sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Guiné 63/74 - P5182: Tabanca Grande (183): Luís Paiva, ex-Fur Mil, Pel Art 15, Guileje e Gadamael (1972/73)

Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 (Jan/Dez 1971) > Pessoal do Pel Art que guarnecia um das peças 11,4 cm ali existentes, no tempo em que a unidade de quadrícula era a CCAÇ 3325, comandada pelo Cap Jorge Parracho, hoje coronel na reforma. A CCAÇ 3325 foi subtituída pela CCAÇ 3477 (Nov 1971 / Dez 1972) > Os Gringos de Guileje, l a que se seguiu a CCAV 8350 (Dez 1972/Mai 1973) > Os Piratas de Guileje. O Pel Art 15, a que pertenceu o Luís Paiva, esteve em Guileje com estas duas unidades de quadrícula.

Foto: © Jorge Parracho / AD - Acção para o Desenvolvimento, Bissau 2007). Direitos reservados.

1. Mail de, de 24 de corrente, do Luís Paiva:

Caro Luís Graça:

Em viagem meramente acidental acabei por deparar com a publicação de uma parte da história da minha passagem entre 1972 e 1974 por terras da Guiné/Bissau, mais concretamente por Guileje, Cacine e Gadamael, no período que decorreu entre 1972 e 1973.

Embora o texto a que alude o link [abaixo] (*), tenha já sido redigido há quase dois anos, a verdade é que nunca mais o revi nem sequer sabia que tinha sido publicado.

Há pelo menos uma imprecisão no referido texto que desejaria corrigir: no ponto "vi" onde está escrito "Quando chegámos a Gadamael", deveria ter sido escrito "Quando chegámos a Cacine".

Saudações cordiais.

Luís Paiva
Lamego
nop45376@sapo.pt

2. Comentário de L.G. (enviado por mail):

Já está feita a correcção. Mas tu, continuas a não fazer parte da nossa Tabanca Grande. A tua história é uma daquelas que, talvez um dia, venha a ser publicada em livro de antologia do nosso blogue. Preciso me mandes as duas fotos da praxe para eu te apresentar ao resto da malta (já somos quase um batalhão).

Vejo que vives em Lamego. Dá notícias. Obrigado pelo teu mail. Luís Graça

3. Resposta do Luís Paiva, a 26 do corrente:

Caro Luís Graça:

Assunto - Histórias de tempo de guerra

Grato pelo feedack, informo que, logo que possível, procurarei seleccionar no meu arquivo fotográfico as fotos que solicitas, ressalvando porém desde já que a qualidade das mesmas possa não ser a que seria desejável e isto porque, obviamente, não se pode esperar que fotos analógicas com mais de 36 anos tenham uma qualidade óptima. Presumo que as fotos pedidas se refiram ao período da guerra colonial, eventualmente com mais uma foto actual, não?!

Após a selecção que desejo fazer, terei que efectuar um scanner das mesmas e remetê-las por email.

Numa análise superficial que fiz ao blogue não consegui detectar em que zona da Guiné estiveste e em que período. Admito a possibilidade de, numa pesquisa mais exaustiva, lograr obter essa informação mas como o blogue possui demasiada informação, desejaria evitar uma busca demasiado longa.

Quanto à publicação da minha história em livro, acho que não tem grande interesse. A verdade é que não faço parte do número discutível de heróis que a guerra colonial parece ter produzido. Admito perfeitamente a existência de heróis porque, como em todas as guerras, também os houve nas nossas ex-colónias. Porém há sempre um conjunto bastante significativo de homens que, jogando com o factor tempo e com o desconhecimento por parte dos leitores do que então se passou, se aproprie indevidamente de um heroísmo que não teve!

A guerra colonial não é assunto tabu e a mim pessoalmente não reconheço, felizmente, ter deixado traumas e sequelas que tenham perturbado o resto dos meus dias. Infelizmente nem todos tiveram essa sorte e é sabido que houve camaradas nossos que perderam a vida, outros que herdaram deficiências físicas mais ou menos profundas e outros ainda que são hoje vítimas de problemas psicológicos graves.

Sou por natureza um pacifista e um grande crítico dos conflitos mundiais, entendendo que a maioria deles só servem interesses obscuros, sejam eles comércio de armas, sejam outros. Normalmente quem provoca as guerras não é quem mais com elas sofre! Eu diria que o que acontece é que quem as desencadeia ou está na sua origem ou é usualmente quem com elas mais usufrui.

