sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Guiné 63/74 - P2024: A discoteca de Missirá ou alguns dos discos da minha vida (Beja Santos) (1): De Verdi a Beethoven






1. Texto do Beja Santos enviado a 26 de Julho.


Alguns dos discos da minha vida (Parte I):

Comentários: Graças à solicitude do sempre discreto e formiga/ abelha Humberto Reis, posso mostrar-vos algumas das preciosidades que adquiri em Bafatá, depois de ter perdido todos os meus discos na flagelação de 19 de Março de 1969.É praticamente o que me resta depois de termos passado para os CD, tudo o mais ofereci para vendas de organizações não lucrativas.

A «Tosca» é sublime: do 2º Acto que se filmou no Covent Garden vê-se claramente o pânico da assistência quando Maria Callas «apunhala» Tito Gobbi, tal a expressividade da interpretação.

Comoveu-me sempre «La Bohème» pelo refinado do fraseado moderno misturado com o sopro romântico em cima da navalha, a roçar o lamechas.

Beethoven é sempre o camarada que me aponta o caminho, nem que eu vá de rastos.Nos momentos de profunda decepção e solidão em que vivíamos tantas vezes, foi junto do mestre de Bona que fui pedir a coragem que fugia debaixo dos pés.

E Joan Sutherland era o lirismo puro, a disciplina total. Comoveu-me em 22 de Abril de 1974. em S.Carlos, em La Traviata, ao lado de Alfredo Kraus e Matteo Manuguerra (a Cristina foi vê-la a 24, fiquei a tomar conta da Joana, então com pouco mais de 2 anos).

Depois da oração, a música foi a minha âncora,a par da escrita e das leituras.Para que conte.E mais um abração, querido Humberto.

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