terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Guiné 63/74 - P3590: O Nosso Livro de Visitas (48): José Pedrosa, ex-Alf Mil da CCAÇ 4747 (Guiné, 1974)

1. Mensagem do nosso novo camarada José Pedrosa com data de 9 de Dezembro de 2008:

Boa noite Amigos/camaradas.
Foi com indescritível emoção que acabei de descobrir o vosso, aliás, nosso GRANDE BLOGUE.

Por ter sido agora mesmo, só vos quero cumprimentar e agradecer o magnífico trabalho e dar conta de que há mais um para acrescentar à lista:

- José Joaquim Vitorino Pedrosa

Estive como Alf Mil Inf/Minas e Armadilhas na Guiné (Cumeré em Janeiro de 1974 - Chugué/Bedanda entre Fevereiro/Julho de 1974 - e no Biombo até Agosto de 1974 - integrado na CCaç 4747, formada em Angra/Açores.

Depois, no mês de Setembro de 1974 andei a negociar com o Cap Eng.ª Pires a entrega do campo de minas de Bissau ao PAIGC e regressei em 28 de Setembro de 1974.

Foi por pouco tempo, mas deu para aprender muito daquilo que a guerra colonial ensinou às nossas gerações.

Como saí da minha CCAÇ apesar de muitas tentativas feitas (até localmente) não consegui, até hoje, contactar nenhum dos amigos açorianos que estiveram comigo.

Agora, em Peniche, estou aposentado da Caixa Geral de Depósitos (por razões de saúde) e também me divirto com o meu blog Cerro do Cão


Cerro do Cão > Aqui só o vento muda, sem cumprir tempos ou vontades. Aqui só o mar bate: por ciúmes ou por vaidade!

Fico-me por aqui e prometo que voltarei, com notícias, histórias e participante.

Um grande abraço a todos.
JJVPedrosa

2. Comentário de CV

Caro José Pedrosa, foi com muito gosto que recebemos o teu contacto. Muito obrigado pelas tuas palavras. Podes considerar-te nosso tertuliano a partir de hoje.

Deverás ler o lado esquerdo da nossa página, onde poderás consultar as nossas 10 Normas de Conduta e também o que nós (não) somos em 10 pontos. Ali explicamos os nossos objectivos e o modo como devemos agir.

Poderás ver que entrar na nossa Tabanca Grande tem um preço (elevadíssimo) que é o envio de uma foto actual e outra dos nossos gloriosos tempos dos vinte e tal anos. A acompanhá-las uma pequena (ou grande) história.

Uma das normas é o tratamento por tu, independentemente do antigo posto militar ou da posição social actual. Verdadeiros camaradas não têm distinções sociais.

Ficamos à espera do teu novo contacto. Até recebe um abraço da tertúlia.


3. O nosso camarada Pedrosa mandou-nos dois endereços de postes do seu blogue, relacionados com a Guiné.

Com a devida vénia ao José, transcrevemos o seu poste do dia 5 de Março de 2008 > GUINÉ - 1974 (Capítulo I)

Passam hoje 34 anos sobre o dia mais longo da minha vida.
Na aldeia-quartel de Chugué, no sul da Guiné (Bissau), eram 11,00 horas da manhã. Apesar da tensão permanente em que ali viviam perto de 250 militares portugueses e 200 ou 300 civis guineenses, era a hora do futebol entre os 3º e 4º pelotões da minha C.CAÇ 4747 - "Os Índios da Bolanha" (Companhia formada maioritáriamente por Açoreanos).
Mas também era a hora marcada pelas chefias militares do PAIGC para dar inicio a mais uma "flagelação" com morteiros, RPG's, balas foguetões 122 e tudo o mais que pudesse atingir os "tugas"que por ali andavam há perto de 500 anos.

O "flagelo" durou 6 horas: seis longas horas, inquestionavelmente menos que 5 séculos.
Não tendo causado feridas físicas, foi psicológicamente violentíssimo e repetiu-se mais do que uma vez; mas foi assim que eu - branco, apolítico e sem quaisquer acções da CUF, da Sacor ou da Central de Cervejas - ao estar ali no lugar do Marcelo Caetano, do cardeal Cerejeira ou das famílas Mello, Champalimaud e SottoMayor, aprendi a ser negro, democrata e apoiante incondicional da Liberdade.


Deixo-vos mais um endereço de outro poste para consultarem no Cerro do Cão em:

http://cerrodocao.blogspot.com/2008/04/memorial-da-guin.html
______________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 27 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3532: O Nosso Livro de Visitas (47): Rogério Pereira, filho do 1º Cabo Manobra Jorge António Pereira, morto em combate na Guiné em 1973

2 comentários:

Luís Graça disse...

De um lourinhanense para um vizinho penicheiro: José Pedrosa, que sejas bem vindo ao blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.

Sei que fizeste de Peniche também a tua terra. Para além das relações de vizinhança, é o mar e a comunitária piscatória que me atraiem em Peniche e que dão o forte traço de personalidade a esta terra da costa estremenha. Ainda hoje, apesar das profundas mudanças do sector.

Parte dos meus antepassados, do meu lado paterno (os "Maçaricos", de Ribamar), estão ligados de há séculos ao mar, à pesca e à marinhagem... Mais uma razão, para além da Guiné, um dia destes nos conhecermo-nos pessoalmente.

Vou quase todas as semanas à Lourinhã, onde tenho casa e de vez em quando dou um salto a Peniche, para almoçar e passear. Um Alfa Bravo (abraço) do Luís Graça

Anónimo disse...

Caro Pedrosa
Deixei um comentário no teu Cerro do Cão, mas volto aqui ao assunto.
Tenho por aí, espero que com boa saúde, um camarada da CART 2732, o Joaquim Nogueira da Silva, ex-Fur Mil Armas Pesadas. Se o vires dá-lhe um abraço da minha parte.

Dei uma volta pelo teu Blogue que achei interessante e variado. Actualidade e humor são características que se encontam e que deliciam os leitores. Parabéns.
Um abraço e bem-vindo até nós.