Quando há mais de 36 anos me preparava para ir para a Guiné, um amigo que recentemente foi Director de uma conhecidíssima Instituição do Estado, inquiria-me sobre as razões que me levavam a não me furtar a essa mobilização. Ele era já um forte crítico da guerra colonial e na altura, com os meus 21 anos, eu não tinha qualquer formação política. Esta iniciou-se, quase sem eu dar por isso, já na Guiné, quando numa patrulha ouvi um milícia guineense reprovar a nossa deslocação para aquela ex-colónia, inquirindo-nos sobre as razões da nossa permanência ali.

Foi a partir desse momento que iniciei a minha consciencialização política. E, embora nunca tivesse sido um activista, a verdade é que com o desenrolar do conflito, sobretudo na parte do mesmo em que eu, por força das circunstâncias, acabei por estar envolvido, fui desenvolvendo uma tomada de posição bastante crítica em relação àquela guerra.

A minha posição foi-se aliás definindo nos longos aerogramas e cartas que quase diariamente fui escrevendo à mulher com quem estou casado há 34 anos e que quase religiosamente guardou toda essa correspondência que estou para reler, aínda que parcialmente, relativamente ao período mais conturbado que passei na Guiné. Funcionam quase como peças jornalísticas!

A memória é algo que nos vai traíndo com a idade mas quando existem documentos de suporte torna-se mais fácil reconstituír certos factos, aínda que com a distância a que o tempo e idade necessariamente nos obrigam.

A guerra dos ecrãs de cinema, por muito que procure a reconstituição verídica e genuína dos factos, vale pelo que vale! As guerras nas quais nós somos protagonistas têm menos a ver com estereótipos do que muitos, que não passaram por elas, imaginam.

De uma leitura parcial do teu blogue, pude para já concluír por uma diferença de opiniões e relatos que só vêm provar quanto este assunto é controverso. Parece-me ser notória a polémica que envolve algumas das histórias de guerra e a divisão de pontos de vista muitas vezes antagónicos e dificilmente conciliáveis. Tenho sérias dúvidas que muitos dos relatos feitos tenham efeitos benéficos pois longe de funcionarem como um exorcismo poderão antes reabrir algumas feridas.

Todos nós temos as nossas histórias, umas mais conturbadas do que outras. Cada um foi protagonista à sua maneira de um conflito colonial cujo desencadeamento e prolongamento teve subjacentes razões muito discutíveis. A discussão política levar-nos-ía certamente muito longe e aqui e agora não acho ser o momento oportuno para entrar por essa via.

A terminar esta longa exposição que já te tomou certamente tempo em demasia, desejaria afirmar que é minha convicção, face aos dados disponíveis e ao que me lembro, que a tomada de posição do Major Coutinho Lima (**) me pareceu ter sido a mais adequada e correcta e que foi até, graças a ela, que o número de baixas não foi maior.

Estive um período longo em Guileje com duas Companhias, uma açoreana [CCAç 3477] e a de Cavalaria que se lhe seguiu [CCAV 8350]. Com a Companhia açoreana os ataques ao aquartelamento aconteciam a uma cadência de um por mês, mas após a rendição pela Companhia de Cavalaria os acontecimentos sofreram uma alteração drástica e dramática.

O pelotão de artilharia a que eu estava afecto em rendição individual em Guileje, era comandado - se a memória não me trai - por um alferes que se chamava Luís mas cujo apelido não me recordo. Não eras tu, não? Sabes quem era?! Depois ele foi substituído por outro alferes que, salvo erro, também era Luís! E estavam comigo mais dois furriéis, o Queirós e o Araújo (este de Braga, salvo erro).

O Araújo foi entretanto substituído pelo Santos, de São João da Madeira. Quanto aos Cabos, tenho a impressão que um deles morreu lá em Gadamael e o outro (Oliveira) encontrei-o algumas vezes salvo erro na Café Convívio, junto do Hotel Tuela onde trabalhou alguns anos. Também já não o vejo há algums anos, pois deixou de ali trabalhar, salvo erro. Nunca mais soube nada dos camaradas furriéis e deixei mesmo de ter contactos com o Queirós desde que a Lusalite fechou na Baixa em Lisboa.

