordar a Guiné.

Cruzar-nos em Cadique ou Cufar eu diria que sim, pois o meu futuro também irá passar por Cufar,onde estive cerca de 5 meses ao serviço do Cop 4 (brevemente falarei no blogue).

Um Abraço
Eduardo Campos

Anónimo disse...

Caro Eduardo Campos
e
Hélder Valério

Aproveito para responder aos dois, pode ser?

Primeiro o Eduardo. O BS quer dizer Belarmino Sardinha, atabancado neste também neste blog, só que a forma mais rápida de assinar, dado que julgo saberem de quem se trata é BS.

Efectivamente o Hélder tem alguma razão, tal como eu referi tratava-se do Agrupamento de Transmissões e não Regimento.

Quanto ao STM tenho preparado um texto explicativo e penso enviá-lo Segunda ou Terça-feira, queria primeiro fotografar um livro para acompanhar o texto.

Mas adianto para o Hélder que o pessoal do STM não fazia qualquer estágio no Agrupamento. O estágio era feito no Continente e lá era só esperar o embarque para os locais destinados.

Um abraço,
BS

Joaquim Mexia Alves disse...

Está mais que visto que eu não me cruzei contigo, camarigo Eduardo Campos, pois andámos por sitios diferentes, mas vou estar atento aos próximos "relatos".

Um abraço camarigo

MANUEL MAIA disse...

CARO JOSÉ EDUARDO,

ANTES DE MAIS QUERO DIZER-TE QUE POR LAMENTÁVEL LAPSO,O COMENTÁRIO QUE FIZ AO TEU POST,FOI INEXPLICAVELMENTE PARAR A UM OUTRO,DO EDUARDO ALVES QUE ESTÁ IMEDIATAMENTE A SEGUIR A ESTE.

PROVAVELMENTE DEVIDO À MINHA "NABICE" NO TRATAMENTO DESTAS MÁQUINAS INFERNAIS...

vAMOS ENTÃO AO TEU ESCRITO QUE REPUTO DE ALTA QUALIDADE.

FIQUEI "FREGUÊS" POIS SEI QUE IREI SEMPRE ENCONTRAR UM CHEIRINHO DE CANTANHEZ E DO NOSSO CUMBIDJÃ QUE O MÁRIO FITAS,E O GRAÇA DE ABREU,
TÃO BEM CANTAM.

CONHECI TAMBÉM A ESTÂNCIA TURÍSTICA DO CANTANHEZ,ONDE OS RESORTS E OS CINCO ESTRELAS FUNCIONAVAM COM A QUALIDADE QUE SE LHES EXIGE,E OS RESTAURANTES CONSTAVAM NAS LISTAS MICHELIN,SINÓNIMO AFINAL DA ALTÍSSIMA QUALIDADE DE SERVIÇO QUE DEBITAM...

TUDO ALI CORRIA ÀS MIL MARAVILHAS,COMO CERTAMENTE ESTARÁS RECORDADO,PTOTEGIDOS QUE ESTÁVAMOS ,PELAS DELICADAS FIEIRAS DE FARPADO ARAME,QUE DAVAM ÀS INSTALAÇÕES UM TOQUE DE CLASSE,E SIMULTÂMENTE BÉLICO QUANTO BASTE ,COMO PANO DE FUNDO PARA AS BATALHAS DE ""PAINT BALL" COM QUE,SEMPRE EM BANDO, NOS ENTRETÍNHAMOS POR LÁ,SEMPRE,SEMPRE À ESPERA DA VISITA DE SUA EXCELÊNCIA EXCELENTÍSSIMA DOM ALMEIDA BRUNO,PERDÃO CORONEL DO MESMO NOME...

AGUENTÁMOS POR AQUELAS BANDAS,ATÉ ONDE NOS FOI POSSÍVEL( PORQUE APESAR DA QUALIDADE REALÇADA,AQUELA VIDA DE "DULCE FAR NIENTE" TAMBÉM SATURA...)

MARMITAS RELUZENTES(FAZIAM PARTE DO JOGO BÉLICO QUE ENCENÁVAMOS)NUMA MESA IMPECÁVELMENTE POSTA,TUDO NUM BRINCO,MAS ACABARÍAMOS POR ABANDONAR O PROTECTOR ARAME FARPADO,
UNS DEZ MESES DEPOIS DE ALI CHEGADOS,SEM QUE A EXCELÊNCIA EXCELENTÍSSIMA ,(SEMPRE EM FORÇADOS ENVOLVIMENTOS À MESA DO SOLAR DOS DEZ,OU QUALQUER OUTRO DESSES ESPAÇOS DE GUERRA DE BISSAU,)TIVESSE OPORTUNIDADE DE ABANDONAR ESSE TEATRO DE OPERAÇÕES PARA NOS VISITAR -FELIZARDOS QUE FÔRAMOS NA COLOCAÇÃO - NAQUELE ESPAÇO DE PAZ QUE ERA O CANTANHEZ.

FOI ESSA A GRANDE MÁGOA QUE TRUXE DO CANTANHEZ,NÃO TER PODIDO VISUALIZAR O EXCELENTE CABO DE GUERRA,COM A AURA DE UM NAPOLEÃO BONAPARTE ,QUIÇÁ DUM ALEXANDRE MAGNO,E PODER,NUM GESTO DE INCOMENSURÁVEL GRATIDÃO,BEIJAR OS PÉS DE TÃO OMNIPOTENTE MILITAR,QUE GRANJEOU O EPÍTETO DE "APONTADOR" DE SPÍNOLA...

