segunda-feira, 25 de junho de 2007

Guiné 63/74 - P1880: Uma farda universal para miliciano se identificar (Beja Santos)


Bilhete de identidade militar do Aspirante Miliciano Mário Beja Santos, emitido pelo Ministério do Exército em 16 de Dezembro de 1967.

Foto: © Beja Santos Beja Santos (2007). Direitos reservados.

1. Mensagem de Beja Santos (ex-alf mil, comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70):

Quando vi o Matos Francisco (1) fardado, até tive a ilusão que ele comprara uma farda com o seu número, tão perfeita é a adequação entre o homem e a indumentária. Para quem não se recorda, quando íamos ao fotógrafo posar para o bilhete que, creio, só servia para os transportes, para a polícia militar e para entrar no Casão, havia dois modelos à escolha, o destinado aos altos e aos baixos. Nada de contemplações com os magros, os macrocéfalos, braços longos ou curtos. Havia gente dentro da bitola e os que escapavam.

Olhando à distância de 40 anos, logo me veio à presença um chapéu estreitíssimo e uma roupa cheia de chumaços que me tornou um atleta, eu fiquei contente porque não mostrei os meus braços de símio, era um magrizelas transformado em atleta e até gostei do meu ar de sargento da polícia. Aquelas fardas estavam ligeiramente sebentas, tais e tantas fotografias tiraram de gente estranha ao equipamento universal.
Para que conste...
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Nota de L.G.:

(1) Vd. post de 22 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1871: Tabanca Grande (15): Henrique Matos, ex-Comandante do Pel Caç Nat 52 (Enxalé, 1966/68)

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