sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Guiné 63/74 - P2479: Guileje: Simpósio Internacional (1 a 7 de Março de 2008) (10): Lançamento oficial, ignorado pela RTP-África

Guiné-Bissau > Bissau > Universidade Colinas do Boé > 24 de Janeiro de 2008 > Cerimónia de lançamento oficial do Simpósio Internacional de Guileje > Mesa, presidida pela Ministra dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Isabel Buscardini.

1. Mensagem, com data de ontem, do nosso amigo Pepito, da comissão organizadora do Simpósio Internacional: Guileje na rota da Independência da Guiné-Bissau (1):

LANÇAMENTO OFICIAL DO SIMPÓSIO

Foi hoje, dia 24 de Janeiro, feita a apresentação oficial e pública do Simpósio Internacional de Guiledje.

O acto decorreu nas instalações da Universidade Colinas do Boé sob a presidência da Ministra dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Isabel Buscardini, na presença dos Embaixadores da União Europeia, de Portugal, da Guiné-Conakry, de Cuba, do Senegal, dos representantes do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, AD - Acção para o Desnvolvimento e Universidade Colinas de Boé, dos orgãos de comunicação social privados e comunitários, bem como de muitos jovens interessados pela História da Guiné-Bissau.

Como o assunto era relativo à História e Cultura, a televisão nacional e a RTP África, sempre mais preocupadas em dar relevo a outras questões mais relevantes como o narcotráfico e a presença da AL-QAEDA, primaram pela ausência. Critérios....

A sessão começou com a apresentação de um conjunto de slides evocativos de Guiledje, das companhias portuguesas que por lá passaram, dos combatentes do PAIGC e do Quartel antes e depois do assalto final.

O Grupo Os Fidalgos apresentaram um excelente conjunto de músicas guineenses, algumas das quais serão repetidas no Sarau Cultural que ocorrerá durante o Simpósio [Vd. programa no sítio ofical do Simpósio].

Guiné-Bissau > Bissau > Universidade Colinas do Boé > 24 de Janeiro de 2008 > Cerimónia de lançamento oficial do Simpósio Internacional de Guileje > Dois momentos da actuação do Grupo Teatral Os Fidalgos ( 2).

Seguiram-se as diversas intervenções dos promotores e patrocinadores (3) que realçaram a importância do Simpósio como contributo para a reconciliação nacional à volta de valores fundamentais como a Independência e a figura impar de Amílcar Cabral, a aproximação ainda maior dos guineenses e portugueses, os ensinamentos da Luta para esta nova fase de desenvolvimento e o facto de ser a primeira vez na história que antigos povos que se confrontaram de armas na mão se vão encontrar de forma fraternal para abordar o seu passado comum.

Todos consideraram que o Simpósio irá contribuir para a criação de uma nova imagem da Guiné-Bissau, um país de HISTÓRIA e CULTURA.



Guiné-Bissau > Bissau > Universidade Colinas do Boé > 24 de Janeiro de 2008 > Cerimónia de lançamento oficial do Simpósio Internacional de Guileje > Dois aspectos da assistência

A finalizar, procedeu-se a uma breve degustação de algumas bebidas feitas com aromas silvestres e que serão consumidas durante o Simpósio, tendo três delas ganho o primeiro combate: Grad, Pó di Pila e Patchanga.


Guiné-Bissau > Bissau > Universidade Colinas do Boé > 24 de Janeiro de 2008 > Cerimónia de lançamento oficial do Simpósio Internacional de Guileje> Três bebidas, de produção artesanal, premiadas...

Repare-se no nome das bebidas, associadas ao armamento do PAIGC: Grad, Pó di Pila e Patchanga. Recorde-se que: (i) o Grad, ou Graad, ou Jacto do Povo, era o Foguetão 122 mm; (ii) a Patchanga era a famosa irritante 'costureirinha' (segundo a designação dos 'tugas'), a Pistola-Metralhadora SHPAGIN Cal 7,62 mm M-941 (PPSH), de origem soviética; (iii) O Pó de Pila deveria ser o Lança Granadas-Foguete PANCEROVKA P-27 (também conhecido, na giría dos guerrilheiros do PAIGC, como Bazuca Bichan, Lança Grande, Pau de Pila)(4). (LG).

Fotos: © Pepito / AD- Acção para o Desenvolvimento (2008). Direitos reservados. (Texto e fotos editados por L.G.)

__________

Notas de L.G.:

(1) Vd. último poste desta série:

24 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2478: Guileje: Simpósio Internacional (1 a 7 de Março de 2008) (9): Inimigos de ontem, amigos de hoje

(2) Este grupo de teatro tem um blogue próprio, um "sítio que aborda a cultura na Guiné Bissau", e que se chama justamente Os Fidalgos. Animam também o Centro de Intercâmbio Teatral de Bissau, que é uma parceria com a AD - Acção para o Desenvolvimento (do nosso Pepito) e a Cena Lusófona.

Em meados de 2007 tive o privilégio de assistir, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, ao espectáculo apresentado por este grupo, com a peça Namanha Makbunhe (escrita a partir da obra-prima Macbeth, de William Shakespeare).

Vd. também poste de 10 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1831: Macbeth em África ou Namanha Makbunhe no Teatro da Trindade, com os Fidalgos, grupo de teatro de Bissau (Beja Santos)

(3) Promotores:

Acção para Desenvolvimento (AD)
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP)
Universidade Colinas do Boé (UCB)

Patrocionadores:

Governo da Guiné-Bissau
União Europeia
Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD)
Instituto Marquês de Valle Flôr

Comissão de Honra:

Presidente da República da Guiné-Bissau, General João Bernardo Vieira
Dr. Francisco Benante, Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau
Dr. Martinho N’Dafa Cabi, Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau
Doutor Nuno Severiano Teixeira, Ministro da Defesa de Portugal
Doutor João Cravinho, Secretário de Estado da Cooperação Internacional de Portugal
Prof Doutor Patrick Chabal, docente da King’s College, Londres, Grã-Bretanha
Prof Doutor Luís Moita, Vice-Reitor da Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Dr. Óscar Oramas, Ex-Embaixador de Cuba na Republica da Guiné-Conakry.
Prof Doutor João Medina, Professor Catedrático da Universidade de Lisboa, Portugal
Flora Gomes, Cineasta guineense
Prof Doutor Peter Mendy, docente no Rhoad Islands College, Boston, USA.

Links > Outros Sites

Luís Graça & Camaradas da Guiné

Xitole

(4) Vd. poste de 27 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1890: PAIGC: Gíria revolucionária... ou como os guerrilheiros designavam o seu armamento (A. Marques Lopes)

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