sexta-feira, 20 de julho de 2007

Guiné 63/74 - P1977: Em busca de... (4): Camaradas do Hospital Militar nº 241, Bissau (1972/74) (Carlos Américo Cardoso, o Cardoso RX)

Guiné > Bissau > Hospital Militar 241 > 1972 > O 1º Cabo Radiologista Cardoso, com um miúdo, o Armandinho, a quem foi amputado parte do membro inferior, e que era a mascote do Hospital. Hoje será médico, segundo informações que o Cardoso terá recebido. A ser verdade, é uma estória fabulosa, de luta contar o destino, de determinaçãop, de coragem!


Guiné > Bissau > Hospital Militar 241 > 1972 > O 1º Cabo Radiologista Cardoso, no banco de trás de um jipe da PM, com o Nicolau e um outro seu amigo (o condutor da PM). Ele chegou a Bissau a 18 de Novembro de 1972, em rendição individual.

Fotos: © Carlos Américo Cardoso (2007). Direitos reservados.


1. Duas mensagens, ainda não publicadas, do ex-1º Cabo Radiologista Carlos Américo Cardoso, dos Serviços de Saúde Militar (Hospital Militar nº 241, Bissau, 1972/74):

(i) 12 de Fevereiro de 2007:

Bom dia, camarada Luís. Em relação aos mails, tenho recebido e em boas condições. Aproveito também para dizer que estou muito satisfeito com o camarada Albano [Costa] que me tem enviado fotos do hospital, e que tenho recordado com muita emoção. Até descobri que a nossa mascote no hospital (o Armandinho) é médico, quem me disse foi o Albano. Quando for ao Porto irei fazer-lhe uma visita (...).

Um abraço
Cardoso rx

(ii) 17 de Julho último:

Bom dia camarada Luís Graça:

Não é por mau feitio, mas estou um pouco triste porque o meu objectivo ao entrar para a tertúlia, e não vou negá-lo, era encontrar camaradas que estiveram comigo no Hospital.

Tenho aguardado serenamente a minha foto na tertúlia (dos amigos e camaradas da Guiné). Tendo assistido a diversas actualizações enquanto a minha não aparece. Penso que por lapso, mas gostaria imenso, já que faço parte, penso eu, de pleno direito.

E, ao encontrar camaradas do hospital, o que até agora não aconteceu, novas estórias surgirão para enriquecimento do blogue.

Despeço-me com um abraço e desejo de boas férias

Cardoso RX

2. Carlos:

Tens toda a razão. Tu és um camarada que merece toda a nossa consideração, e és de facto membro da nossa tertúlia, de pleno direito (1), tendo cumprido as regras que estão estipuladas.

Houve um lapso, entretanto já resolvido, como podes comprovar clicando na página da nossa tertúlia

Confere se os teus dados estão todos correctos. Infelizmente, não têm aparecido camaradas teus do Hospital Militar 241, de Bissau. Vamos fazer mais um apelo. Entretanto, refresca a tua memória e manda-nos também mais estórias ou episódios passados contigo, dentro ou fora do Hospital. Olha, por exemplo, a estória do Armandinho: donde é que veio, como é que ele foi aí parar, como é que se transformou na vossa mascote, etc.

___________

Nota de L.G.:

(1) Vd. posts de:

1 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1481: Hospital Militar de Bissau (1): Apresenta-se o ex-1º Cabo Radiologista Cardoso

7 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1738: Hospital Militar de Bissau (2): O terminal da guerra, da morte e do horror (Carlos Américo Cardoso, 1º cabo radiologista)

1 comentário:

Luís Gonçalves Vaz disse...

Caro camarigo Carlos Cardoso:

É com muita satisfação que li este seu post em que fala no Armando do Hospital de Bissau, na altura a cuidado de todos vocês que trabalhavam no Hospital Militar de Bissau. Como o conheci muito bem, pois durante um ano, entre 1973 e 1974, ia várias vezes durante a semana vê-lo e muitas vezes ia comigo e com os meus dois irmãos para nossa casa em Sª Luzia, brincava muito connosco, comia e dormia lá em casa. No início teria sido o meu próprio pai, o coronel Henrique Gonçalves Vaz, CEM/CTIG, que o convidou para ir passar uns dias lá a casa para poder brincar com miúdos como ele, eu tinha 13 anos e o meu irmão mais novo, o Paulo tinha apenas dez anos. Lembro-me dele como um miúdo muito alegre, inteligente e bem disposto. Ainda me lembro, quando no meu quarto, o Armando tirava a ´prótese (da perna) e continuava a saltar, brincar e falar, sem constrangimentos nenhuns, sim falava muito, demonstrando sempre vontade de saber, de apreender, pois lembro-me muito bem que o Armando (para nós ficou sempre apelidado de Armandinho)demonstrava uma grande curiosidade e uma grande alegria de viver, apesar de ter perdido os pais numa explosão de uma mina, facto responsável pela sua evacuação para o Hospital Militar, penso que em 1972. Sempre me disse que era MUITO BEM TRATADO PELOS MILITARES DO HOSPITAL MILITAR DE BISSAU. Gostava muito de saber onde se encontra e contactar com ele, como tal agradeço-lhe meu caro Américo Cardoso, que me desses qualquer pista sobre o nosso "Armandinho", pois o meu regresso à Metrópole, foi um "pouco abrupto", devido ao 25 de Abril e fiquei sempre com saudades dele, e disseram-me que o Armando teria vindo em 74 com um médico militar para Portugal , para frequentar uma instituição em Portugal! Tenho uma irmã (a Teresa) que há dias, quando lhe pedia fotografias do Armando na Guiné, pensava que eu o tinha encontrado..... ficou eufórica por breves momentos, pois pensava que o tinha encontrado e eu... apenas lhe solicitava as fotos... Como tal, tanto ela como eu gostaríamos muito de saber notícias dele, para o contactar, pois ele, nunca foi esquecido por todos nós, até a minha mãe com 87 anos ainda fala nele, quando relembramos a nossa "estadia" na Guiné! Se tu Armando, por acaso leres esta mensagem, liga-me para o meu telemóvel 936262912 ou manda-me notícias para o meu email luisbelvaz@gmail.com

Grande Abraço

Luís Beleza Gonçalves Vaz

(tabanqueiro 530 e filho do último CEME/CTIG, coronel Henrique Gonçalves Vaz)