sábado, 28 de novembro de 2009

Guiné 63/74 – P5359: Banalidades da Foz do Mondego (Vasco da Gama) (VII): Ontem, dia 26 de Novembro de 2009, chorei uma lágrima…



1. Mensagem do nosso camarada Vasco da Gama, ex-Cap Mil da CCAV 8351, Os Tigres de Cumbijã, Cumbijã, 1972/74, enviada em 27 de Novembro de 2009:



BANALIDADES DA FOZ DO MONDEGO - VII


ONTEM, DIA 26 DE NOVEMBRO DE 2009, CHOREI UMA LÁGRIMA

Alertado por camarada amigo, combatente, como eu o fui na Guiné, decidi assistir, há sempre uma primeira vez para tudo, à inauguração de um “ Memorial aos Combatentes no Ultramar da Figueira da Foz”, onde constam, gravados em pedra, trinta e cinco nomes dos figueirenses mortos ao serviço da Pátria, alguns deles tendo por sepultura uma cova aberta no mato de uma qualquer Guiné, outros jazendo em sepulturas nas antigas colónias à espera, estarão (?), que alguém , porque não a tal Pátria, os traga até ao seio das suas famílias que ainda , creio, os vão chorando.

Para todos vós, alguns dos quais tão bem conheci e com quem brinquei pelas ruas de Buarcos, a minha lágrima de respeito e de saudade. Que a mesma lágrima honre também os mortos em combate da Figueira da Foz, que por motivos que desconheço, não aparecem no Memorial e logo no local referenciámos dois.

Aos camaradas mortos digo-vos que estavam muitos combatentes que ouviram, num misto de emoção e revolta gritar, bem alto, os vossos nomes, um por um, e quase todos respondiam bem alto: Presente.

A cerimónia oficial, querem saber dela (?), foi “bonita” “pá”.

Discursou um senhor presidente da Liga da Figueira, um novel presidente da Câmara, o senhor padre, perdão, cónego, e um senhor Tenente General, no vosso tempo este posto não existia, chegado num reluzente Mercedes Benz e que é o Sr. Presidente da Liga dos Combatentes. Não digam a ninguém, mas eu nem sequer sabia o nome de Sua Excelência, mas agora temos umas “máquinas infernais”, que é como o nosso Vate Manel chama aos computadores, onde vem tudo, até o nome do Sr. General Chito Rodrigues.

Disseram coisas muito bonitas e todos eles falaram sempre na palavra Pátria e em heróis (que são vocês), porque morreram…que os mortos assim, que os mortos assado.

Sabem, peço-vos desculpa mas achei os discursos muito de plástico, muito de circunstância, muito repetitivos, muito vazios, com pouca força, sem aquele sentimento genuíno que os combatentes conhecem, mas se calhar não compreendi bem e posso estar errado, pois agora a velhice já não é um posto, como era na nossa altura, a velhice agora só atrapalha…

Agora queridos camaradas mortos em combate, mortos em acidente, mortos afogados nos rios traiçoeiros, de uma coisa eu tenho a certeza, é que nenhum dos senhores que falou teve uma pequenina palavra para os Combatentes (lato sensu), uma palavra de carinho, de apoio, de gratidão para com os antigos Combatentes.

Sabem, é que para mim, se calhar estou errado, há muitos mais “mortos” nesta guerra que todos travámos e nós, os que não morremos, respeitamos os nossos camaradas feridos com gravidade, os camaradas estropiados, os camaradas que estendem a mão à caridade, os camaradas que foram abandonados pela família, os camaradas que se vão suicidando e também os camaradas que vão andando sem grandes problemas.

Mas todos estes, queridos companheiros heróis, vão morrendo lentamente e no dia do seu funeral, se ainda houver alguém para os recordar, também serão chamados de heróis e os seus familiares também ouvirão falar em Pátria.