Aínda me lembro vagamente, salvo erro dos furriéis, Ramos (o fotocine?!) e o Monteiro que posteriormente viria a trabalhar na Papelaria Fernandes, em Lisboa mas há mais de 30 anos que nada sei deles nem dos restantes.

Um abraço.
Luís Paiva
Lamego

4. Comentário de L.G.:


Meu caro Luís, como vês o mundo é pequeno e o nosso blogue... é grande. Ao fim de mais de ano e meio, voltas a tropeçar a connosco, na blogosfera. Em boa hora, camarada!...

Começo por satisfazer a tua curiosidade a meu respeito: estive na Zona Leste (Contuboel e Bambadinca), entre Junho de 1969 e Março de 1971, e fui Fur Mil Ap Armas Pesadas de Infantaria (que tive de trocar pela G3...), numa companhia independente de intervenção, a CCAÇ 12, com praças do recrutamento local, que fui ajudar a formar em Contuboel, a norte de Bafatá... Pelo que vês, nunca poderia ter sido o meu homónimo Luís, teu alferes, comandante do Pelotão de Artilharia que retirou de Guileje, juntamente com a CCAV 8350... Esse pelotão, o teu pelotão, era o nº 15 e, na altura, era comandado pelo Alf Mil Mil Pinto dos Santos (**).

As companhias com que estiveste em Guileje foi a CCAÇ 3477 - Gringos de Guileje- e CCAV 8350 - Piratas de Guileje. Temos aqui diversos camaradas do teu tempo, destas duas companhias, e que poderás contactar, por e-mail.

Quanto à publicação do teu depoimento num livro de antologia dos nossos postes, porque não ? É apenas uma hipótese, um cenário que eu ponderei... E não era por seres herói ou deixares de o ser... Não é isso que está em causa...No nosso blogue, não pomos santificamos nem diabolizamos ninguém mas também não impedimos ninguém de escrever histórias de heroísmo...

O risco de alguém se autopromover-se a herói de opereta, é mínima... Ninguém foi herói sozinho, todos os textos aqui publicados são sujeitos a escrutínio, análise crítica, triangulação... Tarde ou cedo, apanham-se os mentirosos, os falsificadores... Há centenas de olhos atentos a eventuais mentiras ou falsificações dos relatos... E, de resto, há um grande pudor, por parte dos nossos camaradas em falar dos seus eventuais feitos valorosos... Cabe sempre aos outros validar a informação que cada um presta no nosso blogue.

Seria uma pena, por outro lado, que não quisesses (ou não pudesses) partilhar alguns dos aerogramas que escreveste à tua futura esposa, e que tu próprio chamas peças jornalísticas, relatando o quotidiano da guerra... Podes ver o tratamento que fizemos de algumas cartas e aerogramas que o ex-Fur Mil J. Casimiro Carvalho, da CCAV 8350, nos confiou (*****).

Quanto às diferenças de leitura e de interpretação dos acontecimentos da guerra, não me parece que seja esse o pecado original do blogue... Bem, pelo contrário, essas diferenças são reveladores do nosso pluralismo, tolerância, liberdade de pensamento e de expressão. Ninguém quer impor a ninguém a sua verdade, todos e cada um têm o direito de contar a sua história, a sua versão... Um dia, a História (com H grande), os historiadores, os vindouros, os nossos filhos, netos e bisnetos nos julgarão... Entre camaradas que estiveram na mesma guerra, evitamo-lo fazer.

Relativamente a eventuais malefícios ou benefícios da nossa blogoterapia... Respeito a tua opinião, mas até data nenhum dos nossos camaradas se queixou de que blogar faz mal à saúde. Humor à parte, és bem-vindo à nossa Tabanca Grande. Manda, quando puderes, uma foto do teu tempo de artilheiro e outra actual. Ficaremos em contacto. Até um dia destes algures por aí, em Lamego, em Lisboa, em Guileje ou... no nosso blogue.

______________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 27 de Janeiro de 2008 >
Guiné 63/74 - P2483: Estórias de Guileje (3): Devo a vida a um milícia que me salvou no Rio Cacine, quando fugia de Gadamael (ex-Fur Mil Art Paiva)

(...) Só sabemos que se chama Paiva, e foi furriel de artilharia, no pelotão de artilharia que estava em Guileje, quando esta unidade foi abandonada por decisão do comandante do COP 5, Major Coutinho e Lima... É um testemunho dramático, de um homem, de fuga em fuga, que atravessou a nada o Rio Cacine, já na fuga de Gadamael, e foi salvo por um milícia de que não se lembra o nome...

