quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Guiné 63/74 - P2562: As Nossas Madrinhas de Guerra (3): Quem as não teve ? (Luís Graça / João Bonifácio / Paulo Salgado)



1. Mensagem do editor:

Completando a nossa sondagem - de sete dias - sobre as nossas queridas madrinhas de guerra (1)...

Vale o que vale... Mas desta vez batemos o recorde de respostas (n=109)...

Desfez-se um mito ? Talvez, afinal mais de 60% de nós não tinham madrinha de guerra... Mas pelo menos 38% da malta correspondia-se regularmente com uma ou mais madrinhas de guerra... Havia, em todo o caso, uma minoria (cerca de 7%) que coleccionava madrinhas de guerra: tinha três ou mais meninas que os ajudavam a suavizar os duros tempos da guerra...

Uma ressalva: a nossa amostra (os camaradas do nosso blogue) não é representativa, em termos estatísticos, da população de militares que passou pela Guiné, desde 1963 até 1974...

Recordemos a pergunta da Sondagem (6) que foi leavada a cabo na segunda semana de Fevereiro de 2008:

Camarada, com quantas madrinhas de guerra (excluindo esposa, noiva ou namorada) te correspondias tu, regularmente, na Guiné ?
Total de respostas: 109 (Vd. quadro-resumo, acima).

2. Mernsagem de 19 de Fevereiro de 2008, enviada pelo John Bonifácio, um camarada nosso que vive no Canadá


Olá, Amigo:

Neste capitulo de madrinhas de guerra, desejo contar em poucas palavras o que aconteceu a um grupo de tres furriéis onde estava eu próprio. Colocámos um anúncio numa revista feminina da altura (1968/70) e as respostas foram tantas que tivemos que seleccioná-las por qualificações.


O pior é que neste capítulo haviam muitas falhas. Das cento e muitas respostas, cerca de 70% eram professoras, ou assim elas diziam. Como muitas davam erros ortográficos a mais para "professora", nos gastámos uns dias a discutir em conjunto como continuaríamos a seleccionar. Como eramos três, decidimos apenas ficar com as três melhores.


Passada uma semana estava tudo resolvido, mas não durou muito na minha parte, porque eu não conseguia ter "lata" para tudo aquilo. As tais ditas madrinhas de guerra sabiam ao que andavam. Mas ainda bem que algumas até foram boas companhias, pois sei de algumas que até casaram com os afilhados.


Histórias autênticas da guerra por onde todos andámos.

Um abraço

Joao G. Bonifacio
Fur Mil Sam
CCAÇ 2402 (1970/72)

3. Do Paulo Salgado (ex-Alf Cav, CCAV 2712 , Olossato e Nhacra, 1970/72), também com data de ontem:


Caro Luís:

Nenhuma.


Para passar o tempo, pessoalmente escrevia ao meu pai, à minha namorada (actual mulher), sempre que não estava no mato, lia muito, jogava a batota (havia fases), fazíamos o jornal Tabanca (saíram talvez seis números – não me recordo, mas, pelos vistos, houve censura - o Tomé e outros já tínhamos ideias).


Mas havia muita malta com vária madrinhas e havia soldados que não tinham nenhuma…


Paulo Salgado
________
Notas de L.G.:
(1) Vd. postes de:
10 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2519: As Nossas Madrinhas de Guerra (1): Os aerogramas ou bate-estradas do nosso contentamento (Carlos Vinhal / Luís Graça)
15 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2539: Em Dia de São Valentim... ou o amor e a morte em tempo de guerra (Mário Fitas, Torcato Mendonça, Manuel Bastos)
16 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2543: As Nossas Madrinhas de Guerra (2): Minha querida Madrinha de Guerra (José Teixeira)

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