SEI QUE QUANDO PARTIR PARA O ETÉREO,DOM ALMEIDA BRUNO,SERÁ BEATIFICADO,PARA NUMA SEGUNDA FASE ATINGIR A SANTIFICAÇÃO...

QUE DEUS NOSSO SENHOR GUARDE E PROTEJA TÃO EXTRAORDINÁRIO CABO DE GUERRA, E O COLOQUE DEPOIS AO LADO DE NUN`ALVARES...
...

BRINDA-NOS POIS COM OS TEUS ESCRITOS.
CÁ FICAREI A AGUARDAR OS PRÓXIMOS.

UM GRANDE ABRAÇO.

MANUEL MAIA

Anónimo disse...

Manuel Maia.

O que posso dizer a um poeta deste gabarito?
Neste momento aproveito para te dizer que foi com pena que não estive no lançamento do teu livro e ao mesmo tempo azar pois sou um ferrinho na tabanca.
Um abraço
Eduardo Campos

Anónimo disse...

Caro Mexias Alves

Foi pena mas não nos cruzamos.

Quanto ao estares atento dos próximos relatos é o que me preocupa.

O blogue está cheio de escritores poetas e outras coisas mais e eu reconheço que tenhos as minhas limitações.

Um Abraço
Eduardo Campos

mariotrindadept disse...

Helder, que não falte nada, já meti lá no Album http://picasaweb.google.pt/mariotrindadept/GuineBissau?feat=directlink
as legendas e uns retoques.

Eduardo, eu estive sempre no Cumeré, no ar-condicionado como se dizia, a minha passagem pela Guiné tem por isso muito pouco que contar.

Todos os meses ia lá a esse não sei quê das Transmissões mas mal me lembro, ainda está para chegar o dia de limpar o pó a apontamentos que por aqui tenho.

Um abraço a todos.

Carlos Vinhal disse...

Este comentário foi por lapso do seu autor, Manuel Maia, parar ao poste do José Eduardo Alves.
Aqui, fica no seu lugar para a posteridade.
CV


CARO EDUARDO,

BEM-VINDO SEJAS À TABANCA GRANDE.

FUI DO TEU TEMPO, MAIS VELHO UM MÊS(CREIO QUE AFIRMAS TER IDO EM AGOSTO E EU FUI A 13 DE JULHO).

CONHECI TAMBÉM ESSES PARADISÍACOS LUGARES DO CANTANHEZ, MORMENTE CAFAL/BALANTA E CAFINE(DESTACAMENTOS QUE ABRIMOS PARA ALBERGAR A COMPANHIA) ONDE OS HOTEIS ERAM DE CINCO ESTRELAS, OS RESTAURANTES ONDE FAZÍAMOS AS REFEIÇÕES CONSTAVAM NO GUIA MICHELIN, E TUDO CORRIA ÀS MIL MARAVILHAS, "ESCONDIDOS QUE ESTÁVAMOS POR TRÁS DO ARAME FARPADO, AGRUPADOS EM BANDO, E SEMPRE, SEMPRE À ESPERA DA VISITA DE SUA EXCELÊNCIA EXCELENTÍSSIMA, DOM ALMEIDA BRUNO, PERDÃO CORONEL DO MESMO NOME...
LAMENTÁVELMENTE, NÓS DE MESA POSTA, MARMITAS RELUZENTES, TUDO NUM BRINCO, ACABAMOS POR ABANDONAR O ARAME FARPADO SEM QUE SUA EXCELÊNCIA EXCELENTÍSSIMA NOS BRINDASSE COM A SUA PRESENÇA DE GRANDE CABO DE GUERRA COM A AURA DOS NAPOLEÕES, QUIÇÁ DOS ALEXANDRES...

FOI ESSA A GRANDE MÁGOA QUE TROUXE DESSE MEU TEMPO DE CANTANHEZ, NÃO TER PODIDO VISUALIZAR TÃO DISTINGUIDA FIGURA, PARA NUM GESTO
DE INCOMENSURÁVEL GRATIDÃO BEIJAR OS PÉS DE TÃO OMNIPOTENTE MILITAR, QUE GRANJEOU O EPÍTETO DE APONTADOR DE SPÍNOLA...

SEI QUE QUANDO PARTIR PARA O ETÉREO, DOM ALMEIDA BRUNO SERÁ BEATIFICADO PARA NUMA SEGUNDA FASE. AÍ SIM ATINGIRÁ A SANTIFICAÇÃO.

QUE DEUS NOSSO SENHOR GUARDE E PROTEJA TÃO EXTRAORDINÁRIO CABO DE GUERRA, E O COLOQUE AO LADO DE NUN`ALVARES.

BRINDA-NOS POIS COM OS TEUS ESCRITOS, SACADOS DE MEMÓRIA E DE UM OU OUTRO APONTAMENTO DE ENTÃO.

CONTA-NOS COMO FOI ESSA TUA AVENTURA, ESCONDIDO COMO EU E TANTOS MILHARES, POR TRÁS DO FARPADO ARAME PROTECTOR.

UM GRANDE ABRAÇO DE BOAS VINDAS
MANUEL MAIA