Peço ao Paiva que nos contacte de novo e nos dê as suas coordenadas (pelo menos o endereço de –email e eventualmente o número de telemóvel ou telefone), sobretudo para o ajudar a reencontrar os seus antigos camaradas de Guileje e de Gadamael (e a reorganizar as suas memórias, doridas, daquele tempo)... Seria uma pena que este pungente testemunho ficasse escondido sob a forma de comentário a um dos nossos postes ...


Alguns excertos:

(...) desempenhava funções de furriel miliciano afecto à Unidade de Artilharia localizada inicialmente em Guileje, e posteriormente retirada para Gadamael (após o abandono do primeiro daqueles aquartelamentos, [em 22 de Maio de 1973])(...)

Em Guileje, parece-me que o pelotão de artilharia era constituído por 3 secções, cada uma delas sob a chefia directa de um furriel (recordo o furriel Araújo, de Braga, e o furriel Queirós, meus contemporâneos, sendo que o Araújo foi posteriormente rendido, salvo erro pelo furriel Santos, de S. João da Madeira) e comandadas por um alferes, posteriormente substituído por outro. Tenho ainda na minha mente a foto mental de ambos, embora lamentavelmente me não recorde já dos seus nomes. (...)

Este pelotão de artilharia retirou na totalidade para Gadamael quando foi dada ordem de abandono do aquartelamento de Guileje. Para além dos graduados e oficial acima referidos, retiraram ainda os cabos e praças (estes últimos naturais da Guiné).

Em Gadamael, a artilharia passou efectivamente muito maus bocados mas não ficou totalmente inoperacional, tanto quanto me recordo. O seu alferes teve aliás um comportamento de bravura pois foi ferido e continuou a desempenhar as sua funções, embora numa situação bastante precária. (...)

Alguns oficiais, sargentos e praças (acompanhados de parte da população) - nos quais me incluía eu -, iniciaram uma retirada para Cacine que foi efectuada debaixo de fogo e que se processou em botes dos fuzileiros. Já agora poderei acrescentar que a evacuação não foi totalmente conseguida nesse dia porque entretanto as operações de resgate foram suspensas por ter começado a anoitecer.

Curiosamente não ficou junto da população nenhum oficial, mas apenas dois furriéis, eu e outro camarada de armas, que, com a população, lográmos atravessar para o outro lado do rio (após a maré ter baixado) e ali tivemos, com muito custo, que conter a população em silêncio para não sermos detectados pelo PAIGC. Esta tarefa foi dramática já que connosco estavam muitas crianças que pela sua natureza são habitualmente ruidosas. Passámos ali a noite até conseguirmos ser evacuados no dia seguinte.

Essa experiência foi traumatizante porquanto assistimos a cenas dramáticas, com muita gente a precipitar-se para o rio e para o tentar atravessar a nado, antes que a maré permitisse o seu atravessamento quase total, a pé. Dessa precipitação resultaram mortes por afogamento, pois a corrente ainda forte arrastou alguns. (...)

Eu próprio iniciei a travessia antes de se ter completado o vazamento da maré e, porque não era um nadador exímio, e por outro lado com o peso das botas e da G3 e a força da corrente, tive que a meio da travessia me desembaraçar da minha arma (foi para o fundo do rio) para não morrer afogado. E fiquei a dever a minha vida a um milícia guineense que na outra margem do rio - e a partir do lodo onde se encontrava e para onde eu pretendia arrastar-me - me estendeu a coronha da sua arma a que eu, num esforço titânico, consegui agarrar-me. Fiquei a dever-lhe a minha vida e, no meio da confusão e do caos, sem saber a quem concretamente (ainda hoje...).

Por a minha substituição (comummente designada por rendição) se ter processado em regime de rotação individual, não consegui localizar nunca antigos camaradas de armas (quer afectos ao pelotão de artilharia quer às Companhias - duas- com quem estive: à dos Gringos [ CCAÇ 3477, ] (***) e à que se lhe seguiu [ CCAV 8350,] (****) com a última das quais partilhei estes dramáticos acontecimentos que tantas vidas custaram. (...) Gostaria de reencontrar todos esses Camaradas. (...)