Nós, os combatentes que não morreram, temos de viver com um grande nó na garganta, com um grito que não se solta, com essa incapacidade, eu assumo a minha parte de não termos sido capazes de dizer a quem nos governa, em devido tempo:

BASTA! RESPEITEM- NOS!

Por temer que já seja tarde demais, choro também uma lágrima por todos nós.

Vasco A.R. da Gama
Cap Mil da CCAV 8351
__________
Nota de M.R.:

Vd. último poste da série em:



15 comentários:

Juvenal Amado disse...

Em 26 de Novembro de 1972 morreu o Alferes Mota.
Já em anterior altura falei disso. Mas agora faço coro com o Vasco onde a velhice era um posto e hoje só atrapalha.
Já atrapalhamos pouco cada vez seremos menos.
Se calhar a nossa memória é incomoda por isso nos ignoram.
Tantos militares peitudos hoje sem uma guerrazita. Não há direito. Depois as medalhas e o curriculun......?

Enfim só "chatices"

Anónimo disse...

Obrigado meu capitão!
José Câmara

José Marcelino Martins disse...

Não caro Vasco. Não é tarde.

Chamam-nos "ex" ou "antigos", mas eu não concordo porque ...

Muitos de nós cairam:
- As estatisticas, comparando vários conflitos, dizem que foram poucos!
- Nós dizemos que foram DEMAIS!

... nós continuamos o combate, o combate contra o esquecimento e pela nossa dignidade.

Houve quem nos achincalhasse, bombardeando-nos com todos os epítetos possiveis, porque estivemos em África, fazendo disso grande alarido.

Napoleão disse; Dum lado está o canhão, do outro está a RAZÃO!

Quando passamos à peluda, entregamos as armas, por isso...

Alfa bravo

Anónimo disse...

Caro Vasco

Essa (as cerimónias oficiais que se vão fazendo) é a realidade, de certo modo, triste realidade, porque em regra, salvo algumas excepções, os oradores, nem sabem do que estão a falar, porque são pós-guerra, ou então só sabem aplicar palavras desprovidas de sentimentos solidários.
Os sobreviventes vão-se finando e, qualquer dia, acabou-se a legião dos "incómodos".
Grande abraço
Jorge Picado

Manuel Reis disse...

Manuel Reis:

Belo texto!

Verifico que está tudo bem contigo.
Fico contente por ti, pelo Luís, pelo Blogue.
Um abraço
Manuel Reis

mario gualter rodrigues pinto disse...

Caro camarada

Belas palavras as tuas carregadas de sentimento e revolta, duma justeza confortante para todos os nossos camaradas caidos em combate.

Bem-hajas Vasco da Gama


Um abraço


Mário Pinto

Anónimo disse...

Ao ler, também me caiu uma lágrima.
Coragem, o mundo não acabará aqui.
Está lançada a semente para que as Vossas Memórias não sejam esquecidas.
Um abraço Vasco.
Filomena

Julio Vilar pereira Pinto disse...

Ao ler eeste escrito do Vasco da Gama fiz um minuto de silêncio por todos aqueles para quem não houve regresso.
Felizmente e u tive a sorte de ter estado em Angola numa zona e numa altura em que a guerra esteve de férias, parecia aguerra do Solnado,
Mas lembro sempre o choque que senti quando soube do desaparecimento, no rio Bissalom, na zona de Tite do meu amigo de infancia,escola e adolescencia,Furriel Mlº Júlio Lemos Martins em 65.
Ao pensar nele penso também nos outros que deixaram os melhores anos da sua juventude nas longinquas terras africanas aop serviço de uma Patria que nunca quiz saber dos falecidos e que nunca respeitou os combatentes vivos mas que vão desaparecendo cumprindo a lei natural da vida.
Nestas inaugurações aparecem sempre os emproados a falar da Patria e dos heróis mortos, mas dos herois vivos não se fala nem se tem respeoto por eles.
Para bens amigo Vasco da Gama pela sua escrita.

MANUEL MAIA disse...

