terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3831: Tabanca Grande (110): João Seabra, ex-Alf Mil da CCAV 8350, Guileje, 1972/73


1. Mensagem de João Seabra (*), ex-Alf Mil da CCAV 8350,  Guileje, 1972/73, com data de 26 de Janeiro de 2009:

Luís,

Já respondi aos comentários que a minha mensagem suscitou.

É-me perfeitamente indiferente que me chamem cobarde, herói, ou nem tanto nem tão-pouco. A única coisa que me repugna é que me representem – ou eu próprio involuntariamente me apresente – como ex-coitadinho.

Não posso deixar de aceitar o amável convite para que integre a Tabanca. Mas também não posso prometer ser um participante muito assíduo. Limitarei as minhas próximas intervenções (as quais ocorrerão depois da publicação do pastelão) ao estritamente necessário para esclarecer a questão de Guileje/Gadamael.

Penso que, aliás, que o pastelão e o relato do Manuel Reis, são complementares, mais morteiro 120 mm, menos morteiro 82mm (que até poderá ter sido usado). Não sei se o regresso dele foi às 12h, 13h (ou às 12.22h ou às 12.59h): regressou quando acabou a grande flagelação de morteiro 120mm da manhã de dia 1/6/73, na sequência da qual a maior parte da guarnição fugiu efectivamente para o Tarrafo, e daí a maior parte foi para Cacine e alguns regressaram ao quartel.

Os dois capitães foram, mais precisamente, feridos no dia 1/6/73, pelas 11,00h. Os dois simultaneamente, porque estavam ambos no único abrigo que havia em Gadamael: o das Transmissões.

Procurarei usar da urbanidade desejável, o que poderá não excluir alguma nota de humor ou ironia.

Só tenho duas fotografias da Guiné – ambas no Cumbijã, gozando da hospitalidade do nosso amigo Vasco da Gama.

Também não tenho nenhuma fotografia actual tipo passe, vai então uma das últimas férias.

Não sei se as digitalizações em anexo ficam publicáveis.


João Seabra no Cumbijã

Abraço
João Seabra

2. Comentário de CV:

Caro camarada João Seabra, não te convido a entrar, porque já fazes parte da família. Desejo que ao contrário do que dizes, participes com regularidade no nosso Blogue, isto não prejudicando a tua actividade profissional, não só quando se fale de Guileje, mas também quando se fale de outros assuntos relacionados com a nossa passagem pela Guiné.

Em nome da Tertúlia da Tabanca Grande deixo-te os habituais, mas indispensáveis votos de boas-vindas.
__________

Nota de CV:

(*) Vd. postes de

23 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3782: A retirada de Guileje, por Coutinho e Lima (18): Obrigou-se o PAIGC a combater em Gadamael... (João Seabra)

27 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3801: Dossiê Guileje / Gadamael 1973 (4): Cobarde num dia, herói no outro (João Seabra, ex-Alf Mil, CCav 8350)

Vd. último poste da série de23 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3784: Tabanca Grande (109): Manuel Rodrigues, ex-Fur Mil Mec Auto Rodas da CCAÇ 3491, Dulombi e Galomaro, 1971/74

2 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro Seabra

Gostei de te ver no lançamento do livro do coronel, como tive oportunidade de to manifestar na altura própria.Quero apenas dizer-te que o Sarmaento de Beires já me perguntou por ti várias vezes, na tentativa de te falar. Acontece que não tenho as tuas coordenadas..
Encontrei nos meus papéis uma fotografia tirada no Cumbijã, onde juntamente com o Comandante do Batalhão, aparecem a maior parte dos oficiais e sargentos das nossa duas Companhias a 50 e a 51.Os Piratas de Guileje eram na altura comandados pelo Capitão Reis.No grupo tú és o primeiro da esquerda.Ainda sei o nome de todos os Tigres que aparecem na foto, mas da tua Companhia já se me escapam alguns. Tenho todo o gosto em oferecer-ta, se manifestares interesse.
Um abraço amigo do
Vasco da Gama
a

Anónimo disse...

E-mail por mim enviado ao Luís Graça, em 27/1, em complemento ao de 26/1:

Luís,
Conforme te disse há pouco, quando no meu e-mail de ontem te referi que o Reis terá regressado ao quartel de Gadamael depois de abrandar a grande flagelação de mort120 da manhã de 1Jun73, faltou acrescentar "...pelo menos era o que eu teria feito."
Evidentemente que, na minha decisão de não "sair para fora do arame", também pesou a noção de que havia dois pelotões fora.
Como teria pesado para o Manuel Reis se a situação fosse a inversa: ele é - e sempre foi - uma pessoa decente.