(**) Vd. postes de:

18 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3910: A retirada de Guileje, por Coutinho e Lima (22): Resposta do autor do livro a António Martins de Matos (Parte I)

24 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3932: A retirada de Guileje, por Coutinho e Lima (23): Resposta do autor do livro a António Martins de Matos (Parte II)

(***) Vd. poste de:

13 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4333: Convívios (126): 3º Encontro da CAÇ 3477 “Os Gringos do Guileje”, dia 6 de Junho, em Mirandela (Amaro Samúdio)

6 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2815: Tabanca Grande (67): Os Gringos de Guileje: Abílio Delgado, Zé Carioca e Sérgio Sousa (CCAÇ 3477, Nov 1971/ Dez 1972)

(****) Vd. poste de 9 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4489: Convívios (142): Convívio anual da CCAV 8350 “Piratas de Guileje” (1972/74), na Covilhã (Casimiro Carvalho/Magalhães Ribeiro)

(*****)Vd. postes de:

25 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1699: Guileje, SPM 2728: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (1): Abatido o primeiro Fiat G 91

13 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1727: Guileje, SPM 2728: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (2): Abril de 1973: Sinais de isolamento

14 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1759: Guileje, SPM 2728: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (3): Miniférias em Cacine e tanques russos na fronteira

24 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1784: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (4): Queridos pais, é difícil de acreditar, mas Guileje foi abandonada !!!

18 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1856: Guileje, SPM 2728: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (5): Gadamael, Junho de 1973: 'Now we have peace'

25 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3354: Guileje, SPM 2728: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (6): O nosso querido patacão

3 comentários:

Anónimo disse...

Mamuel Reis:

Amigo Luis:
Já aqui te respondi a uma anterior mensagem que enviaste para o Blogue, onde procuravas alguém que tivesse estado contigo em Guileje e Gadamael. Concerteza não te apercebeste. Aliás, o Luis Graça também fez uma referência à tua pessoa por nunca mais teres aparecido no Blogue.
Vou apresentar-me novamente: Era Alf.Mil. da C.Cav. 8350, estive contigo em Guileje e Gadamael. Voltámos a encontrar-nos em Lamego, onde estava a leccionar e era colega da tua tia Drª Maria Helena Paiva.
Na altura julgo já ter citado o teu Comandante de Pelotão, entretanto já falecido: Alf. Mil. Luis Manuel Pinto dos Santos.
Se quiseres mais informações podes contactar-me através do meu e-mail:maugustoreis@gmail.com.
Todos os anos há convívios da C.Cav. 8350 e gostaríamos que associasses a nós.
Sobre a tua aventura da travessia do rio, terás oportunidade de a recordar através da descrição de um camarada que te acompanhou na travessia do rio (Zé Rolho) e que será apresentada num programa televisivo brevemente.
Um grande abraço.
Manuel Reis

Anónimo disse...

Caro Luis Paiva;

Será que se trata daquele bravo militar(?)que heroicamente
abandonou o seu posto e consequentemente os seus colegas à sua sorte?...

Cumprimentos.
Constantino Costa

Unknown disse...

Caro Constantino Costa só agora tive oportunidade de ler o seu comentário de 19 de Fevereiro! Não me recordo de si, mas pelo que escreve presumo dever pertencer ao grupo de heróis (talvez de caserna, pois os verdadeiros Heróis na sua maioria são bem mais discretos...) da guerra colonial! É tão fácil -demasiado, diria eu- arrogarmo-nos em valentes após tanto tempo decorrido. De qualquer forma e aínda a propósito do seu comentário, permita-me que o informe do seguinte: não, não sou um bravo militar e isso parece que ficou patente nas minhas intervenções anteriores. Nunca quis -não faz parte do meu comportamento- passar por ser aquilo que não sou. Todavia tenho a consciência do dever cumprido dentro da preparação militar que me foi dada e dos objectivos que, enquanto furriel do 15º Pelart me foram cometidos. Cada um pode "procurar fazer a sua história"! As descrições que fiz dos acontecimentos em que fui interveniente são as que, sem filtragens, correspondem ao sentimento que tenho dos acontecimentos que vivi e nela respeito todos os intervenientes, não havendo acusações a ninguém em particular conforme poderá constatar.Cumprimentos