AMIGO VASCO,

ESTOU A LER-TE COM OS OLHOS MAREJADOS POIS ESTE TIPO DE MANIFESTAÇÕES A QUE ASSISTISTE E ACABASTE DE NOS CONTAR,COMOVEM E SOBRETUDO REVOLTAM,COMO SE DEPREENDE PELAS TUAS PALAVRAS...

CLARO QUE OS DISCURSOS SÃO DE PLÁSTICO,VAZIOS DE CONTEÚDO PORQUE NÃO SENTIDOS.

SÃO AS BANALIDADES CIRCUNSTANCIAIS
A QUE NOS HABITUARAM JÁ OS POLÍTICOS,GRANDES OU OS PEQUENOS A "QUEREREM TREPAR"(AUTÁRQUICOS...)

OS PADRES,CURAS,CÓNEGOS,PRIORES,BISPOS,
SÃO OUTRA DAS PROFISSÕES REPRESENTADAS QUE SE APRONTAM PARA "BOTAR FALADURA",NA PRESENÇA TAMBÉM HABITUAL, DA SECÇÃO DE BOMBEIROS COM AS SUAS FARDAS MELHORES E O COMANDANTE, GARBOSAMENTE VESTIDO,"MORTINHO" ELE TAMBÉM, POR DIZER AS SUAS PALAVRAS...

QUANTO AOS REPRESENTANTES DA OUTRA CLASSE PROFISSIONAL( A CARECEREM DE UMA GUERRAZITA COMO DE PÃO PARA A BOCA, COMO MEIO PARA ATINGIR O FIM, CONSUBSTANCIADO NAS LUZÍDIAS MEDALHAS E NO NÃO MENOS RELUZENTE VIL METAL...) "ATIRAM" COM O AMOR PÁTRIO DE FORMA SISTEMÁTICA PARA IMPRESSIONAR OS CIRCUNSTANTES.
É UMA FORMA CAPCIOSA DE CONSOLAR OS FAMILIARES DOS QUE TOMBARAM...

MAS ESTE CINISMO JÁ NÃO É DE AGORA..

AS LIGAS E LIGUINHAS GOSTAM DESTE "NÚMERO" COM DEPOSIÇÃO DA COROA DE FLORES, DO DISCURSO CIRCUNSTANCIAL,E FUNDAMENTALMENTE DA FOTOGRAFIA A PERPETUAR O ACONTECIMENTO,(EVENTO COMO SE DIZ AGORA...)

FALTA A HOMENAGEM AOS QUE VÃO CAINDO AOS POUCOS,QUE CIRANDAM NAS RUAS DAS CIDADES E UM POUCO POR TODO O PAÍS,AGARRADOS AO ALCOOL UNS,VENCIDOS PELA DROGA OUTROS,ABANDONADOS PELAS FAMÍLIAS OUTROS TANTOS,ANDRAJOSOS,MAL CHEIROSOS, ESFAIMADOS,DESEMPREGADOS, DESCARTÁVEIS,JOGADOS FORA COMO SE DE LIXO SE TRATASSE.

A HOMENAGEM QUE SERÁ A SUA MAIS QUE MERECIDA DIGNIFICAÇÃO,O TRATAMENTO PSICOLÓGICO,E FÍSICO,
E O ACESSO A UMA REFORMA E COMPLEMENTO, SE CASO DISSO,QUE PERMITA UM FIM DE VIDA COM ALGUMA DIGNIDADE.

O PAÍS DEVE ISSO A QUEM O SERVIU!

ESSES A QUEM O PODER DIZ "JÁ
DEVEREM UNS ANOS AO MANGUEIRO"...

ESSES DE QUEM O PODER SE PROCURA LIBERTAR QUAL PESO INCÓMODO, A QUEM AGORA VAI "OFERECER" UM OU DOIS EUROS DE AUMENTO NO SUBSÍDIO RE REINSERÇÃO(PALAVRA BONITA...)
DEPOIS DE LHES TER ROUBADO
(NÃO,NÃO É DURA A EXPRESSÃO,FOI DE FACTO UM ROUBO PERPETRADO POR PROFISSIONAIS DO MESMO, A DIMINUIÇÃO OU CORTE NA ESMOLA QUE LHES HAVIA SIDO CONCEDIDA POR TEREM "DADO O CORPO AO MANIFESTO EM ÁFRICA"...)

