quinta-feira, 26 de junho de 2008

Guiné 63/74 - P2989: Recortes de imprensa (7): Combate à mutilação genital feminina na Guiné-Bissau

1. O nosso camarada Marques Lopes, Cor DFA, na situação de reforma, enviou-nos uma mensagem com esta notícia, veículada pela Lusa, Agência de Notícias de Portugal, em 9 de Junho de 2008.

Mansabá, 1971> Bajuda mandinga> Milhares de jovens como esta foram e ainda são sujeitas a tradições selváticas que violam os mais elementares direitos da mulher.

Foto: © Carlos Vinhal (2008). Direitos reservados


Internacional
Guiné-Bissau: Governo e UNICEF lançam programa combate à mutilação genital feminina

Bissau, 09 Jun (Lusa) - O Governo da Guiné-Bissau e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançaram hoje uma iniciativa para o combate à prática da mutilação genital feminina, um dos mais graves problemas sociais do país
.

A iniciativa, "Acelerar a mudança para o abandono da mutilação", vai durante os próximos três anos promover acções de sensibilização nas regiões de Bafatá, Gabu, Oio e Quinará, principais zonas onde o fenómeno da excisão é ainda bastante acentuado junto das raparigas.

A iniciativa hoje lançada também conta com a participação do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) e será executada pela TOSTAN , uma organização não governamental internacional com mais de 15 anos de experiência na mudança de mentalidade das comunidades afectadas por práticas tradicionais que trazem sofrimento.

De acordo com um comunicado conjunto distribuído à imprensa pelo FNUAP e UNICEF, o trabalho da TOSTAN na luta contra a excisão produziu "resultados positivos" em vários países africanos como são os casos do Senegal e da Guiné-Coancri pelo que se pretende aproveitar a experiência na Guiné-Bissau.

Dados das agências das Nações Unidas, baseados nos inquéritos aos indicadores múltiplos de 2006 (Mics III), apontam que 44,5% das mulheres guineenses entre os 15 e os 49 anos de idade sofreram mutilação genital, o que prova que as estratégias utilizadas até aqui para o combate ao fenómeno não produziram os efeitos esperados.

De acordo com as duas agências da ONU, a situação requer a "adopção de uma estratégia mais apropriada" que passará pela sensibilização directa e formação das comunidades.

Toda a estratégia será supervisionada pelo Governo guineense através do Ministério da Solidariedade, Família e Luta contra a Pobreza

MB.

Lusa/Fim
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-06-09 16:35:01
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Nota de CV:

Vd. postes sobre a mutilação genital feminina publicados no nosso Blogue em:

17 de Março de 200> Guiné 63/74 - P2654: A Mutilação Genital Feminina na Voz da América, por Nelson Herbert (Virgínio Briote)

23 de Fevereiro de 2008> Guiné 63/74 - P2575: Estórias do Juvenal Amado (4): A pequena e adorável Mariama que eu conheci no reordenamento de Bengacia (Juvenal Amado)

30 de Novembro de 2007> Guiné 63/74 - P2316: E as Nossas Palmas Vão Para... (2): Os que lutam, na Guiné-Bissau, contra a Mutilação Genital Feminina (MGF)

25 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2131: Mutilação Genital Feminina: É crime, diz explicitamente o novo Código Penal (A. Marques Lopes / Luís Graça)

10 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1580: Fanado ou Mutilação Genital Feminina: Mulher e direitos humanos: ontem e hoje (Luís Graça / Jorge Cabral)

15 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCLVI: Conferência sobre a Mutilação Genital Feminina (Luís Graça)

14 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCLVII: A festa do fanado ou a cruel Mutilação Genital Feminina (Jorge Cabral)

3 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDXCVII: Memórias de Guileje (1967/68) (Zé Neto)(5): ecumenismo e festa do fanado

4 de Maio de 2005 > Guiné 69/71 - XII: O silêncio dos tugas face à MGF (Mutilação Genital Feminina)

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