NESTA LUTA PELA DIGNIDADE E RESPEITO QUE O PAÍS DEVE AOS COMBATENTES
NÃO DEVEMOS DESISTIR.

FAÇAMO-LO PELOS MORTOS,MAS TAMBÉM
E FUNDAMENTALMENTE,PELOS VIVOS(?),QUE,QUAIS ZOMBIES,VAGUEIAM ERRANTES OSTRACIZADOS PELO PODER,À ESPERA DA PARTIDA.

É POR ESSES QUE NOS DEVEMOS IMPOR.

SAIBAMOS SER MERECEDORES DA AMIZADE DA CAMARADAGEM,DA SOLIDARIEDADE QUE TODOS,POR
CERTO,SENTIMOS EM ÁFRICA.

FORAM NOSSOS IRMÃOS NA ADVERSIDADE NAS TRISTEZAS MAS TAMBÉM NAS ALEGRIAS LÁ SENTIDAS.

JUNTEMOS A NOSSA VOZ À DO VASCO, PARADIGMA DA SOLIDARIEDADE(SEI DO QUE FALO)E AVANCEMOS COM MEDIDAS PRESSIONANTES JUNTO DO PODER.
É URGENTE FAZER ALGO.

UM GRANDE ABRAÇO AO VASCO E A TODA A TABANCA.

MANUEL MAIA

Joaquim Mexia Alves disse...

Que dizer-te camarigo Vasco, senão que estou contigo a chorar as mesmas lágrimas, que aqui nesta Tabanca já chorei pelos mesmos motivos.

Juntamos a estes os que connosco combateram, e que sendo de lá das guinés, das angolas, dos moçambiques, por lá ficaram porque o nosso país não honrou os seus compromissos.


Quantas noites ainda sem dormir, quantas irritações inexplicáveis, quantos momentos de tristeza sem sentido aparente!

E desprezados, sempre desprezados, ou pior, postos de lado porque incómodos!

Abraço forte, camarigo para ti, para todos

Zé teixeira disse...

Andava eu pela Guiné e já chamava a "esses senhores"crocodilos lacrimados, isto é, choram lágrimas de crocodilo com olhar pesaroso. O verdadeiro sentimento, esse só quem viveu os dramas. Nós, lá longe e os nossos entes queridos, cá nesta banda da "mãe pátria"

A CARTA QUE NÃO ESCREVI

A carta que escrevi
Não escrevi.
Ao seu destino chegou.
Atrasada.
No avião seguia, quando morri,
Levou-me o sopro de uma granada.
Dizia eu que estava bem. Era verdade.
A guerra estava parada.
À vista o fim da "Missão"
Servir a Pátria amada.
Cantava.
Cantava de alegria,
Afastava a solidão,
O Medo, a angústia, o desejo de voltar.
E veio a granada para me matar.
A notícia voou ,rápida para ferir
Levou à minha amada
A dor de me ver partir,
Sem me despedir.
A carta.
Juro que a escrevi,
Mas não escrevi
Porque morri.
Sei que a leste
Com que fé, amor. !
Esperança danada
Que fez esquecer a dor,
Da mensagem levada
Pelo Crocodilo lacrimado
Com o resto da minha granada medalhado.
Eu estava.
Mas não estou.
Quando cantava
A morte me levou
E a minha carta
Para ti, Amor
Viajava, levando a esperança
Que acabou.
Zé Teixeira

Anónimo disse...

Caro Vasco,

Vejo agora o blog e reparo que voltaste em forma, ainda bem, folgo que assim aconteça, não façamos entre nós o que diz o título de um belo livro de Jorge Reis "Matai-vos Uns Aos Outros".

Quanto ao tema, já não é novo, mas há que insistir enquanto houver um de nós vivo.

Um abraço,
BS

Anónimo disse...

Pôs o dedo na ferida, camarada Vasco da Gama.
É oportuno lembrar que a única iniciativa que foi distinta na sua génese mas rapidamente se plastificou na melopeia do costume foi o monumento de Belém, lapidarmente dedicado 'Aos combatentes do Ultramar' e que foi estupidamente convertido em 'aos mortos...' pela ulterior aposição de uma lista de nomes, de tal maneira que é hoje frequentemente referido em documentos e noticiários como 'monumento aos mortos da guerra' e a partir daqui, varia a designação...
Por muito que choque muita gente e por muito que custe a alguns, seria útil desmontar a tendência para a vã solenidade. Importantes são os vivos, combatentes ou "amanuenses do QG", até porque foram várias as condições de ter sido morto e algumas pouco honrosas ou nada dignas de elegia. Deveria ser desencorajada, por conseguinte, tanto a comiseração piegas como a choraminguice de crocodilo e deveriam ser denunciadas e repudiadas as iniciativas ou atitudes de aproveitamento público, pessoal ou propagandístico, como parece ser o caso que descreve.
Eu (passe a petulância da fala na 1a. pessoa) quero saber é dos vivos; dos mortos, resta a memória de alguns e a esses nada há a fazer, são inexistências.

S.Nogueira

Anónimo disse...

Boa Vasco!
És muito bom a despertar sentimentos. Sentimentos de compaixão relativamente àqueles que deram a vida durante a guerra, e aos que, resistindo-lhe, não se libertam de diferentes sequelas que os martirizam e marginalizam da sociedade.
Uma sociedade hipócrita, como bem referes na "reportagem" que fazes da cerimónia.
De entre nós, ganha evidência um sentimento de frustração sempre que se refere o desprezo que o estado dedica aos antigos combatentes.
Corroboro. Não me parece aceitável que a troco de uma (ou duas?)pensões de ornamento, atribuídas apenas a alguns, e em circuntâncias dificeis de alcançar a unânimidade da compreensão, o estado possa lavar as mãos sobre o assunto, deixando que alguns nunca recebam qualquer manifestação de solidariedade, enquanto outros esbanjam sem merecimento.
Seria bom que essa indignação desse frutos, mas receio que a esterilidade os enferme.
Em meu entender, se as verbas do orçamento tivessem sido camnalizadas para aquisição de edificios públicos (sem especulação) e preparados para dar alimento, acolhimento e saúde a tantos abandonados pela sorte, de forma a viverem com dignidade, eu ainda poderia alimentar alguma esperança relativamente aos governos eleitos após a ditadura. Mas o que vejo é escuro, uma noite escura a envolver-nos, a deixar-nos sem norte, nem outra orientação, onde se movimentam aves sorvedoras que comem tudo.
Mandaram-me ficar à espera de uma qualquer iniciativa... de uma associação... lá para Janeiro.
Pode ser que sobrevivam alguns.
Abraços fraternos
J.Dinis

João de Melo disse...

Ex-camarada, actual e sempre amigo Vasco.
Junto-me à tua revolta e posso-te garantir que a tua lágrima não está só, já arranjou companheira...
As verdades quando ditas, custam muito a ouvir àqueles que não as viveram e avivam as feridas daqueles que pensavem que já estvam curadas...
A sorte destes políticos que desde 74 até agora sempre nos ignoraram e quantas vezes nos maltrataram é que por uma ordem cronológica natural, cada vez somos menos a reclamar e a pedir justiça...
Precisava-mos de mais "tardes de domingo com chuva" como aquela passada em tua casa quando da "apresentação" do nosso camarada "Santos das transmissões" que andou fugido de nós durante 35 longos anos...

Um abraço e... sempre presente!

João Melo (Op Cripto CCAV 8351)